sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Vale a pena praticar a justiça?

É possível que você já tenha se perguntado: “De que adianta ser justo? Qual o benefício de tentar viver corretamente e fazer o que é certo? Afinal de contas, parece que as pessoas que vivem apenas para si mesmas se relacionam melhor com todas as demais. Elas mentem e enganam, realizam negócios desonestos e inescrupulosos, e aparentemente sempre se dão bem.
Enquanto isso, os que trabalham arduamente, procuram ser honestos e esforçam-se dia após dia para viver corretamente, aparentemente não vão pra frente. Se a justiça é tão importante, por que os ímpios prosperam?
Essa é uma pergunta bastante antiga. Asafe, o salmista hebreu, fez o mesmo questionamento. Quando percebeu os homens malignos obtendo sucesso, teve dúvidas se realmente valia a pena viver corretamente:
“Quanto a mim, os meus pés quase se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos. Pois eu tive inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios” (Salmo 73: 2-3)
Asafe ficou tão transtornado, por causa disso, que quase largou a fé. Ele ficou tentado a desistir de viver retamente, até que recebeu uma revelação de Deus. Quando passou a ver a situação do ponto de vista do Reino dos céus, sua perspectiva mudou radicalmente:
“Quando tentei compreender isto, fiquei sobremodo perturbado; até que entrei no santuário de Deus; então, entendi o fim deles. Certamente, tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição. Como caem na desolação quase num momento! Ficam totalmente consumidos de terrores. Como faz com um sonho o que acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, os desprezarás como fantasias” (Salmo 73: 16-20).
Os ímpios que aos nossos olhos parecem pessoas estáveis, bem sucedidas, saudáveis, ricas e livres de problemas, na verdade estão seguindo em direção à destruição. Essa estabilidade é apenas aparente. Como diz o salmista:
“Os ímpios não são assim, mas são como a moinha que o vento espalha” (Salmo 1: 4).
A situação é bem diferente para os que praticam a justiça. O mesmo salmo afirma que uma pessoa justa “tem o seu prazer na lei do Senhor e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo o que fizer prosperará” (Salmo 1: 2-3).
Esse salmo conclui com um contraste bastante marcante: “Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá” (Salmo 1:6). O que você prefere ser: uma palha soprada pelo vento ou uma árvore firmemente plantada, bem nutrida e frutífera?
Quais os benefícios da pratica da justiça? Ela nos dá a verdadeira estabilidade, o sucesso, a saúde e as riquezas duradouras que nos colocam em posição de vencer todas as dificuldades que a vida nos lança. A prática da justiça traz consigo benefícios pessoais bastante significativos.
A justiça atrai o interesse de Deus, porque Ele é justo. O Altíssimo contempla favoravelmente todos aqueles que procuram viver corretamente na fé. Assim como os súditos de reinos terrenos anseiam pelo favor dos reis deste mundo, nós também devemos buscar alcançar o favor do Rei. Precisamos aguardar até que Ele estenda o seu cetro para nós:
“Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino” (Hebreus 1:8).
Lembre-se de que o cetro é o símbolo da autoridade do rei. Todo aquele que está debaixo do cetro do rei recebe proteção e cuidado. Tradicionalmente, o rei segurava o cetro na mão direita. A Bíblia utiliza uma imagem semelhante para se referir a Deus. Aqueles que estão sob o favor do Senhor são descritos como estando à sua destra, enquanto que os que enfrentam julgamento ficam do lado esquerdo.
Se a mão direita do Senhor estiver sobre nós, isso quer dizer que Ele nos direciona sua autoridade e dá-nos acesso à sua presença. Se estivermos em consonância com a justiça de Deus, Ele nos estenderá a cetro, concedendo-nos graça e dando-nos, em alguns minutos, o que levaríamos uma vida inteira para conseguir.
A Bíblia afirma que a maneira de fazer com que a autoridade de Deus opere a nosso favor é levar uma vida justa. É por isso que Jesus nos diz para buscarmos em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e então tudo nos será acrescentado. Quando o Senhor decide dar-nos algo, nada no céu ou na terra pode impedi-lo.
Não desista de praticar a justiça e de buscar o Reino em primeiro lugar!
                                                                                                      

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O Padrão de Julgamento no Reino

            "Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus” (Mateus 5: 19,20).
O valor pessoal de cada cidadão do Reino dos céus é medido pelo padrão de obediência às ordens do Rei. Estas são as leis. Aqueles que obedecem são considerados grandes, enquanto os que desobedecem são inferiores. Esta posição baseada na obediência é tão fundamental que constitui o padrão de julgamento no Reino. Foi essa a revelação feita por Jesus no texto acima.
A conclusão a que chegamos é que: não importa quantos rituais realizamos, quantos cultos freqüentamos ou qual é o nosso compromisso com as atividades religiosas da igreja. Se não estivermos deliberadamente dispostos a nos submetermos a autoridade do Reino, todo o restante é inútil. Se a nossa justiça não exceder a dos religiosos e a das tradições humanas, nunca entraremos no Reino dos céus.
A religião não dá resultado. Percebemos essa realidade na vida de muitos cristãos. Os que se encontram presos à religião e ao cristianismo institucionalizado, com todos os tipos de obrigações humanas e que tem aparência de piedade (II Timóteo 3:5), não estão vivendo de acordo com os princípios do reino. Como conseqüência, essas pessoas não desfrutam os benefícios da vida com Deus. Por isso tantos cristãos estão falidos,  as mesmas preocupações e as mesmas doenças que o restante da humanidade.
É hora de ouvirmos a voz de Deus e fazermos o que o Todo-poderoso manda. O Senhor nos promete que, ao obedecermos as suas leis e buscarmos a justificação, Ele acrescentará tudo a nós.
O pecado e a corrupção moral são universais, são uma triste herança da desobediência, do casal Adão e Eva, no jardim do Éden. Além disso, não há nada que possamos fazer para tornar-nos justos:
“Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; e todos nós caímos como a folha, e as nossas culpas, como um vento, nos arrebatam” (Isaías 46:6).
A menos que a justiça venha até nós de uma fonte externa, não temos esperança de ingressar no Reino. Felizmente, para nosso bem, o Senhor forneceu a justiça de que tanto necessitávamos: “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé (Romanos 1: 17).
Como o versículo da carta de Paulo aos romanos indica, o evangelho do Reino tinha em si a justiça de Deus que só pode ser alcançada pela fé. A fé em Cristo e em sua morte na cruz para remover nossos pecados e nossa corrupção moral promove nossa justificação perante Deus e aplica essa justificação em nossa vida. Portanto, quando estamos em posição correta diante do governo celestial estamos firmados, não em nossa própria justiça, mas na do Senhor.
            O justo viverá pela fé. Em outras palavras, ele crê na Palavra, pois sabe que a justiça vem do Senhor. Deus está nos dizendo: “Ou você tenta alcançar essa posição sozinho (o que a religião tenta fazer) ou peça a minha ajuda. A religião é fraca e inútil; ela não alcança nada. Apenas em meu Reino você pode encontrar justiça. Você não pode salvar a si próprio, portanto Eu o salvei. Como você não poderia limpar-se da imundície e da impureza moral, Eu fiz isso por você. Pelo sangue do meu Filho, apaguei seus pecados. Eu sou aquele que te restaura à sua posição de justificação. Você está nessa posição correta, porque Eu o coloquei aí”.
O próprio Jesus Cristo é nossa justiça. É por meio dele que a justiça de Deus chega até nós:
“Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (I Coríntios 1: 30-31).
Jesus Cristo se tornou nossa justiça, santidade e redenção. Devemos tudo a Ele. Por isso, não temos o direito nem motivo para vangloriamo-nos em nós mesmos ou em nossos atos religiosos, por melhores que eles sejam. Podemos gloriar-nos apenas no Senhor, que nos levou de volta à posição correta diante de Deus, dando-nos acesso ao Reino dos céus e todas as suas riquezas, seus recursos e seus privilégios.
O que devemos fazer, de nossa parte, é honrarmos ao Rei, obedecermos as suas leis e estatutos, e permanecermos em comunhão com o Pai, durante toda nossa caminhada, como filhos do Altíssimo. Deus nos dirá a cada dia o que devemos fazer e como agir diante das circunstâncias da vida. Não faça nada que o Pai não tenha autorizado. Siga o exemplo de Jesus que viveu para fazer a vontade do Pai sem sentir-se oprimido e sim feliz com essa atitude:
Mas ele lhes disse: “Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis”. “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra” (João 4: 32-33).
É o nosso desafio! Fazer como Jesus fez, viver como Ele viveu. Eis o alvo dos cidadãos do Reino dos céus.
  

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Revestido de autoridade

Chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra” (Mateus 28: 18).
Esta passagem do evangelho de Mateus mostra um momento extremamente importante do ministério de Cristo. Foram suas últimas palavras antes de deixar a terra e ocupar o assento à destra do Pai no seu trono.
O Cristo ressurreto revela-se aos discípulos como aquele que recebera toda a autoridade no céu e na terra e isso demonstra uma situação totalmente diferente daquilo que comumente eles conheciam. Na memória recente dos seus seguidores estavam as imagens da crucificação e do sofrimento de seu mestre. Eles o viram fragilizado, ferido e exposto ao deboche do povo. Agora a situação se modificara radicalmente.
Diante deles estava o Cristo glorificado, investido de autoridade e poder no céu e na terra. Isso era novo! Eles estavam vendo agora a imagem do Cristo vencedor. Vencera a morte e o inferno, derrotara o adversário e alcançara o lugar de honra, ao lado do Pai, na glória.
Isso também é novidade para a maioria dos cristãos, pois o enfoque da religiosidade é ver Jesus crucificado e fragilizado. A tal ponto que muitas pessoas preferem recorrer a Maria ou a qualquer outro personagem tido como ‘santo’ do que pedir algo a Jesus. Coitadinho, ele sofreu tanto por que incomodá-lo com os meus problemas?
No entanto, a verdade revelada é totalmente outra. Vejamos o que diz o livro do Apocalipse, que começa com esta frase
 “Revelação de Jesus Cristo ...” (Apocalipse 1: 1).
João estava desterrado na ilha de Patmos quando teve estas visões e recebeu a ordem de escrevê-las num livro e enviá-lo às sete igrejas que estão na Ásia.  
O que ele viu inicialmente foi um ser humano, vestido com vestes talares (vestes compridas que alcançam os calcanhares) e cingido à altura do peito com um cinto de ouro.
João segue descrevendo com detalhes: Sua cabeça e cabelos eram brancos como a lã ou como a neve. Os seus olhos como chama de fogo, os seus pés como o latão reluzente e sua voz como a voz de muitas águas (uma catarata).
O seu rosto era como o sol quando resplandece na sua força. Quando o vi, diz João, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs a sua mão direita sobre mim, dizendo: “Não temas, Eu sou o primeiro e o último. Eu sou o que vivo; fui morto, mas estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do inferno” (Apocalipse 1: 18).
João não reconheceu imediatamente aquele homem tão tremendo. Caiu desmaiado ao vê-lo porque a imagem que João tinha de Jesus era outra completamente diferente. Mas, essa é a verdadeira imagem do Logos, do Verbo vivo, do Primogênito de toda a criação. Esse é o Cristo glorioso!
Este é o cristo que está interagindo com a igreja, pois está entre os sete candelabros de ouro que representam as sete igrejas. Essa é a revelação. Creia nisso pois estas palavras merecem credibilidade, conforme o texto:
Disse-me o anjo: “Estas palavras são fiéis e verdadeiras” (Apocalipse 22: 6).
            Voltando à cena final de Mateus, vejamos as instruções dadas por Jesus aos discípulos: “Portanto, ide e fazei discípulos de todos os povos” “Ensina-os a obedecer todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mateus 28: 19-20).
A ordem daquele que recebeu toda a autoridade no céu e na terra é: Que os discípulos aprendam a obedecer! Esse é o propósito de Cristo e do Pai, gerar uma família de homens e mulheres capazes de obedecer para que, através deles, o Reino dos céus seja reconquistado na terra.
Esse é o plano e nós somos os sujeitos que vamos torná-lo realidade. Deus conta com isso!
Vamos aprender a obedecer ao Pai em tudo e estaremos cooperando com o propósito de Deus.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Conhecer a Constituição do Reino de Deus



“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça” (II Timóteo 3: 16).
Deus nos deu a sua Palavra para que possamos aprender a viver em seu Reino. Uma vida de retidão não ocorre naturalmente, nem mesmo para os súditos do Reino dos céus. Temos de treinar nossa mente para que sigamos os caminhos de Deus e disciplinemos nosso corpo para fazer o que é certo. Se estivermos cientes do que temos de realizar todos os dias, também saberemos como fazer isso.
O conhecimento da Bíblia é o segredo para uma cidadania eficiente no Reino de Deus. Geralmente são poucas as pessoas que conhecem as leis da nação onde habitam. Essa ignorância é perigosa por pelo menos dois motivos:
  1.       A ignorância com respeito às leis pode levar a pessoa a violar algumas delas inadvertidamente, resultando em punições legais e perda de determinados direitos. Como obedecer àquilo que não conhecemos?
  2.    .      A ignorância das leis geralmente significa também falta de conhecimento sobre nossos direitos. Se não sabemos quais são nossos direitos como cidadãos, como podemos exigi-los? Portanto, ignorar a lei significa que perdemos duplamente.

O conhecimento da constituição e dos princípios do Reino de Deus também é muito importante para permanecermos firmes diante das circunstâncias e, assim podermos ajudar outras pessoas a encontrar o caminho para o Reino. O rei Davi compreendeu essa realidade, e por isso escreveu:
“Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração. Preguei a justiça na grande congregação; eis que não retive os meus lábios, Senhor, tu o sabes. Não escondi a tua justiça dentro do meu coração; apregoei a tua fidelidade e a tua salvação; não escondi da grande congregação a tua benignidade e a tua verdade” (Salmo 40: 8-10).
Lembremos que Davi não era sacerdote, mas rei. Ele vivia na arena da política, das guerras, do governo e da administração. Com certeza reunia-se com ministros, governantes e outras autoridades de segundo escalão para decidir sobre questões relacionadas à vida e à operação do reino.
Além disso, como rei, certamente ele recebia delegações de outros reinados. De acordo com os versículos que vimos, Davi nunca hesitava em falar sobre a justiça, a fidelidade e a salvação de Deus. Isso era parte integral de sua vida, tanto quanto o ato de respirar.
Muitas pessoas insistem que não se deve misturar fé com política. Esse conceito seria completamente estranho a Davi. Ele era um homem segundo o coração de Deus e nunca se acovardou de contar a respeito da glória, da misericórdia, do amor, do poder e da majestade do Senhor. Ele assumia uma posição clara diante de todos e afirmava: “Essa é minha opinião”.
Precisamos de políticos, presidentes, diretores, supervisores e empregados cristãos que se levantem em nome da justiça e digam: “Essa é minha opinião”. Necessitamos de pessoas que afirmem: “Não enganarei, não mentirei, não procurarei atalhos, não aceitarei subornos. Não farei falcatruas, não adulterarei faturas, não roubarei tempo do meu empregador, porque tudo isso viola minha lei mais sublime, a lei dos céus”.
Precisamos de pessoas que digam: “Vou à busca de honra, honestidade, integridade e excelência em tudo que faço, porque isso preserva minha posição de justificação diante do meu Rei”. Se você for demitido por causa desta atitude, o que importa? Deus cuidará de você. Ele honra, protege e recompensa os justos.
Jesus afirmou: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus” (Mateus 5:10). Defenda a justiça, e Deus irá abençoá-lo com todos os benefícios do Reino.
Nossa posição de justificação nos coloca sob a autoridade apropriada no Reino. Esse conceito é tão importante que até mesmo Jesus teve de alcançar essa posição antes de começar seu ministério público. Um dia, Ele foi até o rio Jordão, onde o profeta João estava batizando o povo para arrependimento (a renúncia e o afastamento) de pecados. Jesus entrou na água para ser batizado.
Mas João opunha-se-lhe dizendo: “Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim”? Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: “Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça”. Então ele o permitiu.
 (Mateus 3: 14-15).

         Se Jesus Cristo, que era Deus encarnado, teve de submeter-se à autoridade que Ele mesmo estabeleceu, quem somos nós para pensar o contrário. Nossa submissão à autoridade do Reino nos coloca em harmonia com a palavra e a vontade do Rei. 

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Porque devemos obedecer

“De tudo o que se tem ouvido, a conclusão é: Teme a Deus e obedeça a seus mandamentos, pois isso é o dever do homem” (Eclesiastes 12: 13).


Deus é reconhecido pelas principais religiões como o Soberano Criador, principalmente pelo judaísmo e cristianismo. Por meio da revelação sabemos que o Senhor reina em seu trono de autoridade.


Davi, que reinou sobre Israel, reconhecia a superioridade da soberania de Deus e expressou isso em seus salmos: “O Senhor estabeleceu o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo” (Salmo 103: 19).


Todos aqueles que admitem a existência de Deus devem reconhecer a sua autoridade e consequentemente adotar uma atitude de submissão a Ele. Nada mais justo. A obediência nos faz ter comunhão com Deus e possibilita um relacionamento harmonioso com Ele.


A obediência faz parte de um plano de restauração do propósito original de Deus quando criou o homem a Sua imagem e semelhança. Seu plano era expandir seu domínio ao mundo visível representado pela terra e exercer a sua autoridade por meio do homem. Por isso ele planejou dizendo: “Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra” (Gênesis 1: 26).


No mundo físico o governo de Deus seria através do homem em comunhão com Ele. Foi por isso que Deus estabeleceu uma ordem no jardim; “Da árvore da ciência do bem e do mal dela não comerás”. Deus exerceu Sua autoridade como forma de provar a submissão do primeiro casal.  


Ao desobedecer, o homem provocou a quebra de confiança e da comunhão, e assim perdeu o reino e a autoridade delegada por Deus a ele. Isso frustrou momentaneamente o plano do Criador.


Séculos depois Deus retomou o Seu propósito de estabelecer seu reino sobre o mundo visível e enviou Seu Filho para restaurar o que se havia perdido. Jesus Cristo teria que submeter-se ao Pai em tudo e capacitar-se a gerar filhos espirituais com as características apropriadas.


Diferentemente de Adão que gerou filhos da desobediência, Jesus Cristo iria gerar, por meio do Espírito, filhos da obediência que vivessem em comunhão perfeita com o Pai. Assim o Reino de Deus seria finalmente estabelecido.


Essa é a obra de Cristo e essa foi a sua missão terrena: Aprender a obediência para ensinar a obediência:“Embora sendo Filho, aprendeu a obediência por meio daquilo que sofreu e, tendo ele sido aperfeiçoado, veio a ser o autor da eterna salvação para todos os que lhe obedecem” (Hebreus 5: 8-9).


A obediência de Cristo
Os exemplos bíblicos da obediência de Cristo são os seguintes:

  • ·         Ele mostrou a sua obediência ao Pai por meio de seu nascimento, cumprindo o plano divino e deixando a glória celeste que sempre tivera na qualidade de ‘O Logos de Deus’ (João 1: 1-5).
  • ·         Em sua infância, Jesus obedeceu a Maria e a José, seu pai adotivo, mas principalmente o seu Pai celestial (Lucas 2: 49,51).
  • ·         O ministério público de Jesus fez parte de sua obediência ao Pai em favor da humanidade. Ele veio para cumprir toda a justiça (Mateus 3:15).
  • ·         Ele foi obediente à vontade do Pai no jardim do Getsêmani (Mateus 26:39).
  • ·         A morte de Cristo em Jerusalém, também ocorreu como um ato de obediência à vontade do Pai (Lucas 13:33).
  • ·         Cristo obedeceu expressando os ensinamentos do Pai. Os ensinos eram do Pai e ele os transmitiu fielmente (João 7:16).
  • ·         Os feitos de Cristo eram os feitos do Pai, que o filho cumpria obedientemente (João 6:38).


Como homem, ele aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu, e isso envolve uma importante questão teológica, no tocante à natureza de sua encarnação e missão. Ele deu o exemplo, como homem, de como os homens devem obedecer ao Pai.


Se Cristo teve de aprender a obedecer, quanto mais nós! A obediência foi a escola que Cristo freqüentou, e deve ser a nossa!





terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Evangelho do Reino

“E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mateus 24: 14).


Por onde Jesus andou, ele pregou o Reino. Aquela era sua atribuição. A mensagem básica de Jesus não era sobre o novo nascimento, pois em todos os registros de Seu ministério, Jesus falou somente uma vez sobre o novo nascimento, e isso no meio da noite a um fariseu chamado Nicodemos que o tinha procurado em particular.


Nascer de novo é o modo de entrar no Reino – este é o primeiro passo necessário. Mas o evangelho do Reino envolve muito mais. Jesus falou muito pouco a respeito de outros temas tão preciosos para os pregadores atuais; Prosperidade, saúde, batismo no Espírito Santo e outras tantas mensagens. Jesus ensinou sobre estes temas e os demonstrou em seu ministério diário, mas ele não pregava sobre esses assuntos.


Jesus tinha somente uma mensagem: o Reino de Deus. Ele viveu para se dedicar a esse objetivo, e gastou todo o tempo de seu ensino falando sobre isso. Infelizmente, a maioria de nós não compreendeu realmente o que Jesus quis dizer quando falou do Reino. É por isso que nós precisamos estudar sua mensagem cuidadosamente de modo que nós possamos pregá-la exatamente como é. Só assim poderemos ajudar a cumprir o Seu ‘ide’ preparando o Seu retorno.


Como Jesus fez, nós precisamos proclamar que o Reino do céu está próximo, que Deus está trabalhando para nos restaurar à nossa posição original e legítima como Seus filhos, como herdeiros do Seu Reino e como administradores dos domínios da terra.


Por que a pregação do Evangelho do Reino de Deus é tão importante? Tudo isso tem a ver com o propósito imutável de Deus. Desde o início, a intenção de Deus é estender Seu Reino celestial ao planeta terra através da humanidade. Essa permanece sendo Sua intenção, apesar da queda do homem.


No princípio, Adão e Eva se relacionavam com o Criador e exerciam sua autoridade e domínio como Ele pretendia. Entretanto, eles pecaram e desobedeceram a Deus e isso fez com que eles perdessem sua autoridade. Eles perderam o Reino.


O evangelho do Reino revela como Deus está nos restituindo à nossa posição, e nos devolvendo ao lugar de onde viemos. Este é um aspecto importante a compreender. Muitos de nós supomos ou fomos ensinados que o evangelho significa que Deus está se preparando para nos levar ao céu como nosso lar. Isso não é restauração verdadeira, porque nós não viemos do céu.


Restauração significa colocar de volta no lugar ou na condição original. Desde que nós caímos, não do céu, mas de nossa autoridade na terra, ser restaurado significa nos colocar de volta em nosso lugar de autoridade terrena.


Nós fomos feitos para a terra. Deus nos criou do pó da terra, soprou Sua vida em nós, e nos constituiu como governantes sobre o reino físico. Desde a nossa queda Ele tem executado Seu plano de nos restaurar ao lugar de onde caímos. Como nós não caímos do céu, este não é o objetivo de Deus para nós.


Creia, o propósito de Deus é nos restaurar à nossa forma original, o que significa o retorno à nossa posição de autoridade e domínio sobre os peixes, pássaros, gado, plantas e todo o restante do reino terrestre. Como pecadores nós éramos escravos de Satanás no reino das trevas, mas como salvos lavados pelo sangue de Jesus nós somos filhos e filhas de Deus no Reino da luz.


Isso é tudo o que o Pai sempre desejou: filhos e filhas verdadeiros que seriam cidadãos de Seu Reino celestial e viveriam em relacionamento contínuo com Ele.  

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Conciliando a dupla cidadania

Paulo respondeu: “Sou judeu, cidadão de Tarso, cidade importante da Cilícia. Permite-me falar ao povo” (Atos dos Apóstolos 21: 39).


O carcereiro disse a Paulo: “Os magistrados deram ordens para que você e Silas sejam libertados. Agora podem sair. Vão em Paz” (Atos 16: 36).


Mas Paulo disse aos soldados: “Sendo nós cidadãos romanos, eles nos açoitaram publicamente sem processo formal e nos lançaram na prisão. E agora querem livrar-se de nós secretamente? Não! Venham eles mesmos e nos libertem” (Atos 16: 37).


Como vimos nos textos mencionados, Paulo tinha cidadania judaica e romana. Sabemos que, posteriormente ele adquiriu, pelo novo nascimento, a cidadania do Reino dos céus e isso poderia ser um grande problema para ele, mas ao ler a respeito de sua história, relatada em Atos dos Apóstolos, vemos que ele se comportava corretamente em todas as circunstâncias.


Como cidadão judeu ele praticou as leis judaicas até o ponto de ser irrepreensível. Como romano ele soube se portar adequadamente e mesmo tendo sido injustamente preso algumas vezes, não se rebelou ou pregou contra Roma, mas evocou a lei romana para sua defesa e apelou ao imperador para julgar sua causa.


Seus ensinos aos cristãos eram sempre pautados pelo respeito às autoridades:
“Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, às autoridades; sejam obedientes, estejam prontos para toda boa obra, não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos, dando provas de toda cortesia, para com todos os homens” (Tito 3: 1-2).


Estudando a sua postura ética vemos que Paulo conciliava bem suas obrigações de dupla cidadania simplesmente observando as leis e submetendo-se aos governantes judeus e romanos. Porém, em relação às suas prioridades vemos que sua maior autoridade era o Rei do Reino dos céus. Ele considerava que as autoridades eram representantes de Deus e por isso, Deus estava acima de todas elas.


“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação” (Romanos 13: 1-2).


O governo civil é um meio ordenado por Deus para reger e manter a ordem nas comunidades. É um dentre vários desses meios, inclusive ministros na igreja e os pais no lar. Isso significa que cada um deles tem a sua própria esfera de autoridade sob Cristo, que agora governa e sustenta a criação, e os limites de cada esfera são estabelecidos como um anteparo contra a anarquia e contra a dissolução da sociedade ordenada.  


A Confissão de Westminster explica, como segue, a esfera do governo civil:
“Deus, o Senhor supremo e Rei de todo o mundo, para sua própria glória e para o bem público, constituiu sobre o povo magistrados civis, a ele sujeitos, e para esse fim os armou com o poder da espada para defesa e incentivo dos bons e castigo dos malfeitores. Os magistrados não podem tomar sobre si a administração da Palavra ou o poder das chaves do Reino de Deus”.


Pelo fato de o governo civil existir para o bem de toda a sociedade, Deus lhe confere o ‘poder da espada’, o uso legal da força para aplicar as leis justas:
“Visto que a autoridade é ministro de Deus para o teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal” (Rm 13: 4).


Porém, se o governo civil proíbe aquilo que Deus exige ou exige aquilo que Deus proíbe, os cidadãos do Reino não devem submeter-se, e alguma forma de desobediência civil se torna inevitável:
Tendo sido levados perante o Sinédrio, foram interrogados pelo sumo sacerdote: “Demos ordens expressas para vocês para que não ensinassem nesse nome. Todavia, vocês encheram  Jerusalém com sua doutrina e nos querem tornar culpados do  sangue desse homem” (Atos 5: 27-28).


Pedro e os outros apóstolos responderam: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens!” (Atos 5: 29).


O cristão deve buscar primeiro o Reino o Reino de Deus e a sua justiça. Fazendo assim ele nunca será confundido em sua dupla cidadania. Viverá sempre em paz com Deus e com a sua consciência.                                 

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Direitos e Deveres do Cidadão do Reino dos Céus

Nenhuma sociedade humana consegue sobreviver muito tempo sem leis. Isso se aplica tanta a um reino como a qualquer outro sistema de governo. Nós, seres humanos, necessitamos de leis para mantermos nossos instintos mais básicos sob controle, para garantirmos a segurança e a decência pública e preservarmos a ordem moral.


Os padrões de operação de qualquer governo, incluindo os reinos, são compilados em um documento chamado “Constituição”. Esse contrato descreve o que o governo espera do povo e que expectativas o povo pode ter do governo. Ele também determina os direitos dos cidadãos, os quais precisam ser protegidos. Para isso existem as leis. Elas não apenas protegem os padrões e garantem seu cumprimento, mas também determinam punições para os que violarem suas determinações.


Geralmente pensamos em leis como algo desagradável e inconveniente, que restringe nossa liberdade e limita nossas opções. Na verdade, elas são concebidas para nos libertar e fornecer um ambiente seguro onde podemos viver em paz, em segurança e com confiança. A verdadeira liberdade sempre é determinada por limites, e as leis definem esses limites. Dentro deles, somos livres para nos desenvolver, prosperar e alcançar nosso pleno potencial.


“A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e alumia os olhos. O temor do Senhor é limpo e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente” (Salmo 19: 7-9).


Precisamos de padrões firmes, confiáveis e imutáveis com base nos quais vivermos; padrões fundamentados na verdade. Tudo na Palavra de Deus opera para o nosso bem. Não existe lei na Bíblia que não favoreça o bem- estar da humanidade.


Na verdade, as Escrituras são o melhor regulador da sociedade civil. Por isso, precisamos observar com mais detalhes o conceito de lei no Reino de Deus. Quando falamos em obedecer às leis de Deus, nos referimos a viver em submissão a Ele como nosso Rei e Senhor, honrando sua Palavra como padrão imutável para nossa vida. Enquanto obedecermos às leis de Deus, também viveremos, cresceremos e prosperaremos.


“Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jeremias 31: 33).


O objetivo do Rei nunca mudou. Apesar da rebeldia da humanidade, o propósito original do Senhor permanece.


Por isso é muito importante que nós, súditos do Reino de Deus, recuperemos a compreensão da importância de obedecer à Deus. 


Esse é um princípio fundamental do Reino dos céus.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A Cidadania do Reino, seu poder e privilégio.

O maior privilégio que se pode receber em uma nação é o da cidadania. Este é o bem mais valioso de um país e não é concedido facilmente, por causa de seu poder e de seu impacto. Todos os governos defendem o direito de cidadania com o mesmo cuidado devido às suas implicações.


Cidadania não é o mesmo que membresia. As religiões funcionam com base na membresia, enquanto que os Estados e reinos operam com base na cidadania.


A condição de cidadão é um estímulo poderoso. As pessoas são atraídas para um país que possa lhes dar uma vida melhor do que aquela que estão vivendo em sua pátria. Os motivos podem ser vários: empregos melhores, salários mais altos, assistência de saúde eficiente, uma qualidade de vida melhor do que eles poderiam conseguir em seu país de origem.


Pessoas se mostram dispostas a qualquer coisa, arriscando suas vidas, para serem cidadãos de um país que consideram melhor do que o seu. Portanto, o conceito de ‘cidadania’ é muito importante para compreendermos a natureza do Reino dos Céus.   


Os cidadãos nativos de uma nação são naturalmente considerados como cidadãos legais. Porém, os imigrantes que querem viver em um país estrangeiro terão dificuldades para receber a cidadania devido às leis severas adotadas pelos governos. Isso é algo precioso demais para ser distribuído levianamente.


O Reino dos Céus não é diferente de qualquer outro país. Lembremos que o Reino não é uma religião; é um governo com um país. O céu é esse país, e Jesus Cristo, o Rei. Assim diz a Bíblia:
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento do seu governo e paz não haverá fim. Reinará sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o fortificar em retidão e justiça, desde agora e para sempre”. (Isaías 9: 6 e 7).


Como em qualquer outro país, O Reino de Deus também possui o conceito de cidadania.A situação da humanidade é semelhante em muitos aspectos a mobilidade existente hoje no mundo com as grandes levas de imigrantes que tentam fixar residência em países desenvolvidos. Na condição de descendentes de Adão, a humanidade é composta de cidadãos de um país dominado pelas potestades das trevas. É o que afirma o apóstolo Paulo em sua carta aos Colossenses:
“Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz, e que nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl 1: 13-14).


O plano de salvação efetivado pelo Criador possibilita que a graça alcance o pecador e o torne um filho do Rei dos Céus. É o milagre do novo nascimento o qual nos permite uma nova cidadania no Reino dos Céus.


Muitos cristãos chamam isso de ‘ser salvo’, mas é mais abrangente pensarmos que o novo nascimento é um processo de naturalização pelo qual nos tornamos súditos do Reino. É também um processo de restauração da posição original de autoridade e domínio sobre esta terra, como o Criador pretendia desde o início.  


O novo nascimento não apenas nos torna súditos do Reino dos céus, mas nossa cidadania começa imediatamente. Somos súditos do Reino agora mesmo. Nossa cidadania é uma realidade atual. Somos concidadãos dos santos e da família de Deus. A nossa cidade está nos céus. Deus nos transportou para o reino do Filho do seu amor.


Alegra-te!




sábado, 10 de outubro de 2009

Você já entrou no Reino?

A parte mais importante da experiência no Reino de Deus é nosso ingresso nele. Se não sabemos como fazer isso, tudo o mais a respeito do Reino se tornará inútil.


Jesus foi um anunciador das maravilhas do Reino dos Céus, as parábolas são relatos que mostram as inúmeras facetas desse Reino de glória e poder. Qualquer pessoa que ouve e entende a respeito, fica logo interessada em entrar numa dimensão tão abençoada e próspera. Jesus afirmou:
“A lei e os profetas duraram até João; desde então, é anunciado a Reino de Deus, e todo homem emprega força para entrar nele” (Lc 16: 16).


Quando alguém entende o que é o Reino, conhece as riquezas, os benefícios e a satisfação que ele fornece; fará qualquer coisa para entrar, até mesmo arriscar a vida. Essas pessoas têm descoberto o Reino dos Céus, e dão-se conta de que não há preço alto demais para entrar nele.


Cristo afirmou que o Reino dos Céus é como um tesouro tão precioso que vale a pena desistir de tudo para tomar posse dele:
“Também o Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem e compra aquele campo”.
“Outrossim, o Reino dos Céus é semelhante ao homem negociante que busca boas pérolas; e, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha e comprou-a” (Mateus 13: 44-46).


Ao longo das eras, as pessoas têm deixado casas, famílias, viajado por todo o mundo, enfrentado dificuldades e arriscado a perder a vida e envolver-se em desastres diariamente, atraídas por riquezas e tesouros. É surpreendente ver quantos indivíduos estão dispostos a arriscar-se, até as ultimas conseqüências, pela oportunidade de tirar a sorte grande.


Jesus disse que é essa maneira como devemos portar-nos em relação ao Reino. Devemos buscá-lo até o ponto de colocar nossa vida em risco, porque, uma vez que tenhamos ingressado no Reino estaremos em posição privilegiada.


Se estamos dispostos a assumir o risco de ir em busca de tesouros terrenos que eventualmente se dissiparão, muito mais devemos desejar arriscar tudo por causa do Reino. Ele vale qualquer esforço. Quando o alcançarmos, isso nos basta. Tudo está incluído no Reino. Não precisamos de nada mais.


O assunto dessa página é: Você já entrou no Reino? O que significa isso? Esta é uma pergunta muito importante, porque a maioria dos cristãos aprendeu que entrar no Reino significa morrer e ir para o céu. No entanto, sempre que Jesus usou a palavra entrar, com referência ao Reino de Deus, ele não estava se referindo a morrer e ir para algum lugar. Ele estava falando a respeito de entrar, ou adotar, o estilo de vida do Reino.


Entrar também significa perseguir e adquirir a cidadania do Reino, isso inclui os privilégios e direitos constantes na sua constituição. Portanto, faça do Reino sua prioridade e entre nele.  


Para compreender melhor o conceito de entrada no Reino de Deus, vamos analisar essa declaração de Jesus:
“Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos Céus” (Mateus 18: 3).


Primeira coisa: Converter-se! Mudar de opinião a respeito de algo, transformar-se, mudança de forma ou de natureza (Michaelis). Isso não é fácil, principalmente para quem tem muitas opiniões formadas sobre tudo. Na religiosidade é algo muito complicado, mas é possível.


Segundo: Fazer-se como crianças!  Por que ele usou essa analogia? Porque as crianças simplesmente se submetem tranquilamente. Elas seguem seus pais sem nenhuma desconfiança. Uma criança é inocente, não vê malícia em nada. Elas se entregam aos cuidados dos pais e se sentem seguras.


Quando Jesus afirmou que devemos tornar-nos como crianças estava dizendo que, ao entrarmos no Reino de Deus, devemos viver de acordo com ele. Temos de aceitá-lo com uma fé sincera e pura, como a de um pequenino, submetendo-nos à influência, às ordenanças, aos valores, ao código moral, aos padrões e aos ditames do Reino. Temos de obedecer às leis e seguir aos princípios do céu.


Jesus estava dizendo: “sejam como crianças. Não tentem barganhar comigo. Se eu disser para vocês pararem de pecar, façam isso. É simples assim”.
                                                                                                                       

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O Escudo da Justiça

A justiça é um escudo muito forte que nos protege até mesmo do desastre. A Bíblia afirma que Deus não destruirá os justos juntamente com os ímpios. Portanto, a presença de um único justo é suficiente para proteger todos ao seu redor. Lembre do exemplo de José no Egito. Ele era um homem justo, temente a Deus e, por sua causa o Senhor preservou a nação de faraó.


Estar sob a proteção de Deus significa não apenas que Ele cuida de nós, mas também que ouve o que dizemos. Quando buscamos e caminhamos na justiça, o Criador volta os olhos para nós e ouve-nos: “Os olhos do Senhor estão sobre os justos; e os seus ouvidos, atentos ao seu clamor” (Sl 34: 15).


A garantia do justo é que Deus o ouvirá e atenderá.
“E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos” (I João 5: 14-15).


Pedir segundo a sua vontade significa aceitar a sua vontade e concordar que Deus é justo em todas as Suas obras. É buscar a Sua justiça em tudo. Por isso é que devemos nos preocupar com a prática da justiça para não fazer nada que interfira em nosso relacionamento com o Pai.


Deus não apenas ouve e responde os justos quando clamam, como também os livra das dificuldades da vida:“Os justos clamam, e o Senhor os ouve e os livra de todas as suas angústias. Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito. Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas. Ele lhe guarda todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra. A malícia matará o ímpio, e os que aborrecem o justo, serão punidos. O Senhor resgata a alma dos seus servos, e nenhum dos que nele confiam será condenado”
(Salmo 34: 17-22).


Pratique a justiça em seu dia a dia!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

A maturidade e a busca da Justiça

“Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal” (Hebreus 5: 13-14).


A busca da justiça é o segredo da maturidade, da compreensão e do discernimento sobre a vida no Reino de Deus. A vida sem a justiça nos coloca em dissonância com o Senhor e impede nosso crescimento. Quem vive assim nunca conseguirá passar do estágio de bebê espiritual e ficará sempre engatinhando.


Pessoas que não experimentam os benefícios da vida no Reino são como bebês que ainda se alimentam de leite, não receberam alimento sólido. Tais pessoas não conseguem progredir. A criança tem um sistema digestivo que é incapaz de assimilar alimentos pesados, assim como a mente de um cristão imaturo não é capaz de captar e digerir as exigências sólidas da justiça.


Um dos maiores problemas que afetam a igreja contemporânea é o fato de que os cristãos não aprendem sobre a importância da justiça pessoal na vida diária. Como conseqüência, muitos não sabem como andar em consonância com Deus ou mesmo como aferir se isso está ocorrendo em sua vida. Assim,  eles não experimentam as bênçãos, os benefícios, a provisão e a prosperidade do Reino. Sua vida de injustiça impede o acesso a essas coisas.


Não há necessidade grande demais que o Senhor não consiga suprir. Como filhos de Deus e cidadãos do Reino dos Céus, temos um canal que nos liga aos suprimentos celestiais, que são usados por Deus para suprir nossas carências físicas e espirituais. Entretanto, este ‘canal’ precisa estar limpo e desimpedido, e é a prática da justiça que o mantém assim.


Quando buscamos ativamente a justiça em nossa vida diária, obedecendo à ordem de Cristo, desfrutamos um nível de segurança e proteção que as pessoas praticantes da iniqüidade* não possuem.


Isso não significa que nunca enfrentaremos problemas, dificuldades ou circunstâncias negativas – essa é uma parte inevitável da vida em um mundo corrompido e pecaminoso. Entretanto, quer dizer que, mesmo em períodos assim – e principalmente nesses momentos -, a graça de Deus estará sobre nós, colocando-nos em segurança e fazendo-nos triunfar.


Por que ficamos tão seguros? Porque o Senhor, Rei do Reino dos Céus, nunca tira os olhos de nós:
“Dos justos não tira os seus olhos; antes, com os reis no trono os assenta para sempre, e assim são exaltados” (Jó 36: 7).


Deus não apenas os protege, mas também os exalta. Esse versículo afirma que o Criador exalta os justos. Isso significa que, se permanecermos na posição correta com Deus, Ele nos dá uma promoção em todas as situações que enfrentamos.


Atualmente, muitos cristãos culpam o sistema do mundo pelos problemas que enfrentam. É hora de os cristãos saírem do controle desse ‘sistema’ e submeterem-se ao Reino de Deus e às suas leis. Tudo que o Senhor nos pede é que busquemos em primeiro lugar seu Reino e sua justiça, pois, com ou sem ‘sistema’, Ele nos acrescentará tudo o mais.
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Iníquo: Que ofende a equidade, a retidão. Injusto.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Entrar pela porta e algo mais

Portanto, tornou Jesus a dizer: “Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas” (João 10: 7).


O estilo de ensinar usado por Jesus em seu ministério era caracterizado por ilustrar as verdades do Reino comparando-as com símbolos ou coisas que faziam parte da realidade cotidiana das pessoas que ele queria ensinar. Isso permitia uma melhor compreensão. Esse era o objetivo: Que todos compreendessem.


A porta das ovelhas era uma estrutura por demais conhecida dos judeus, pois quem conhecia Jerusalém tinha na mente a imagem de centenas de ovelhas voltando dos campos, ao cair da tarde, tangidas pelos pastores e buscando sofregamente a segurança dos muros da cidade. Ali estariam abrigadas durante a noite e não seriam molestadas pelos predadores. Elas descansavam ouvindo o som do cajado bater nas pedras do aprisco.  


“Porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam” (Salmos 23).
Entrar pela porta das ovelhas era a salvação e a diferença entre a vida e a morte. 
Temos a noção de salvação profundamente influenciada por essa imagem bucólica de ovelhas descansando no aprisco do bom pastor e isso tem nos consolado nas inúmeras circunstâncias da vida. Porém é preciso dizer que a porta não é o alvo é apenas a entrada.


“Eu sou a porta. Todo aquele que entrar por mim, salvar-se-á. Entrará e sairá, e achará pastagens” (João 10: 9).


Uma porta é um portal através do qual nós passamos de um lugar a outro. Jesus é a porta através da qual nós passamos da morte para a vida, das trevas para a luz, da culpa para o perdão, da vergonha para a alegria, da discórdia para a paz, e da derrota para a vitória.
Se alguém fica parado na porta, nunca experimentará a plenitude do Reino que o Pai preparou para os seus filhos. Nós temos que pisar além da entrada, assim poderemos descobrir um mundo inteiramente novo de riquezas e glória que se encontram nele. O Reino é um lugar onde podemos experimentar a vida ao máximo.  


Jesus é o pastor que nos traz aos pastos abundantes do Reino do Seu Pai, mas o quanto nós desfrutaremos do alimento e refrigério depende de nós. O Senhor não nos alimentará à força. Ele quer que participemos plenamente das alegrias, benefícios e bênçãos de Seu Reino, mas não violará nossa vontade. O grau em que nós apreciamos a nossa cidadania do Reino depende do grau de prontidão em sermos audaciosos ao reivindicar o que é direito nosso.