segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Deus deseja estabelecer o seu Reino

Embora Satanás tenha se rebelado contra a autoridade de Deus, e embora o homem diariamente viole Sua autoridade rebelando-se contra Ele, Deus não permitirá que a rebelião continue. Ele estabelecerá Seu Reino.
Deus deseja que as criaturas aceitem Sua autoridade, mas esses dois tipos de criaturas rejeitaram a autoridade de Deus a tal ponto que Ele não pôde estabelecer Sua autoridade sobre as demais criaturas. Todavia, Deus não poderia revogar Sua autoridade.
Deus pode retirar Sua presença, mas nunca revogará Seu sistema de autoridade, pois onde quer que a autoridade de Deus estiver ali é manifestada a posição de proeminência do Criador dos céus e da terra.  
Com a vinda de Cristo Jesus, Deus retomou o Seu propósito de estabelecer Seu Reino e manifestar a todas as criaturas Sua autoridade. Tudo o que o Senhor Jesus fez sobre a terra foi em total submissão. Nada houve que se opusesse à autoridade de Deus. Foi nessa esfera que se estabeleceu o Reino de Deus e Sua autoridade foi exercida. O que precisamos entender é que hoje, a igreja precisa permitir que a autoridade de Deus tenha um livre caminho e através da submissão dos filhos de Deus, o Reino de Deus seja manifestado como o foi por meio de Cristo Jesus.
Na oração do Senhor Jesus, o princípio e o fim mencionam o reino. No início Ele diz: “Venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu”. Vemos na oração que o reino de Deus é a esfera onde a Sua vontade é feita sem impedimentos. No final da oração Jesus diz: “Pois teu é o reino, o poder e a glória”. As três coisas, reino, autoridade e glória estão relacionadas.
O Reino dos céus iniciou-se com o Senhor Jesus, mas seu alcance era muito restrito naquele tempo. Hoje a esfera do Reino não está limitada ao Senhor somente, está também em muitos cristãos. O propósito de Deus não é apenas que nos tornemos a igreja, mas também que a igreja se torne o Reino de Deus, o lugar onde Deus exerce Sua autoridade.
Portanto, o desejo de Deus não é apenas ganhar um pouco de terreno, mas ter a igreja inteira livre da rebelião. Deve existir na igreja uma submissão e uma posição de obediência irrestrita a Deus de tal forma que a Sua autoridade possa ser estabelecida. Dessa maneira, a autoridade será estabelecida entre as criaturas de Deus.
O EVANGELHO NÃO É SOMENTE PARA O HOMEM CRER MAS TAMBÉM PARA O HOMEM SE SUBMETER.
A Bíblia não fala somente sobre fé, ela fala também sobre obediência. Nós não somos apenas pecadores; somos filhos da desobediência: “Tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus” (II Tessalonicenses 1:8).
Aqueles que não obedecem são aqueles que se rebelam. Paulo disse aos romanos que: “Deus irá recompensar cada um de acordo com as suas obras: Dará vida eterna aos que, com perseverança em fazer o bem, procuram  glória, honra e incorrupção. Mas indignação e ira aos que são contenciosos, e desobedientes à verdade, e obedientes à iniqüidade” (Romanos 2: 7-8).
Um discípulo na fé deveria realmente ser um discípulo em obediência. Não somente deve existir fé; deve existir também a submissão debaixo da autoridade do Senhor. Quando o apóstolo Paulo foi iluminado, disse: “Senhor que queres que eu faça?” Ele não somente creu em Jesus; ele se tornou obediente ao Senhor.
A conversão de Paulo não somente o fez perceber a graça, mas também o fez submeter-se à autoridade. Quando foi movido pelo Espírito Santo para ver a autoridade do Evangelho, ele reconheceu Jesus como Senhor. Deus não nos chamou somente para receber vida por meio da fé, mas também para manter a Sua autoridade pela obediência.
O plano de Deus para nós na igreja é que nos submetamos à Sua autoridade bem como a todas as autoridades que Ele estabelece. Isso abrange o lar, o governo, a escola, a igreja e assim por diante. Ele não indica especificamente a quem você deveria se submeter, mas sim que você possa reconhecer uma autoridade representativa de Deus e então, submeter-se sem resistências e sem preconceitos.
Se a igreja não quiser aceitar a autoridade de Deus, Ele não tem como estabelecer o Seu Reino. Se a igreja não der caminho livre ao Reino de Deus, o Reino não terá caminho entre as nações. Por essa razão a igreja é a estrada para o Reino. Devemos libertar-nos de toda desobediência para que Deus tenha um caminho desimpedido. Quando a igreja se submeter, as nações se submeterão.
Quando a vida de Deus, Sua vontade e Suas ordens forem executadas na igreja, o Reino virá! 

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Os efeitos negativos da rebelião

“Logo, assim como por meio de um só homem muitos foram feitos pecadores, assim também, por meio da obediência de um único homem muitos serão feitos justos” (Romanos 5: 19).
            Consideremos a história de Adão e Eva em Gênesis capítulos 2 e 3. Depois que Adão foi criado, Deus deu a ele algumas instruções. Ele ordenou-lhe que não comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Devemos perceber que não se trata meramente de uma questão de comer ou não comer do fruto proibido. Na verdade, Deus colocou Adão sob a Sua autoridade com a intenção de que ele se submetesse a ela.
Adão precisava aprender a submeter-se para que pudesse, então, exercer autoridade sobre toda a terra. Somente aqueles que se submetem à autoridade podem ser autoridade.
Deus, então, determinou que Adão fosse a autoridade e que Eva estivesse submissa a ele. Entre os dois, Deus colocou um para ser autoridade e o outro para submeter-se. Tanto na velha criação quanto também na nova criação, a ordem de precedência é a base da autoridade. Quem quer que seja criado primeiro é a autoridade, quem quer que seja salvo primeiro é a autoridade.
Por essa razão, aonde formos, nosso primeiro pensamento deverá ser o de verificar quem é aquele a quem o Senhor quer que nos submetamos. Onde quer que estejamos, temos de identificar a autoridade e também temos de nos submeter a ela.
A queda do homem veio da não submissão à autoridade. Eva não buscou confirmação com Adão; ela tomou a decisão. Ela viu que o fruto era bom e saboroso; então agiu indevidamente e tomou a decisão por si mesma. Antes de estender a mão para pegar o fruto, ela primeiramente usou a cabeça para pensar e para receber a tentação. Então assumiu o encabeçamento, ou seja, a autoridade.
A atitude de Eva ao tomar o fruto não veio da submissão, veio sim da decisão do “eu”. Ela não somente transgrediu a ordem de Deus como também desconsiderou a autoridade de Adão. Rebelar-se contra a autoridade representativa de Deus é rebelar-se contra o próprio Deus. Adão ouviu a palavra de Deus e mesmo assim tomou o fruto. Isso foi pior ainda; foi uma desobediência à ordem direta de Deus. Dessa maneira, Adão também desconsiderou a autoridade de Deus e foi rebelde.
Eva não somente estava sob a autoridade de Deus; ela também estava debaixo da autoridade que Deus estabelecera. Ela tinha de se submeter a um duplo comando e a uma dupla autoridade. O mesmo ocorre conosco hoje. Eva somente pensou no fruto como sendo bom para alimento e nem pensou, naquele momento, que deveria agir em submissão mesmo na questão do comer.
Desde o princípio, Deus quis que o homem se submetesse em vez de propor suas próprias idéias. O ato de Eva, no entanto, não se originou da submissão, mas da sua própria idéia. Ela propôs sua idéia, transgrediu contra Deus, e tornou-se caída. Agir sem submissão provoca a queda. Um ato que não tem a submissão como base é um ato de rebelião, não importa quão bom ele seja.
Ao deparar-se com alguma situação que exige ação da parte do homem, logo ela parte para resolver aquilo. O homem gosta de agir, não costuma ficar parado. Ele não se importa em saber se existe ou não a submissão. Por essa razão é que muitas obras, mesmo as ditas “obras de Deus” são feitas pelo ego e não pelo ouvir e obedecer.
O homem não deveria fazer nada proveniente do conhecimento de certo e errado. Antes, deveria fazer todas as coisas provenientes da obediência. O princípio do discernimento do bem e do mal é o princípio de viver pelo certo e errado. Antes de Adão e Eva tomarem o fruto, o seu discernimento estava em Deus. O certo e o errado deles era o próprio Deus.
Mas depois que o homem comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal, ele achou outra fonte de discernimento entre o certo e o errado além de Deus. Por essa razão, depois da queda do homem não havia necessidade de que ele buscasse a Deus. Agora ele poderia seguir sozinho por si mesmo. Ele poderia isolar-se de Deus para julgar entre o certo e o errado. Isso é a queda.
            A obra de redenção é produzir em nós uma reviravolta de tal maneira que nos voltemos para Deus para que Ele seja o nosso certo e errado. Mas existem muitos cristãos hoje nos quais não há nem mesmo um mínimo de preocupação com o conceito de submissão. Para eles tudo isso é besteira, com eles não há tal necessidade. Porém, tendo em vista o propósito original de Deus, devemos estar atentos para aprender essa lição: toda autoridade, qualquer que seja ela, procede de Deus. Ele está acima de todas as autoridades, portanto onde quer que estejamos, ofender a autoridade que representa Deus é ofender o próprio Deus. 
            Um cristão deve submeter-se à autoridade.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A submissão do Filho

“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo, e foi obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou a mais alta posição e lhe deu um nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Filipenses 2: 5-11).
A Palavra de Deus nos diz que o Senhor Jesus e o Pai são um. No princípio era a Palavra (verbo) assim como no princípio era Deus. A Palavra era Deus e esta Palavra criou os céus e a terra. O Pai e o Filho são iguais, têm o mesmo poder, e existem simultaneamente. Mas há uma diferença em pessoa entre o Pai e o Filho.
Não se trata de uma distinção na natureza intrínseca, mas um arranjo na Deidade. A Bíblia diz que o Senhor não julgou como usurpação o ser igual a Deus. Usurpar significa tomar pela força. Portanto, a igualdade do Senhor com Deus não é algo que Ele tomou pela força. Não se trata de uma usurpação, porque, antes de mais nada, o Senhor tem a imagem de Deus.
O texto acima mostra, primeiramente, o esvaziar-se de Cristo e, depois a humilhação de si mesmo. Aqui o Senhor humilhou-se duas vezes, uma ao esvaziar-se em Sua Deidade, e a outra ao humilhar-se em Sua humanidade. Quando o Senhor veio à terra, Ele esvaziou-se da glória, poder, posição e imagem em Sua Deidade, tanto que os homens, desprovidos de revelação, não o reconheciam como Deus, considerando-o apenas um homem, um simples homem comum.
Na Deidade o Senhor escolheu voluntariamente ser o Filho, submetendo-se à autoridade do Pai. Portanto, Ele disse que o Pai era maior do que Ele. A posição de Filho foi uma escolha voluntária do nosso Senhor.
Na Deidade existe uma harmonia plena. Na Deidade há igualdade, todavia ela é maravilhosamente arranjada de tal forma que o Pai seja o Cabeça e o Filho se submeta. O Pai se tornou a representação da autoridade e o filho se tornou a representação da submissão.    

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A necessidade de restauração da submissão

“Por isso o Senhor Deus o mandou embora do jardim do Éden” (Gênesis 3: 23).


Quando Adão caiu em pecado, a ordem no universo foi destruída. Ele nunca deveria ter tentado julgar por si mesmo o bem e o mal. O homem pensa que algo é bom ou então que algo não é bom. Parece até que o julgamento do homem é mais claro que o de Deus. Isso, no entanto, é uma atitude de insensatez que leva à queda. Se não formos libertados desse princípio maligno, nós nunca deixaremos de viver em estado de rebelião contra Deus.
A submissão deficiente que vemos hoje não é suficiente para solucionar esse dilema da humanidade. Alguns cristãos pensam que por terem crido e sido batizados, isso basta. Mas isso não é suficiente. Jovens estudantes pensam que é muita humilhação submeter-se aos seus professores. Há muitas esposas que pensam ser um castigo divino a exigência de que se submetam a um marido sob o qual é impossível viver.
Muitos ignoram que “submissão” na Bíblia tem a ver com submissão sob a autoridade estabelecida por Deus. Submissão é um princípio básico. Se a questão da autoridade não é resolvida, nada pode ser bem feito. A fim de restaurar a autoridade, a submissão deve ser restaurada. Muitos estão acostumados a agir como cabeça; eles nunca conheceram a submissão. Enquanto cidadãos do Reino dos céus devemos aprender a submissão para viver em harmonia com Deus e com as autoridades estabelecidas por Ele.
Todos os problemas do homem são devidos ao seu viver fora da esfera da autoridade de Deus. Hoje o Senhor está trabalhando na restauração da unidade do corpo de Cristo. Para ter-se a unidade do Corpo deve haver primeiramente a primazia da Cabeça, e então, o respeito à autoridade da Cabeça que é Cristo.  
Sem a vida da Cabeça, não existe nenhum corpo. Igualmente, sem a autoridade da Cabeça não existirá unidade do corpo. Devemos permitir que Cristo, que é a Cabeça do corpo, governe de tal maneira que o Corpo possa tornar-se um. Deus requer que nos submetamos não somente a Ele, mas também a todas as Suas autoridades representativas. Todos os membros do Corpo têm de aprender a se submeter uns aos outros. O corpo é um. A Cabeça e o Corpo também são um. Somente quando a autoridade do Cabeça prevalece é que a vontade de Deus será realizada. Deus deseja que a igreja seja o Reino de Deus aqui na terra.
Algumas pessoas tem se esforçado para praticar a submissão, mas tem encontrado muita dificuldade. A esses dizemos que, a não ser que a misericórdia de Deus esteja sobre nós, ninguém consegue submeter-se à autoridade de Deus. Por essa razão devemos aprender alguns pontos importantes:
1 – Deve haver um espírito de submissão.
2 – Deve haver treinamento na submissão.
3 – Devemos aprender a identificar as autoridades representativas de Deus.
Algumas pessoas cresceram em lares onde o princípio da autoridade foi prejudicado por causa das atitudes inconvenientes das pessoas que estavam na posição de autoridades representativas. Por isso essas pessoas passam pela vida com imensa dificuldade em se submeter a qualquer que seja a autoridade. Quando elas chegam diante de uma autoridade, essas pessoas sentem uma verdadeira aversão a elas e por isso não se submetem com facilidade. Esse tem sido o problema mais comum no meio do povo de Deus.
Se esse é o seu caso será preciso que o velho homem morra para que o novo homem, nascido de Deus possa viver essa vida na restauração. É preciso viver no espírito e assim venceremos a carne: “A mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à Lei de Deus, nem pode fazê-lo. Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus” (Romanos 8: 7-8).
O apóstolo Paulo transmitiu ensinamentos importantes a respeito do assunto em sua carta aos Romanos. Sugiro que você leia o capítulo 8 e procure praticar, com a ajuda do Espírito Santo, as orientações. Ele viveu uma vida de total resistência aos desejos de sua carne e por isso ele nos diz: “Se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão; mas, se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão, porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (versículos 13 e 14).
É assim que Deus irá restaurar e recolocar o homem na posição inicial de antes da queda. Dessa forma o Seu Reino será estabelecido e a Sua vontade será feita na terra toda, assim como é feita no céu.


Coopere com o propósito eterno de Deus!  

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A percepção da autoridade

“Todo aquele que comete pecado, transgride a lei, pois o pecado é a transgressão da lei” (I João 3: 4).


No universo existem duas grandes coisas: crer para a salvação e submeter-se à autoridade. Em outras palavras, confiar e obedecer. A Bíblia mostra-nos que a definição de pecado é transgressão da lei. Em Romanos 2: 12 as palavras “sem lei” significam “ilegal”. Ser ilegal é desconsiderar a autoridade de Deus, e desconsiderar a autoridade de Deus é pecado.
Transgredir é uma questão de conduta, mas ser ilegal é uma questão de atitude e coração. A era atual é uma era de ilegalidade; o mundo está cheio   de pecados de iniqüidade. O próprio iníquo está prestes a ser manifestado: “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo sopro da sua boca” (II Tessalonicenses 2: 8). Ao mesmo tempo, a autoridade terá menos e menos lugar no mundo. Por fim, toda a autoridade será derrubada. O que sobrar será um reino de ilegalidade.
Portanto, existem dois princípios: um da autoridade de Deus e outro da rebelião de Satanás. Não podemos servir a dois senhores; servir a Deus e ao mesmo tempo tomarmos o caminho da rebelião que manifesta o reino das trevas.
Embora uma pessoa rebelde possa pregar, louvar, atuar em obras sociais e outras, Satanás rirá daquilo, porque naquelas obras, aparentemente beneméritas, existe o princípio de Satanás. O serviço sempre será acompanhado de autoridade. Queremos ser submissos à autoridade de Deus ou não?
Nós que nos consideramos cristãos, filhos de Deus ou mesmo cidadãos do Reino dos céus, devemos ter um entendimento claro a respeito da autoridade e da submissão. É como tocar em um fio ligado na corrente elétrica. Uma vez que você leva um choque, nunca mais será descuidado com eletricidade. Da mesma maneira, uma vez que o homem conhece a autoridade de Deus e é atingido por ela, seus olhos serão iluminados.
Ele será capaz de discernir não somente a si mesmo, mas a outros também. Ele conhecerá quem é sem lei e quem não é. Que Deus seja misericordioso conosco para que sejamos libertados do caminho da rebelião. Somente quando reconhecemos a autoridade de Deus e aprendemos a lição da submissão é que podemos liderar os filhos de Deus no caminho certo.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A maior exigência em toda a bíblia

“...quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus, e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação” (Romanos 13: 2).


A maior exigência de Deus para o homem não é carregar a cruz, ofertas, consagração ou auto-sacrifício. A maior exigência de Deus para o homem é a submissão (Ato ou efeito de submeter-se; disposição a obedecer; obediência espontânea).
Deus ordenou ao rei Saul que aniquilasse Amaleque e que destruísse completamente tudo o que eles tinham (I Samuel 15). Mas depois que Saul venceu os amalequitas, ele poupou Agague, o rei amaleque, e escolheu as melhores ovelhas, bois e tudo o que era de valor. Ele recusou-se a destruí-los, esperando que, ao oferecê-los como sacrifício a Deus, seria esquecida a sua falha.
Mas, o Senhor Deus falou ao profeta Samuel e disse: “Arrependo-me de haver posto Saul como rei, porque deixou de me seguir, e não executou as minhas palavras” (I Samuel 15: 11). Saul estava tão acostumado a fazer as coisas do seu modo que, ao encontrar-se com Samuel foi logo dizendo: “Bendito sejas tu do Senhor! Executei a palavra do Senhor” (verso 13). O profeta argumentou em tom de sarcasmo: ‘Então que balido de ovelhas é este nos meus ouvidos?”
Saul tentou transferir a culpa para os seus soldados numa atitude idêntica àquela acontecida no jardim do Édem quando Adão atribuiu a culpa por sua desobediência “à mulher que tu me deste”. Disse ainda que os soldados fizeram aquilo com a boa intenção de oferecer sacrifício ao Senhor.
Samuel não se deixou enganar e responde a Saul dizendo: “Por que não destes ouvidos à voz do Senhor? Mesmo diante dos argumentos claros de Samuel, o rei Saul continuava insistindo que nada de mal havia feito, que seu procedimento era correto diante de Deus. Não estava ele querendo praticar um ato de religiosidade tão importante como era o sacrificar no altar do Senhor?
A palavra final veio como uma sentença de morte para o rei de Israel: “Tem tanto o Senhor prazer em holocausto e sacrifícios, como em que se obedeça à sua palavra? Obedecer é melhor do que sacrificar, e atender melhor do que a gordura de carneiros” (Versículo 22). Pode parecer que Deus está sendo muito duro e implacável com o pobre rei Saul, mas se entendermos o princípio que está por traz de seu comportamento iremos entender o por que da sentença: “Porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou para que não sejas rei” (Verso 23b).
Samuel explica ao rei: “Pois a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a iniqüidade de idolatria” (Verso 23). Quando alguém toma uma atitude de desobediência a Deus está agindo sob o princípio de Satanás que foi rebelde diante de Deus e não aceitou submeter-se à Sua soberania. Isso é abominação aos olhos do Rei do universo.
Somente no ouvir e no obedecer existe honra absoluta a Deus e exaltação da Sua vontade. A obediência é a mais alta expressão de resposta à vontade de Deus.
Quando o Senhor Jesus estava orando no jardim do Getsêmani, sua atitude demonstra uma total submissão à autoridade de Deus. Ele buscou sinceramente conhecer a vontade do Pai. Ele não disse: “Eu tomarei a cruz” ou “Eu devo beber do cálice”. Ele somente ouviu e obedeceu. Logo que ele obteve a certeza de que o Pai queria que ele fosse à cruz, sua palavra foi: “Seja feita a tua vontade”. A vontade de Deus é absoluta. Se não fosse a vontade de Deus de Ele ser crucificado, o Senhor Jesus poderia muito bem ter desprezado a cruz.
Antes de o Senhor estar certo sobre a vontade de Deus, o “cálice” e “a vontade de Deus eram duas coisas diferentes. Mas depois que ele ficou esclarecido, o “cálice” tornou-se o “cálice que o Pai lhe deu”, então as duas coisas se tornaram uma só.
Uma vontade é o representante da autoridade. Portanto, quando a submissão vem a partir do conhecimento da vontade de Deus, aquela submissão é uma submissão à autoridade. Se não há nenhuma oração, e nenhuma disposição para se conhecer o que Deus quer, como existirá submissão à autoridade?
O Senhor Jesus disse a Pedro, de forma clara, que não aceitaria nenhuma tentativa de preservar a sua vida: “Não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?” (João 18: 11). Com seus atos decididos Jesus estava sustentando a autoridade de Deus aqui na terra. É isso que devemos nós fazer em nossas vidas. Submeter-mo-nos a Deus e quebrar-mos o princípio da desobediência que é o ponto forte do reino das trevas.
Se o princípio da rebelião está presente, até mesmo um sacrifício torna-se uma satisfação e uma glória para Satanás. A primeira coisa que temos de tratar é o nosso coração, que é enganoso, e ver se estamos ou não afetados pelo princípio das trevas. Em nosso relacionamento com Deus, nada é mais importante do que Submissão e Obediência! 

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A importância da autoridade

“Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus, e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação” (Romanos 13: 2).


Estamos buscando esclarecimento a respeito do Reino dos céus e por isso devemos prestar muita atenção ao assunto “autoridade”, pois antes de tudo, precisamos saber que: O trono de Deus é estabelecido sobre autoridade.
Todas as coisas foram criadas pela autoridade de Deus, e as leis na terra são mantidas juntas através da autoridade. Portanto, a Bíblia diz que Deus sustenta todas as coisas pela palavra, a qual vem da Sua autoridade. Em todo o universo somente Deus é autoridade. Todas as outras autoridades são nomeadas por Deus. Por essa razão, se nós queremos ter um relacionamento de comunhão e paz com Deus, devemos reconhecer a autoridade de Deus.
Satanás se tornou adversário de Deus porque ele afrontou a autoridade de Deus. Quis competir com Deus posicionando-se contra Ele. A rebelião é a causa da queda de Satanás. Ele, na tentativa de elevar o seu trono acima do trono de Deus, violou a autoridade de Deus. Podemos dizer que o princípio de Satanás é o princípio da auto-exaltação.
Portanto, se queremos servir a Deus, nunca podemos violar a questão da autoridade. Fazê-lo é seguir o princípio de Satanás. Nunca poderemos realizar nenhuma obra em nome de Jesus se estamos sob o princípio de Satanás. Esse é um perigoso engano que se torna muito comum nos meios religiosos de nosso tempo; estar, em princípio, ao lado de Satanás enquanto que doutrinariamente permanecemos do lado de Cristo. Isso é uma coisa muito maligna.
O tempo todo podemos pensar que estamos fazendo a obra do Senhor e realmente estarmos contribuindo para o reino das trevas. O maior medo de nosso adversário não é a nossa pregação das palavras de Cristo. Ele teme tão somente a nossa submissão à autoridade de Deus. Somente quando estivermos totalmente livres do princípio de Satanás é que poderemos aspirar servir a Deus de forma legal.
O Reino é de Deus como também a autoridade e a glória. Tudo é de Deus. O que nos dá libertação total da influência do Diabo é conhecer esta verdade poderosa que é o Reino de Deus: “Porque teu é o reino e o poder, e a glória para sempre” (Mateus 6: 13).
A administração de todo o universo está debaixo de Deus, por isso temos de aprender a nos submeter à autoridade do Senhor. Ninguém pode passar por cima desta realidade. Quando pregamos o evangelho do Reino e as pessoas crêem, estamos trazendo-as para debaixo da autoridade de Deus. Se vamos estabelecer a autoridade de Deus na terra, seria incoerente que nós estivéssemos insubmissos a ela. Não é desta forma que vamos derrotar o inimigo.
Temos de lutar contra Satanás afirmando que a autoridade está com Deus. Temos que assumir uma posição definitiva e firme, em submissão à autoridade do Senhor do universo e assim estaremos sustentando a autoridade de Deus aqui na terra.
Deus tem somente um objetivo na igreja, o qual é manifestar, por meio dela, a Sua autoridade, assim na terra, como é manifesta no céu. Os filhos de Deus tem a grande responsabilidade de mostrar ao mundo o significado do Reino dos céus. O mundo somente entenderá quando entender a autoridade de Deus. Então, começaremos a aprender o que é autoridade e submissão a Deus.
A maior exigência em toda a Bíblia é a submissão à vontade de Deus!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Qual a sua motivação?

“O critério pelo qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo”


Sabemos que a era do Reino milenar é um tempo especialmente preparado por Deus para recompensar os fiéis e punir ímpios. Aquele período será peculiar e especial. Será o tempo de exercer a justiça divina: “Para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade” (II Tessalonicenses 2: 12).
O Tribunal de Cristo é um fato bíblico que demonstra a importância que tem para o Senhor o agir com justiça em todas as suas obras. Seria incoerência dar aos cristãos, de forma indiscriminada, as recompensas prometidas sem que antes Ele considere os verdadeiros motivos que os levaram a praticá-las.
Como a água não pode subir mais alto do que o nível da sua fonte, assim a qualidade moral de um ato nunca pode ir mais alto do que o motivo que o inspirou. Por esta razão, nenhum ato procedente de um mau motivo pode ser bom, ainda que o resultado dele possa parecer bom. Toda ação praticada por ira ou despeito, por exemplo, poderá ser avaliada como uma ação do inimigo contra o Reino de Deus.
Infelizmente a natureza da atividade religiosa é tal que muita coisa que os cristãos praticam religiosamente pode ser motivada por razões não boas, como a raiva, a inveja, a ambição, a vaidade e a avareza. Toda atividade com esse ranço pecaminoso é essencialmente má e como tal será avaliada no julgamento.
Nesta questão de motivos, como em muitas outras coisas, os fariseus servem como claros exemplos. Eles foram os mais tristes fracassos religiosos do mundo, não por causa de erro doutrinário, nem porque fossem pessoas de vida abertamente dissoluta. Todo o problema deles estava na qualidade dos seus motivos religiosos. Oravam, mas para serem vistos pelos homens, e desse modo a sua motivação arruinava as suas orações e as tornava não somente inúteis, mas realmente más.
Contribuíam generosamente para o serviço do templo, mas às vezes o faziam para escapar do seu dever para com seus pais, e isso era um mal, um pecado. Assim era com quase tudo que faziam. Suas atividades eram cercadas de uma aparência de santidade, e essas mesmas atividades, se realizadas por motivos puros, seriam boas e louváveis. Toda a fraqueza dos fariseus era resultado da qualidade dos seus motivos.
Sabemos que aqueles religiosos formais e ortodoxos continuaram em sua cegueira até que finalmente crucificaram o Senhor da glória sem um pingo de noção da gravidade do seu crime.
Atos religiosos praticados por motivos errados são duplamente maus porque são praticados em nome de Deus. Isso é equivalente a pecar em nome daquele ser que é sem pecado, a mentir em nome daquele que não pode mentir, e a odiar em nome daquele cuja natureza é amor.
Os cristãos, principalmente os muito ativos, devem examinar frequentemente o seu coração para ter clareza quanto aos seus motivos. Muitos louvores são cantados para exibição; muitas pregações são feitas para provocar admiração e fama; muitas igrejas são fundadas a custa de divisões e contendas, quando não por ambição financeira.
Um bom modo de evitar a armadilha da atividade religiosa vazia é comparecer ante Deus, sempre que possível, com as nossas Bíblias abertas no capítulo 13 de I Coríntios. Nele o apóstolo Paulo enfatiza que o serviço religioso só será plenamente válido quando motivado pelo amor. Sem amor, profetas, mestres, cantores e músicos, praticantes de obras sociais e até mesmo mártires, serão despedidos sem recompensa.
Para resumir, podemos dizer simplesmente que, à vista de Deus, somos julgados, não tanto pelo que fazemos como por nossas razões para fazê-lo. Não ‘o que’ mas ‘por que’ será a pergunta importante quando nós comparecermos no tribunal para prestarmos contas dos atos praticados enquanto no corpo físico.  

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A Era do Reino dos Céus

A presente era pode ser chamada de era da graça. Ela pode também ser chamada de era do evangelho ou era da igreja. A era vindoura pode ser chamada de era do reino ou era do milênio, pois tal era durará somente mil anos: “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição. Sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante mil anos” (Apocalipse 20: 6).  Após aquela era, ainda há outra era, que é uma era eterna. É a era do novo céu e nova terra.
A Bíblia apresenta-nos essas três eras. A era da igreja é a era da graça, porque a graça e o amor de Deus são manifestados nela. É o tempo de Deus salvar os injustos e levar o homem a receber a graça do Senhor Jesus. Tudo nessa era é proveniente da graça. A era do novo céu e da nova terra também será uma era de graça. Contudo, o Reino é todo justiça.
            A era do Reino milenar foi preparada por Deus especialmente para recompensar os fiéis e punir os pecaminosos. Aquele período será um período especial. Tanto o Novo como o Antigo Testamento nos dizem que, neste período, Deus lida com o homem em justiça: “Naqueles dias e naquele tempo farei que brote a Davi um renovo de justiça; ele fará juízo e justiça na terra” (Jeremias 33:15). Podemos citar inúmeros versículos acerca do julgamento justo no Reino.
Agora leiamos Apocalipse 20: 4: “Vi também tronos, e aos que se assentaram sobre eles foi-lhes dado o poder de julgar. E vi as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem sua imagem, e não receberam o sinal na testa nem nas mãos. Reviveram, e reinaram com Cristo durante mil anos”.
O Reino não é para todos. O reino é para os mártires, para os fiéis, para os que rejeitaram Satanás e o anticristo. Isso nos prova que o reino milenar não é dado como um dom gratuito, mas é obtido por meio de boas obras diante de Deus. Apesar de vermos em outras passagens outros tipos de pessoas reinando, em Apocalipse vemos que deve haver justiça específica antes que possa haver participação nesse reinado. Assim é o milênio.
Nesse tempo Deus lida com os cristãos com base na justiça. Portanto, devemos admitir que é no reino que Deus nos disciplina. Se hoje amarmos o mundo, andarmos segundo a carne, e tivermos um viver desleixado, na era por vir seremos disciplinados por Deus. Mas, se amarmos o Senhor hoje e abandonarmos a nossa vontade por causa do Senhor, receberemos a graça de Deus e o Seu galardão. Esse é o ensinamento bíblico acerca dessas três eras.
A Palavra de Deus diz que na era vindoura haverá essas coisas. Deus mesmo se responsabiliza pelas Suas palavras. Eu apenas sei que o Filho de Deus disse essas palavras. Embora a salvação tenha sido estabelecida pela obra do senhor Jesus, a recompensa vem pela nossa própria obra. Somos recompensados por obedecer à vontade de Deus e por não andar segundo nossa própria vontade.
Que possamos valorizar a graça que temos recebido, acatar a advertência de Deus e perseguir a recompensa do Reino.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Trono de Julgamento de Cristo

Porque é necessário que todos nós sejamos manifestados diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal” (II Coríntios 5: 10).


 No futuro, antes de julgar as pessoas no mundo, Deus julgará primeiramente os cristãos. Pedro nos diz que o julgamento começa pela casa de Deus (I Pedro 4:17). Em relação a que Deus nos julgará? Sabemos que esse tribunal julgará as obras, portanto não é um tribunal para julgar quem tem ou não a salvação e a vida eterna que são dons dados aos que crêem.
Creio que esse julgamento determinará se teremos ou não participação no Reino vindouro. Para alguns, não só não haverá participação no Reino, como haverá punição
A palavra “trono do julgamento” é “bema” no original grego. Significa uma plataforma erguida. Bema é o lugar onde são decididas as questões em família. O texto inicial diz que devemos ser manifestados diante do trono de julgamento para cada um ser recompensado de acordo com o praticou (obras).
Portanto, após termos crido no Senhor Jesus, embora nossa boa obra não possa salvar-nos, ela determinará nossa posição no Reino.
“Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano” (I Coríntios 3: 14-15).
A Bíblia nos revela uma verdade muito séria. Apesar de uma pessoa ter a vida eterna, ela ainda pode ser rejeitada para o Reino dos céus. Jesus é quem nos falou disso:
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7: 21).
 Nesse versículo, todas as pessoas se dirigem a Jesus como “Senhor”, mas vemos que Ele fará uma distinção entre os seguidores que podem entrar no Reino e os que não podem. O Senhor mostra-nos claramente, aqui, que a condição para entrar no Reino é fazer a vontade de Deus.
A recompensa do Reino dos céus tem por base a obediência do homem. Quem for desobediente, enquanto viver na terra, não perderá a vida eterna, mas perderá o Reino dos céus. Quando chegar o tempo de os céus reinarem, isto é, quando o Senhor Jesus vier pela segunda vez, alguns não poderão entrar no Reino, mas irão perdê-lo. Jesus esclareceu muito essa questão em Mateus 7, Ele segue dizendo: “Muitos, naquele dia, Me dirão: Senhor, Senhor! não foi em Teu nome que profetizamos,e em Teu nome expulsamos demônios, e em Teu nome fizemos muitos milagres? Então lhes declararei: Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniqüidade!” (VS.22 e 23).
Aqui o Senhor Jesus nos diz o que ocorrerá diante do trono de julgamento. Ele diz: “Naquele dia”; portanto, isso não se refere a hoje, mas ao futuro. Quando o tempo do trono de julgamento vier, e quando Cristo começar a julgar a ‘casa de Deus’ muitos cristãos irão entender que estão errados em sua posição e em seu viver.
Jesus alertou os seus discípulos de que não deveriam chamá-lo de Senhor apenas com os lábios, e sim que deveriam se submeter a Sua autoridade e obedecê-lo: “Porque me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que Eu mando?” (Lucas 6: 46). Se eles o chamavam de Senhor, deveriam fazer a vontade do Pai. Fazer a vontade do Pai é uma coisa, enquanto profetizar, expulsar demônios e fazer milagres são coisas diferentes. Algumas vezes podemos fazer tudo isso sem estar fazendo a vontade do Pai.
O que o Senhor Jesus está dizendo é isto: “Muitas pessoas são filhos de Deus. Elas são salvas e tem a vida eterna, mas não procuram fazer a vontade de Meu Pai por isso terei de rejeitá-las em meu Reino. Por essa razão vocês devem ser cuidadosos e fazer a vontade de Deus”.  
Por que o Senhor disse: “Nunca vos conheci? O texto segue e explica: “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade” (Mateus 7: 23). Por favor, lembrem-se de que o Senhor não lhes disse para apartarem-se da vida eterna. No original grego o significado de “praticar a iniqüidade” é não seguir as regras, não obedecer às leis ou não aceitar regulamentos.
Aos olhos de Deus, fazer o mal não significa apenas fazer coisas más. Não importa quanto uma pessoa tenha feito; uma vez que ela não tenha se submetido à exigência de Deus, ao Seu julgamento e à Sua soberania, isto é maligno aos olhos de Deus. O problema aqui não é fazer o mal, mas não ter princípios.Que são os princípios? Os princípios são a palavra de Deus e a palavra de Deus é a vontade de Deus.
Se você não estiver fazendo a vontade de Deus, não importa o que faça, O Senhor Jesus dirá que você é iníquo. Os que fazem as coisas de acordo com seu próprio ego não terão parte no Reino dos céus!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A Recompensa e o Reino dos Céus

“Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão” (I Coríntios 3: 14).


O apóstolo Paulo diz em sua carta aos coríntios que se a sua obra permanecer, essa pessoa será recompensada. Não diz que se a sua fé permanecer, essa pessoa será recompensada. A questão da recompensa depende da obra da pessoa. A Bíblia distingue claramente salvação de galardão e nunca confunde fé com obras.
Sem a fé, o homem não pode ser salvo. Sem as obras, o homem não pode ser recompensado. As obras de alguém devem resistir diante do trono do julgamento e sobreviver ao exame minucioso dos ‘olhos flamejantes’, antes que haja a possibilidade de receber galardão.
Na Bíblia, as palavras faladas quer pelo Senhor Jesus, quer pelos apóstolos, acerca da recompensa e do reino, não foram faladas levianamente, da mesma forma que também não se falou assim acerca de dom e vida eterna. Quando o Senhor Jesus diz no Evangelho de João que Ele dá a vida eterna para as Suas ovelhas, Ele está falando a realidade e não algumas palavras vazias (João 10: 28). Romanos 6:23 diz que o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor. Está muito evidente que o dom de Deus é a vida eterna. Então o que é a recompensa?
A Bíblia mostra-nos claramente que a recompensa é a coroa, o trono e o Reino dos céus.
“Porque o Filho do Homem há de vir na glória de Seu Pai, com os Seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme as suas obras” (Mateus 16: 27).
Há três fatos aqui. 1º- O homem será recompensado de acordo com as suas obras. Deus estará tratando com as pessoas salvas nessa questão das recompensas.
2º - Em que momento a recompensa será distribuída? Quando Cristo vier na glória de Seu Pai com Seus anjos. Aquele será o tempo em que Ele estabelecerá Seu reino sobre a terra. Portanto, somente quando o Reino se iniciar é que a recompensa se iniciará.
3º- A manifestação de Cristo, em glória e majestade, no reino vindouro será o tempo para que alguns cristãos sejam recompensados: “Iraram-se as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos profetas, teus servos e aos santos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra” (Apocalipse 11: 18).
Em outras palavras, o tempo do Reino é o tempo da recompensa. Quando o Reino vier, a recompensa virá também. Há também um ponto importante para destacar. A recompensa é a obtenção da coroa e a obtenção do trono. Por que? Simplesmente porque não há reino sem trono e sem coroa.
Que é uma coroa? Uma coroa representa uma posição no Reino. Ela também representa glória no Reino. Se uma coroa for apenas um objeto, ele não significa muito. Qualquer pessoa pode fazer uma coroa se tiver algum dinheiro. Porém, no caso em foco, vemos que a coroa é o símbolo do Reino. Quando alguém perde a coroa, perde o que a coroa representa.
“Venho sem demora. Guarda o que tens (as obras), para que ninguém tome a tua coroa” (Apocalipse 3: 11).
O trono também é um símbolo do Reino. Ele representa posição no Reino, autoridade e glória no Reino. Não existe algo como perder a coroa, mas ainda ter o reino. Semelhantemente, ninguém pode perder o trono e ainda ter o reino. O trono e a coroa, porém, não são importantes em si mesmos, eles existem apenas para representar o Reino. Em outras palavras, a recompensa é o Reino.
“Ao que vencer, dar-lhe-ei assentar-se comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono” (Apocalipse 3: 21).
A recompensa, o Reino dos céus, é para os vencedores!
  

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Reino dos Céus, dom ou recompensa?

“Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6: 23).


Por várias vezes o Antigo Testamento diz que a salvação pertence a Jeová. Isso indica que a salvação não tem origem em nós, pelo contrário, originou-se em Deus. Embora o homem tenha pecado e esteja destinado à perdição, não é sua intenção buscar a salvação. Foi Deus quem começou a pensar em salvá-lo.
Por que a salvação pertence a Jeová? Por que Deus está interessado no homem? De um modo genérico, podemos dizer que é porque Deus é amor. Mas, mais especificamente, é porque Deus ama o homem. Se Deus não amasse o homem, Ele não precisaria salvá-lo.
Deus é amor. Isso está registrado em I João 4: 16. Que significa dizer que Deus é amor? Significa que o próprio Deus, Sua natureza e Seu ser, é amor. Se pudéssemos dizer que Deus tem uma substância, então a substância de Deus é amor. Deus como amor é a maior revelação da Bíblia. A natureza de Deus, a essência da vida de Deus, é simplesmente amor. Ele não pode fazer nada de outra maneira. Ele ama e, ao mesmo tempo, é amor.
Quando o amor de Deus é aplicado a nós então podemos ver esse amor manifestado em uma ação: “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3: 16).
Aí está o amor em ação. Deus “deu” seu Filho e com ele nos “deu” também a vida eterna. Portanto, podemos então afirmar que a vida eterna é um ‘DOM’. Queremos definir o significado da palavra ‘dom: “Dom: Dádiva, presente”, para então continuar meditando sobre a questão proposta nesta página, mas gostaria de pensar, por que Deus dá a vida eterna aos que crêem?
O reino de Deus é um Reino eterno que subsistirá para sempre e exatamente por isso seus cidadãos devem ter vida eterna para desfrutarem desse privilégio por toda a eternidade. Como vemos, a vida eterna é a condição essencial para a sobrevivência de um reino eterno. Nosso Pai nos quer junto a Ele para sempre.
Com esse entendimento a respeito do dom gratuito de Deus que é a vida eterna vamos analisar a diferença entre o Reino e a vida eterna. Hoje, existem muitos cristãos na igreja que não conseguem fazer distinção entre o Reino dos céus e a vida eterna. Eles pensam que o Reino dos céus é a vida eterna e que a vida eterna é simplesmente o Reino dos céus. Eles confundem a Palavra de Deus, achando que a condição para receber o reino é a condição para a conservação da vida eterna. Entretanto, a distinção entre os dois é muito clara na Bíblia. Uma pessoa pode perder o reino dos céus, mas ela não perderá a vida eterna. Ela pode perder a recompensa, contudo não perderá o dom.
Há um grande engano nas igrejas hoje. O homem pensa que a salvação é a única coisa e que não há nada além de ser salvo. Ele pensa que uma vez que alguém é salvo quando crê, não tem de se preocupar com as obras. Se a salvação é pela graça, é um presente gratuito de Deus, onde então reside a importância das obras?
Ser salvo não tem absolutamente nada a ver com as obras da pessoa. Assim que a pessoa crê no Senhor Jesus, ela é salva. Mas, após sua salvação, Deus mostra-lhe que há outra coisa importante para ela. Que há uma recompensa, uma glória vindoura, uma coroa e um trono. Deus coloca a sua recompensa diante dos cristãos. Se uma pessoa for fiel, receberá a recompensa, se for infiel, perdê-la-á.
O homem não pode ser salvo pelas suas boas obras, tampouco pode ser impedido de receber a salvação pelas suas más obras. As boas obras são úteis quanto às questões da recompensa, da coroa, da glória e do Reino, mas as boas obras são inúteis quanto à questão da salvação.
“Pois é pela graça que sois salvos, por meio da fé – e isso não vem de vós, é dom de Deus – não das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2: 8-9).
Em outras palavras, Deus nunca salvará uma pessoa por ela ter méritos, e Ele nunca recompensará alguém que não tenha mérito. O homem deve vir diante de Deus totalmente carente e sem méritos, para que Ele o salve. Contudo, após a salvação, temos de ser fiéis, e temos de esforçar-nos para produzir boas obras por meio de Seu Filho Jesus Cristo, a fim de obtermos a recompensa.
Por favor, não pense que as boas obras sejam inúteis. Estamos dizendo que as boas obras são inúteis no tocante à salvação. Elas nada têm a ver com a salvação, de forma alguma. A salvação depende de crer na obra realizada por Cristo na cruz do Calvário. Esse é o ponto crucial de todos os problemas. A questão de obras está relacionada com a recompensa e o Reino dos céus faz parte das recompensas que Deus dará aos que forem fiéis.
“E todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que sonda mente e corações, e vos darei a cada um, segundo as vossas obras” (Apocalipse 2: 23). 

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Riquezas

“Aquele que não é influenciado pelo dinheiro é o mais admirado entre todos os homens”. [Cícero]
Há um mito sobre dinheiro que precisamos enterrar. E esse é o de que dinheiro não é bom nem ruim; é neutro e tudo depende do seu uso. Se isso fosse verdade, então por que Jesus chamou as riquezas de “as riquezas da injustiça” (Lucas 16: 9)? E por que ele alertou quanto à “sedução das riquezas” (Mateus 13: 22)? Ele parece estar dizendo que a riqueza é corruptora e ilusória em si mesma, e que somente Deus pode santificá-la para usos dignos.
Por trás do dinheiro há forças espirituais invisíveis, forças que são sedutoras e enganosas, forças que exigem total devoção. A riqueza é perigosa, e até mesmo o cristão mais dedicado pode cair na armadilha de adorá-la sem nem mesmo perceber tal coisa.
Em algumas traduções da Bíblia lemos em Lucas 16: 13: “Não podeis servir a Deus e a Mamom”. Mamom é a palavra aramaica para riqueza de toda a espécie. Significa “aquilo em que alguém confia” ou “aquilo que é entregue aos cuidados de alguém”. Isso sugere que a riqueza é algo que Deus entregou aos nossos cuidados, algo que Deus não quer que nós confiemos. Ele deseja que confiemos nele.
Quando os judeus usavam a palavra, era quase sempre em sentido negativo, e foi assim que Jesus a empregou. Ele disse: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou se devotará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mt 6: 24).
Mamom é a riqueza personificada, e Jesus nos alerta para que não nos relacionemos com Mamom do mesmo modo como nos relacionamos com Deus. Não devemos tentar colocá-los no mesmo nível em nossa vida. Se não formos cuidadosos, o dinheiro pode controlar nossa atenção e afeto.
O dinheiro possui muitas características da divindade. Dá segurança, pode induzir a um sentimento de poder, dá liberdade e parece onipresente. A característica mais sinistra de todas, entretanto, é ser ele uma tentação para que o homem se sinta onipotente. O dinheiro tem o poder de aprisionar-nos se não tomarmos cuidado. Somente uma devoção disciplinada para com Deus pode capacitar-nos a conservar as riquezas no seu devido lugar.
O mundo atual mede o sucesso pelo dinheiro e pelas posses, e torna-se fácil para os cristãos defenderem esses padrões falsos se não forem cautelosos. Jesus disse: “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lucas 12: 15). “Porque, o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação” (Lucas 16: 15).
É possível ser próspero sem ser materialista. Tanto a Bíblia como a história cristã falam sobre pessoas ricas que andaram com Deus e que, através das suas riquezas, foram benção para os outros. Mas tenho notado que os ‘líderes’ nas Escrituras tiveram cuidado em manter as mãos limpas em relação ao dinheiro, e não usaram sua posição ou autoridade para explorar a ninguém.
Ouça o que disse Abraão, que recusou os despojos de Sodoma: “Levantei a minha mão ao Senhor, o Deus Altíssimo, o Criador dos céus e da terra, jurando que não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu, nem um fio, nem uma correia de sapato, para que não digas: Eu enriqueci a Abraão” (Genesis 14: 22-23).
O dinheiro não é neutro. É essencialmente maligno e precisamos estar conscientes da sua força sedutora. “Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males” (I Timóteo 6: 10).
            Se você foi agraciado com riquezas e bens, lembra-te de que tudo vem da mão do Senhor. Não permita que esses itens materiais acabem por servir de tropeço em tua caminhada com Deus.       Não pense que você pode tudo. Continue humilde e confie sempre naquele que pode suprir todas as tuas necessidades. O teu ouro de grande valor deve ser sempre o Pai celestial. Ele é a nossa riqueza que nunca acabará! 

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Direitos de Cidadão

Todo ser humano deseja bens materiais. Esse é um anseio dado por Deus, portanto, correto. O errado é transformar os bens em deuses. O Senhor deseja que tenhamos tudo isso, mas também quer mostrar-nos como adquirir os bens da maneira correta e com o espírito apropriado. Ele deseja que tenhamos fartura, mas não que nos envolvamos em uma perseguição por coisas à custa de nosso relacionamento com Ele.
O Criador conhece nossos anseios, mas não quer que esse desejo controle nossa vida. O acesso aos bens, no Reino dos céus, está disponível a todos os súditos por direito. Esses direitos são garantidos por lei. Os súditos não têm de implorar, agradar a Deus ou manipulá-lo para conseguirem o que já é deles. Caso os direitos legítimos de um cidadão sejam negados, seja por erro ou por malícia de alguém, a pessoa pode fazer uma petição ao governo em um tribunal de justiça para ter seus direitos restaurados e preservados.
Esse é um dos principais motivos por que muitos cristãos, que estão presos a uma mentalidade religiosa, vivem sem ver os benefícios da prosperidade e sem que se manifestem em suas vidas a produtividade do Reino. Eles acham que, para terem acesso ao Reino, precisam suplicar em vez de obter os recursos celestiais com base em seu direito de súditos.
A cidadania é bastante poderosa. Ela nos dá acesso a todos os direitos constantes da lei, e nem mesmo o governo pode negar-nos isso. O Reino de Deus opera da mesma maneira, com uma diferença, Deus não hesita nem se mostra relutante para honrar os direitos de seus súditos. Quando nos colocamos diante de Deus com a constituição do Reino nas mãos e dizemos: “Assim diz as Sagradas Escrituras”, o Rei nos apóia. Deus zela por Sua palavra, Seu nome e Sua integridade, então o acesso aos bens celestiais torna-se uma questão de conhecimento e de reivindicar nossos direitos.
A cidadania é concedida pelo rei, e, uma vez que o monarca tenha escolhido os súditos, ele se torna responsável pelo seu sustento. De muitas maneiras, isso se assemelha ao relacionamento entre pais e filhos. Imagine se seus filhos viessem até você todos os dias com a mesma pergunta: “O senhor nos dará comida hoje? Teremos algo para beber? Poderemos vestir roupas boas hoje?
Como pai ou mãe, você ficaria desapontado e talvez até ressentido com essa demonstração de falta de fé em sua capacidade e seu compromisso de cuidar deles. É claro que terão o que comer, beber e vestir! Você os gerou e os ama. Você tem a responsabilidade de cuidar deles e suprir suas necessidades. Creio que Deus se sente da mesma maneira quando vê muitos de nós constantemente preocupados com o pão de cada dia e com outras necessidades, como se Ele nos tivesse abandonado a nossa própria sorte.
Como súditos do Reino, somos filhos de Deus. Ele é nosso Pai celestial e nós somos seus príncipes e princesas. O Pai é quem cuida de nós, e nós temos o direito de esperar isso dele. Nem precisamos pensar a respeito e muito menos preocupar-nos.
A busca de bens em um reino não apenas demonstra desconfiança, mas também é um insulto ao rei. É um ato de desconfiança, porque lança dúvidas sobre a motivação e as intenções do monarca: “Será que ele realmente se importa comigo? Será que cuidará de mim?” É um insulto, pois questiona a capacidade do rei: “Será que ele realmente suprirá minhas necessidades?” Um dos segredos para termos acesso aos bens do Reino é estarmos totalmente confiantes de que Deus tem não somente a capacidade, mas também o desejo de dar-nos o que necessitamos.
Nunca poderemos avançar no Reino de Deus sem confiança. Haverá um momento em que nos daremos conta de que não há nada nos sustentando a não ser o Altíssimo e que se Ele fracassar, nós não teremos um plano B. Não se preocupe, quando o Senhor está no controle, não há necessidade de plano B.
Obtenha a cidadania celestial, mantenha um relacionamento correto com o Pai, e tudo o mais lhe será acrescentado. Bens não são bênçãos, mas subprodutos da cidadania do Reino. Por isso, a busca exagerada por bens é incorreta. É como colocar o carro na frente dos bois. Busque primeiramente o Reino e a justiça de Deus. Coloque suas credenciais de cidadania em ordem e todas as coisas virão até você – tudo aquilo de que necessita, sem exceção.    

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Um diálogo de Vida e Morte

“Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino” (Lucas 23: 42).
Sabemos que dois malfeitores foram crucificados juntamente com Jesus, um à sua direita e outro à sua esquerda. Poderíamos chamá-los de ‘arruaceiros’, talvez eles fizessem parte de um esquema organizado para derrubar o governo romano. É provável que esses dois homens fossem os criminosos mencionados em Marcos 15: 7, que diz: “Um homem chamado Barrabás estava na prisão com os rebeldes que haviam cometido assassinato durante uma rebelião”.
Mateus nos conta que, inicialmente, ambos lançavam insultos a Jesus. “Igualmente o insultavam os ladrões que haviam sido crucificados com ele” (Mateus 27: 44). A palavra traduzida como “insulto” literalmente significa “blasfêmia”. Os dois homens gritavam palavras rudes, talvez até obscenas concernentes às coisas sagradas e ao estilo de vida adotado por Cristo. Em sua agonia eles lançavam suas maldições e insultos contra o Filho de Deus.
“Então você é o grande Messias, o rei dos judeus. Bem, pois salva-te a si mesmo e a nós”. Eles estavam preocupados em salvar a pele, não estavam interessados em Jesus. Eles queriam ser libertados. Porém, algo extraordinário aconteceu.
Um dos malfeitores mudou o seu comportamento. Ele ficou diferente e passou a dizer ao companheiro: “Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença? Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos atos merecem. Mas esse homem não cometeu nenhum mal” (Lucas 23: 40-41).
O que provocou a mudança repentina deste criminoso? Podemos pensar em pelo menos duas razões para a mudança de coração desse homem agonizante. Primeiro, ele observou a placa acima da cabeça de Jesus: “ESTE É O REI DOS JUDEUS”. Esta declaração não fora escrita com a intenção de expressar uma verdade. De fato, os líderes judeus haviam dito a Pilatos:”Não permita que esta placa diga, “Este é o Rei dos judeus”. Eles queriam que fosse escrito: “Ele disse que é o Rei dos judeus”. Mas Pilatos permaneceu irredutível. “O que escrevi, escrevi”, ele disse.
Penso que o segundo ladrão, quando olhou para a placa, começou a acreditar que era verdade. O segundo fator que mudou seu coração foi ver o silêncio de Cristo – o modo como Ele lidou com todos aqueles insultos. A atitude de Jesus causou forte impacto sobre o malfeitor. Em seu silêncio e controle, Jesus ofereceu as boas novas (o evangelho) que têm poder de mudar uma vida. E aquele insensível e duro criminoso reagiu. Ele percebeu que Jesus não era alguém comum. Ele viu nele mais do que um simples homem e com um misto de desespero e fé, ele implorou:“Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino”.
Como ele pode saber que Cristo tinha um reino? Ele leu a placa: “O Rei dos judeus”, e reis têm reinos. Ele compreendeu a verdade. Ele percebeu que aquele homem poderia mudar o seu destino eterno. Posso afirmar que não ficarei surpreso se eu encontrar esse ladrão no Reino dos céus. Por que eu penso assim? Porque ele se arrependeu e desejou ser um cidadão do Reino. Ele creu que Jesus era um rei e rogou por sua ajuda. Pode ter certeza que aquele homem não obteve apenas o paraíso, ele entrou no Reino dos céus.
“Digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus” (Lucas 12: 8).
Lembre-se da fé do ladrão na cruz. Sem saída, desesperadamente perdido, totalmente depravado, culpado de delito, condenado à morte por crucificação, incapaz de mudar qualquer coisa em sua história pessoal, com apenas poucas horas de vida, ele, com fé simples, diz: “Lembra-te de mim”.
Compreender o significado do Reino é fundamental para que o homem possa se tornar, pela fé, um cidadão do reino. Creia e faça você, como fez o ladrão na cruz.
“Arrependei-vos, porque é chegado a vós o Reino dos céus”!    

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Vivendo no Reino

É impossível contemplar Deus com o coração e a cabeça cheios de assuntos terrenos. Viver em comunhão com o Pai celestial requer que vivamos no Espírito e também que tenhamos a experiência existencial de sermos amados por Ele. Mas muitas coisas que fazemos em nossos momentos de solidão nada têm a ver com o Espírito ou com a vontade soberana de Deus.
Somos pouco propensos a renunciar ao ‘livre arbítrio’. Querermos ter o controle administrativo de nossas vidas e, por isso mesmo, achamos muito arriscado viver em união com Javé. Procuramos então segurança pessoal e certezas em rituais, devoções, liturgias e encontros de oração. Essas atividades proporcionam uma sensação de paz passageira e prometem que não precisaremos deixar nossa zona de conforto e também que as nossas posses materiais não serão perturbadas.
Precisamos discernir claramente que, a seriedade, a sinceridade e o esforço são importantes, mas alguma coisa está faltando. A glória que resplandece na face de Cristo não resplandece em muitos de nós. Diferentemente de Jesus, não temos uma convicção profunda e interna sobre o que pretendemos ser.
Talvez porque não nos rendemos ao fogo do Espírito que queima por dentro. Nós até nos aproximamos o suficiente do fogo para sentir o calor, mas jamais mergulhamos nele, não somos tocados e transformados de forma sobrenatural. Podemos ser mais agradáveis do que a maioria das pessoas, ou ter melhor moral, mas não vivemos como ‘novas criaturas’. Em vez disso, nossa personalidade reflete nosso coração dividido.
A única maneira de mudar essa situação e entrar na vida de Cristo é a rendição a Deus, permitindo que Deus seja Deus. Tal rendição envolve escavar o campo de nosso coração e procurar a pérola da verdade escondida no fundo de nosso ser: pertencemos a Deus!
Ao declarar a realidade de nossa condição divina como filhos e filhas do Criador do universo, adquirimos o sentido de ‘pertencimento’. A consciência amorosa de filho do Pai nos afasta de uma vida perdida na procura de nossos desejos básicos e nos liberta da busca pelo Reino de Deus. Agora não precisamos viver vidas preocupadas e ansiosas por nossas necessidades.
Tudo o que temos e somos forma somente um “eu”, um coração que bate em sintonia com Jesus. Não pode haver firmeza de caráter ou conduta consistente sem esse ato corajoso de auto-afirmação. Paulo disse: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2:20).
De algum modo, o processo de focar nossa vida na mente e na obra de Jesus implica distanciar nosso “eu” do mundo ao redor e, não raramente, seremos tachados de loucos ou fanáticos. Portanto, esse tipo de foco exige de nós uma decisão constante de rendição ao domínio do Espírito. É aqui que encontraremos grande dificuldade e nos depararemos com os obstáculos do egoísmo, da sensualidade, da ambição, do ressentimento, do orgulho e do medo.
Os cristãos falam muitas vezes da necessidade de submissão a Deus. Mas há uma diferença essencial entre submissão e rendição. A primeira é uma aceitação consciente. Há uma rendição superficial, mas a tensão continua. Dizemos que aceitaremos a vontade de Deus, mas não de forma total. Trata-se de uma aceitação passiva, que pode ser descrita por palavras como resignação, complacência, reconhecimento, concessão. Existe em tal atitude um sentimento de reserva, um esforço na direção da não aceitação.
Em contrapartida, a rendição é o momento quando as forças de resistência param de agir, quando não podemos fazer mais nada, exceto responder ao comando do Espírito.
A capacidade de se entregar é um dom de Deus. Por mais que ansiosamente possamos desejar isso, por mais que diligentemente possamos nos esforçar para obter isso, a rendição não pode ser alcançada por empenho pessoal. Somente através de Cristo isso será possível:
“Eu sou a videira verdadeira, vos sois os ramos. Se alguém permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; sem mim nada podeis fazer” (João 15:5).
A pérola de grande valor – a mente de Cristo – deve ser o mais valioso tesouro em nossa vida, e devemos procurá-la na oração perseverante, na comunhão com nossos irmãos a na vida como cidadãos do Reino dos céus. Somente então se revelará em nossa vida o milagre do amor e da unidade.
A vontade de Deus é que cresçamos em santidade (I TS 4:7), que conheçamos a verdade que nos liberta (Jo 8:32), e que nos alegremos com a alegria que ninguém pode nos tirar (Jo 16:22).



  

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Jesus Sabe Quem Ele É

As tentações no deserto desafiaram a autenticidade da experiência do Jordão. Todos os estratagemas de Satanás (“se és o filho de Deus...”) tiveram a intenção de enfatizar a mesma questão: Jesus era realmente o Filho-Servo amado? Ou a experiência no Jordão fora somente uma ilusão? Alguém mais ouviu a voz que Jesus ouviu?
Satanás atacou frontalmente a identidade messiânica de Jesus. Os evangelhos não descrevem a luta interna e o conflito feroz no coração humano de Jesus, mas essa era uma questão tumultuosa. O inimigo exigia que, assumindo riscos, ele demonstrasse a autenticidade da sua relação com o Pai. Na aridez do deserto, Jesus interpretou, em novo e decisivo nível, sua experiência e sua missão no mundo, emergindo do deserto com o sopro de Deus em sua face.
            A confiança de Jesus no Pai não se amparava em uma única decisão que o deixara certo de sua missão e imune ao tentador. A luta com o Diabo no deserto foi o primeiro de uma série de desafios à sua autoconsciência e identidade íntima como Filho-Servo-Amado do Pai.
Ele seria tentado, em seu ministério, a cumprir sua missão de modo contrário ao propósito de Deus. Ele poderia ter começado com uma demonstração espetacular, transformando pedras em pães, e terminar com uma exibição sensacional de poder, descendo da cruz para vingar-se dos inimigos de Deus. O fascínio pelo aumento de segurança, prazer e poder é o caminho mundano de Satanás. Jesus rejeitou isso totalmente.
Na loucura final do amor, Jesus aceita livremente a morte na cruz. É o seu último ato de confiança, o ápice de uma vida vivida em Deus. Jesus sabe quem ele é. Ele reafirma sua posição como Filho-Servo-Amado do Pai e, no nível mais profundo de sua existência, cumpre sua missão.
A autoconsciência de Jesus e o zelo incansável demonstrado em seu ministério são fruto de uma vida interior de crescente intimidade com o Pai. A primazia da missão e seu profundo zelo em proclamar o reino de Deus não são o fruto de reflexão teológica, desejo de edificar os outros, da espiritualidade da moda ou de um sentimento indefinido de boa vontade para com o mundo.
Sua fonte é a santidade de Deus e a comunhão que mantinha com o Pai. Várias vezes ele interrompia suas atividades principais com o propósito de se retirar e orar. A Bíblia indica que Jesus precisava desse tipo especial de contato íntimo com seu Pai. Seu próprio crescimento interior e o senso de missão e direção dependiam muito dos momentos de oração.
O coração de Deus é o esconderijo de Jesus, um forte e protetor espaço onde Deus estava próximo, onde a relação era renovada, onde a confiança, o amor e a segurança nunca morrem, mas são continuamente reacesos. Em tempos de oposição, rejeição, ódio e perigo, Jesus retira-se para aquele esconderijo onde é amado. Em tempos de fraqueza e temor nasce ali um vigor suave e uma perseverança poderosa. Em face ao aumento da incompreensão e da desconfiança, somente o Pai o compreende: “Ninguém sabe quem é o filho, a não ser o Pai...” (Lucas 10:22).   
Os fariseus conspiram em segredo para destruí-lo, os amigos dos bons tempos faltam com a lealdade, um discípulo o nega e outro o trai, mas nada pode separar Jesus do amor do Pai. Na reclusão, nos lugares isolados, ele encontra com El Shaddai, e o que esses momentos significaram para o Mestre dificilmente poderemos compreender.
É importante observar que Jesus encorajou os discípulos a adotarem a mesma prática da pausa e do descanso: “Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco”. Então eles se afastaram num barco para um lugar deserto. (Marcos 6:31-32).
É importante manter esses momentos de retiro no contexto e dentro do ritmo da vida muito ativa e atarefada de Jesus. As principais decisões de sua vida (por exemplo, a seleção dos doze que formariam seu círculo íntimo de amizade e compartilhariam sua missão) são sempre precedidas de uma noite sozinho no topo da montanha. Sem esquecer a noite de suplício no jardim do Getsêmani, passada em súplicas por forças para fazer a vontade do Pai.
É difícil, então, deixar de pensar na quantidade de casamentos errados, empregos errados, relações pessoais erradas e todo o sofrimento que poderiam ser evitados se os cristãos submetessem o processo de tomada de decisão ao domínio soberano do Pai e confiassem na direção do Senhor para suas vidas.
Muitas vezes nos esquecemos de que temos o mesmo acesso a Deus desfrutado por Jesus. Mas jamais deveríamos nos esquecer de que o nosso Pai cuida de nós. Deus conhece cada um de nós pelo nome e está profundamente envolvido nos problemas de nossa existência pessoal:
“Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados” (Lucas 12:7).