quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

As bodas do Cordeiro e a Ceia das suas bodas

“De repente virá ao seu templo o Senhor, a quem buscais, o mensageiro da aliança, a quem desejais; ele vem, diz o Senhor dos exércitos.
Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. (Malaquias 3: 1-2).
As bodas do Cordeiro virão depois do arrebatamento da maioria dos crentes. Haverá muitos arrebatamentos: o das primícias, do filho varão, dos vencedores no mar de vidro, das duas testemunhas, da maioria dos crentes e da respiga. O casamento do Cordeiro virá após todos esses arrebatamentos.
A Bíblia revela que o casamento do Cordeiro se dará após o julgamento no trono de Cristo: “Pois todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (II Coríntios 5: 10). Por isso nós precisamos entender que o arrebatamento não é um prêmio para os crentes e sim uma convocação, uma intimação, para comparecer ao tribunal de Cristo. É, portanto, um momento de extrema seriedade e devemos encará-lo com certa preocupação. Assim já dizia o profeta Malaquias.
Depois dos arrebatamentos e antes das bodas, haverá o julgamento de Cristo para determinar quais crentes estarão qualificados para a festa das bodas. Se você for galardoado no tribunal de Cristo, participará da festa de bodas. Se não for galardoado, mas desaprovado pelo Senhor, não irá perecer, mas sofrerá uma perda conforme está escrito em I Coríntios 3:13-15 “a obra de cada um se manifestará, porque o dia a demonstrará. Pelo fogo será revelada, e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou sobre ele permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá perda; o tal será salvo, todavia como um tição tirado do fogo” (I Coríntios 3: 13-14).
Os salvos que sofrerem perda certamente perderão a festa das bodas do Cordeiro. De acordo com Mateus 25: 1-13, as cinco virgens sábias serão admitidas à festa das bodas, e as cinco tolas serão rejeitadas. O julgamento no tribunal de Cristo não determinará se seremos salvos ou se pereceremos, mas decidirá se receberemos um galardão do Senhor ou se sofreremos perda.
Somente os salvos comparecerão a esse julgamento. Quando o Senhor Jesus estiver descendo do céu à terra, Ele se deterá por um pouco de tempo nos ares, onde cuidará de certos assuntos. O trono de julgamento de Cristo será estabelecido no ar, e as bodas também ocorrerão lá. Depois desse julgamento e depois das bodas, Cristo descerá com os Seus vencedores como um exército para lutar contra o anticristo. Como vemos, os que são selecionados no julgamento serão a noiva e também os convidados na festa. Os convidados serão a noiva corporativa.
Chegamos agora a uma questão crucial: a noiva precisa estar pronta: “regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória! Pois são chegadas as bodas do Cordeiro e a sua noiva já se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, resplandecente e puro. O linho fino são os atos de justiça dos santos” (Apocalipse 19: 7-8).
De acordo com as revelações proféticas, nós, os salvos, precisamos de duas vestes – uma para a nossa salvação e outra para nosso galardão. A primeira é Cristo como nossa justiça, nossa justificação, que nos capacita a permanecer diante do Deus justo. A segunda é a que nos qualifica a estarmos nas bodas do Filho de Deus. A segunda veste é a obra do Espírito Santo dentro de nós. Na verdade é o próprio Cristo no qual vivemos e que também vive em nós. É o Cristo que se expressa por meio de nós em nosso viver diário. Essas são as justiças dos santos.
Embora essa questão seja muito séria, a maioria dos cristãos só se importa com a primeira veste. Alguns pensam: “Já que estamos justificados, redimidos e salvos, tudo está bem”. Não dê ouvidos a isso. Você pode estar muito bem no que concerne a sua salvação, este foi um trabalho executado por Cristo na cruz. Mas e quanto ao galardão?
Você não precisa apenas de justificação – também precisa de aprovação. Quando comparecer diante do trono de julgamento de Cristo, Ele aprovará você?
“Mas quando o rei entrou para ver os convidados, notou ali um homem que não estava trajado com vestes de núpcias. Perguntou-lhe: amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? Ele, porém ficou calado.
Disse então o rei aos servos: amarrai-o de pés e mãos, e lançai-o para fora, nas trevas , onde haverá pranto e ranger de dentes. Pois muitos são chamados, mas poucos escolhidos” (Mateus 22: 11-14).
Somente aqueles que têm a segunda veste, produzida pelo trabalho de aperfeiçoamento do Espírito santo, é que serão escolhidos e qualificados para estar na festa das bodas do Cordeiro.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O Reino e o Arrebatamento

Ela deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono. (Apocalipse 12: 5).
Convivo com cristãos evangélicos a mais de quatro décadas e percebo que o “arrebatamento” é um assunto que faz parte do contexto doutrinário de todas as denominações. A maioria acredita que quando acontecer esse arrebatamento todos os crentes irão subir para os céus e então se acabarão os sofrimentos. Os arrebatados poderão viver para sempre em um lugar maravilhoso onde não haverá tristeza e nem dor. E esse lugar é a Nova Jerusalém celestial.
Essa interpretação é muito comum e empolgante, pois fala de uma fuga dos problemas em nosso planeta terra. Nesse caso o arrebatamento é encarado como uma recompensa para os crentes, onde Deus estaria retirando seu povo desta terra e abandonando o restante da humanidade ao seu próprio destino, como uma espécie de castigo pelos seus pecados.
Essa é uma maneira superficial de interpretação escatológica. É ensinado que os crentes que foram lavados pelo sangue do Senhor, que foram regenerados pelo Espírito, que foram salvos, agora estão aguardando a volta do Senhor Jesus quando então seremos todos arrebatados. Falando de uma maneira geral, isso é correto, e não há nada de errado nisso. Entretanto, essa é uma apreciação rápida, descuidada e superficial do assunto.
Estou preocupado com alguns leitores deste blog porque tudo o que entra em primeiro lugar em nossa mente é difícil de extrair. Uma vez que alguém tenha assimilado a idéia de que todos os crentes serão arrebatados antes da tribulação, é muito difícil libertar-se dela.
A primeira coisa que devemos entender é que o arrebatamento é muitas vezes comparado com uma colheita: Deixai crescer ambos juntos até a ceifa. Por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: colhei primeiro o joio, atai-o em molhos para queimá-lo; então colhei o trigo e recolhei-o no meu celeiro. (Mateus 13: 30).
A colheita é a recompensa de quem plantou e não da planta. O arrebatamento cumpre uma função que satisfaz a Deus que está recolhendo ao seu celeiro aquilo que semeou. Portanto, não devemos encarar o arrebatamento como uma recompensa aos crentes. Se assim o fazemos estamos sofismando a respeito de algo tão maravilhoso.
Há muitos aspectos importantes e precisamos de tempo para aprofundar, mas quero focar sobre este ponto. O arrebatamento cumpre um propósito para Deus. Conforme vimos no versículo de Apocalipse 12: 5, o filho varão é arrebatado para Deus e para o Seu trono. Esse “Filho Varão” irá reger ou governar todas as nações com vara de ferro. Pode-se, então, afirmar que o objetivo desse arrebatamento é para a implantação do Reino.
Vimos em páginas anteriores que a profecia de Daniel nos coloca diante da revelação de que o Reino de Deus será entregue nas mãos do povo do Altíssimo, para que exerçam autoridade sobre as nações da terra tendo o Rei Jesus como a autoridade soberana. Essa é a nossa esperança:
O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo passaram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, e ele reinará para sempre. (Apocalipse 11: 15).
Assim, concluímos que o arrebatamento serve aos propósitos de Deus relativos ao Seu Reino e por isso não concordamos com a idéia de que Deus arrebata seus filhos para retirá-los da terra, abandonando assim seu propósito eterno. Não creio que Deus irá desistir de governar a terra toda por meio de seus filhos. Vamos subir sim, mas para o julgamento do “Tribunal de Cristo” onde as obras serão julgadas e os vencedores serão recompensados.
Logo a seguir se dará a volta de Cristo com os seus vencedores para derrotar a besta, o falso profeta e o anti-Cristo. Após o que será iniciado o reinado de Cristo com seus vencedores pelo período de mil anos.
Vi também tronos, e aos que se assentaram sobre eles foi-lhes dado o poder de julgar. E vi as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal na nem nas mãos.
Reviveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.
Sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos.
(Apocalipse 20: 4,6).
Esperemos o arrebatamento sim, mas não como uma fuga do mundo, porém como uma preparação para um trabalho importante que é governar a terra em nome do nosso Pai, o Altíssimo e Soberano dos céus e da terra!   

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O Reino dos Céus é para os santos

Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e possuirão o reino para todo o sempre, e de eternidade em eternidade. (Daniel 7: 18).
Essa revelação que encontramos no livro do profeta Daniel nos diz, literalmente, que os santos do Altíssimo receberão o Reino e o possuirão para todo o sempre, porém, uma grande parte dos cristãos fica confusa a respeito da palavra “santos”. Alguns pensam que os santos são pessoas super-espirituais que viveram acima dos simples mortais e que foram premiados com esse título depois de sua morte.
No entanto, quando a Bíblia se refere aos santos ela se refere aos “filhos de Deus, cada um dos que entraram no Reino pela fé e confiança em Cristo como Salvador e Senhor. Pela fé você é um santo, e se você é um santo, você é um herdeiro do Reino de Deus.
A palavra santo vem da mesma raiz da palavra santificado. Ser santificado significa “ser separado para um determinado fim; ser reservado para um propósito especial”. Vemos esse conceito de forma clara em Deuteronômio:
Pois tu és um povo santo ao Senhor teu Deus. O Senhor teu Deus te escolheu para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. (Deuteronômio 7: 6).
Portanto, ser santo é ser separado para Deus, é ter sido escolhido para pertencer ao Altíssimo. Da mesma forma que a nação de Israel foi escolhida no passado nós somos o povo escolhido da nova aliança. Como santos nós somos santificados e separados para o propósito especial de Deus. Coletivamente nos somos a Igreja, a ecclésia em grego, que também significa “os chamados”.
Nós somos os que receberão o Reino. Nós somos os que verão restaurados o poder, autoridade e domínio dos filhos do Altíssimo. O Reino não está reservado apenas para nós, mas para muitos, muitos outros que ainda estão fora e precisam ser trazidos para dentro. É por isso que quando Cristo nos salvou e nos trouxe ao seu Reino, Ele nos fez embaixadores para que pudéssemos ser enviados e trazer outros para ele.
Ser santo significa também que estamos equipados e fortalecidos para viver em vitória e exercer nossa autoridade de domínio agora, em nossa vida cotidiana. Não precisamos esperar até morrer ou até Jesus voltar para começar a desfrutar dos benefícios do Reino. Significa que não precisamos nos arrastar dia após dia equilibrando o orçamento apertado, jogando as contas para o próximo pagamento. Nós temos a autoridade do Reino e o Senhor quer que a usemos. Ele quer nos abençoar e nos levar ao pleno potencial que colocou em nós.
Ele espera que nós façamos uso, pela fé, de tudo o que deixou disponível para nós. A escolha é nossa. É uma questão de mentalidade, de aprender a pensar, falar e agir como realeza que somos, ao invés de sermos como escravos que o Diabo quer fazer o povo de Deus pensar que é.
Infelizmente a forma de pensar de uma grande parcela de cristãos é exatamente oposta ao que Deus quer. Muitos olham para sua luta diária com uma atitude de desespero ou resignação, assumindo que as suas circunstâncias nunca irão melhorar. Olham para as suas contas de luz, água, e outras e pensam que não darão conta de pagá-las. Cada dia é cheio de preocupação e tensão nervosa para fazer o dinheiro cobrir as despesas.
Esta é a forma de um rei pensar? Que tipo de rei se queixa ou se preocupa em ter que pagar contas? É tudo uma questão de mentalidade. A mentalidade do Reino diz: “Tragam os problemas. Vamos enfrentar os desafios. Eu nasci para isto. É este o meu tipo de situação. Jesus e eu estamos prontos para qualquer coisa. Venha, traga-os”.
A mentalidade do Reino é uma mentalidade de guerreiro. Quando necessário, reis vão à guerra para defender seu domínio. Estão dispostos a lutar até a morte a fim de preservar seu reino e derrotar um agressor. Realeza diz respeito à proteção, exercício de autoridade e recuperação de territórios. Algumas vezes isto significa até mesmo guerrear no território do próprio inimigo, como o fez Jesus Cristo.
O inimigo está sempre espreitando ao redor, procurando dividir e conquistar, para destruir nossas vidas e devorar nossas posses. Uma mentalidade escrava simplesmente se curva e se entrega à demanda do inimigo, assumindo que não tem outra escolha. A mentalidade do Reino encara o inimigo e diz: “Sem chance! Isto é meu, e você não vai me roubar nunca mais. Eu sou um rei e filho de Deus, e Ele deu este território para mim!”
Devemos estar dispostos a lutar por aquilo que sabemos que é nosso. Nós devemos estar prontos para ficar firmes, tomar a autoridade no nome de Jesus e recuperar o que é nosso por direito.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Filho de Deus - Filho do Homem

Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.
Assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim concedeu ao Filho ter a vida em si mesmo. E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do homem. (João 5: 25-27).
Jesus afirmou que possuía o poder de dar a vida e o poder de executar julgamento sobre os homens. Ambos os atos pertencem somente à jurisdição de Deus. Somente Deus pode dar a vida, e como o Filho de Deus é da mesma essência – do mesmo “material”- que o Pai, o Filho pode igualmente dar a vida.
Por outro lado, o único qualificado ou “legítimo” na terra para julgar sobre os homens é alguém que seja descendente do homem. Para ser qualificado a isto, esse descendente precisaria ser sem pecado, porque somente alguém que não tem pecado próprio poderia assumir tão alta posição. Ninguém a não ser Jesus foi encontrado com essa qualificação, Ele foi encontrado perfeito.
Nascido de uma mulher, nascido de uma virgem da linhagem de Davi, Jesus era um “Filho do homem” porque era plenamente humano. Convém entender que, como Deus deu aos homens a autoridade sobre a terra, seria uma espécie de ingerência estranha vir alguém de outro plano e com outra estrutura para agir em nosso planeta. Deus respeita os Seus princípios.
Jesus, o Filho do homem, estava qualificado para julgar a raça humana por ser um humano, portanto, Ele era legalmente apto. Tudo o que Jesus fez em seu ministério terreno – curar doentes, ressuscitar mortos, expulsar demônios, acalmar tempestades, alimentar multidões com um punhado de alimento – Ele o fez investido de autoridade como Filho do homem.
Era necessário que Deus se tornasse homem a fim de expandir Seu amor e poder no reino terreno. Pelo projeto, Deus deu o domínio da terra à humanidade, e somente os seres humanos têm jurisdição “legal” aqui. É por isso que sempre que Deus quer fazer algo na terra Ele procura trabalhar através de agentes humanos. Em Jesus Ele teve o homem perfeito para iniciar Seu trabalho.
O QUE ISSO SIGNIFICA PARA NÓS? Significa que ainda que Jesus fosse o Filho de Deus, em carne, Ele não teve nenhuma vantagem a mais do que nós. Jesus teve a mesma natureza humana que nós temos. Teve um corpo físico que ficava cansado e que conheceu a dor. Ele necessitava de descanso regular assim como nós. Ele tinha fome e sede que precisavam ser saciadas. Ele enfrentou as mesmas tentações, ainda que nunca tenha caído em pecado. Ele agiu sob o poder do Espírito Santo e mais tarde deu o mesmo Espírito a nós.
Em tudo que fez Ele reivindicou sua autoridade como o Filho do homem. Nós temos a mesma natureza de Jesus, somos também filhos de Deus. Em Cristo nós temos a mesma autoridade na terra porque nós somos humanos como Ele era. O problema para muitos de nós é que não sabemos quem somos. Nós nos tornamos um reino de reis ignorantes: ignoramos nossa identidade, habilidades, poder e autoridade.
Há muito tempo esquecemos (se é que soubemos) de tudo o que o inimigo roubou de nós. Depostos, derrotados e abatidos, como ‘um filho pródigo’ ficamos assentados no chiqueiro, enquanto mordiscamos as bolotas dos porcos. Nunca levantamos os olhos do nosso espírito para ver que as riquezas do nosso Pai também são nossas. Basta que estendamos as nossas mãos e desfrutemos delas.
Nosso maior inimigo hoje é a ignorância. O que não conhecemos está nos matando, ou pelo menos está nos privando de uma vida abundante. O remédio para a ignorância é o conhecimento, por isso Deus nos mandou a Sua Palavra – Sua Palavra viva na pessoa de Seu Filho. Cristo veio para remover nossa ignorância sobre Deus e Seu Reino e nos ensinar sobre nossa herança e realeza como filhos do Pai.
Jesus é a luz do mundo. Luz significa conhecimento. Ele veio nos mostrar quem realmente somos e expor o reino falso do inimigo. Colocando de outra maneira, Jesus veio para nos apresentar a nós mesmos e para nos chamar a sermos as pessoas que Deus sempre soube que poderíamos ser. Ele veio nos chamar de volta para casa.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

A Igreja precisa compreender e crer

O reino e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os governantes da terra o servirão e lhe obedecerão” (Daniel 7: 27).
Continuando a reflexão a respeito das visões proféticas de Daniel, no capítulo sete, vemos que o verso 27 menciona três coisas específicas que os filhos do Altíssimo receberão quando tomarem posse definitiva do Reino:
·         SOBERANIA
·         PODER; e
·         MAJESTADE OU GRANDEZA.
Soberania significa autoridade absoluta. Por isso nós cristãos cremos e pregamos que Deus é soberano nos céus e na terra. Ele é soberano porque Sua palavra é lei. Deus é o único Soberano verdadeiro porque não responde a ninguém exceto a si mesmo. Toda soberania restante é soberania delegada, implicando em alguém que delega, e que é maior.
Dentro do espaço de nossa soberania delegada, nós temos autoridade absoluta. Isso significa que nós temos autoridade para permitir ou proibir ações. Quando não permitirmos que algo errado aconteça e o inimigo se voltar contra nós para se vingar, nós podemos confrontá-lo e em nome de Jesus tomar autoridade sobre a situação. Este é um direito que temos como cidadãos do Reino.
Quando Jesus restaurou o Reino para nós, não nos deu uma fachada bonita com nada dentro. Junto com o Reino nos deu o poder, poder para conquistar, prosperar, viver em vitória, ser alegre, e para cumprir nosso potencial.
“Chamando a si os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda sorte de doenças e enfermidades” (Mateus 10: 1).
Finalmente, com o Reino vem a grandeza. O homem foi criado à imagem de Deus, e isso nos dá um diferencial importante que coroa nossa atividade criativa. Somos projetados para governar sobre o domínio terrestre. Infelizmente, por causa de nossa situação de pecadores decaídos, temos a imagem de Deus apenas como uma sombra fraca em comparação com nossa glória anterior à queda.
Quando somos restaurados ao Reino nós somos restaurados à grandeza porque retornamos ao lugar e ao ambiente para o qual nós fomos criados. Jesus disse que a chave para a verdadeira grandeza é ‘humildade e serviço’. Lembre-se de que em sua visão, Daniel viu os reis servindo ao Rei. Mais uma vez, Jesus deu o exemplo quando Ele, o Rei dos reis, pegou uma toalha e uma bacia de um servo e lavou os pés dos Seus discípulos. Em outra ocasião disse-lhes: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir, e dar a sua vida em resgate de muitos” (Marcos 10: 45).
Nós não fomos criados para dominar uns aos outros, ou para sermos dominados, mas para servir igualmente uns aos outros como reis e sacerdotes no Reino do nosso Pai. É somente quando nós compreendemos nosso lugar e nosso papel no Reino que nós poderemos experimentar inteiramente o significado da grandeza.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O profeta Daniel não pôde compreender

É normal que um profeta fique estupefato diante de uma visão totalmente surpreendente. Se nós tivéssemos visto o que ele viu também ficaríamos assim. Certamente Daniel ficou profundamente marcado por sua visão, não apenas pelo poder e pela majestade das imagens, mas também pelo mistério que as envolvia. Daniel estava muito longe de saber o que significavam.
Eu, Daniel, fiquei agitado em meu espírito, e as visões que passaram pela minha mente me aterrorizaram. Então me aproximei de um dos que ali estavam e lhe perguntei o significado de tudo o que eu tinha visto.
Ele me respondeu, dando-me esta interpretação: ‘Os quatro grandes animais são quatro reinos que se levantarão na terra. Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para sempre; sim, para todo o sempre’. (Daniel 7: 15-18).
Embora as quatro bestas representassem quatro reinos humanos que estavam por se levantar, aquele não era o aspecto mais importante. O que é importante é a promessa no verso 18 de que “os santos” – os filhos de Deus – receberão e possuirão Seu Reino para sempre, um tempo infinitamente mais longo do que a posse de reinos do mundo, não importando quão grandes e poderosos eles pareçam ser.
Daniel desejou saber o significado da quarta e mais terrível besta, assim como o significado dos dez chifres em sua cabeça, e principalmente do pequeno chifre, com olhos e boca, que substituiu os três que caíram.
Enquanto eu observava, esse chifre guerreava contra os santos e os derrotava, até que o Ancião veio e pronunciou a sentença a favor dos santos do Altíssimo; chegou a hora de eles tomarem posse do Reino. Ele me deu a seguinte explicação: ‘O quarto animal é um quarto reino que aparecerá na terra.
Será diferente de todos os outros reinos e devorará a terra inteira, despedaçando-a e pisoteando-a. Os dez chifres são dez reis que sairão deste reino. Depois deles um outro rei se levantará e será diferente dos primeiros reis.
Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará mudar os tempos e as leis. Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e metade de um tempo. Mas o tribunal o julgará, e o seu poder lhe será tirado e totalmente destruído, para sempre.
Então a soberania, o poder e a grandeza dos reinos que há debaixo de todo o céu serão entregues nas mãos dos santos, o povo do Altíssimo. O reino dele será um reino eterno, e todos os governantes o adorarão e lhe obedecerão’. Eu Daniel, fiquei aterrorizado por causa dos meus pensamentos e o meu rosto empalideceu, mas guardei estas coisas comigo. (Daniel 7: 21-28).
O que será que nós (a raça humana) perdemos com a queda, o céu? Não. Nós não viemos do céu, nem fomos criados para o céu. Nós fomos criados do pó da terra para governar sobre a terra. O que nós perdemos na queda foi o Reino. Jesus morreu na cruz e se levantou dos mortos não para nos levar ao céu, mas para nos trazer de volta à possessão do Reino que nós perdemos.
Satanás lutará contra essa revelação porque ele sabe que o conhecimento da verdade sobre esse assunto nos libertará das ilusões religiosas inculcadas em nossas mentes durante séculos. Este é o conflito que vivemos hoje, até mesmo dentro das nossas igrejas, onde existe resistência e incredulidade. Só posso crer que a procedência de tais atitudes é maligna.
Verifique qual é sua posição hoje com relação à mensagem do Reino dos céus. Cuidado para não se achar lutando a favor das trevas pensando estar a defender a posição de Deus. Peça esclarecimento e Cristo te esclarecerá. Se não consegues compreender tudo, não significa que não seja verdade. Se os líderes que você conhece não pregam sobre o Reino não significa que o Reino não existe. Peça a Deus que abra os teus olhos para que possas ver.
E fazei isto, conhecendo o tempo. Já é hora de despertarmos do sono, porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado.
Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz. (Romanos 13: 11-12).
Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará. (Efésios 5: 14).

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O profeta Daniel e as visões do Reino de Deus

O profeta Daniel foi um dos homens que mais recebeu revelações e visões sobre o Reino de Deus. De fato, o livro de Daniel é focado inteiramente na soberania de Deus sobre os reinos dos homens. Ele relata que os reis da terra muitas vezes se opuseram à força e à vontade de Deus, mas nunca puderam vencê-Lo.
Nem a fornalha de fogo ardente de Nabucodonosor, nem o covil de leões famintos foram suficientes para matar os servos de Deus. Daniel fazia parte da “geração exilada”, aqueles jovens judeus que foram removidos de sua pátria pelos babilônicos e transferidos forçosamente para a Babilônia.
Apesar de ser um estrangeiro exilado, Daniel alcançou, pelo desígnio de Deus, uma posição de proeminência e foi considerado um líder civil e um administrador competente no governo Babilônico. Além de suas qualidades morais e competência intelectual, Daniel era um homem íntegro que amava a Deus. Por causa dos seus dons espirituais ele serviu diretamente a diversos governantes na Babilônia.
Destacamos entre as diversas profecias liberadas por Daniel uma que se encontra no capítulo sete de seu livro. Aqui Daniel relata um sonho e uma visão que veio a ele próprio, na qual se revela o caráter e a majestade impressionante do Reino de Deus.
Ele viu quatro bestas assustadoras que se levantavam do mar. A primeira era “como um leão com asas de águia” As asas foram arrancadas, e a besta ficou sobre dois pés e recebeu o “coração de um homem” (Daniel 7: 4). Veio em seguida uma criatura que se parecia com um urso. Depois desta veio outra que se parecia com um leopardo, porém tinha quatro cabeças e quatro asas como de ave em suas costas.
A quarta besta era a mais aterrorizante de todas, pois tinha dentes de ferro, enormes, com os quais ela “esmagava e devorava” suas vítimas. Tinha, também, dez chifres. Enquanto Daniel observava a cena, três dos chifres foram arrancados e substituídos por um chifre menor, o qual “possuía olhos como os olhos de um homem e uma boca que falava com arrogância”. (Daniel 7: 8).
Essas quatro bestas representam as forças demoníacas que atuam por meio do poder, da perversidade e da corrupção de muitos governos do mundo. A cena seguinte no sonho de Daniel coloca esses poderes malignos em sua perspectiva correta. O que se segue assegura-nos a derrota certa de Satanás e o triunfo absoluto do Reino de Deus.
Enquanto olhava, os tronos foram colocados, e um ancião se assentou. Sua veste era branca como a neve; o cabelo era branco como a lã. Seu trono era envolto em fogo, e as rodas do trono estavam em chamas. De diante dele, saía um rio de fogo. Milhares de milhares o serviam; milhões e milhões estavam diante dele.
O tribunal iniciou o julgamento, e os livros foram abertos. Continuei a observar por causa das palavras arrogantes que o chifre falava. Fiquei olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo foi destruído e atirado no fogo.
Dos outros animais foi retirada a autoridade, mas eles tiveram permissão para viver um período de tempo. Em minha visão à noite, vi alguém semelhante a um “filho de homem”, vindo com as nuvens do céu. Ele se aproximou do ancião e foi conduzido à sua presença. Ele recebeu autoridade, glória e o reino; todos os povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram.
Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruído. (Daniel 7: 9-14).
Daniel viu isso cerca de 500 anos antes do nascimento de Jesus. Satanás foi julgado, seu poder destruído, e seu ‘corpo’ lançado no fogo ardente. O fogo que consome, e que simboliza a perda de poder.
Para nós isso tem um significado importante: Mesmo que Satanás e as forças das trevas estejam ainda ao nosso redor nos molestando, está escrito na Escritura da Verdade que o seu poder e autoridade serão quebrados. Sua destruição final espera a consumação de todas as coisas com o retorno previsto de Cristo.
É por isso que nós não temos que nos render à derrota ou ao desespero em nossa vida diária. Nós podemos viver em vitória e caminhar em confiança porque o poder de nosso inimigo foi quebrado. O Senhor nos dá autoridade sobre ele. Nós estamos entre aqueles que se assentam no julgamento contra ele, juntamente com o nosso Rei. 

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

As antigas profecias sobre o Reino de Deus

Os salmistas não eram as únicas pessoas dos tempos do Velho Testamento que tiveram entendimento e compreensão do reinado de Deus e de como os reinos deste mundo estão relacionados a ele. Muitos profetas também tiveram visões e revelações poderosas sobre a glória e o esplendor de Deus e do Seu Reino. Uma das mais conhecidas visões é encontrada no livro do profeta Isaías.
No ano em que o Rei Uzias morreu, eu vi o Senhor assentado num trono alto e exaltado, e a aba de sua veste enchia o templo. Acima dele estavam serafins; cada um deles tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam.
"E proclamavam uns aos outros: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos, a terra inteira está cheia da sua glória”. Ao som das suas vozes os batentes das portas tremeram, e o templo ficou cheio de fumaça. Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! (Isaías 6: 1-5).
O profeta Isaías reconheceu imediatamente que estava na presença da santidade e glória absolutas. Tinha “visto o Rei, o Senhor dos Exércitos” e a majestade de sua visão o prostrou tanto que ele temeu por sua vida. Sua própria natureza humana pecaminosa foi tão ressaltada ao encontrar a pureza e santidade impressionantes de Deus, que Isaías acreditou que seria derrubado a qualquer momento. Mas ao invés disso, ele experimentou a justiça misericordiosa de Deus.
Logo um dos serafins voou até mim, trazendo uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma tenaz. Com ela tocou a minha boca e disse: “veja, isto tocou os seus lábios; por isso sua culpa será removida, e o seu pecado será perdoado”. Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: “quem enviarei? Quem irá por nós?” E eu respondi: Eis-me aqui. Envia-me! (Isaías 6: 6-8).
A visão que o profeta Isaías teve de Deus, o Rei, precipitou uma crise espiritual em sua vida. Aquela experiência com a autoridade suprema o inspirou. Ele se tornou um embaixador do Senhor Todo-Poderoso, e passou a proclamar a mensagem do Reino de Deus a um povo de coração endurecido  que havia rejeitado e ignorado esse Reino.
Podemos verificar o progresso de sua pregação quando ele registrou a visão que recebera a respeito do herdeiro do Rei e sobre a natureza e o caráter de Seu Reino:
Porque um menino nos nasceu, um Filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. Ele estenderá o seu domínio, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, estabelecido e mantido com justiça e retidão, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso. (Isaías 9: 6-7).
Eis aí uma descrição resumida das principais características do reinado de Deus por meio de Seu Filho Jesus Cristo: É um Reino governado por um Deus poderoso e eterno, e que é Maravilhoso Conselheiro (um sábio e justo Juiz); um Reino caracterizado pela paz, pela justiça, e pela retidão.
Creio que você deve estar pensando: quando isso se cumprirá? É certo que Isaías estava correto, pois a primeira parte da profecia se cumpriu quando Jesus nasceu em Belém da Judéia, e quando o Cristo de Deus nos foi dado para ser o nosso rei salvador. Porém, não pudemos ver ainda a total expansão de seu domínio, bem como o estabelecimento global de Sua justiça, mas tão certo quanto Jesus Cristo existe, nós cremos que o Reino de Deus triunfará e se expandirá sobre toda a terra. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso!
Siga lendo Diários do Reino que estaremos analisando outras profecias a respeito do Reino de Deus. 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Um Rei falando sobre o Reino

O livro dos Salmos está cheio de referências que deixam claro que o rei Davi e outros salmistas de Israel conheceram e reverenciaram Deus como o Rei dos reis: “O Senhor é rei para todo o sempre; da sua terra desapareceram todos os povos” (Salmos 10: 16).
O rei Davi compreendeu que os reinos humanos são temporários, mas o Reino de Deus é eterno: “Abram-se, ó portais; abram-se ó portais eternos, para que entre o Rei da glória. Quem é o Rei da glória? O Senhor forte e valente, o Senhor valente nas guerras. Abram-se ó portais; abram-se ó portais eternos, para que o Rei da glória entre. Quem é esse Rei da glória? O Senhor dos exércitos; ele é o Rei da glória! (Salmos 24: 7-10).
Nesses versos, Davi, o segundo e maior rei de Israel, exaltou e reconheceu o Senhor Deus como o “Rei da glória”, aquele que estava entronizado para sempre. Com a frase “Rei da glória”, Davi exalta Deus como o maior Rei de todos e digno da mais elevada estima.
“Pois o Senhor altíssimo é temível, é o grande Rei sobre toda a terra! Ofereçam música a Deus, cantem louvores! Ofereçam música ao nosso Rei, cantem louvores! Pois Deus é o Rei de toda terra; cantem louvores com harmonia e arte. Deus reina sobre as nações; Deus está assentado em seu santo trono” (Salmos 47: 2, 6-8).
“O teu trono, ó Deus, subsiste para todo o sempre; cetro de justiça é o cetro do teu Reino” (Salmos 45: 6).
Davi estava focado no Reino de Deus. Embora ele mesmo fosse um rei, Davi conhecia seu lugar. Ele compreendeu seu papel como um rei abaixo de Deus, uma autoridade representativa que deveria representar Deus diante do povo, e como um sacerdote, representar o povo diante de Deus. Ele é um exemplo para todos nós quanto ao nosso lugar no Reino. Como Davi nós somos chamados para governar como reis neste mundo e também para cumprir o papel sacerdotal de conduzir espiritualmente as pessoas nas regiões terrenas.
O reinado de Davi foi considerado justo e reto. Apesar das falhas conhecidas e dos pecados cometidos em momentos de fraqueza, Davi foi considerado como um homem segundo o coração de Deus. Saul havia fracassado em obedecer e o seu mandato foi reprovado pelo Senhor, por isso, diz a Bíblia, Deus procurou um homem segundo o Seu coração:
“Agora, porém, não subsistirá o teu reino; o Senhor já buscou para si um homem segundo o Seu coração, e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo, porque não guardaste o que o Senhor te ordenou” (I Samuel 13: 14).
De forma que, Davi reinou com os olhos voltados para o Rei dos reis e Senhor dos senhores, e chegou ao fim de sua vida com a mesma firmeza de caráter. Ao aconselhar seu filho Salomão, que iria sucedê-lo no trono, ele disse-lhe:
“Eu vou pelo caminho de toda a terra. Esforça-te, pois, e sê homem. Guarda as ordenanças do Senhor teu Deus, para andares nos seus caminhos, para guardares os seus estatutos e os seus mandamentos, os seus juízos e os seus testemunhos, como está escrito na lei de Moisés, para que prosperes em tudo o que fizeres e por onde quer que fores” (I Reis 2: 2-3).
Davi descansou de sua missão como governante em Israel. Ele reinou em nome de Deus durante quarenta anos e foi fiel em tudo. É assim que devemos viver aqui em nossa peregrinação terrena. Sendo retos diante de Deus, proclamando o Seu Reino e fazendo a Sua vontade aqui na terra como é feita no céu. Quem assim fizer com certeza prosperará em seus caminhos, pois Deus é fiel e justo para conosco.
Deus seja louvado! 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Qual a importância do Reino de Deus

Qual a importância do Reino de Deus? Para Deus o Seu reino é prioridade máxima, por isso, os cristãos precisam repensar as suas prioridades para que haja consenso entre Deus e seus filhos. As ações e as atividades de Deus são motivadas por seu desejo e paixão de ver Seu reino estabelecido na terra.
Quão importante é, para o corpo de Cristo, a mensagem do Reino de Deus? Francamente, achamos que nós não temos nenhuma outra coisa a pregar ou ensinar. A mensagem do Reino é a boa noticia que a igreja deve proclamar aos quatro ventos. Se a igreja quiser fazer seu trabalho em obediência e submissão deverá focar no Reino seus objetivos; cada pregação, cada estudo da Bíblia, cada ensinamento, cada ministração e cada atividade que executar.
O Reino de Deus deve ser nossa prioridade mais elevada; Jesus não nos deu nenhuma outra comissão. Quando Ele disse: “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (Mateus 24: 14), Ele estava nos mandando proclamar o Reino de Deus a um mundo que não o conhecia.
Embora o mundo esteja familiarizado com os sistemas de governo dos homens, é essencialmente ignorante a respeito do governo de Deus. Pessoas de todas as nações precisam saber que o Reino de Deus veio à terra, e que a fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador é a maneira para entrarmos nele.
Nós, a Igreja, os “separados” de Jesus Cristo, somos “um povo escolhido, um sacerdócio real, uma nação santa” chamados por Deus para declarar Seus louvores em um mundo de trevas. Sacerdócio real é o mesmo que dizer que cada um de nós é tanto rei como sacerdote. Nosso Senhor chamou e comissionou a cada um de nós para sermos Seus embaixadores – seus agentes – para conduzir aos que ainda estão perdidos nas trevas para a “maravilhosa luz” do Seu Reino.
Paulo descreve nosso chamado especial da seguinte maneira: Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! Tudo isso provém de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus. Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus. (I Coríntios 5: 17-21).
Como seguidores de Cristo, filhos de Deus e cidadãos do Seu Reino, não temos nenhuma outra prioridade maior do que proclamar o Seu Reino. Jesus dedicou sua vida terrena a proclamar o Reino, e Sua prioridade é também a nossa. Este é seu foco e deve ser o nosso também. Tudo o mais é secundário. O Reino de Deus é tudo o que importa, e à parte do Reino de Deus, nada importa.
O mandamento de Jesus para nós hoje é o mesmo que Ele deu aos Seus discípulos 2.000 anos atrás: “Por onde forem, preguem esta mensagem: ‘O Reino dos céus está próximo’.” (Mateus 10: 7). Nós somos Seu povo, um sacerdócio real, uma nação santa, um exército de embaixadores comissionados para trazer reconciliação entre Deus e as nações.
Sejamos cuidadosos em atender ao comando de nosso senhor. Vamos pregar o Reino de Deus!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Sendo Educados para liderança do Reino

Um dos objetivos importantes de Jesus na terra era treinar a humanidade para a liderança do Reino. Ele veio para nos ensinar a pensar e agir como Deus, nosso Pai. Jesus estabeleceu o padrão pelo exemplo da sua própria vida. Em cada palavra, ação e momento da sua vida na terra, Jesus nos mostrou como o Pai é e como nós deveríamos agir para nos parecer com Ele, já que somos seus filhos.
Os discípulos de Jesus não entendiam isso facilmente, assim como nós temos dificuldade em entender, por isso Jesus procurou ensiná-los: Disse-lhe Tomé: “Senhor, não sabemos para onde vais; como poderemos saber o caminho?” Respondeu Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim. Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também meu Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm visto”. Disse Felipe: “Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta”. Jesus respondeu: “Você não me conhece, Felipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: “Mostra-nos o Pai”? Você não crê que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu lhes lhe digo não são apenas minhas. Ao contrário, o Pai, que vive em mim, está realizando a sua obra”. (João 14: 5-10).
Ensinar-nos a pensar e agir como filhos de Deus foi uma das tarefas mais difíceis de Jesus, porque nossa tendência é ser resistentes, obstinados e lentos em aprender. Isso se deve em parte à nossa cegueira espiritual por causa do pecado e, em parte, ao fato de estarmos separados há muito tempo da realeza e do ambiente santo de Deus. Por milênios temos sido como o filho pródigo de Lucas 15: 11-32, vivendo no chiqueiro e nos alimentando de sobras das quais os porcos se alimentam.
Nós temos estado fora de contato com o nosso “lar” por tanto tempo que perdemos de vista não só a nossa identidade como também o nosso destino. O ensino de Jesus nos levará a redescobrir ambos – identidade e destino – e nos ajudará a recuperá-los e viver neles.
Se quisermos saber como o Pai é, tudo o que temos a fazer é olhar para Jesus. Se nós quisermos saber o que podemos ser como filhos de Deus, temos apenas que olhar para Jesus, o Filho unigênito do Pai. O Espírito Santo em nós nos capacitará a compreender e a praticar o modelo de vida de Jesus.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Restaurando o Espírito Santo no Homem

Outro aspecto importante da missão de Jesus na terra era restaurar o Espírito Santo no coração do homem. Antes que isto pudesse acontecer, Ele teve que reintroduzir o Reino, e restaurar nossa retidão e santidade através do Seu sangue. Somente assim o homem estaria apto a ser habitação do Espírito Santo.
Por que o Espírito Santo é tão importante? Porque Ele é a ligação, a conexão espiritual entre nós e o Reino de Deus. Ele é aquele que nos preenche com poder espiritual, nos guia, nos conduz ao conhecimento da verdade, e traz à nossa lembrança todas as coisas que Jesus ensinou. Jesus prometeu aos seus discípulos que depois que fosse ao Pai Ele enviaria o Espírito Santo para estar com eles para sempre.
O Espírito Santo não poderia vir até que Jesus tivesse terminado Sua obra na cruz, ressuscitado dos mortos, e através de Seu sangue limpado o pecado do homem. Uma vez que nós fomos limpos e santificados, estávamos agora prontos para receber o Espírito Santo. Jesus cuidou disso, também, antes de subir ao Pai.
‘Ao cair da tarde daquele primeiro dia da semana, estando os discípulos reunidos a portas trancadas, por medo dos judeus, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “Paz seja convosco!” Tendo dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se quando viram o Senhor. Novamente Jesus disse: “Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu os envio”. E com isso, soprou sobre eles e disse: “Recebam o Espírito Santo!” (João 20: 19- 23).
Por esse ato, Jesus devolveu à humanidade aquilo que Adão e Eva haviam perdido no Éden. A ligação fora restaurada. Todos os que confiassem e acreditassem em Cristo para a remissão de seus pecados e entregassem suas vidas a Ele receberiam o Espírito Santo e desta forma recuperariam sua conexão e cidadania do reino de Deus. Eles poderiam então conhecer a vontade de Deus e através deles a Sua vontade poderia ser feita na terra.
Na qualidade de filhos de Deus, nós somos parte da família real do reino do céu. Como qualquer outro membro da realeza, nós chegamos a essa posição sem nenhuma preparação; nós precisamos ser treinados. Treinamento apropriado e cuidadoso é essencial para reis em formação. Temos de aprender outro modo de agir e pensar.
Nós temos passado tanto tempo influenciados pelo reino das trevas que nós automaticamente reagimos e pensamos como escravos, com a mentalidade de um decaído sem auto-estima. Se quisermos exercer nossa posição de embaixadores de nosso Pai, então devemos receber treinamento intensivo para podermos agir e pensar como cidadãos do reino dos céus. Nessa tarefa, o Espírito Santo é nosso instrutor.
Uma das coisas que o espírito Santo nos ensina é como permanecer em autoridade como verdadeiros filhos e filhas de Deus, não importando quais problemas ou dificuldades venham sobre nossa vida. Como filhos reais de nosso Pai celeste, nós podemos nos responsabilizar por nossas circunstâncias ao invés de nos tornarmos escravos delas. Podemos viver diariamente em poder e vitória, ao invés de fraqueza e derrota.
Tudo o que é necessário é treinamento, e o Espírito Santo é o nosso professor: “E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da verdade... Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse” (João 14: 16, 17, 26).
“Mas eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu não for, o Conselheiro não virá para vocês; mas se eu for, eu o enviarei. Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir” (João 16: 7, 13).

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Jesus veio para restaurar a retidão

Jesus não apenas veio reintroduzir o Reino, mas Ele veio também para restaurar a retidão e a santidade à humanidade, as quais nós perdemos no Jardim do Éden. Muitas pessoas têm uma idéia errada sobre a retidão. Elas supõem que ser reto é fazer coisas certas. Para alguns, significa vestes apropriadas e discretas, ou nunca sorrir, se alegrar ou se divertir. Muitos carregam cruzes penduradas no pescoço e Bíblias grandes.
Proclamam uma mensagem estereotipada, por meio de adesivos no vidro traseiro de seus carros, que dizem coisas tais como: “Eu amo Jesus” “Propriedade do Senhor” etc. Isso não é retidão. A retidão tem mais a ver com uma condição de vida, em oposição a atitudes religiosas As atitudes corretas são importantes, mas elas podem ocorrer sem que a pessoa esteja na condição de ser reta.
Retidão é de fato um termo legal que significa estar retamente posicionado, estar direito. Uma pessoa reta, então, é alguém que está em posição correta com as autoridades. Quando Adão e Eva pecaram, perderam o Espírito Santo. Perderam sua comunhão com Deus e saíram da posição correta em relação à  única autoridade de governo do Reino do céu. O relacionamento que tinham uma vez usufruído com Deus como seu Pai estava rompido.
Ainda que eles tivessem sido criados para dominar a terra, com a ruptura de sua conexão ao Reino de Deus, eles não souberam mais o que fazer ou como fazê-lo. Adão e Eva perderam completamente de vista seu propósito.
Em um mundo caído, não há nenhuma pessoa “normal”. Deus nos projetou para a retidão e para a santidade, e sem esses atributos nós somos anormais. Nós somos deficientes e defeituosos, incapazes de funcionar corretamente no ambiente para o qual nós fomos projetados. É por isso que o crime e a corrupção existem. É por isso que nós temos ódio e discriminação de cor e de raça, e por essa causa temos tantos crimes e violência.
Nossa falta de retidão e santidade se manifesta em nossas vidas. Nós destruímos uns aos outros porque não sabemos a razão de estarmos aqui, e o próprio ambiente que nós fomos criados para governar acaba nos governando.
Cristianismo não é uma religião porque religião é a expressão do homem em busca de Deus. Com o Cristianismo a busca terminou; Deus se revelou ao homem e enviou Seu filho para nos libertar da nossa condição de pecado e para nos reconciliar com Ele. O Cristianismo não é uma religião, mas um relacionamento, uma comunhão íntima na qual nós entramos em um profundo relacionamento pessoal com o Cristo vivo. De todos os sistemas da fé no mundo, apenas o Cristianismo é eficaz porque só ele tem o sangue de Cristo, que tira o pecado do homem. Somente ele tem o Espírito de Deus habitando na vida dos que crêem. Somente ele pode nos justificar e santificar.
Jesus veio para reintroduzir o Reino de Deus à humanidade e nos restaurar a justiça e a santidade. Ele consumou isto pela morte na cruz, onde Seu sangue vertido tem o poder de cobrir e lavar nosso pecado. Por causa do nosso pecado, nós estávamos espiritualmente mortos, escravos e reféns de Satanás e seu reino de trevas. Através de Sua morte na cruz, Jesus pagou o resgate para nos livrar da prisão de Satanás.
Ele se tornou nosso substituto, de modo que nós pudéssemos nos tornar livres. Jesus se tornou pecado em nosso lugar, para que nele nos tornássemos justiça de Deus: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (II Coríntios 5: 21).
Seu corpo ficou no túmulo por três dias, frio e sem vida. A morte não pode detê-lo. Na manhã desse terceiro dia, Ele se levantou dos mortos. A ressurreição de Jesus garante que todo aquele que tiver sido lavado do pecado por Seu sangue, compartilhará também da Sua vida- vida eterna.
Creia e tome posse deste fato consumado! Reposicione sua vida em alinhamento com o governo de Deus e ande retamente com Ele. Pratique a obediência e a submissão à Sua autoridade. Faça sempre aquilo que o Espírito Santo de Deus te orientar a fazer. Não tome decisões baseado em sua percepção e nem em seu conhecimento, por maior que seja, mas busque a sabedoria de Deus para agir diante das circunstâncias da vida.
Fazendo isso podemos ter a certeza de que o Reino de Deus está dentro de nós!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O papel do Espírito Santo no Propósito de Deus

Assim como Deus pensou que não era bom que o homem estivesse só em sua tarefa de governar a terra, e por isso criou-lhe uma companheira capacitada para ajudá-lo, Deus também deu aos homens o Espírito Santo com o propósito de ajudá-los a administrar seu domínio de acordo com a Sua vontade.
O Evangelho de João se refere ao Espírito Santo como um “conselheiro”. Jesus disse: “E eu pedirei ao Pai, e Ele lhes dará outro conselheiro para estar com vocês sempre, o Espírito da Verdade. O mundo não pode recebê-lo, porque nem o vê nem o conhece. Mas vocês o conhecem, pois Ele vive com vocês e estará com vocês” (João 14: 16-17).
No grego, a palavra para Conselheiro é parakletos que significa igualmente “advogado” e “consolador”. Literalmente, parakletos significa “aquele que é chamado para estar ao lado”. O propósito do Espírito Santo, tanto naquela época como agora, era estar ao lado da humanidade e ajudá-la a conhecer e fazer a vontade do Pai. Ele não nos controla contra nossa vontade. Ele nos convence quando fazemos alguma coisa errada, nos guia pelo caminho certo, nos incomoda para começar a fazer a vontade de Deus, e dirige o nosso curso, mas Ele nos controla somente o tanto quanto nós nos entregamos a Ele.
O Espírito Santo é aquele que conhece o pensamento de Deus, Ele identifica a vontade e o desejo do Pai, revela-os ao homem e o homem o manifesta na terra. Deus desejou a vinda do governo do Seu Reino a terra, mas Ele somente poderia fazer isto através de Seus filhos que estão conectados a Ele pelo Espírito de Deus.
“Mas Deus o revelou a nós por meio do Espírito. O Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as coisas profundas de Deus. Pois, quem conhece os pensamentos do homem, a não ser o espírito do homem que nele está? Da mesma forma, ninguém conhece os pensamentos de Deus, a não ser o Espírito de Deus. Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito procedente de Deus, para que entendamos as coisas que Deus nos tem dado gratuitamente. Delas também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito, interpretando verdades espirituais para os que são espirituais”                           
Com o Espírito de Deus vivendo no espírito do homem e dirigindo seus pensamentos e vida de acordo com a vontade de Deus, o homem poderia manifestar o Reino de Deus na terra. A chave para o homem estar apto a manifestar o Reino é a presença do Espírito Santo, sem Ele o homem  é incapaz de conhecer e de fazer a vontade de Deus.
O primeiro casal humano, Adão e Eva, foram cheios com o Espírito Santo e gozaram de comunhão íntima com Deus. Quando foram seduzidos e iludidos pela tentação de Satanás, e desobedeceram a Deus, esse canal de comunicação foi quebrado, criando um distúrbio na força do universo. O pecado os corrompeu. Transformaram-se em vasos ímpios, e o Espírito Santo partiu, eliminando sua conexão com o Reino celestial.
O homem ainda estava na terra. Ele ainda era um espírito habitando um corpo de carne e sangue. Ele continuava alguém projetado para dominar a terra, mas infelizmente a terra o dominava agora. A ordem original de tudo fora invertida. O homem se viu escravizado por suas paixões desenfreadas, seus desejos incontroláveis, e instintos primitivos. O homem se tornou sujeito exatamente às mesmas coisas sobre as quais ele deveria governar.
Desde que o Espírito Santo partiu, o homem passou a estar sob o controle de  outro espírito, um espírito que não é de Deus, mas sim de Satanás. Muito tempo se passou desde esse evento desastroso e Deus continuou trabalhando para restaurar Sua ordem e plano originais.
Na plenitude dos tempos  Jesus veio – em carne, um descendente da linhagem de Davi (linhagem real) nascido de uma virgem chamada Maria; mas no espírito, ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo. Em Jesus Cristo, o Espírito Santo retornou a terra para habitar em plenitude em um corpo humano pela primeira vez desde que deixara Adão e Eva no jardim do Éden.
Cristo, o Ungido, o eterno Filho de Deus, veio a terra, nascido como um ser humano chamado Jesus. O homem Jesus era carne, mas o Cristo dentro dEle estava cheio do Espírito. Ele era Jesus Cristo, o homem-Deus, Deus encarnado. Nele a plenitude de Deus habitava em forma corpórea: “Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Colossenses 2: 9).
Essa plenitude era o Espírito Santo, que estava agora permanecendo e habitando a carne humana novamente. Jesus deu forma ao potencial espiritual que toda humanidade poderia alcançar se fosse potencializada pelo Espírito de Deus.
“O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar as boas-novas do Reino aos pobres” (Isaías 61: 1). 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Um Reino de reis servidores

O Reino de Deus é o único reino no qual cada cidadão é denominado um rei. Seu reinado não está sobre as pessoas, mas em uma área específica de dons. É por isso que Jesus é chamado de Rei dos reis e Senhor dos senhores. Nós somos os reis que servem o mundo com nossos dons dados por Deus. A nossa maneira de servir é na liderança. Foi isso que Jesus quis dizer quando afirmou “o maior entre vocês será o que serve”. O Reino funciona com base na liderança servidora.
Uma vez que estamos conscientes de nossa filiação espiritual em Cristo, precisamos compreender a natureza do Reino do qual nós agora somos cidadãos. Nossos corações devem refletir o coração de Cristo, e as nossas mentes, a Sua mente: “Pois quem conheceu a mente do Senhor, para que o possa instruir? Mas nós temos a mente de Cristo” (I Coríntios 2: 16).
Se nós somos filhos fiéis do Rei, prontos para governar sobre os domínios que nos deu, nós devemos conhecer Seu coração e como governar em Seu nome. Nossa cultura está desintegrando em torno de nós. Pessoas estão vivendo em desespero. Tudo que nós temos a fazer é ler um jornal ou escutar um noticiário qualquer dia da semana para perceber que a vida cotidiana, no mundo em que vivemos, está cheia de incerteza e instabilidade.
Guerras, fome, pobreza, ignorância, preconceitos, homens-bomba suicidas, terrorismo, Aids e outras aflições, instabilidade econômica com grandes flutuações no mercado de ações – tudo isso mostra claramente que nosso mundo é um lugar assustador e incerto. Porque o reino deste mundo é temporário e um dia passará, nele não há nada duradouro em que nós    possamos confiar com toda segurança.
Há alguma boa notícia em meio a tudo isto? Sim, certamente há. Para aqueles que vivem e caminham no Reino de Deus, todo dia pode ser um bom dia, não obstante as circunstâncias no mundo. Não importa quanta intranqüilidade e tumultos girem ao nosso redor no mundo físico, o reino de Deus é estável. Não pode ser mudado. O governo de Deus é firmemente estabelecido desde o passado eterno e estará nessa posição através do futuro eterno, protegido, seguro e inabalável.
É por isso que Deus não nos deu uma religião. Em vez disso, Ele nos deu Seu Reino, eterno e inabalável! O Reino de Deus veio a terra através da pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo, que era seu proclamador assim como a sua porta de entrada. A missão de Jesus consistiu de cinco objetivos específicos:
·         Ele veio reintroduzir o Reino de Deus na terra para desfrute do homem.
·         Ele veio restaurar a retidão e a santidade da humanidade.
·         Ele veio restaurar  o Espírito Santo no homem.
·         Jesus veio treinar novamente a humanidade para a liderança do Reino.
·         Ele veio restaurar o governo do Reino de Deus na terra através da humanidade e devolver a administração do Reino de Deus aos reis terrenos de Deus.
Agora que estas coisas estão claras, acho que nós devemos buscar a unção do Espírito Santo e Sua capacitação, que são Seus dons e frutos, para que possamos cooperar com o governo de Deus e Sua administração.
“Pois convém que ele reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo dos seus pés” (I Coríntios 15: 25).
“E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (I Coríntios 15: 28).
Temos os nossos olhos fixados no alvo e caminhamos para ele com firmeza e determinação, pois tudo isso já está determinado na Escritura da Verdade de Deus! Amém! 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O Livre-Arbítrio

É inerente à natureza humana que a sua vontade tem de ser livre. Feito à imagem de Deus, que é completamente livre, o homem deve gozar de certa medida de liberdade. Esta o capacita a escolher os seus companheiros para seu convívio social e para o porvir; capacita-o a sujeitar a sua alma a quem ele quiser, a aliar-se a Deus ou ao diabo, a continuar pecador ou tornar-se santo.
E Deus respeita esta liberdade. No princípio Deus viu tudo que tinha feito, e eis, que era muito bom. Tão alta consideração Deus tem pela obra das Suas mãos, que por nenhum motivo lhe fará violência. Para Deus, passar por cima da liberdade do homem e forçá-lo a agir contrariamente à sua vontade seria escarnecer da imagem de Deus no homem. Deus jamais fará isso.
Deus dará nove passos em direção a nós, porém não dará o décimo. Ele nos inclinará ao arrependimento, mas não poderá arrepender-se por nós. Deus pode ficar à espera do homem que pecou; pode sustar o seu julgamento; pode exercer paciente tolerância; mas não pode forçar o homem a arrepender-se. Fazê-lo seria violar a liberdade do homem e esvaziar o dom que originalmente Deus lhe dera.
Onde não há liberdade de escolha não pode haver nem pecado nem retidão, porque é da natureza de ambos que sejam voluntários. Por melhor que seja um ato, ele não será bom se for imposto de fora. O ato de imposição destrói o conteúdo moral do ato e o torna nulo e vazio. Para que um ato seja pecaminoso é preciso que também esteja presente o seu caráter voluntário.
Pecado é a prática voluntária de um ato que se sabe contrário à vontade de Deus. Onde não há conhecimento moral ou onde não há escolha voluntária, o ato não é pecaminoso; não pode ser, pois o pecado é a transgressão da lei, e transgressão tem de ser voluntária.
Lúcifer se tornou Satanás quando fez a sua escolha fatídica: “Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14:14). Claramente se vê aí uma escolha feita deliberadamente contra o Senhor e soberano dos céus e da terra. Tanto o conhecimento como a vontade estavam presentes no ato.
De modo totalmente inverso, Cristo revelou Sua submissão quando bradou em Sua agonia “Não se faça a minha vontade, e, sim a tua” (Lucas 22: 42). Vê-se aí uma escolha deliberada, feita com pleno conhecimento das conseqüências. Ali duas vontades estiveram em conflito temporário, a vontade inferior do homem Jesus e a vontade superior do Cristo de Deus. A vontade superior prevaleceu. Viu-se ali, em evidente contraste, a enorme diferença entre Cristo e Satanás; é essa diferença que deve separar o santo do pecador, o Reino dos céus do reino das trevas.
Nenhum ato que seja praticado voluntariamente constitui uma revogação do livre-arbítrio. Se alguém escolhe a vontade de Deus, não está negando, mas, sim, exercendo o seu direito de escolha. O que ele está fazendo é admitir que a escolha de Deus sempre será muito mais sábia do que a sua própria escolha, e que escolheu fazer aquilo que é mais sábio. Para o homem decaído, este é o retorno ao estado original que tinha com Deus antes do pecado no Éden, quando ele buscava saber de Deus o certo e o errado e obedecia confiante.
O segredo de uma vida santificada não está na destruição da vontade, mas em fazê-la submergir na vontade de Deus. O verdadeiro santo é alguém que reconhece que possui o dom da liberdade oriundo de Deus. Ele sabe que jamais será espancado para obedecer, nem adulado, como uma criança mimada, para fazer a vontade de Deus; sabe que estes métodos são indignos de Deus e da sua própria alma. Sabe que é livre para fazer a escolha que quiser e, com esse conhecimento, escolhe para sempre a bendita vontade de Deus.
“Pois eu não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou” (João 5: 30).
Mas Paulo respondeu: “Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus”. Como não podíamos persuadi-lo, dissemos: “Faça-se a vontade do Senhor” (Atos 21: 13-14).