sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

ANDANDO SEGUNDO O ESPÍRITO

A transformação de um crente que é da alma, para um crente que é espiritual, não garante que ele nunca mais ande segundo a carne. Pelo contrário, o perigo de voltar à carne sempre existirá. Satanás está sempre alerta para aproveitar qualquer oportunidade para levar o crente a cair da sua elevada posição para uma vida abaixo da média.

É necessário, portanto, que os filhos de Deus sejam vigilantes em todo o tempo e sigam o Espírito para que possam permanecer espirituais. “Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rm. 8:4). Andar segundo o espírito é andar contrário à carne, porém não seguir o Espírito é andar segundo a carne. Não há uma posição neutra nesse assunto.

Muitos cristãos oscilam entre os dois: ora seguem o espírito ora seguem a carne, mas o certo é andar apenas segundo o homem interior, e isto é andar segundo a intuição do espírito e nem por um momento segundo a alma ou o corpo. Seguindo o espírito desse modo, eles invariavelmente “colocarão suas mentes nas coisas do espírito”, e o resultado será “vida e paz”.  

Viver segundo o espírito é uma obrigação diária do cristão. Ele deve perceber que não podemos viver nem pelos sentimentos mais nobres nem tampouco pelos mais elevados pensamentos. Devemos andar segundo a liderança exercida em nós pela nossa intuição.

O Espírito Santo expressa seu sentimento através do sentimento delicado do espírito. Ele não opera diretamente em nossas mentes, induzindo-nos repentinamente, a pensar em algo. Todas as Suas obras são feitas em nossas profundezas inferiores. Se desejamos conhecer a mente do Espírito, devemos nos conduzir de acordo com a intuição em nosso espírito.

Às vezes podemos perceber algo lá sem compreender o que significa, ou qual é a sua exigência, ou o que está comunicando. Sempre que isso acontecer devemos nos dedicar à oração, pedindo que o entendimento seja dado à nossa mente. Tão logo recebemos o significado do que sentimos intuitivamente devemos dali em diante, nos conduzir de conformidade com ele.

 Só o ensinamento intuitivo representa o pensamento do Espírito, e somente a ele devemos seguir. Tal andar pelo espírito requer confiança e fé. Lembre-se que, qualquer coisa que façamos ou possamos fazer sem confiar, buscar e esperar em Deus, é ou será feito na carne. Com tremor e temor devemos contar com Deus para a direção que virá nas profundezas interiores do nosso ser. Esta é a única forma de andarmos segundo o espírito.

O povo de Deus deve se revestir de humildade para reconhecer sua indignidade e incompetência, não ousando iniciar coisa alguma sem receber a ordem de Deus, nem tampouco executá-la confiando em si mesmos.

Para se viver pelo espírito precisamos nos mover de acordo com o sentimento delicado da intuição e depender da sua capacitação para realizar a tarefa revelada. Começaremos bem se seguirmos a intuição e não o pensamento, opinião, sentimento ou tendência; terminaremos bem se confiarmos no poder do Espírito e não no nosso talento, força ou capacidade. Mantenha sempre em mente que no momento em que deixamos de seguir nosso sentimento intuitivo, ali mesmo começamos a andar segundo a carne e acabamos nos inclinando para as coisas da carne. Isto, por sua vez, injeta morte no espírito. Só se “não andarmos segundo a carne” é que podemos andar “segundo o espírito”.

Nosso alvo é sermos um homem espiritual e não um espírito. Se reconhecermos esta distinção, nossas vidas nunca serão cortadas e secas. Hoje somos seres humanos e continuaremos sendo eternamente; todavia, a mais alta conquista de um ser humano é se desenvolver até ser um homem espiritual.  

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Definição de um Homem Espiritual

Somente o Espírito Santo pode fazer crentes espirituais. É seu trabalho levar os homens à espiritualidade. A fé em Cristo faz de alguém um crente regenerado; a obediência ao Espírito Santo faz dele um crente espiritual. Assim como o relacionamento correto com Cristo gera um cristão, assim o relacionamento adequado com o Espírito Santo produz um homem espiritual.

Nos preparativos do projeto redentor de Deus, a cruz realiza a obra de destruir tudo aquilo que vem de Adão, enquanto que o Espírito Santo executa a obra de edificar tudo aquilo que vem de Cristo. A cruz torna a espiritualidade possível aos crentes, mas é o Espírito Santo quem os torna espirituais.

O significado de ser espiritual é pertencer ao Espírito Santo. Ele fortalece o espírito humano com o poder a fim de governar o homem inteiro. Entendemos então que o propósito da habitação do Espírito Santo no espírito humano é “governar”. Em nossa busca da espiritualidade e do Reino dos céus nunca devemos esquecer o Espírito Santo.

Um crente espiritual difere de outros pela simples razão de ter todo o seu ser governado por seu espírito. Tal controle do espírito significa mais do que a autoridade do Espírito Santo sobre a alma e o corpo do homem; significa também que o próprio espírito do homem, após ser elevado à posição de “cabeça” sobre o homem todo por meio da operação do Espírito Santo e da cruz, não é mais governado pela alma e o corpo, mas é bastante poderoso para subjugá-los ao seu governo.

A Bíblia diz: “Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb. 4:12).

Estamos vivendo pela liderança intuitiva no espírito, ou pela boa ou má influência natural da alma? A Palavra de Deus é que deve julgar nesse sentido particular, pois somente a cortante Espada de Deus pode diferenciar a fonte de nosso viver. Assim como a faca do homem divide juntas e medulas, assim a Espada de Deus também penetra e separa o espírito e a alma que estão intimamente ligados.


A divisão destes dois órgãos é necessária para se entrar na vida espiritual. É aquela preparação sem a qual os crentes continuarão a serem afetados pela alma e por isso acabarão seguindo sempre um caminho misto: algumas vezes andando segundo a vida do espírito e outras segundo a vida natural da alma. Se a vida exterior de um crente for definitivamente separada de sua vida interior de tal modo que ele possa andar segundo a vida interior e não sofrer as influências da alma, então saberá distinguir com clareza o que é do espírito e o que é da carne. Ele entenderá que não apenas o pecado, mas tudo o que pertence à alma é corrompido e maculado e deve ser resistido.


A alma, a sede da personalidade do homem, pertence ao natural. Tudo o que ela pode e deve ser é um vaso para expressar o fruto da união entre o Senhor e o homem interior do crente. O apóstolo Paulo informou seus leitores que: “Qualquer que está unido ao Senhor, faz-se um espírito com Ele” (I Co. 6:17). Observe que ele não disse “uma alma com Ele”.


O Senhor ressurreto é o Espírito doador de vida (I Co. 15:45). Sua união com o crente é, portanto, uma união com o espírito do crente. Nada em nossa alma pode nos capacitar para essa união; é somente no espírito que tal união é efetuada. Se houver mistura do que é natural com o espírito, isso causará impureza para a união dos espíritos.


Visto que o Espírito do Senhor é puro, o nosso precisa ser igualmente puro, a fim de ser verdadeiramente unido com Ele. Se um crente se apega às suas idéias maravilhosas e não está disposto a por de lado sua preferência e opinião, sua união com o Senhor não será manifestada na experiência. A união dos espíritos não permite qualquer coisa que seja da alma.


A cruz é maravilhosa! Ela é o fundamento para tudo o que é espiritual. O propósito e fim de sua operação é unir o espírito do crente com o Senhor ressurreto tornando-os um espírito. A cruz deve penetrar profundamente para livrá-lo do que é pecaminoso e do que é natural dentro dele, a fim de que possa ser unido à vida ressurreta positiva do Senhor e assim se tornar um espírito com Ele.


Espírito é unido a Espírito, para tornar-se um espírito, e o resultado será: servir ao Senhor “em novidade de espírito”:


“Quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, realçadas pela lei, operavam em nossos membros a fim de darem frutos para a morte. Mas agora estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos, a fim de servirmos em novidade de espírito, e não na velhice da letra” (Rm. 7:5-6).

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Conhecer a Habitação do Espírito Santo

Segundo a revelação das Escrituras os filhos de Deus já têm o Espírito Santo habitando neles, mas infelizmente muitos desconhecem esse fato e por isso acabam por não reconhecer a Sua presença e por conseqüência não obedecem a Ele.

O primeiro ponto é reconhecer que o Espírito Santo habita nos filhos de Deus, nascidos do Espírito, e essa presença que neles habita é uma pessoa. Alguém que ensina, guia e lhes comunica a realidade de Cristo. Sabemos que Ele verdadeiramente habita em nós quando entendemos que nosso espírito, que é mais profundo que o pensamento e a emoção, é o Santo dos Santos pelo qual comungamos com o Espírito Santo e no qual aguardamos Sua comunicação.

À medida que este relacionamento de respeito e obediência, por parte do crente, se fortalece, Ele manifesta Seu poder a partir do nosso espírito até expandir Sua vida e autoridade à nossa vida consciente e da alma. Então o crente alcança a plenitude do Espírito Santo.

Os cristãos não deveriam se contentar apenas com o conhecimento mental da doutrina do Espírito Santo conforme o ensino da Bíblia; eles precisam também conhecê-lo experimentalmente. Então se entregarão sem reservas a Ele para renovação, submetendo cada parte das suas almas e corpos à Sua correção.

O apóstolo Paulo apresentou esta pergunta aos Coríntios: “Não sabeis que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Co. 3:16). Paulo parecia estar surpreso por ignorarem um fato tão concreto. Ele considerava a habitação do Espírito Santo como sendo a conseqüência mais notável da salvação, por isso, como podiam eles não entendê-la?

Não importa quão baixa seja a medida espiritual de um cristão, tão baixa até mesmo como as dos cristãos de Corinto; ele, entretanto, deve estar claro sobre este fato, sem o qual permanecerá carnal e nunca se tornará espiritual. Mesmo que não tenha experimentado Sua habitação, você precisa pelo menos crer que Ele habita em você.   

Mas para que o nosso espírito ganhe domínio sobre a alma e o corpo e assim possamos servir como um canal para que a vida do Espírito seja transmitida a outros, deve haver fortalecimento. Paulo orou pelos crentes: “Peço ao Pai que, de acordo com a sua grande glória, Ele permita que vocês sejam poderosamente fortalecidos, por meio do seu Espírito no homem interior” (Ef. 3:16). Ele ora desse modo porque considerava isso infinitamente importante. Portanto, a oração é para que o espírito do crente seja fortalecido pelo Espírito de Deus. Sua oração indica que eles não devem ter apenas o Espírito Santo habitando neles, mas devem ter também Seu poder especial inundando seus espíritos, com a finalidade de tornar forte o homem interior deles. Ser enchidos com poder no homem interior é a necessidade urgente dos cristãos.

Grande é a necessidade de poder no espírito, para a batalha espiritual com Satanás. Somente os que têm poder no homem interior sabem como exercitar sua força espiritual em resistir e atacar o inimigo. Caso contrário, o conflito será na base do “faz de conta”, travado apenas na imaginação da mente ou no entusiasmo da emoção, ou talvez com as armas da carne e sangue.

A fim de que o homem interior seja fortalecido com poder através do Espírito Santo, os filhos de Deus devem cumprir sua responsabilidade. Precisam se entregar totalmente ao Senhor, abandonar qualquer aspecto duvidoso em suas vidas, estarem dispostos a obedecer plenamente à vontade de Deus e crerem através da oração, que Ele inundará seus espíritos com poder. Sem demora Deus responderá a expectativa dos seus corações.

Os crentes não precisam esperar pelo enchimento do Espírito Santo, porque Ele já desceu. O que eles precisam é esperar apenas o cumprimento da condição para o Seu enchimento, que é: permitir que a cruz realize sua obra profunda neles. Se forem fiéis no crer e obedecer, então dentro de pouco tempo o poder do Espírito Santo irá saturar seus espíritos e fortalecer o homem interior para o viver e o trabalhar.

É muitíssimo importante reconhecer isso, pois nos ajuda a exercitar fé simples em nosso desejo de sermos cheios do Espírito, ao invés de esperar sensações físicas, tais como tremor, sacudidelas ou ser lançado ao chão. As condições para o enchimento devem ser cumpridas e a atitude dos crentes deve ser firme. Deus cumprirá Sua promessa.

“Cristo nos livrou da maldição que a lei nos impõe, tornando-se maldição em nosso lugar. Como dizem as Escrituras: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro. Cristo fez isso para que a benção que Abraão recebeu pudesse ser dada aos que não são judeus”.

“Esta benção foi dada a nós por meio de Jesus Cristo a fim de que, pela fé, nós pudéssemos receber o Espírito prometido” (Gl. 3:13-14). 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Espírito Santo e o Espírito do Homem

Temos visto como o Espírito Santo vem e habita no crente por ocasião do novo nascimento. Devemos também observar exatamente onde Ele habita. Fazendo assim, é nossa esperança podermos conhecer melhor Sua operação em nós.

“Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito Santo de Deus habita em vós?” (I Co. 3:16). O apóstolo Paulo indica aqui que o Espírito Santo habita em nós, assim como Deus habitava no templo antigamente. Embora o templo em sua totalidade simbolize o lugar da presença de Deus e sirva como figura geral da habitação de Deus, é, todavia, no Santo dos Santos onde Deus realmente habita.

O habitador e sua habitação devem partilhar do mesmo caráter. Somente o espírito regenerado do homem – e não a mente, emoção ou vontade da sua alma, e nem tampouco seu corpo – é adequado para ser o lugar da habitação de Deus. O Espírito é tanto edificador como habitador. Ele não habita onde não edificou.

A menos que haja um elemento dentro do homem diferente da carne, o Espírito Santo Se encontra incapacitado de habitar no homem. É, portanto, indispensável que o espírito do homem seja regenerado a fim de que Ele possa habitar no novo espírito.

Por que é tão importante entender que o Espírito Santo habita na profundeza mais interior do homem, no interior mais profundo do que os seus órgãos de pensamento e decisão? Porque a menos que o filho de Deus perceba isso, ele invariavelmente O buscará em sua alma. Com o entendimento ele será liberto do engano e do erro de olhar para o que é exterior.

O Espírito Santo vive no recesso mais remoto do nosso ser, lá e somente lá podemos esperar Sua operação e obter Sua liderança. Se o nosso Conselheiro, nosso Paracleto, reside em nosso espírito, então Sua liderança deve vir do interior. Tragicamente muitos cristãos buscam sonhos, visões, vozes e sensações em seu homem exterior, ao invés de buscar a Ele no seu homem interior.

Frequentemente muitos filhos de Deus se voltam para si mesmos, isto é, eles examinam suas almas para determinar se têm paz, graça ou progresso espiritual. Isto é muitíssimo prejudicial e não vem da fé. São desviados do contemplar a Cristo, para a contemplação de si mesmos. Existe um perscrutar do interior que é totalmente diferente deste mencionado acima. É o maior ato de fé. É uma busca por direção olhando para o Espírito que habita em nosso espírito.

Embora a mente, emoção e vontade do crente não sejam capazes de discernir as coisas no interior, ainda assim ele deve crer, mesmo quando envolto em trevas, que Deus lhe deu um novo espírito no qual Seu Espírito habita. Assim como Deus, que habitava atrás do véu do Santo dos Santos era temido, embora não fosse visto no Lugar Santo e átrio exterior, assim também o Espírito Santo que habita no espírito do homem é incompreensível pela alma e pelo corpo.

Assim somos capazes de reconhecer o que é a vida espiritual autêntica. Ela não deve ser descoberta ou experimentada nos muitos pensamentos e visões da mente, nem nos sentimentos animadores da emoção, nem tampouco no tremer repentino e tocante do corpo por força exterior. Ela deve ser encontrada na vida que emana do espírito, da parte mais interior do homem.

Andar verdadeiramente segundo o espírito é compreender o mover dessa área mais oculta e segui-la desse modo. Por mais maravilhosas que possam ser as experiências que ocorrem por meio dos componentes da alma, elas não devem ser aceitas como espiritualmente válidas. Somente o que resulta da operação do Espírito Santo dentro do espírito do homem pode ser considerado como experiência espiritual. Por isso é necessário fé para se viver uma vida espiritual.

“O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm. 8:16).

O espírito do homem regenerado é o lugar onde o homem opera junto com Deus. Como sabemos que nascemos de novo e somos, portanto, filhos de Deus? Sabemos porque nosso homem interior foi vivificado e o Espírito Santo habita nele. Nosso espírito é regenerado e renovado e Aquele que habita neste novo espírito é o Espírito Santo. Os dois dão testemunho juntos.  

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Conhecendo a Obra do Espírito Santo

“O que é nascido da carne, é carne, mas o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo. 3: 6).

Quando regenerado, o espírito do homem é vivificado por meio da entrada da vida de Deus (zoe). O Espírito Santo é a força motriz nesta tarefa. Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo. 16:8). Ele prepara os corações humanos para crerem no Senhor Jesus como Salvador.

A obra da cruz foi realizada pelo Senhor Jesus, porém, a aplicação desta obra consumada no coração do pecador foi confiada ao Espírito Santo. A cruz realiza tudo, mas o Espírito comunica ao homem o que foi realizado. A cruz nos garante a posição; o Espírito Santo nos dá a experiência. A cruz confirma o fato de Deus; o Espírito Santo efetua a demonstração deste fato.

O Espírito Santo nunca opera independentemente da cruz; sem a cruz o Espírito Santo não teria a base correta para operar. Sem o Espírito Santo a obra da cruz estaria fadada a não ter efeito algum nos homens embora ela seja eficaz diante de Deus. Embora seja na cruz que toda a obra da salvação foi realizada, é o Espírito Santo quem opera diretamente nos homens para a salvação deles. Por isso a Bíblia considera nossa regeneração como uma obra do Espírito Santo.

Os crentes nascem de novo porque o Espírito Santo aplica a obra da cruz neles e comunica a vida de Deus ao seu espírito. Entende-se daí que a obra maior do Espírito Santo é comunicar a vida de Deus.

Além de conceder vida aos crentes no novo nascimento, o Espírito Santo executa outra obra que é o habitar neles. A Bíblia diz: “Também vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo... ainda porei dentro de vós o meu Espírito” (Ez. 36:26-27). Observe que imediatamente depois da primeira declaração “porei dentro de vós um espírito novo” segue esta outra: “porei meu Espírito dentro de vós”. A primeira declaração afirma que os crentes recebem um espírito novo por meio da restauração do seu espírito morto, por causa da queda, e isso acontece por causa da entrada da “vida de Deus”.

A segunda declaração refere-se à permanência do Espírito Santo no espírito do homem restaurado. No novo nascimento os crentes obtêm não apenas um espírito novo, mas também o Espírito Santo habitando dentro deles.

Vemos com preocupação que uma grande maioria de cristãos anda em busca de uma visitação do Espírito Santo ignorando que Ele não é um visitante, mas sim um habitante no nosso espírito regenerado. Não é triste que muitos falhem em compreender a novidade do seu espírito e a habitação do Espírito Santo em seu novo espírito?

Poucos são os que sabem que nasceram de novo e possuem uma nova vida; mas em número menor são aqueles que sabem que a partir do momento em que creram no Senhor Jesus passaram a ter o Espírito Santo habitando neles para ser sua energia, seu guia e seu Senhor.

Ao convencer os homens do pecado e conduzi-los a crer no Senhor, o Espírito Santo está apenas preparando a base para Sua habitação. Deus já comunicou Seu Espírito aos seus filhos, os quais devem agora reconhecer fielmente o Espírito Santo e se submeterem lealmente a Ele.

Este é um fato imutável que nenhuma condição do cristão pode contestar. Porque fomos regenerados, nós automaticamente nos tornamos um templo santo adequado para a habitação do Espírito Santo. Se você aceitar a promessa de Deus em sua totalidade, confiando no fato divino de que na regeneração Deus lhe deu uma nova vida e juntamente com ela a habitação da própria pessoa do Espírito Santo, então sua vida espiritual avançará tremendamente.

Pela fé e obediência podemos experimentar a presença permanente do Espírito Santo em nossa vida diária. A Pessoa que reside dentro de nós revelará Cristo em nós, nos santificará e nos conduzirá para as verdadeiras alturas espirituais.

Qualquer que desejar habitar em Cristo e viver uma vida santa como a d’Ele, deve aceitar pela fé e obediência a provisão de Deus. O Espírito Santo já está em nosso espírito, portanto, a questão diante de nós agora é: desejamos permitir que Ele opere dentro de nós?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Considerações Sobre O Espírito do Crente

Os crentes são muito deficientes de conhecimento quanto à existência e operação do espírito humano. Muitos desconhecem que além da mente, emoção e vontade eles também têm um espírito.

Mesmo tendo ouvido falar sobre o espírito, muitos cristãos consideram sua mente, emoção e vontade como sendo o espírito, ou então confessam claramente não saber onde fica o espírito. Tal ignorância afeta grandemente a cooperação com Deus, o controle sobre o ego e a guerra contra Satanás, pois o desempenho delas, em todos os casos, requer a operação do espírito.

É imperativo que os crentes reconheçam que existe um espírito dentro deles; algo além do pensamento, conhecimento e imaginação da mente; algo além da sensação e prazer da emoção; algo suplementar ao desejo, decisão e ação da vontade. Este elemento é muito mais profundo do que estas faculdades.

Os filhos de Deus precisam saber que eles não apenas possuem um espírito; eles devem compreender também como funciona este órgão; sua sensibilidade, seu trabalho, seu poder, suas leis. Só deste modo eles poderão andar segundo seu espírito e não segundo a alma ou o corpo da sua carne.

Não ter consciência da exigência, movimento, suprimento, impressão e direção do espírito, naturalmente restringe a vida do espírito e permite que a vida natural da alma prossiga sem impedimento algum. É como se a vida da alma fosse o único modo de caminhar para o crente.

Tais pessoas, devido à sua ignorância com relação à operação do espírito, são enganadas ao valorizar as suas experiências da alma e desta forma tropeçam por se sentirem muito espirituais. A vida da alma neles é nutrida de forma desordenada. Eles chegam a declarar que sua experiência é inquestionavelmente espiritual. Consequentemente são impedidos de fazer qualquer progresso espiritual genuíno.

Por essa razão os filhos de Deus devem ser humildes diante d’Ele, buscando conhecer o ensinamento da Bíblia e o funcionamento do espírito através do Espírito Santo, a fim de poderem andar pelo espírito.

Por que um pecador deve nascer de novo? Por que deve ele nascer de cima? Por que deve haver uma regeneração do espírito? Porque o homem é um espírito caído. Um espírito caído precisa renascer para poder tornar-se um novo espírito. Assim como Satanás é um espírito caído, assim também é o homem; a única diferença é que o homem possui um corpo.

A queda de Satanás aconteceu antes da queda do homem, por isso podemos aprender a respeito do nosso estado decaído. Satanás foi criado como um espírito a fim de que pudesse ter comunhão direta com Deus. Porém ele caiu e tornou-se o cabeça dos poderes das trevas. Ele agora está separado de Deus e de toda virtude piedosa. Mas isso não significa que Satanás não existe. Sua queda apenas tirou seu relacionamento correto com Deus.

O homem, semelhantemente, em sua queda também afundou nas trevas e na separação de Deus. O espírito do homem ainda existe, mas está separado de Deus, sem poder para comungar com Ele e incapaz de governar. Espiritualmente falando, o espírito do homem está morto.

Nenhuma religião deste mundo, ética, cultura ou lei pode melhorar este espírito humano caído. Somente o Filho de Deus pode nos restaurar a Deus, pois Ele derramou seu sangue para purificar nossos pecados e nos dar uma nova vida. No momento em que o pecador crê no Senhor Jesus ele nasce de novo. Deus lhe concede Sua vida não criada a fim de que o espírito do pecador possa ser vivificado. A regeneração de um pecador ocorre em seu espírito.

Esta regeneração concede ao homem um novo espírito e vivifica também o seu antigo espírito. “Porei dentro de vós um novo espírito” (Ez. 36:26). Quando a vida de Deus (que pode igualmente ser chamada de “Seu espírito”) entra em nosso espírito humano, este é vivificado do seu estado de coma. Aquilo que estava “separado” da vida de Deus (Ef. 4:18) agora volta a viver novamente.

Por isso “o corpo está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça” (Rm. 8:10). O que ganhamos de Adão é um espírito morto; o que recebemos em Cristo na regeneração é tanto a vivificação de um espírito morto, como o novo espírito da vida de Deus: este último é algo que Adão nunca teve.

Na Bíblia a vida de Deus é sempre qualificada de “vida eterna”. A palavra “vida” aqui é Zoe no Grego, indicando uma vida superior ou a vida do espírito. É isso o que cada cristão recebe em sua regeneração. Qual é a função dessa vida? “E a vida eterna é esta”, Jesus orou ao Pai, “que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo aquele que tu enviaste” (Jo. 17:3). A vida eterna significa mais do que meramente bênçãos futuras a serem desfrutadas pelos crentes; ela é igualmente uma espécie de capacidade espiritual. Sem ela ninguém pode conhecer a Deus nem ao Senhor Jesus. Tal conhecimento intuitivo do Senhor só vem depois do recebimento da vida de Deus.

O propósito de Deus num homem regenerado é levá-lo por meio do seu espírito, a livrar-se de tudo o que pertence à velha criação, pois dentro do seu espírito regenerado jazem todas as obras de Deus para com ele.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A Verdadeira Boa Nova É O Reino dos Céus

Já ultrapassamos o limiar de uma nova era, estamos no século XXI. Entramos no terceiro milênio depois do ministério de Cristo na Terra. Cremos que Ele voltará para uma igreja gloriosa (Ef. 5:27), a qual será preparada pelo ministério de apóstolos e profetas.

No mundo secular vimos em 1989 um dos maiores eventos do século XX – a queda do comunismo. O caminho está aberto agora para a “nova ordem mundial”, os Estados unidos da Europa, as Nações Unidas e o governo mundial profetizado nas Escrituras para antes da volta de Cristo.

A mudança radical nos governos das nações é um sinal de uma mudança radical que está para acontecer no governo da igreja. Estamos vivendo um momento sem precedentes na história secular e espiritual. Seis mil anos se passaram depois de Adão. Estaríamos aproximando-nos do sétimo dia (“um dia é como mil anos”, II Pe. 3:8) da semana de Deus, o milênio, o reino de nosso Senhor Jesus Cristo?

Onde está a igreja gloriosa? Onde estão os apóstolos e profetas? É agora que Deus começará a levantar um novo ministério que formará os ministérios de Efésios 4:11?

O comunismo caiu. E a igreja de nossos dias, que se casou com o sistema deste mundo, também não irá cair? Como pode hoje a igreja denominacional, evangélica, carismática, proclamar, em palavra e ação, o reino e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo? É possível a uma igreja com divisões, mundanismo, egoísmo, orgulho, mornidão, mercenarismo e falta de amor apresentar Cristo e o seu governo celestial como a resposta para o mundo caído?

Os atuais ministérios estão sendo pesados na balança de Deus e podem estar sendo achados em falta (Dn. 5:27). Depois da destruição do comunismo, o capitalismo e a democracia não oferecem tampouco a resposta para o mundo hoje. A igreja atual não pode e não quer, de forma alguma, proclamar ou trazer o Reino de Deus.

Somente um povo santo e humilde, que vive na obediência e submissão ao governo do Espírito Santo, que vive como uma família e guerreia como um exército fervoroso e unido trará de volta o Rei. Portanto, uma nova ordem precisa acontecer nos ministérios e na igreja, e cremos que isto está começando a surgir nesse início do século XXI.

O primeiro requisito para isso é o amadurecimento do povo de Deus para que, quando um ministério poderoso com sinais e maravilhas aparecer, eles não comecem a adular e idolatrar o mensageiro de Deus. Isto seria a sentença de morte para esse ministério. Já vimos muitos pregadores caírem por causa da idolatria por parte do povo de Deus. Nós precisamos entender que a nossa adoração pertence somente ao Senhor Jesus Cristo. Nem o ministro nem o povo devem permitir qualquer tipo de adulação. É ilegal.

O segundo requisito é a necessidade de uma intercessão madura em torno do ministro para defendê-lo dos contra-ataques de Satanás. Até que haja um ministério treinado, maduro e persistente em oração intercessória para cobrir o ministério profético que está prestes a surgir, o inimigo atacará e trará derrota de uma forma ou de outra, dependendo das áreas de fraqueza que ele encontrar.

O terceiro requisito é trabalhar em equipe. O ministério dos últimos dias não pode agir sem “cobertura”, sem um relacionamento íntimo com o Espírito e com outros homens maduros capazes de proteger, corrigir e dirigir o servo de Deus. Não há mais lugar para nenhum tipo de individualismo e nem para super-estrelas. O ministério dos últimos dias será plural e equilibrado, dando toda a glória ao Senhor Jesus Cristo.

Quando estas três condições forem preenchidas, será o tempo de Deus agir. “O profético” não é um homem. Não é nem mesmo um grupo de homens bons, mas é uma mensagem. Assim, o que o Senhor está querendo fazer nesses últimos dias não virá através do profeta ou do apóstolo. Será uma estrutura de corpo na igreja. Será uma obra por meio do Seu corpo na terra.
            
            Não devemos olhar para um só homem novamente. Nós matamos muitos homens bons transformando-os em super-estrelas. Não existirá outra oportunidade como esta. Seria um desastre não aproveitá-la. É a maior coisa que o Senhor oferece a esta geração – ter um derramamento profético vindo do Senhor sobre um ministério coletivo. 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A Grande Pescaria

“Aconteceu que, ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré” (Lc. 5:1).

Conhecemos a passagem bíblica e ela nos diz que Jesus viu dois barcos que estavam à beira da praia e cujos pescadores estavam lavando suas redes depois de uma noite de pesca infrutífera.

Jesus então resolveu entrar em um dos barcos. Ele então pediu a Pedro para “se fazer ao largo” ou ao mar alto. Os pescadores estavam cansados, pois trabalharam a noite inteira. Tinham descido dos barcos e estavam lavando as redes. Por certo estavam decepcionados, sentindo-se fracassados por não terem obtido resultados. Hoje há muitos obreiros que estão se sentindo assim. Têm lutado para pescar almas e nada têm conseguido e mesmo em um ano de trabalho poucos resultados podem ser acrescentados ao corpo de Cristo.

Isto não é uma má condição, desde que estejam prontos para uma nova obediência ao Senhor. Na verdade, não existe um ministério, um pastor ou obreiro, que não tenha passado por isso em alguma ocasião.

Jesus disse a Simão que lançasse as redes para pescar. Ele demonstrou cansaço e indisposição, mas disse: “Sobre a Tua palavra, lançarei a rede”. Na língua original, há bastante ênfase neste ponto: “Mestre, só vou fazê-lo porque é o Senhor que está mandando”.

Você sabia que o maior sinal de um avivamento é a obediência às ordens de Jesus? Em última análise, toda a nossa vida cristã se resume neste processo de aprender a obedecer e a responder positivamente a Deus. E por que Jesus nos leva às águas profundas para ensinar obediência? Porque é um lugar de onde não podemos voltar.

Para aprender princípios não precisamos disso; mas na hora de ensinar a prática, Jesus sabe que, se tivermos chance, seremos tentados a voltar atrás. Então ele nos conduz a lugares na nossa vida de onde não temos saída, para que aprendamos as lições práticas.

O resultado da obediência foi uma grande pescaria, tantos foram os peixes que foi preciso chamar as pessoas do outro barco para ajudar. O que Simão viu trouxe-lhe quebrantamento e gerou nele uma nova resposta para o Senhor. Ele e seus companheiros ouviram o chamado de Jesus, deixaram tudo e o seguiram a fim de se tornarem pescadores de homens.

Este é o objetivo final de tudo o que Jesus faz nas nossas vidas – levar-nos a deixar tudo para segui-lo. Seguir Jesus é o mesmo que estar matriculado em sua escola de ministério. Jesus ensinava seus seguidores na medida em que ia com eles pelo caminho.
Aprenderemos com Jesus que: Se estivermos dispostos a obedecer, teremos resultados, mesmo que suas ordens não nos pareçam muito lógicas. 

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O Trabalho de Restauração Foi Consumado

“Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer”. (Jo. 17:4)
A vinda de Cristo a esta terra foi com a principal finalidade de salvar o que se havia perdido. Como o homem se rebelou e perdeu o Reino, deduz-se então, que a obra que Jesus veio realizar tinha a ver com a restauração do homem à sua posição original.
A morte de Jesus no calvário, o sangue que ele derramou na cruz e sua ressurreição dentre os mortos foi necessária para quebrar esse espírito de rebelião na humanidade. Afirmamos se tratar de um espírito porque rebelião é uma atitude muito comum na natureza interior de cada ser humano. O homem já nasce com ela; está enraizada dentro de nós.
A rebelião é caracterizada por um antagonismo ao reino dos céus. Esse estado de beligerância não iria desaparecer facilmente e nem poderia ser ignorado. Ele tinha de ser quebrado, e Jesus quebrou este poder, permitindo aos habitantes da terra submeterem-se ao governo de Deus.
Quebrar um espírito de independência é muito difícil, mas foi isso que Jesus realizou. Ele nos deu a capacidade de reconhecer que o Pai é o Rei e que nós devemos ser obedientes a Ele. A passagem do homem de um estado de desobediência para a obediência é uma obra importante no processo de restauração.  
Note que a “obediência” tem tudo a ver com o Reino dos céus. Conforme o dicionário Michaelis, obedecer significa: “Submeter-se à vontade; cumprir as ordens de; estar sob a autoridade de; ficar sujeito a; deixar-se governar ou conduzir por; cumprir, observar. Jesus exerceu seu ministério com o propósito de destruir a idéia de independência e rebelião, mostrando que isto leva a conseqüências mortais.
Por outro lado, dependência a Deus leva à vida abundante. Devemos depender dele para que ele nos auxilie a ser quem fomos criados para ser. Jesus disse: “Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim”. (Jo 15: 4)
O sacrifício supremo em favor da humanidade rebelde foi consumado por Jesus Cristo, e está disponível para todas as pessoas. Contudo, cada ser humano tem de fazer uma decisão pessoal: Comprometer-se com a escola do reino onde o Mestre é Jesus, entrar no reino por meio da aceitação de Seu sacrifício feito para quebrar o espírito de rebelião, e desejar o estado de submissão ao governo dos céus. Conforme o homem vai fazendo isto, ele receberá a natureza do reino dentro de si.
Devo alertar que há um perigo entre os que buscam a vida no espírito de obediência. É o esquecer-se da necessidade de reduzir continuamente a carne. Tratar as obras da carne descuidadamente e não considerá-las um perigo sério para o seu crescimento espiritual, pode levar a um estado de espiritualidade carnal, da alma.
Não esqueça que a morte é o fundamento de toda a obra de restauração. Não nos enganemos pensando que somos tão avançados espiritualmente que a carne não tenha mais poder para nos atrair. Isto é uma tentativa do inimigo para nos retirar da base da cruz, a fim de fazer-nos exteriormente espirituais, porém, carnais interiormente. Devemos habitar constantemente na morte do Senhor.
Nossa segurança está no Espírito Santo. O caminho seguro é a nossa prontidão para sermos ensinados, temendo sempre ao Senhor. Devemos submeter-nos alegremente a Cristo e confiar no Espírito Santo, para que Ele aplique em nós o morrer de Cristo, a fim de que Sua vida possa ser manifestada.
Se vivermos por fé e obediência, podemos esperar que o Espírito Santo faça uma obra maravilhosa em nós. Se cremos que o Espírito Santo habita em nós; então andemos pelo Espírito, isto é nossa obediência: “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”. (Gl. 5:25).   

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A Verdadeira Vida Para os Filhos de Deus

O plano de Deus para o homem, que fora criado à Sua imagem e à Sua semelhança, era que o homem vivesse uma vida de “dentro para fora”. O Pai desejava que seus filhos fossem orientados pelo espírito e que através dessa orientação os seres humanos vivessem em comunhão constante com Ele.
Mas, infelizmente, o homem perdeu essa condição maravilhosa e, com isso, distanciou-se de Deus. Desde que eles perderam o contato com o Espírito Santo, o qual era sua conexão com o seu Pai, passaram a viver de “fora para dentro”. Eles se tornaram totalmente dependentes de seus cinco sentidos.
O mundo físico, o qual pode dar ao homem apenas uma perspectiva limitada das realidades da vida, se impôs em seu mundo interior. Certamente é por isso que as primeiras palavras que lemos a respeito de Adão e Eva depois da rebelião foram: “perceberam” e “souberam”. De repente, eles souberam que estavam nus. Será que eles não sabiam disso antes? Certamente que sim. Mas o que mudou foi que, quando eles percebiam a realidade por meio do espírito este detalhe era insignificante. Era algo externo e que não consistia nenhum problema em seu relacionamento com Deus.
Porém, quando o corpo e seus sentidos assumiram o controle, Adão e Eva perderam a perspectiva correta e passaram a reagir de forma carnal. Entenderam a nudez como algo sensual e vergonhoso. Uma perspectiva baseada apenas nos sentidos inevitavelmente os levou à confusão. A humanidade começou a depender da alma (a mente), da vontade e das emoções, para interpretar a vida.
A conseqüência mais terrível foi que, a partir daí, o homem passou a interpretar o seu Criador-Rei conforme e principalmente a partir dos sentidos físicos. Não é de admirar que o homem nunca mais tivesse um bom relacionamento com Deus a partir desse ponto da história. Essa foi a conseqüência de perdermos a posição correta para executarmos o propósito de Deus e cumprirmos o nosso potencial.
Nós não perdemos apenas a capacidade de comunicação com o Reino de Deus, mas também perdemos o poder e a autoridade que nos foi delegada. Lembre-se que poder é a habilidade de controlar e influenciar as circunstâncias. Uma das primeiras coisas que o Rei falou a Adão depois de sua rebelião foi: “De agora em diante, você vai ter que lutar contra a terra para conseguir comida”.
Deus teve de mostrar ao homem as terríveis conseqüências de sua tolice. A vida que Adão levava em comunhão com Deus era maravilhosa, mas agora tudo havia mudado: “Maldita é a terra por sua causa; com sofrimento você se alimentará dela todos os dias da sua vida. Ela lhe dará espinhos e ervas daninha, e você terá que alimentar-se das plantas do campo. Com o suor do seu rosto você comerá seu pão, até que seu corpo volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó, e ao pó voltará”. “Há caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte”. (Rei Salomão)
A declaração de independência da humanidade e a subsequente perda do contato com o Espírito Santo deixou os seres humanos em um estado de rebelião. A terra passou a ser um governo de rebelados que não tinha mais os propósitos do Reino no coração.
O apóstolo Paulo coloca isto de forma clara: “Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”. Falhamos em alcançar a natureza essencial de Deus e distorcemos a imagem desta perfeição dentro de nós. A situação da humanidade estava terrivelmente caótica.
Foi por isto que Deus enviou o Seu Filho a este mundo. Diz a Bíblia que: “o Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido”. Jesus veio para resgatar a humanidade e para restituir a nossa condição que fora perdida por causa da desobediência. O homem havia perdido sua capacidade de discernir a realidade por meio do espírito, e Jesus veio para vivificar essa capacidade.
Não precisamos mais viver pelos sentidos da carne porque temos recebido a restauração de nosso espírito. Não devemos mais esforçar-nos para ter comunhão com Deus através da nossa vida da alma. Não podemos tentar fazer as obras de Deus pela nossa capacidade natural. Nada disso irá agradar a Deus!
Somos novas criaturas em Cristo Jesus e nossa verdadeira vida é a vida em espírito e em verdade: “Pois se vocês viverem de acordo com a carne morrereis; mas, se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, vivereis, porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus”. (Rm. 8:13-14)
Essa é a verdadeira vida dos filhos de Deus! 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A diferença Entre um Cristão Carnal e um Cristão Espiritual

Por ter estado preso pelo pecado por muito tempo, o filho de Deus facilmente interpreta a libertação do poder do pecado como sendo o máximo da experiência cristã. Aqui se oculta o maior perigo para essa pessoa que pensa que todos os elementos perniciosos dentro dela foram arrancados pela raiz.
Ela desconhece que mesmo que o velho homem tenha morrido para o pecado, o “pecado”, entretanto não morreu. Ele tornou-se apenas um soberano sem trono o qual, se lhe for dada oportunidade, exercerá seus melhores esforços para reconquistá-lo.
Muitos ignoram a verdade de que a libertação do pecado é apenas o primeiro passo na vida vencedora. Ela é simplesmente a vitória inicial dada por Deus como sinal das muitas vitórias que se seguirão. O triunfo sobre o pecado é como uma porta: dado um passo, você está dentro; o triunfo sobre o ego é como um caminho: você anda e anda, pelo resto dos seus dias.
Após derrotar o pecado, somos chamados a vencer diariamente a nós mesmos, até o melhor do ego, o ego zeloso e religioso. Se alguém conhece apenas a emancipação do pecado, mas não tem tido a experiência da autonegação ou a perda da vida da alma, ele estará inevitavelmente na posição de recorrer à sua força natural, da alma, para realizar a vontade de Deus em seu caminhar.
Se ele usar seu poder da alma ou fizer uma mistura com o poder do espírito, o resultado inevitável será um cristão da alma ou carnal. O método de Deus é claro: devemos renunciar a tudo que tenha origem em nós mesmos – o que somos, o que temos, o que podemos fazer – e mover-nos inteiramente por Ele, aprendendo diariamente a vida de Cristo por meio do Espírito Santo.
Se falharmos em compreender ou obedecer, não teremos alternativa senão viver como cristãos da alma, pelo poder da alma. O cristão espiritual, pelo contrário, é alguém cujo espírito é guiado pelo Espírito de Deus. Ele extrai o poder para o seu caminhar diário na vida dada pelo Espírito Santo que habita em seu espírito.
Ele não habita na terra buscando sua própria vontade, mas a vontade de Deus. Ele não confia em sua inteligência para planejar e realizar as obras para Deus. A norma de seu caminhar é habitar tranquilamente no esconderijo do Altíssimo.  
Não queremos dizer que os crentes da alma não experimentam nada, a não ser o que pertence à alma, embora os santos desse tipo sejam muitos. Os que são da alma desfrutam de algumas experiências espirituais. O Espírito Santo habita genuinamente no espírito deles, porém, devido a muitos impedimentos, eles frequentemente recorrem à energia natural para prover força para o seu viver, esperando cumprir as exigências santas de Deus através da carne.
Distinguir aquilo que é da alma e o que é do espírito é fácil. A vida espiritual é mantida simplesmente pelo observar com cuidado a direção da “intuição” do espírito. Se o crente anda segundo o Espírito de Deus, ele não vai iniciar nem regular coisa alguma; pelo contrário, ele vai esperar tranquilamente ouvir a voz do Espírito Santo em seu espírito, intuitivamente e assumir para si mesmo a posição de um subordinado.
Andando assim, o crente permanece sendo um seguidor constante. Somente o Espírito Santo é o Originador. Além do mais, ele não emprega sua coragem para executar a vontade de Deus. Sempre que a ação é exigida, o crente se aproxima de Deus plenamente consciente de sua fraqueza e pede que Deus lhe dê forças para agir. Após ter recebido, então ele age, considerando o poder do Espírito Santo como seu. Ao agir assim, ele com certeza encontra sempre o auxílio de Deus de acordo com a Sua palavra.
Lembre-se, no entanto, de que ainda que sejamos cristãos do espírito, dentro de nós ainda existe o poder da alma. Tal mistura de espírito e alma revela que duas fontes opostas residem em nós: uma pertence a Deus e outra ao homem; uma é do Espírito e a outra dele mesmo; uma é intuitiva a outra racional; uma é sobrenatural a outra natural; uma pertence ao espírito e a outra pertence à alma.
Se o filho de Deus se examinar cuidadosamente sob o brilho da luz de Deus, ele aprenderá a distinguir os dois tipos de poder dentro dele. Reconhecerá também que algumas vezes age por uma vida e outras vezes pela outra. O grau em que ele é governado pela alma varia de acordo com: (1) seu entendimento da vida do espírito, com seu princípio de cooperação com Deus e, (2) sua real admissão à vida da alma. Ele pode viver totalmente num mundo emocional, idealístico ou ativista, ou pode até mesmo viver alternadamente por sua alma e por seu espírito.
A menos que seja instruído por Deus através da revelação do Espírito Santo em seu espírito, ele não poderá abominar a vida da alma e amar a vida do espírito. O caminho que ele seguirá será determinado pela vida que escolher. 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Viver na Carne ou Viver no Espírito?

“De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne. Pois se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificares as obras do corpo, vivereis, porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus”. (Rm. 8:12-14)
O velho homem corrompido, no crente, morreu, mas sua alma, que ele herdou de Adão, não pôde fugir da contaminação que ocorreu por causa da queda. Ela não é totalmente corrompida, porém é “natural” e completamente diferente da vida de Deus. A vida do ego ainda persiste, portanto mesmo o crente nascido de novo não escapa de ser um crente da alma.
Embora o velho homem tenha deixado de dirigir a alma, esta continua a ativar o caminhar diário do homem. Visto que a natureza de Deus tomou o lugar da sua natureza pecaminosa, todas as inclinações, intenções e desejos do homem são naturalmente bons, muito diferente do seu estado anterior, que era imundo. Isso não significa que devemos ignorar o fato de que seus novos desejos continuam a ser geridos pelo antigo poder da alma.
Depender da vida da alma para realizar o desejo do espírito é usar a força natural (ou humana) para efetuar a bondade sobrenatural (ou divina). Isto é simplesmente tentar cumprir a exigência de Deus com a própria força. O perigo para ele está no tentar agradar a Deus com seu próprio poder, ao invés de aprender a ser fortalecido com poder na vida do seu espírito, por meio do Espírito Santo, de maneira que possa seguir as inclinações de sua nova natureza.
Ele não compreende que não importa quão bons à vista humana, possam parecer seus esforços, eles nunca poderão agradar a Deus. Ele não percebe que agindo assim, ele mistura o que é de Deus com o que é do homem, expressando o desejo celestial por meio do poder terreno. Qual a conseqüência disso? Ele falha miseravelmente em ser espiritual e continua a habitar na alma.
O homem não sabe que a vida da alma é simplesmente o que costumamos chamar de “vida do ego”. O ego pode não ser necessariamente mau. Pelo contrário, às vezes pode ser muito honrado, útil e amável. Muitas vezes a procura do crescimento espiritual origina-se no ego natural, talvez só por que não possamos suportar a idéia de ficar para trás ou porque buscamos algum ganho pessoal.
Dito sem rodeios, o fazer o bem não é pecaminoso, mas a maneira, os métodos ou motivos no fazer coisas boas, podem estar cheios com o nosso ego. Sua fonte é a bondade natural do homem e não aquela bondade sobrenatural, dada pelo Espírito Santo através da regeneração.
Muitos são congenitamente misericordiosos, pacientes e ternos. Quando estes mostram misericórdia, paciência ou ternura, tais atitudes não são pecaminosas; mas, porque estas características “boas” pertencem à vida natural deles e são obras do ego, não podem ser aceitas por Deus como algo espiritual.
Estes atos são realizados, não por dependência completa do Espírito de Deus, mas pela confiança na própria força. À medida que progredirmos em nosso caminhar espiritual, nós descobriremos muitos outros exemplos de como o pecado pode estar ausente, mas o ego plenamente presente. Parece quase inevitável que o ego entre furtivamente no trabalho mais santo e no caminhar mais nobre.
Se você conhece apenas a libertação do pecado, mas não tem tido a experiência da autonegação ou a perda da vida da alma, você inevitavelmente acabará recorrendo à sua força natural da alma para realizar a vontade de Deus em seu caminhar. Acabará sem reconhecer que, além do pecado, dois outros poderes moram dentro de nós: o poder do espírito e o poder da alma.
O poder do espírito é o poder de Deus recebido espiritualmente na regeneração, enquanto que o poder da alma é seu próprio, concedido naturalmente por ocasião do seu nascimento. Se alguém será um homem espiritual ou não, dependerá grandemente de como ele trata estas duas forças dentro dele.
O método de Deus é claro: devemos renunciar a tudo que tenha origem em nós mesmos – o que somos, o que temos, o que podemos fazer – e mover-nos inteiramente por Ele, aprendendo diariamente a vida de Cristo por meio do Espírito Santo.
O cristão espiritual, portanto, é alguém cujo espírito é guiado pelo Espírito de Deus. Ele extrai o poder para o seu caminhar diário na vida dada pelo Espírito Santo, que habita em seu espírito. Ele não vive na terra buscando sua própria vontade, mas a vontade de Deus. Ele não confia em sua inteligência para planejar e realizar obras para Deus. A norma de seu caminhar é habitar sossegadamente no espírito, não mais influenciado ou controlado pelo homem exterior (o velho homem, o ego).
“E agora digo isto, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção”. (I Co. 15:50)
Recapitulando o que foi dito, o problema das duas naturezas foi resolvido, mas o problema das duas vidas continua sem solução. A vida do espírito e a vida da alma continuam a existir dentro de nós. Enquanto que a primeira é em si mesma excessivamente forte, a segunda procura controlar todo o ser, porque está profundamente arraigada no homem.
A menos que estejamos dispostos a negar nossa “vida da alma”, permitindo que a vida do espírito tome as rédeas, haverá pouca chance de desenvolver-se em nós a vida espiritual que agrada a Deus. Andar no Espírito Santo não é apenas deixar de cometer pecados, mas é principalmente não permitir que o ego prevaleça.
O Espírito Santo pode manifestar Seu poder somente naqueles que vivem por Ele. Qualquer pessoa que ande por sua força natural não pode esperar que as poderosas realidades do Espírito sejam manifestadas em sua vida. Se insistirmos em andar segundo a “raça criada”, estaremos rejeitando o governo do Espírito Santo em nossas vidas.
Como poderemos manifestar Seu poder, se somos libertos do pecado e ainda continuamos a pensar como “os homens” pensam, desejar como “os homens” desejam e viver e trabalhar como “os homens” o fazem? Não estamos dependendo inteiramente do Espírito Santo de Deus para operar em nós.
Se desejamos genuinamente Sua plenitude, devemos primeiro quebrar a influência que a alma exerce sobre nós.
“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois aquele que quiser salvar a sua vida (da alma) perdê-la-á, mas quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á” (Mt. 16:24-25).
Amém!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O Conflito Entre o Velho e o Novo Homem

É importante que uma pessoa regenerada possa compreender que mesmo tendo recebido o “novo nascimento” ela ainda permanece de posse de seus dons naturais. Mesmo tendo agora um espírito vivificado, o homem ainda continua tendo em si os elementos da carne.
Na carta aos Romanos podemos ver que os componentes da carne são principalmente “o pecado” e “o ego”. (Rm. 7:17-18) Se você quer compreender a vida espiritual, você deve estar bem esclarecido sobre esses dois elementos da carne.
Sabemos que o Senhor Jesus tratou com o pecado da nossa carne na Sua cruz. E a Palavra nos informa que o “nosso velho ego” foi com ele crucificado: “Pois sabemos isto, que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito a fim de não servirmos mais ao pecado”. (Rm. 6:6)
Com respeito ao pecado, não se exige que o homem faça coisa alguma. Ele só precisa considerar que o pecado já foi desfeito e que isso é um fato consumado e ele colherá a eficácia da morte de Jesus, sendo totalmente libertado do poder do pecado. (Rm. 6:14) Mas, em relação ao ego algo deve ser feito, precisamos negar o ego!
Saiba que a cruz de Cristo trata com o pecado e o Espírito Santo, por meio da cruz, trata com o ego. Cristo liberta o crente completamente do poder do pecado, através da cruz, para que o pecado não reine novamente, Cristo o capacita a vencer o ego diariamente e assim o homem pode obedecê-Lo perfeitamente. A libertação do pecado é um fato consumado; a negação do ego deve ser uma experiência diária.
Para conquistar vitória sobre o pecado o crente só precisa de um momento de fé e arrependimento sincero; para negar o ego, ele precisa de uma vida inteira. Saiba que Jesus não teve dificuldade nenhuma com relação ao pecado, contudo, durante toda a Sua vida, o Senhor negou-se a si mesmo. O mesmo deve ser verdade para nós.
“andai pelo Espírito e não haveis de cumprir a cobiça da carne. Porque a carne luta contra o Espírito e o Espírito contra a carne”. (Gl. 5:16-17)
A carne exige plena soberania, a vida espiritual também. A carne deseja que o homem esteja ligado a ela para sempre, enquanto que a vida espiritual quer ter o homem completamente submisso ao Espírito Santo. A carne e a vida espiritual diferem entre si em todos os pontos. A primeira é semelhante à natureza do primeiro Adão e a natureza da última pertence ao último Adão. A motivação da primeira é terrena, a da segunda é celestial. A carne focaliza todas as coisas no ego, a vida espiritual centraliza tudo em Cristo.
A carne deseja conduzir o homem a pecar, mas, a vida espiritual anseia por conduzi-lo à justiça. Visto serem estes dois tão essencialmente contrários, o homem vive o constante conflito entre sua velha natureza e o novo homem.
Em Romanos 7, Paulo exprime a angústia interior deste conflito: “Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço”. (v. 19) Muitos entenderão o porquê de seu grito de desespero: “Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte”? (v. 24)
É por meio deste conflito que Deus provoca o crente a buscar e assegurar a vitória contra a carne através de Cristo. Provarão, por fim, a alegria de experimentar o que Paulo experimentou: “Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor”. (v. 25) “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito, porque a lei do espírito de vida, em Cristo Jesus, livrou-me da lei do pecado e da morte”. (Rm. 8:1-2)
Saiba que ninguém obterá vitória contra a carne a não ser por meio de Cristo Jesus. Ele é a nossa vitória!