segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O QUINTO SELO

De acordo com Apocalipse, os quatro primeiros selos começaram quase que ao mesmo tempo e terminarão ao mesmo tempo. Como vimos anteriormente, os primeiros quatro selos desvendam a era do Novo Testamento, a era da pregação do evangelho. Deus tem um único propósito nesta era: que o evangelho do reino seja pregado a fim de que a igreja seja produzida e edificada para o cumprimento do Seu plano eterno.

Quando o evangelho do reino (Mt 24:14), o evangelho que traz as pessoas para o senhorio, para o reino, para o governo de Deus, for pregado a toda a terra, a igreja será plenamente edificada e, então, virá a era do reino. Por fim, o propósito eterno será totalmente cumprido e virá o novo céu e a nova terra com a Nova Jerusalém, por toda a eternidade. Essa é uma visão geral de toda a história do universo.

João continua narrando a abertura dos sete selos do livro: “Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam” (Ap 6:9). O quinto selo está relacionado ao martírio dos cristãos desde o primeiro século até o tempo próximo do fim desta era, provavelmente incluindo o martírio dos santos do Antigo Testamento, de acordo com Mateus 23:34-36.

Milhares de pessoas fiéis ao testemunho do Senhor foram martirizadas. Durante a era da pregação do evangelho, muitos santos foram e têm sido mortos por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Estevão e a maioria dos apóstolos foram martirizados: o apóstolo João, por exemplo, foi exilado. Paulo foi encarcerado e, por fim, sentenciado à morte. Ao longo dos séculos, onde houve pregação do evangelho, houve martírio.

Entretanto virá o tempo em que Deus vingará Seus santos. Isso ocorrerá pelo exercício do justo julgamento de Deus sobre toda a terra, que está sob influência maligna.

CLAMAVAM DEBAIXO DO ALTAR

As almas dos que tinham sido mortos estavam debaixo do altar. Isso indica que, aos olhos de Deus, todos eles foram oferecidos a Deus como sacrifícios sobre o altar, derramando ali seu sangue e sua vida.

Apocalipse 6:10 e 11 diz: Eles clamavam em alta voz: “Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, esperarás para julgar os habitantes da terra e vingar o nosso sangue?” “Então cada um deles recebeu uma veste branca, e foi-lhes dito que esperassem um pouco mais, até que se completasse o número dos seus conservos e irmãos, que deveriam ser mortos como eles”.

As vestiduras brancas indicam que eles foram aprovados por Deus. Aqueles que “iam ser mortos” serão martirizados ao longo do reinado do anticristo, na grande tribulação (Ap 20:4).


           O clamor dos santos martirizados deve acontecer perto do final desta era. Hoje ainda estamos nos primeiros quatro selos, mas o dia de ser aberto o quinto selo está muito próximo. Por isso, devemos ser fiéis em pregar a Palavra de Deus e viver de modo a expressar Jesus, vivendo como os que realmente amam a Sua segunda vinda.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O CAVALO VERMELHO

Continuamos a estudar os primeiros quatro selos e sua interpretação. Apocalipse 6:3, 4 diz: “Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente, dizendo: Vem! E saiu outro cavalo, vermelho, e ao seu cavaleiro foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada”.

A cor vermelha lembra-nos o sangue. Assim, o cavalo vermelho é um símbolo da fúria da guerra, que sempre resulta em derramamento de sangue. Após a ascensão de Cristo, a pregação do evangelho tem sido seguida de guerra. Isso é uma realidade facilmente observada ao longo da história.

O CAVALO PRETO

“Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente, dizendo: Vem! Então vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão” (Ap 6:5). Preto, aqui, se refere à escassez e à fome. O cavalo preto é um símbolo do alastramento da fome. A balança é usada para pesagem de comida o que mostra a sua escassez. Os alimentos se tornam preciosos na fome, por isso devem ser preservados e não danificados. A fome segue a guerra, pois a guerra torna escassos os alimentos.

O CAVALO AMARELO

“Quando abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizer: Vem! E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava montado nele chamava-se Morte; e o hades seguia com ele; e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra, para matar com a espada, e com a fome, e com a peste, e com as feras da terra” (Ap 6:7, 8).

O que estava montado no quarto cavalo foi claramente identificado como a morte. Hades é o lugar onde as almas são guardadas até serem ressuscitadas para o julgamento final. Os não salvos serão julgados diante do trono branco (Ap 20:11-15) e, após esse julgamento, serão lançados no lago de fogo pela eternidade.

Hades é um lugar provisório e o lago de fogo, uma prisão permanente, eterna.

RESUMO DOS QUATRO PRIMEIROS SELOS

Logo após a ascensão de Cristo aos céus, os quatro selos foram abertos. O primeiro cavalo a aparecer foi o branco o qual logo se pôs a correr – a pregação do evangelho começou logo após o Senhor Jesus subir aos céus (At 2). No ano 70 d. C. Tito, general romano, e seus exércitos destruíram Jerusalém. Desde então, ao longo dos séculos, tem havido guerra após guerra. Como conseqüência da guerra, sempre surge a fome que causa doenças e morte.

A história dos últimos dois mil anos pode ser resumida em quatro itens: Pregação do evangelho, guerras, fome e morte. Os quatro selos dizem respeito à história do mundo, desde a ascensão de Cristo até o fim desta era.

Aparentemente, os acontecimentos são decorrentes das ações e decisões dos grandes líderes mundiais, no entanto, pela Bíblia, podemos perceber que a pregação do evangelho corre na frente deles e saiu vencendo para vencer. Por isso, devemos empenhar-nos em pregar a Palavra do Senhor e em edificar a Sua igreja. Deste modo, traremos o reino milenar e a Nova Jerusalém.

Pregamos “este evangelho do Reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (Mt 24:14).

Continuaremos estudando os demais selos!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

OS QUATRO PRIMEIROS SELOS

O conteúdo dos sete selos conta, de maneira bastante detalhada, todos os fatos que ocorrerão no universo desde a morte de Cristo até a eternidade futura. Portanto, eles desvendam tudo o que vem ocorrendo a partir do final da 69ª semana de Daniel até a eternidade. Vejamos então o conteúdo dos quatro primeiros selos.

Apocalipse 6:1 diz: “Observei quando o Cordeiro abriu o primeiro dos sete selos. Então ouvi um dos seres viventes dizer com voz de trovão: Venha! Os quatro primeiros selos compreendem quatro cavalos com seus cavaleiros numa corrida. Esses cavaleiros não são pessoas reais, mas fatos personificados.

Três dos quatro cavaleiros estão identificados: o do segundo cavalo, o cavalo vermelho, é a guerra (v 4); o do terceiro, o cavalo preto, é a fome (Vs 5 e 6), e o cavaleiro do quarto, o cavalo amarelo, é a morte (v 8). O cavaleiro do primeiro cavalo tem gerado muitas interpretações. Alguns dizem que ele é o anticristo, porém nós devemos considerar que assim como os outros cavaleiros não são pessoas, mas fatos, o mesmo princípio deve aplicar-se ao primeiro cavaleiro.

Assim, de acordo com os fatos históricos, o cavaleiro do primeiro cavalo é o evangelho. Imediatamente após a ascensão de Cristo, estas quatro coisas – o evangelho, a guerra, a fome e a morte – começaram a ocorrer simultaneamente, e continuarão ocorrendo até a volta de Cristo. A partir do primeiro século, o evangelho tem sido propagado ao longo desses vinte séculos, e a guerra tem ocorrido simultaneamente com ele, acarretando a fome e a morte. Todos estes fatos continuarão até o fim desta era.

O CAVALO BRANCO

Na Bíblia, branco significa limpo, puro, justo e aprovável. O cavalo branco, então, é um símbolo da pregação do evangelho, o qual é limpo, puro, justo e aprovável perante os homens e perante Deus.

Apocalipse 6:2 diz: “Olhei, e diante de mim estava um cavalo branco. Seu cavaleiro empunhava um arco, e foi-lhe dada uma coroa; ele cavalgava como vencedor determinado a vencer”. O arco é usado juntamente com uma flecha, sem a qual o arco para nada serve. Mas o cavaleiro do cavalo branco estava com um arco sem flecha. Isso indica que a flecha já havia sido disparada contra o inimigo a fim de destruí-lo, e a vitória já foi obtida para o estabelecimento do evangelho da paz.

Na cruz, a flecha foi atirada contra Satanás e ali ele foi derrotado – a luta contra ele foi vencida. Portanto, o arco sem flecha é a declaração de que a guerra contra Satanás está terminada e que a vitória já foi obtida!

Foi dada ao cavaleiro uma coroa. Coroa é um sinal de glória. Paulo chama o evangelho de “evangelho da glória de Cristo”: “O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2 Co 4:4). O evangelho que pregamos não é somente o evangelho da graça, é também o evangelho da glória.

Ao pregarmos o evangelho, nosso objetivo não deve ser apenas salvar as pessoas da perdição eterna, mas levá-las a participar da glória de Cristo na era da igreja e no reino milenar.

O cavaleiro do cavalo branco “saiu vencendo para vencer”. Ao longo dos séculos, onde quer que o evangelho tenha sido proclamado, ele venceu toda oposição e ataque, e continua vencendo. De nenhum dos outros três cavaleiros foi dito que saiu vencendo. Somente o evangelho tem sido continuamente prevalecente. Onde ele é pregado, ali há vitória. O evangelho é sempre vencedor. Satanás jamais poderá vencer a pregação do evangelho.

Nossa função é proclamar o evangelho vencedor, o evangelho que declara que Satanás foi derrotado por Cristo na cruz.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

OS SETE SELOS DE APOCALIPSE

Há muitos mistérios neste universo, o mistério da vida, o mistério da existência do homem, o mistério da morte, sem falar no próprio universo, tão insondável, tão misterioso. Além disso, queremos saber sobre o fim de todas as coisas, sobre o nosso destino, sobre o nosso futuro. Quem pode decifrar esses mistérios? Quem está habilitado para responder a todas essas perguntas?

O livro de Apocalipse registra que todos os mistérios do universo estão encerrados em um livro fechado com sete selos. Cada selo revela uma etapa da história da humanidade, até o final de todas as coisas. Precisamos decifrar o conteúdo dos sete selos para que possamos estar alertas, pois o tempo do fim está próximo.

A Bíblia revela que Deus tem uma administração para o universo. Essa administração é um mistério; todavia, no último livro da Bíblia, Apocalipse, nos é desvendada a conclusão de todo o plano de Deus para o homem e para todas as coisas criadas.

Quando o Apóstolo João foi levado aos céus, ele viu algo: “Vi na mão direita daquele que estava sentado no trono um livro escrito por dentro e por fora, e selado com sete selos” (Ap 5:1). O livro, ou o rolo de pergaminho, está na mão direita Daquele que está no trono, Deus, e é selado com sete selos. Esse livro deve ser a nova aliança realizada pelo sangue do Cordeiro, Cristo. É por meio da nova aliança que Deus administra o universo.

Não havia ninguém digno de abrir o livro e de desatar os sete selos; “Nem no céu, nem sobre a terra, nem debaixo da terra, ninguém podia abrir o livro, nem mesmo olhar para ele” (Ap 5:2, 3). João “chorava muito porque ninguém foi achado digno de abrir o livro, nem mesmo de olhar para ele” (v 4).

Quem é Digno?

“Todavia um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos (v 5). Sabemos que Jesus era da tribo de Judá, a qual era comparada a um leãozinho: “Judá é um leão novo”...(Gn 49:9). Isso representa Cristo no aspecto da luta contra seu inimigo, Satanás. Cristo é um Leão vencedor; Ele venceu a luta contra Satanás e derrotou-o na cruz (Hb 2:14), e isso O qualifica para abrir o livro e os seus sete selos. Na verdade, se não houvesse Cristo, deveríamos prantear como João, pois nesse universo ninguém mais poderia desvendar os segredos de Deus para o homem. Se não houvesse Cristo, ninguém poderia conhecer o mistério da vontade de Deus.

Um anjo anunciou Cristo como o Leão da tribo de Judá, mas quando João olhou, viu um cordeiro: “Depois vi um Cordeiro, que parecia ter estado morto, em pé, no centro do trono, cercado pelos quatro seres viventes e pelos anciãos”. (Ap 5:6). Como Leão, o Senhor Jesus é um guerreiro contra Satanás, mas como o Cordeiro, Ele é o nosso Redentor. Essa é a explicação do fato de João ouvir falar em um leão e quando olha vê um Cordeiro.

Em todo o universo, Cristo é o único qualificado não só para abrir o mistério da administração de Deus, como também para executá-la. A partir do próximo diário do Reino veremos o abrir dos sete selos, desvendando a administração de Deus.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

APOCALIPSE, UMA PROFECIA PARA O TEMPO DO FIM

O livro de Apocalipse desperta sentimentos diversos nas pessoas, como medo ou mera curiosidade. Há quem o despreze, enquanto outros, apesar de não entendê-lo, respeitam-no; há os que são atormentados com as figuras de animais e prenúncios de sofrimento, enquanto outros são encorajados com as palavras de amor e consolo desse livro.

Há os que se preocupam com o anticristo, e há os que voltam o coração para Cristo. Sem dúvida, é impossível permanecer indiferente ao livro de Apocalipse. O último livro da Bíblia encerra toda a revelação de Deus e narra o fim de todas as coisas. De maneira muito clara e detalhada, encontramos nesse livro o registro do fim da história da humanidade e do destino de cada pessoa.

Tudo isso está em um livro fechado com sete selos, os quais ninguém pode abrir. No entanto, vemos que nesse tempo do fim os selos estão se abrindo e o Espírito da verdade está nos revelando as coisas que estão ocultas e misteriosas. Estaremos tratando desse livro nas páginas do “Diários do Reino” de forma resumida, mas cremos que o Senhor Jesus nos ajudará a entender o que está escrito nele.

Não pretendemos saciar a curiosidade de ninguém, mas pretendemos ajudar as pessoas a decidirem como enfrentar o fim dos tempos, como se posicionar diante dos fatos que, muito em breve ocorrerão. Nosso presente e nosso futuro dependem de nossa decisão.

A INTERRUPÇÃO DA HISTÓRIA DE ISRAEL

O povo de Israel, apesar de ser o povo escolhido de Deus, rejeitou o Senhor Jesus Cristo, não reconhecendo que Ele era o Messias esperado, conforme está escrito no Evangelho de João: “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (Jo 1:11). Por causa disso, a porta da salvação foi aberta para os gentios.

Deus havia escolhido Israel dentre todas as nações para ser Sua propriedade particular, uma nação santa que deveria expressá-lo e ser Seu Reino aqui na terra. Mas por terem os judeus rejeitado o Cristo de Deus, essa “função” de ser povo de Deus para expressá-Lo na terra foi transferida para a igreja. Por isso, Deus desviou Sua atenção de Israel para a igreja.  Evidentemente, Deus continua cuidando de Israel, que jamais deixará de ser Seu povo escolhido; no entanto, Sua preocupação está totalmente voltada para a igreja.

Desde a crucificação de Cristo até o final desta era, a história de Israel está suspensa diante de Deus. Neste intervalo, é da igreja a responsabilidade de levar a cabo o propósito eterno de Deus. Para isso, a igreja deve cumprir sua missão de pregar o “evangelho do Reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (Mt 24:14).

Se nós, cristãos, a igreja do Senhor, não estivermos conscientes dessa responsabilidade e continuarmos vivendo para nós mesmos, cuidando apenas de nossos interesses, o Senhor, lamentavelmente, terá de tardar Sua volta. Mas se diligentemente pregarmos o evangelho, ensinarmos a verdade e edificarmos o Corpo de Cristo, até que todos os cristãos cheguem à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4: 12, 13), seremos os que não somente esperam, mas principalmente apressam a vinda do dia de Deus (2 Pe 3: 12).

Nos próximos dias daremos continuidade ao tema proposto. Paz seja contigo! 

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

CRISTO É VIDA

“O Espírito é o que dá vida” (João 6:62).

Mas que vida é essa que o Espírito dá? Sabemos que existe a vida vegetal e a vida animal. A vida vegetal é inferior e a vida animal é mais elevada. Porém, mais elevada do que estas duas formas de vida é a vida humana. Todas estas formas de vida são maravilhosas, porém existe uma quarta forma de vida – a vida divina, que é a vida incriada de Deus.

Quais são as características dessa vida mais elevada? Primeiro, essa vida é divina. Ser divina significa ser de Deus, ter a natureza de Deus, ser transcendente e distinta de todas as outras. Somente Deus é divino, portando Sua vida é divina. Além disso, a vida de Deus é eterna. A vida de Deus é incriada, não tem princípio nem fim.

Todos nós nascemos em certo momento e em certo dia, e todos nós percebemos que nossa vida humana terá um fim definitivo na morte. Entretanto, a vida de Deus não tem princípio e continuará para sempre. Essa vida eterna é também indestrutível e indissolúvel e nada na terra, nem nos céus e nem no inferno pode destruí-la.

Essa é a vida que Cristo, como o Espírito que dá vida, nos dá. No Evangelho de João essa vida é vista como aquela que vence toda forma de debilidade humana e absorve toda forma de morte.

Quando a vida divina entra em nós, somos regenerados, temos a vida de Deus e nos tornamos Seus filhos. Ser cristão não significa cumprir certas obrigações religiosas ou reformar a conduta. Nós somente podemos nos tornar filhos de Deus se recebermos essa vida de Deus.

Humanamente falando, após o nascimento, continuamos a crescer comendo e bebendo. Da mesma forma, por comermos o pão dos céus, Cristo, como alimento espiritual e por bebermos do Espírito como a água da vida, nossa vida espiritual também crescerá.

Dia a dia, pelo comer e beber Cristo, cresceremos na vida divina. Dessa forma seremos um povo preenchido por Deus, transbordante de Deus e, finalmente, expressaremos Deus em nosso viver. Esse é o significado da vida cristã.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O SIGNIFICADO DA VIDA HUMANA

          Qual o significado da vida do homem na terra? Para que propósito o homem foi criado?

Estamos na era em que o homem pode fazer muitas coisas! Ele estuda e obtém título – até mesmo muitos títulos; inventa coisas e faz novas descobertas. Nós somos criaturas maravilhosas. Temos uma mente para pensar, uma emoção para amar e um coração para desejar coisas. Mas qual é o verdadeiro significado da existência humana nesta terra?

Estamos aqui simplesmente para comer e trabalhar, divertir-nos e dormir... e, por fim, morrer? Por muitos séculos, filósofos e sábios, eruditos e historiadores deram o máximo de si buscando entender o significado da vida humana. Contudo, dentre todas as respostas encontradas, nenhuma foi plenamente satisfatória. Por quê? Porque essa busca não levou em consideração um fator fundamental: a origem do homem.

O homem tem no seu interior algo muito mais profundo, que vai além do coração. Ele tem o espírito humano, que o faz ansiar por algo mais elevado, mais precioso, que, no entanto, ele não sabe explicar. As teorias e os princípios sobre o significado da vida do homem, elaborados pelo próprio homem, não atingem a satisfação por ele exigida no seu mais profundo sentimento interior.

Se o homem foi criado para conter e absorver todo o conhecimento que existe, mesmo que ele consiga, não sentirá satisfação, pois quanto mais conhecimento adquirir, mais vazio ele se sentirá interiormente. Cremos que a maioria das pessoas sabe que uma garrafa de refrigerante foi feita para conter refrigerante. Por sabermos disso é que a garrafa de refrigerante não parece estranha para nós.

Contudo ela tem, de fato, um propósito significativo: conter uma bebida para saciar a sede das pessoas. Isso o fabricante nos diria com certeza! E nós, fomos criados para que? Se para entender o propósito de um produto feito para nosso uso precisamos ir ao fabricante, assim também, visto que Deus nos criou, devemos ir a Ele para descobrir qual foi seu propósito ao criar o homem.

Ainda que muitos considerem que o universo e o propósito do homem sobre aterra sejam enigmas insolúveis, a Bíblia, um dos maiores presentes de Deus para a humanidade, resolve esse mistério. A Bíblia é a revelação de Deus dada ao homem. Ela revela a realidade acerca de Deus, do universo, do homem, da relação entre o homem e Deus, das relações entre os homens e das obrigações do homem para com Deus.

A Palavra de Deus nos diz que Ele existe por Si mesmo e para sempre. Deus já existia na eternidade passada e desde sempre teve o desejo de criar o homem. O desejo de Deus era que o homem expressasse Sua imagem e representasse Sua autoridade sobre a terra. A Bíblia nos diz, nas primeiras páginas de Gênesis, que a criação do homem foi diferente da criação de todas as outras coisas. Deus criou o homem à Sua própria imagem.

A única maneira pela qual o homem pode expressar Deus e representá-Lo é recebendo-O como sua vida para tornar-se um complemento de Deus. O homem foi criado com a capacidade de receber e conter a vida de Deus. Todas as virtudes humanas, tais como o amor, a honra e a bondade, foram criadas por Deus para que o homem pudesse ter a vida de Deus e expressar os atributos d’Ele por meio do seu viver.

Quanto mais o homem estiver no centro do propósito eterno de Deus, mais paz e alegria no espírito ele sentirá.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O QUE SIGNIFICA ACEITAR CRISTO

Poucas coisas, felizmente poucas, são assuntos de vida ou morte, tal como uma bússola para uma viagem marítima ou um guia para uma viagem através do deserto. Ignorar coisas assim vitais não é só lançar sortes ou correr risco, mas é puro suicídio; ou seja, estar certo ou estar morto.

Nosso relacionamento com Cristo é uma questão de vida ou morte, e num plano muito superior. O homem que conhece a Bíblia sabe que Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores e que os homens são salvos apenas por Ele sem qualquer influência por parte de quaisquer obras meritórias que o homem possa praticar.

Para a pergunta: “O que devo fazer para ser salvo?” devemos aprender a resposta correta. Falhar nesse ponto não envolve apenas arriscar nossas almas, mas garantir o exílio eterno da face de Deus. É aqui que devemos estar certos ou nos perderemos para sempre.

Os cristãos evangélicos fornecem três respostas a esta pergunta: “Creia no Senhor Jesus Cristo”, “Receba Cristo como seu Salvador pessoal” e “Aceite Cristo”. Duas destas respostas são extraídas quase literalmente das Escrituras: “Responderam eles: Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e tua casa” (At 16:36) e “Mas a todos os que o receberam, àqueles que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (Jo 1:12). Enquanto a terceira é uma espécie de paráfrase, resumindo as outras duas. Não se trata então de três, mas de uma só.

Por sermos espiritualmente preguiçosos, tendemos a reproduzir o que ouvimos de outros por ser mais fácil. Dessa forma damos continuidade a algo sobre o qual não meditamos de forma profunda e esclarecedora. Assim sendo, a fórmula “Aceite Cristo” tornou-se uma panacéia de aplicação universal, a qual tem sido fatal para muitos.

A dificuldade está em que a atitude “aceite Cristo” é provavelmente errada. Ela mostra Cristo suplicando a nós, em lugar de nós suplicarmos a Ele. Ela faz com que Jesus fique de pé aguardando o veredicto a respeito d’Ele, em vez de nos ajoelharmos com os corações contritos esperando que Ele nos julgue. Esta fórmula equivocada pode permitir que pessoas aceitem Cristo mediante um impulso emocional ou mental, sem qualquer dor, sem prejuízo do seu ego, e sem que tenha de mudar os inconvenientes de sua vida normal, ou seja: Tudo pode continuar como sempre esteve.

Para essa maneira ineficaz de tratar de um assunto vital, podemos imaginar alguns paralelos; como se, por exemplo, Israel tivesse “aceito” no Egito o sangue da páscoa, mas continuasse vivendo em cativeiro, ou o filho pródigo “aceitasse” o perdão do pai e continuasse entre os porcos no país distante. Não fica claro que se aceitar Cristo deve significar algo. É preciso que haja uma ação moral em harmonia com essa atitude?

Entendemos que “aceitar Cristo” deve representar um esforço sincero por parte do pecador. Vejamos então o que queremos ou devemos indicar ao fazermos uso desta frase. Aceitar Cristo é dar ensejo a uma ligação com a Pessoa de nosso Senhor Jesus. Essa é uma experiência única na vida de qualquer pessoa.

Espera-se que, naquele momento, o crente esteja intelectualmente convencido de que Jesus é tanto Senhor como Cristo; ele decidiu segui-lo a qualquer custo e seu coração está regozijando pela singular doçura de sua companhia. O verdadeiro crente confessa Cristo como o seu Tudo em Todos sem reservas.

Ele crê no Senhor Jesus Cristo, o Cristo abrangente, sem modificação ou reserva, e recebe com alegria tudo o que Ele fez na sua obra de redenção, tudo o que está fazendo agora no céu a favor dos seus, e tudo o que opera neles e através deles.

Aceitar Cristo é conhecer o significado das palavras: “pois segundo Ele é, nós somos neste mundo” (1 Jo 4:17). Nós aceitamos os amigos dele como nossos, seus inimigos como inimigos nossos, seus caminhos como os nossos, sua rejeição como a nossa rejeição, sua cruz como a nossa cruz, sua vida como a nossa vida e seu futuro como o nosso futuro.

Se é isso que queremos dizer quando aconselhamos alguém a aceitar Cristo, será melhor explicar isso a ele, pois é possível que se envolva em profundas dificuldade espirituais caso não entenda claramente o assunto.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O SEXTO SELO DE APOCALIPSE

“Em seguida vi o Cordeiro quebrar o sexto selo. Houve um violento terremoto, o sol se tornou negro como uma roupa de luto, e a lua ficou toda vermelha como sangue” (Ap 6:12). 

Como vimos anteriormente, o quinto selo é o clamor dos santos martirizados por causa da Palavra de Deus e do testemunho que sustentavam. O sexto selo (Ap 6:12-17), que demarca o princípio das calamidades sobrenaturais, é a resposta de Deus ao clamor dos santos martirizados no quinto selo.

Ao abrir o sexto selo, a terra será fortemente sacudida por um grande terremoto, o sol se tornará negro, a lua ficará toda vermelha como sangue, as estrelas do céu cairão, o céu recolher-se-á como um pergaminho quando se enrola e todos os montes e ilhas serão movidos dos seus lugares. Isso tudo será uma advertência aos moradores da terra para que se arrependam e se convertam a Deus, porque a humanidade toda vive para si, para seus próprios interesses, não se preocupando com o propósito de Deus.

Alguns até mesmo blasfemam, dizendo serem Deus ou que d’Ele não precisam. Deus, então sacudirá a terra e o céu para lembrá-los que somente Ele é Deus. Nos versículos 15 a 17 temos a revelação da parte de Deus que relata a reação dos habitantes da terra: eles se esconderão em cavernas e nos penhascos dos montes, e rogarão aos montes e aos rochedos para escondê-los da face de Deus e da ira do Cordeiro.

Estes versículos revelam o que se passará na consciência deles, visto que terão pavor do juízo vindouro, pensando haver chegado o grande dia da ira de Deus e do Cordeiro. Todavia, o sexto selo não será a proclamação total do juízo vindouro de Deus, mas apenas uma advertência aos homens. Ele é a resposta do Senhor ao clamor dos santos martirizados. Chegará o dia em que Deus virá vingar o sangue dos Seus amados santos.

Apocalipse relata que haverá duas calamidades com tremores e mudanças na terra e no céu. A primeira ocorrerá antes da grande tribulação, conforme está em Lucas 21:11 e a outra ocorrerá no final da grande tribulação como está descrito nas palavras proféticas de Jesus em Mateus 24:29 e 30: “Jesus disse: Depois daqueles dias de sofrimento, o sol ficará escuro e a lua não brilhará mais. As estrelas  cairão do céu, e os poderes do espaço serão abalados. Então o sinal do Filho do Homem aparecerá no céu. Todos os povos da terra chorarão e verão o Filho do Homem descendo nas nuvens, com poder e grande glória”.

O sexto selo trata da primeira calamidade e deve ser considerado não somente como uma advertência, mas como a introdução à grande tribulação.

Antes de ser quebrado o sétimo selo, João tem duas visões do povo de Deus: os 144 mil do povo de Israel (Cap 7:1-8) e a grande multidão que ninguém podia contar (vs 9-17). Acreditamos que as duas visões falam sobre todo o povo de Deus, tanto no AT como no NT, a primeira fala sobre o povo de Israel (v 4), e a segunda sobre os cristãos.

O capítulo sete de Apocalipse é uma inserção entre o sexto e o sétimo selo. Ele foi colocado a fim de mostrar o cuidado de Deus com o Seu povo, quando Ele estiver executando Seu julgamento sobre os moradores da terra. Deus fez a terra para que o homem nela vivesse. O sol, a lua e as estrelas foram criados para ajudar a manter a vida sobre a terra. Mas devido certas atitudes dos habitantes da terra, os quais têm sido insolentes em relação a Deus e também porque eles tratam a terra de forma a causar sua degradação ambiental, chegará o tempo em que Ele não irá tolerar mais essa situação.


             Deus virá para julgar a terra, o mar, os rios, o sol, a lua e as estrelas. A terra é para a existência humana, e toda forma de vida que nela existe é para benefício do homem, mas ao julgar o que a humanidade tem feito com essa maravilhosa natureza, Deus irá por fim a essa situação. Todas estas coisas são alertas de Deus de que o tempo do fim está próximo e que nossa vida e o mundo são frágeis e passageiros. Deus usa estes fatos para alertar-nos a não vivermos displicentemente, como se não tivéssemos contas a prestar-Lhe. Antes, precisamos viver intensamente para o cumprimento do propósito eterno de Deus.