segunda-feira, 29 de novembro de 2010

CADA CRISTÃO RECEBERÁ SEGUNDO AS SUAS OBRAS

Continuando a estudar o assunto da disciplina na era vindoura, vamos ler agora 2 Coríntios 5:10: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”. Todos os estudantes da Bíblia sabem que o trono de julgamento de Cristo está nos ares. Portanto, aqueles que estarão diante do trono de julgamento são os que foram arrebatados. E quem pode ser arrebatado? A Bíblia nos diz que somente os cristãos podem ser arrebatados. Os que não são cristãos não poderão.

Se um homem não é salvo, ele não é um filho de Deus, nem sequer está qualificado para ser julgado naquele julgamento, pois aquele será o julgamento de Deus dentro de Sua própria família. Paulo revelou pelo Espírito que, no futuro trono de julgamento de Cristo, estaremos diante da seguinte realidade: Seremos recompensados pelas coisas feitas por meio do corpo, isto é, pelas coisas que tivermos feito enquanto vivemos na terra na qualidade de salvos, sejam elas boas ou más.

Se fizer o bem por meio do corpo, você receberá uma boa recompensa. Se fizer o mal por meio do corpo, você receberá uma má recompensa. A Palavra de Deus nos mostra claramente que no trono de julgamento os que fazem o bem receberão um galardão e os que não fazem o bem perderão o galardão e serão recompensados segundo o mal que fizeram. Há luz suficiente na Bíblia mostrando-nos que se uma pessoa salva não for disciplinada pela sua conduta desleixada nesta era, ou não se arrepender após ser disciplinada, ela não apenas perderá sua recompensa, como também será punida de um modo específico.

Em Mateus 12, o Senhor Jesus menciona especificamente a blasfêmia contra o Espírito Santo. Todos os pecados podem ser perdoados, todas as palavras faladas contra o Filho do Homem podem ser perdoadas; contudo, o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado. Para esse pecado não haverá perdão nesta era, e não haverá perdão na era vindoura (v. 32).

Na Bíblia, a era vindoura sempre se refere ao reino milenar. Na língua original, a palavra para “era” é aion, e não cosmos. Se a palavra fosse cosmos, estaria se referindo à organização do universo. Mas, a palavra “aion” se refere a um intervalo de tempo. Por isso ela foi traduzida como “era”. Hoje a era é a era da graça. A próxima era será a era na qual o Senhor virá para reinar por mil anos. Em Mateus 12, você pode perceber que algumas pessoas, por meio da disciplina, são perdoadas nessa era. Alguns são perdoados ao serem salvos, mas seus pecados subseqüentes, caso não venham a se arrepender dos mesmos, não serão perdoados no reino; pelo contrário, elas serão severamente castigadas. Esse é o ensinamento bíblico acerca da punição.

A punição para o cristão nesta era está suficientemente clara. Alguns cristãos que pecam, cujos problemas não forem solucionados diante de Deus hoje, receberão punição no futuro.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ALGUNS SERVOS DE DEUS SERÃO JULGADOS NA ERA VINDOURA

“Qual é a nossa escolha: ser disciplinado hoje, na era da graça, ou no futuro, na era da justiça?”

Vamos iniciar vendo alguns versículos que falam dessa disciplina futura. Lucas 12:45-48 diz: “Mas se aquele servo disser consigo mesmo: Meu senhor tarda em vir, e passar a espancar os criados e as criadas, a comer, a beber e a embriagar-se, virá o senhor daquele servo um dia em que ele não o espera, e em hora que não sabe, e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os infiéis. Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade, será punido com muitos açoites. Aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez cousas dignas de reprovação, levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão”.

A primeira coisa nestes versículos que precisamos decidir é se o servo, aqui, pertence ou não ao Senhor. Ele é cristão? Ele é salvo? Sem dúvida o servo aqui é salvo. Como podemos afirmar isso? Primeiro, porque no Novo Testamento, Deus nunca considera os que não pertencem à Sua família como Seus servos. Se um homem não é filho de Deus, ele não está qualificado para ser um servo de Deus. Portanto, o servo aqui referido, certamente é alguém salvo.

Há uma segunda evidência de que o servo em Lucas 12:45-48 é salvo. A prova está nos versículos anteriores. Os versículos 42-44 dizem: “Disse o Senhor: Quem é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor confiará os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Verdadeiramente vos digo que lhe confiará todos os seus bens”. Está claro que o servo nos versículos 43 e 44 é o mesmo servo do versículo 45. Uma mesma pessoa pode ser um servo bom, assim como pode ser um servo mau. Esse servo pode ter dois pensamentos diferentes.

Se ele for fiel ao encargo do senhor da casa e der aos conservos o sustento a seu tempo, o senhor o recompensará bem e confiar-lhe-á todos os seus bens. Mas, se o servo disser em seu coração: “Meu senhor tarda; posso agir da maneira que quiser”, e começar a espancar os criados e as criadas, o senhor virá e julgará suas atitudes más. Isso prova que uma pessoa salva pode tanto ser um servo bom como um servo mau.

Se, infelizmente, uma pessoa salva tornar-se um servo mau, qual será o seu fim? O versículo 46 diz: “Virá o senhor daquele servo em dia em que não o espera, e em hora que não sabe, e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os infiéis”. Esse castigo ocorrerá nesta era ou na era vindoura? Qual é o dia e a hora que o servo não sabe? Isso tem a ver com o tempo da volta de Jesus, isso é algo no futuro.

O Senhor diz que um servo pode ser fiel ou infiel, e um servo infiel não somente perderá a recompensa, como também será punido. Deus não deixa que passem despercebidos os que não fazem a Sua vontade, porque a Sua Palavra está aqui. Aqueles que a conhecem e não fazem o que o Senhor quer serão punidos com muitos açoites, além de perder a recompensa do reino. Aqueles que não a conhecem, mas fizeram coisas dignas de açoites, receberão açoites, contudo, receberão poucos açoites. Pois para todo aquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e para aquele a quem muito foi confiado, muito mais lhe pedirão. Essa é a regra da futura punição de Deus. Lucas 12:47-48 estabelece para nós a questão da punição futura dos cristãos diante de Deus.

Isso pode soar de forma estranha aos seus ouvidos, mas quero lhes dizer que sou apenas um pregador da Palavra de Deus. Responsabilizo-me por falar apenas o que a Bíblia diz. Não me responsabilizo pelo que a Bíblia deveria dizer. Hoje, alguns podem perguntar por que os cristãos precisam ser castigados no futuro. Eu não sei. Você mesmo deve perguntar ao Senhor. Estou apenas dizendo o que a Bíblia diz. Essa é a palavra do Senhor.

Vamos ler Colossences 3:23-25: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo; pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisso não há acepção de pessoas”. O contexto dessa passagem deixa claro que esses versículos referem-se a cristãos, não a incrédulos.

Os versículos que vêm antes dessa passagem dizem como um cristão deve ser uma esposa, um marido, um pai ou uma mãe, um filho ou uma filha, um senhor ou um escravo. Em seguida Paulo diz que se um cristão comete injustiça, receberá o que injustamente fez, pois não há acepção de pessoas. Isso nos mostra claramente que um cristão receberá a recompensa no trono de julgamento de Cristo. Se ele comete injustiça hoje, receberá recompensa segundo o que tiver feito injustamente. Se agir de forma justa, ele receberá recompensa segundo a sua justiça.

Portanto, não podemos dizer que os cristãos não receberão certa porção de disciplina e punição na era vindoura.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A DISCIPLINA NO REINO MILENAR DE CRISTO

Estamos estudando a questão da recompensa aos cristãos durante o milênio, já sabemos que esse será um tempo no qual Deus recompensará os seus servos e também julgará e punirá os ímpios que praticaram toda sorte de iniqüidades. No entanto cabe a nós questionar a respeito dos cristãos que não foram recompensados pelo fato de não terem, durante sua vida de salvos em Cristo, produzido os frutos adequados. O que acontecerá com eles?

SOFRENDO A DISCIPLINA DE DEUS NA ERA VINDOURA

A Bíblia nos diz que o Senhor nos disciplina porque nos ama, conforme a carta aos Hebreus 12:5-6 que diz: Será que vocês já se esqueceram das palavras de encorajamento que Deus lhes disse, como se vocês fossem filhos dele? Pois ele disse: “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama e castiga todo aquele a quem aceita como filho”. Quando o homem ama, ele é tolerante. Mas quando Deus ama, Ele disciplina. Se Deus não nos tivesse amado, Ele não teria enviado Seu Filho para morrer pelos nossos pecados na cruz. Da mesma forma, se Deus não nos amasse, Ele não nos disciplinaria.

O amor disciplinador de Deus é semelhante ao Seu amor salvador, o qual fez com que Ele enviasse Seu Filho para morrer na cruz por nós. Foi Seu amor que fez Jesus Cristo morrer em nosso favor. Da mesma forma é Seu amor que nos disciplina. Todo cristão deveria saber que não há contradição entre a disciplina e a graça de Deus. Pelo contrário, a disciplina manifesta a graça de Deus.

Nós temos afirmado que, biblicamente falando, uma pessoa que foi salva por Jesus não pode perecer e perder a vida eterna, mas jamais poderemos afirmar que essa pessoa nunca sofrerá a disciplina de Deus. Agora, a questão é se a disciplina de Deus será somente nessa era ou se ela se estenderá à era vindoura. Essa é uma questão que a maioria dos cristãos jamais considerou. Então vamos examiná-la.

Não conseguiremos encontrar na Bíblia nenhuma base para que possamos afirmar que a disciplina de Deus se restringe somente à era da graça. O que sabemos é que, se um cristão viver na terra sem controlar suas paixões, amando o mundo e andando nos seus próprios caminhos, nada mais justo que ele seja disciplinado por Deus na era vindoura. Temos ampla evidência disso na Bíblia.

Na Palavra de Deus vemos que a purificação dos pecados é feita pelo sangue do Senhor Jesus. Diz a Palavra que após Ele nos ter purificado dos pecados, subiu às alturas e assentou-se à direita da Majestade. Esse é o primeiro tipo de purificação na Bíblia. Entretanto, apesar de muitas pessoas terem recebido a purificação pelo sangue do Senhor Jesus, eles ainda têm muitos pensamentos imundos; ainda estão muito corrompidas pelo mundo e têm muitos pecados carnais. Por causa disso, é preciso que o Pai tenha de utilizar outros meios para purificá-los. Esses meios de purificação são: a disciplina e a punição sobre os quais estamos tratando nesse diário.

Em João 15:2 o Senhor diz: “Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto, ele limpa, para que produza mais fruto ainda”. O limpar aqui é uma purificação. Deus poda os elementos desnecessários, supérfluos e que são obstáculos para que os ramos produzam mais fruto. Isto é a disciplina de Deus. Portanto, o propósito de tal disciplina não é destruir-nos, mas aperfeiçoar-nos a fim de que nos tornemos mais dignos da glória de Deus, da santidade de Deus, e da justiça que é posta diante de nós.

Se formos indulgentes naquilo que deveríamos ser, ou se nos recusarmos a cortar fora o que for preciso, a mão disciplinadora de Deus recairá sobre nós em nosso próprio ambiente. É verdade que o sangue do Senhor Jesus nos limpou, e o registro de nossos pecados foi apagado. Isso é um fato. Mas falando de modo sincero; temos Cristo vivendo em nós real e verdadeiramente? Temos permitido que o Cristo ressurreto seja manifestado através de nossa vida?

Admitamos que o nosso andar hoje ainda é muito diferente daquele que deverá ser na eternidade; hoje estamos muito aquém da santidade, justiça e glória de Deus. Muitos cristãos ainda estão vivendo uma vida de pecados e imundícies. Sendo assim, temos um problema aqui. Se as coisas hoje estão tão ruins, como poderão ser boas no futuro? Se são imperfeitas hoje, serão tão perfeitas no futuro? Se você não é perfeito hoje, mas será perfeito no futuro, quando ocorrerá essa mudança?

Deve haver uma mudança em algum lugar ao longo do caminho. Na eternidade, quando estivermos com Deus e o Cordeiro na Nova Jerusalém, estaremos na luz assim como Deus está na luz. Mas quando nos tornaremos esses tais? O conceito humano é que ao morrer mudaremos, mas a Bíblia nunca afirmou que a morte física fará uma pessoa se tornar santa. Se a morte pudesse mudar um cristão, então ela também poderia mudar uma pessoa não-salva. Contudo, a morte jamais muda alguém.

O servo negligente ainda será negligente ao ser ressuscitado. As virgens néscias ainda eram néscias quando acordaram. A indolência e a negligência não haviam sumido. Se uma pessoa não muda nessa era, mas estará diferente no Novo Céu e na Nova Terra, e se a morte não muda as pessoas, então, quando ocorrera a mudança? A Bíblia nos mostra claramente que na era vindoura haverá disciplina, e essa disciplina podará e purificará, caso alguém esteja necessitado dela.

Continuaremos a estudar esse assunto até que possamos estar bem claros a esse respeito.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O TEMPO DA RECOMPENSA

“Quando o Reino dos céus vier, a recompensa virá também”.

Há um aspecto importante que queremos destacar; a recompensa é obter a coroa e obter também o trono. Mas o que é uma coroa? Não é simplesmente um chapéu esculpido em ouro e enfeitado com diamantes. Esse tipo de coroa pode ser adquirido com algum dinheiro. Uma coroa, biblicamente falando, representa uma posição no reino dos céus. Ela também representa glória no reino.

Se a coroa for apenas um objeto, ela não significaria muito. Se alguém tiver muito dinheiro, poderia mandar fazer uma coroa preciosa. Se não tiver dinheiro, pode fazer uma coroa de bronze ou de ferro. Mesmo alguém muito pobre, pode ainda confeccionar uma coroa de pano. Porém, esse tipo de coroa não terá qualquer significado no reino. Uma coroa representa algo. Quando alguém perde a coroa, ele perde aquilo que a coroa representa. Temos que ver que a coroa é o símbolo do reino. 

O que é o trono? A Bíblia mostra-nos que os doze apóstolos irão sentar-se em doze tronos. Assim como a coroa é uma recompensa para os vencedores, o trono também o é. Portanto, o trono também é um símbolo do reino. Ele representa uma posição no reino, autoridade no reino, e a glória no reino. O trono e a coroa em si mesmos não são significativos; eles existem apenas para representar o reino. Em outras palavras, a recompensa é o reino. A Bíblia mostra-nos claramente que a recompensa é simplesmente o reino.

JULGAMENTO NO TRONO DE JULGAMENTO DE CRISTO

Como Deus nos dará a recompensa? A época de sermos recompensados é quando Cristo vier novamente para executar o julgamento. Pedro nos diz que o julgamento começa pela casa de Deus. No futuro, antes de julgar as pessoas no mundo, Deus julgará primeiramente os cristãos.

A respeito de que Deus nos julgará? Ele não irá julgar-nos quanto à salvação ou perdição eterna; esse julgamento já foi realizado na cruz. Todos os nossos pecados foram julgados na cruz, e o problema da perdição eterna foi resolvido. Contudo, nós, cristãos, seremos julgados no futuro e esse julgamento determinará se teremos ou não participação no reino milenar.

Para alguns, não somente não haverá participação no reino, como também haverá punição. Naquela ocasião, Cristo estabelecerá o trono de julgamento, e Ele julgará ali os seus crentes. Nesse ponto é importante que façamos a leitura de alguns versículos que nos esclarecem acerca desta questão. A Segunda Epístola aos Coríntios 5:10 diz: “Porque todos nós temos de nos apresentar diante do tribunal de Cristo para sermos julgados por ele. E cada um vai receber o que merece, de acordo com o que fez de bom ou de mal na sua vida aqui na terra”(NTLH).

Cada um de nós que cremos no Senhor seremos levados diante do trono de julgamento de Cristo. A palavra “trono de julgamento” é bema no original grego. Significa uma plataforma elevada. Bema é o lugar onde as questões são decididas na família. Graças a Deus que a questão da nossa vida eterna ou morte eterna foi decidida, mas ainda seremos julgados. Esse julgamento não é para determinar nossa vida ou morte eternas. É para determinar nossa posição no reino de Cristo.

Existem muitos outros versículos que nos mostram a verdade a respeito do tribunal de Cristo. A Primeira Epístola aos Coríntios 3:8 diz: “Pois não existe diferença entre a pessoa que planta e a pessoa que rega. Deus dará a recompensa de acordo com o trabalho que cada um tiver feito”. O assunto aqui é como cada um será recompensado segundo o seu próprio trabalho. O versículo 10 diz: “Usando o dom que Deus me deu, eu faço o trabalho de um construtor competente. Ponho o alicerce, e outro constrói em cima dele; porém cada um deve construir com cuidado”.

No verso 11 vemos o porquê desse cuidado ao edificarmos: “Porque Deus já pôs Jesus como o único alicerce, e nenhum outro alicerce pode ser colocado.” O fundamento é Jesus Cristo. O próprio trabalho de cada um é a maneira de cada um edificar. Isso é determinado pelo material que utilizamos. Os versículos 12 a 15 dizem: “Alguns usam ouro, prata ou pedras preciosas para construírem em cima do alicerce. E ainda outros usam madeira ou capim ou palha”.

“O Dia de Cristo vai mostrar claramente a qualidade do trabalho de cada um. Pois o fogo daquele dia mostrará o trabalho de cada pessoa: o fogo vai mostrar e provar a verdadeira qualidade do trabalho”.

“Se aquilo que alguém construir em cima do alicerce resistir ao fogo, então o construtor receberá a recompensa”.

“Mas, se o trabalho de alguém for destruído pelo fogo, então esse construtor perderá a recompensa. Porém ele, mesmo assim, será salvo, como um tição tirado do fogo”.

Essa passagem mostra-nos que cada um dos que estão edificando sobre o alicerce são pessoas salvas. A obra que alguns edificam permanecerá porque essa obra foi realizada com materiais nobres fornecidos por Deus. Já, a obra de alguns foi feita com materiais perecíveis característicos do esforço da carne em realizar o trabalho de Deus. Esses sofrerão perda e não serão recompensados, muito embora eles ainda estejam salvos por causa da graça de Deus.

Esse julgamento não será para determinar se pereceremos ou não, mas para determinar se receberemos ou não uma recompensa.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PROSEGUINDO PARA O ALVO, PELO PRÊMIO DA SOBERANA VOCAÇÃO DE DEUS

O problema de hoje com os filhos de Deus é que eles exaltam demais a salvação; tudo o que vêem é simplesmente a salvação. Muitos acham que somente quando cuidarem das suas obras é que poderão ser salvos. Como resultado, eles não têm tempo para perseguir a recompensa. Que Deus seja misericordioso conosco para que possamos compreender que a questão da salvação já está resolvida. Ela não pode mais ser abalada, pois ela já foi cumprida pelo Senhor Jesus. A salvação eterna está totalmente concretizada.

O cristão deve estar empenhado, hoje, é com a recompensa que está diante de nós. Haverá uma grande diferenciação no reino: Alguns terão glória, e alguns não terão glória. Agora precisamos ver sobre que base a recompensa é dada. A Palavra de Deus diz que a recompensa é dada por causa da obra. Assim como a Bíblia diz claramente que a salvação é pela fé, da mesma forma a Bíblia diz claramente que a recompensa é pela obra de cada um.

A Bíblia revela-nos que a salvação é pela fé dos pecadores, e a recompensa é pela obra dos cristãos. Ninguém deve confundir as duas coisas. Romanos 4:4 diz: “O salário que o trabalhador recebe não é um presente, mas é o pagamento a que ele tem direito por causa do trabalho que fez”. Portanto, dar uma recompensa a alguém que trabalha não é graça, mas uma dívida. Em outras palavras, como alguém pode obter uma recompensa? A recompensa vem pelas obras e não pela graça.

Apocalipse 2:23 diz: “Matarei os seus filhos, e todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que conhece os pensamentos e os desejos de todos. Eu pagarei a cada um de vocês de acordo com o que tiver feito”. Em outras palavras, Ele recompensará a cada um segundo as obras. É claro que essa obra não é nossa própria obra. Nós apenas produzimos obras porque o Espírito Santo que vive em nós se encarrega de nos ajudar a produzi-las. Todo o capital origina-se em Cristo. Todo o poder também origina-se em Cristo. Mas alguns permitirão ao Senhor trabalhar em seu interior, e outros não.

A Bíblia distingue claramente salvação de galardão. Ela nunca confunde a fé com a obra. Sem fé, o homem não pode ser salvo. Sem as obras, o homem não pode ser recompensado.

A RECOMPENSA É O REINO DOS CÉUS

Na Bíblia as palavras faladas, quer pelo Senhor Jesus, quer pelos apóstolos, acerca da recompensa e do reino, não foram faladas levianamente, da mesma forma que também não se falou assim acerca de dom e vida eterna.  Quando o Senhor diz, no Evangelho de João, que Ele dá a vida eterna para as Suas ovelhas, Ele está falando a realidade e não palavras vazias (Jo 10:28). 

Romanos 6 diz que o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor (v 23). Está tão claro que o dom de Deus é a vida eterna, porque confundir? Então, que é a recompensa? A Bíblia mostra-nos claramente que a recompensa é a coroa, o trono e o reino dos céus. O reino dos céus é a nossa recompensa.

Mateus 16:27 diz: “Pois o Filho do Homem virá na glória de seu Pai com seus anjos e então recompensará cada um de acordo com o que fez”. Há dois fatos importantes aqui: 1º- o homem será recompensado de acordo com suas obras. A questão da recompensa é inteiramente baseada nas obras. 2º- Em que momento a recompensa será distribuída? Ela será distribuída quando Cristo vier na glória de Seu Pai com Seus anjos, aquele será o tempo em que Ele estabelecerá Seu reino sobre a terra. Portanto, somente quando o reino iniciar é que a recompensa iniciará.   

Apocalipse 11:15 diz: “O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos”.

O versículo 18 diz: “Na verdade, as nações se enfureceram; chegou o momento de mostrares a tua ira e à hora de os mortos serem julgados. Chegou o momento de recompensares os teus servos, os profetas, e todo o teu povo, e todos os que te temem, tanto os importantes como os humildes. Chegou o momento de destruíres os que matam pessoas na terra”. Esse versículo mostra-nos claramente que quando o Senhor tornar-se o Rei e o reino do mundo tornar-se o reino de nosso Senhor e do Seu Cristo, aquele será o tempo para se dar a recompensa aos santos vencedores.


            Em outras palavras, o tempo do reino é o tempo da recompensa. Quando o reino vier, a recompensa virá também! 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A MÃO DISCIPLINADORA DE DEUS

“Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo” (I Co 11:32).

Já vimos anteriormente que a disciplina de Deus visa salvar-nos da condenação no futuro. Deus nos disciplina para que não caiamos na condenação que o mundo receberá. Portanto, a disciplina de Deus preserva a nossa salvação eterna.

A maneira como Deus faz as coisas é totalmente diferente da nossa maneira. Nós achamos que se dissermos às pessoas que elas estão salvas, elas ficarão acomodadas e muitos serão levados a uma vida de pecados. Porém, Deus não age assim. Ele proclama claramente, absolutamente, e sem limitação para todos os que crêem Nele, que todo aquele que crê tem a vida eterna e não perecerá: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão” (Jo 10:27-28).

Contudo, Deus tem a Sua maneira de guardar-nos de pecar e de sermos cristãos libertinos e frouxos. Sua disciplina é exercida somente para esse tempo presente e nada diz que a nossa condição de salvos será afetada no futuro. A disciplina está totalmente relacionada com o corpo físico, nada tem a ver com o nosso espírito.

RECOMPENSA E DOM

Existem muitos cristãos na igreja, hoje, que não conseguem fazer distinção entre o reino dos céus e a vida eterna. Eles pensam que o reino dos céus é a mesma coisa que a vida eterna e vice versa. Eles confundem a Palavra de Deus, entendendo que a condição para receber o reino é a mesma condição para a conservação da vida eterna. Eles acham que a perda do reino é também a perda da vida eterna.

Entretanto, a distinção entre os dois conceitos é muito clara na Bíblia. Uma pessoa pode perder o reino dos céus, mas ela não perderá a vida eterna, ou seja: Alguém pode perder a recompensa, contudo não perderá o dom. Então que é a recompensa, e que é o dom? Nós fomos salvos por causa do dom. Deus nos deu o dom gratuitamente pela Sua graça: “Pela graça sois salvos mediante a fé, e isso não vem de vós, é dom de Deus”.

A recompensa diz respeito ao relacionamento entre os salvos e o Espírito Santo após o novo nascimento. Esse relacionamento permite-nos obter a recompensa que de outra forma jamais conseguiríamos por nós mesmos. Um cristão é salvo por causa da obra do Senhor Jesus na cruz do calvário. Após ser salvo, ele deve manifestar a vitória de Cristo pelo Espírito Santo dia após dia. Se fizer isso, então, no fim da carreira, ele obterá a glória celestial e a recompensa celestial de Deus.

Portanto, a salvação é o primeiro passo desse caminho, e a recompensa é o último passo. Somente os salvos estão qualificados para obter a recompensa. Quando alguém crê em Cristo, recebe o presente (o dom). Quando alguém segue a Cristo Jesus e faz a vontade de Deus em sua caminhada pós salvação, recebe a recompensa. O presente é obtido por meio da fé, e é para as pessoas do mundo. A recompensa é obtida por ser fiel e ter boas obras, isso é para os cristãos.

Há um grande engano nas igrejas. Os crentes aprendem, erradamente, que a salvação é a única coisa que podem receber da parte de Deus e que nada há além de ser salvo. A maioria dos crentes desconhece o ensino de Cristo a respeito do reino dos céus e nada sabem a respeito de recompensa. Eles consideram que uma vez que alguém é salvo quando crê, não tem nada mais a fazer e por isso muitos não se preocupam com as obras.

A Bíblia faz distinção entre o trabalho de Deus e o do homem. Uma parte é a salvação dada por Deus; essa é uma obra totalmente realizada por Ele, o homem não contribuiu em nada. No entanto, no que diz respeito à recompensa, as obras do homem salvo podem determinar se ele será ou não recompensado na era vindoura do milênio. Note bem, além da salvação eterna existe uma recompensa, uma glória vindoura, uma coroa e um trono para nós. Se uma pessoa for fiel e obediente a Deus, irá obter esses “galardões”, mas se for infiel e insubmissa, esse cristão perderá a sua recompensa.

Portanto, não dizemos que as obras sejam inúteis. Dizemos, sim, que as obras são inúteis no que se refere à salvação eterna. Deus não pode permitir que o homem seja salvo pela sua própria obra. Deus só decide sobre salvação ou perdição do homem por meio de crer ou não no Seu Filho. Ele também não permitirá ao homem ser recompensado pela sua fé. Deus nunca salvará uma pessoa por ela ter méritos, e Ele nunca recompensará alguém que não tenha mérito.

O homem deve vir diante de Deus totalmente carente e sem mérito para que Ele o salve. Contudo, após a salvação, temos de ser fiéis, e temos de esforçar-nos para produzir boas obras por meio de Seu Filho Jesus Cristo, a fim de obtermos a recompensa.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O TRATAMENTO DE DEUS PARA COM OS PECADOS DOS CRENTES

Temos de distinguir duas coisas na Bíblia: a disciplina de Deus sobre os cristãos nesta era e a salvação deles na eternidade. O livro aos Hebreus registra a questão da disciplina dos crentes, quais os tipos de pessoas que Deus disciplina e qual é a finalidade dessa disciplina.

O MOTIVO E O OBJETIVO DA DISCIPLINA

Hebreus 12:5-6 diz: Será que vocês já esqueceram as palavras de encorajamento que Deus lhes disse, como sendo vocês filhos dele? Pois ele disse: “Preste atenção, meu filho, quando o Senhor o corrige e não desanime quando ele o repreende. Pois o Senhor corrige quem ele ama e castiga quem ele aceita como filho”. Aqui vemos claramente que o motivo da disciplina é o amor de Deus. Aqueles que recebem a disciplina de Deus são os filhos de Deus. Se uma pessoa não for filho de Deus, Ele não irá discipliná-la.

Você nunca encontrará na Bíblia que Deus disciplina um incrédulo. Deus não gasta Seu tempo e energia para disciplinar todas as pessoas desta terra. Ocorre o mesmo conosco. Nós não disciplinamos os filhos de nossos vizinhos, somente disciplinamos nossos próprios filhos. Portanto, a esfera da disciplina de Deus limita-se somente aos cristãos, e o motivo da disciplina é o amor. Não é porque odeia o homem, que Deus o disciplina. Ele disciplina o homem por amá-lo. Apocalipse 3:19 diz: “Eu corrijo e castigo todos os que amo. Portanto, levem as coisas a sério e se arrependam”.

Hebreus 12:7-8 diz: “Suportem o sofrimento com paciência como se fosse um castigo dado por um pai, pois o sofrimento de vocês mostra que Deus os está tratando como seus filhos. Será que existe algum filho que nunca foi corrigido pelo pai? Se vocês não são corrigidos como acontece com todos os filhos de Deus, então não são filhos de verdade, mas filhos ilegítimos”. Portanto, a esfera da disciplina limita-se somente aos filhos de Deus.

Devemos observar qual o motivo da disciplina. O escritor da epístola aos Hebreus nos diz, pelo Espírito, que: “Os nossos pais humanos nos corrigiam durante pouco tempo, pois achavam que isso era certo, mas Deus nos corrige para o nosso próprio bem, para que participemos da sua santidade” (Hb 12:10). Isso nos mostra o propósito da disciplina. Não é porque o nosso Pai celestial gosta de disciplinar-nos que Ele o faz. Tampouco é porque Ele queira que soframos. Ele nos disciplina a fim de podermos participar da Sua santidade.

Se um cristão vive de uma maneira muito relaxada na terra, sem manifestar a natureza e a santidade de Deus, a mão de Deus recairá pesadamente sobre ele. Deus não gosta de nos açoitar, Seu propósito é ter Sua santidade manifestada em nós.

Há uma grande diferença entre punição e disciplina. A disciplina de Deus sobre Seus filhos não é, de forma alguma, uma punição. Mesmo quando Deus os castiga, esse castigo não é uma punição, mas uma disciplina. A disciplina tem um objetivo definido, que é para que possamos participar da Sua santidade, para que não vivamos nesciamente dia a dia.

Após um cristão crer no Senhor Jesus, embora ele nunca vá perder sua salvação, ele pode receber um severo castigo de Deus. Nunca devemos pensar que um cristão pode fazer tudo o que ele queira. A Bíblia nos diz claramente que após um cristão ser salvo, mesmo que esteja derrotado e caído, ele não perecerá eternamente e não irá perder a vida eterna. Entretanto, ele receberá a correção de Deus, hoje, na terra.

Se após um cristão receber, pela fé, a salvação, ele passar a ter um comportamento pecaminoso, dando vazão às suas concupiscências, cometendo pecados, e por causa disso não possuir a santidade de Deus, o Senhor estenderá Sua mão e o disciplinará por meio do seu ambiente, sua família, sua saúde, e seus planos futuros. Ele poderá encontrar dificuldades na sua família. Ele poderá experimentar muita doença e infortúnio em seu ambiente.

O propósito de Deus, ao permitir que essas coisas lhe sobrevenham, não é puni-lo; elas acontecem não para causar-lhe dificuldades, mas para fazê-lo participar da santidade de Deus. Essa é a compreensão adequada do processo da salvação de Deus.

Os crentes coríntios não estavam respeitando a reunião da mesa do Senhor. Eles não respeitavam o Corpo do Senhor, e tratavam a ceia levianamente. Quais foram os resultados de tais coisas? Paulo diz e 1 Coríntios 11:29 e 30: “Pois quem come e bebe, sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes, e não poucos que dormem”. Eles não deram ao Senhor Jesus o devido respeito. Eles não tiveram o discernimento correto sobre a morte do Senhor e por isso se comportavam de forma inadequada no Corpo de Cristo. Isso resultou em fraqueza, em doença, e mesmo em morte. Após terem pecado, Deus os disciplinou.

O versículo 32 diz: “Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo”. Há um objetivo na disciplina de Deus. Ela visa salvar-nos da condenação no futuro. Deus nos disciplina para que não caiamos na condenação que o mundo receberá. Em outras palavras, a disciplina preserva nossa salvação.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A CERTEZA DE NOSSA VOCAÇÃO E ELEIÇÃO

Terminamos o estudo anterior com uma interrogação: “O que fazer?”.  Temos essa dúvida que precisa ser esclarecida pela Palavra de Deus, por isso vamos ver o que está escrito na 2ª carta de Pedro, capítulo 1 versículos 10 e 11:

“Portanto, meus irmãos, procurem ficar cada vez mais firmes na certeza de que Deus os chamou e escolheu. Se vocês fizerem isso, jamais abandonarão a fé e assim receberão todo o direito de entrar no reino eterno do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”.

A Bíblia diz muitas vezes que muitos são chamados, mas poucos são escolhidos. Essa questão é motivo de muitas dúvidas por parte dos cristãos, porém, nós podemos entender que o chamado se refere aos muitos que são salvos porque Deus decidiu dar-lhes de graça a vida eterna, nada tiveram de fazer porque isso é dom de Deus. No entanto lemos também que poucos são escolhidos dando a entender que a escolha tem a ver com o galardão. Portanto, a eleição ou escolha aqui se refere à posição no reino.

Pedro disse: “Porque fazendo isto de modo algum tropeçareis”. “Isto” são as coisas mencionadas nos versículos 5 a 7 da mesma carta e capítulo. São coisas tais como: Fé, virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade e amor. Se fizermos essas coisas, jamais tropeçaremos. Isso é o mesmo que dizer que, se formos mais diligentes, nosso chamamento e eleição serão firmados. O versículo 11 diz que assim nos será dado o direito de entrar no reino de nosso Senhor Jesus Cristo. Veja bem que aqui não se trata de graça, mas sim de obras. A Bíblia mostra-nos que o reino de Cristo é eterno. Contudo, alguns entrarão nele somente na eternidade futura, enquanto outros entrarão nele no Milênio. O reinado de Cristo começa com o reino milenar.

Apocalipse 11:15 diz: O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do Seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos”. Esse versículo nos mostra que o reino de Cristo está ligado à eternidade futura; ele perdura para todo o sempre. Entretanto, ele começa com o toque da sétima trombeta pelo sétimo anjo.

Quando Cristo começar Seu reinado, alguns entrarão no reino (os vencedores). Eles não apenas entrarão, mas lhes será rica e amplamente suprida essa entrada. Portanto, firmar nosso chamamento e eleição é ser rica e amplamente suprido com a entrada nesse reino eterno. Pode-se ver que a salvação foi decidida, mas a entrada no reino ainda não o foi. Uma vez que um cristão creia no Senhor Jesus, ele pode imediatamente louvar o Senhor porque sabe que a questão da vida ou da morte eternas está decidida.

Entretanto, após alguém crer, há experiências adiante dele; ele ainda tem o reino e a glória futura aguardando por ele. Alguns obterão essas coisas: o reino, a coroa, a glória e o galardão; enquanto outros, não irão obtê-las. Alguns entrarão no reino de Cristo; outros não estarão aptos para entrar. Alguns não apenas entrarão, como também serão rica e amplamente supridos com a entrada no reino de Cristo.

Isso não significa que aqueles que não puderem entrar no reino de Cristo, durante o milênio, não sejam salvos. Mas significa que a recompensa e a glória deles serão retiradas. Portanto, precisamos correr e nos esforçar. Se estaremos aptos a reinar com Jesus no futuro, dependerá de como nos esforçamos hoje.

O reino será o tempo no qual Cristo e os cristãos vencedores receberão a glória juntos. O reino milenar é o tempo no qual Deus recompensará Cristo. Naquele tempo, nós também teremos uma porção. Se vamos ser achados dignos de receber a glória juntamente com o Senhor, dependerá totalmente do resultado do nosso andar e do nosso trabalho pessoal. Não existe a questão do mérito no novo céu e nova terra. Mas no reino, somente os que tiverem mérito receberão a glória.

O Senhor sofreu perseguição, dificuldades e humilhação. Se hoje sofrermos perseguição, dificuldades e humilhação, da mesma forma, nós compartilharemos uma porção com Ele no reino vindouro.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

SEGURA COM FIRMEZA O QUE TENS!

Ao estudarmos a Palavra de Deus encontramos algumas referências a respeito dos galardões, e constatamos que parece haver um número fixo de coroas. Apocalipse 3:11 diz: “Venho logo. Segura com firmeza o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”.

Alguns cristãos que não compreendem a Bíblia, não sabem qual a diferença entre uma recompensa e um dom. Tampouco sabem a diferença entre a coroa e a salvação de Deus. Eles acham que a salvação pode ser tirada deles. Note bem que a palavra “tome”, aqui, não se refere à salvação, mas à coroa. Daí entendemos que alguém pode estar salvo e, no entanto, poderá perder a coroa.

Se uma pessoa salva não segurar com firmeza o que tem, se não guardar as palavras da perseverança do Senhor Jesus, e se negar o nome do Senhor Jesus, perderá a sua coroa. Se você for frouxo, e não segurar com firmeza, perderá sua coroa. Alguma outra pessoa poderá tirá-la de você.

Apocalipse 2:10 tem uma palavra semelhante a essa: “Sê fiel até a morte, e te darei a coroa da vida”. Aqui Jesus não diz que nos dará a vida, mas que nos dará a “coroa da vida”. A vida de Deus é obtida pela fé; ela não é obtida pela fidelidade. Se uma pessoa não tiver fé, ela não poderá ter a vida divina. Mas se uma pessoa for infiel depois de ter obtido a vida divina, ela perderá a “coroa da vida”. Resumindo; Se um cristão não tiver as obras adequadas após ter sido salvo, isto é, em sua carreira como cristão nesse mundo, embora não vá perder a vida eterna, ele, contudo, perderá a coroa.   

EDIFICAR COM OURO, PRATA E PEDRAS PRECIOSAS

A passagem mais clara na Bíblia acerca da recompensa é I Coríntios 3:14 e 15: “Se aquilo que alguém construir em cima do alicerce (Cristo) resistir ao fogo, então o construtor receberá a recompensa. Mas, se o trabalho de alguém for destruído pelo fogo, então esse construtor perderá a recompensa. Porém ele mesmo será salvo, como se tivesse passado pelo fogo para se salvar”. Isso nos mostra claramente o que um cristão não pode perder e, também, o que ele pode perder.

Uma vez que uma pessoa seja salva, pela graça do Pai, certamente está salva para sempre. Contudo, se tal pessoa receberá ou não um galardão, não será decidido hoje. A salvação eterna de um cristão já está determinada, mas a recompensa futura é uma questão ainda pendente. Ela será decidida pela maneira como alguém edifica sobre o fundamento do Senhor Jesus.

A nossa salvação eterna é uma obra realizada por Deus e por Seu Cristo, sendo assim, a nossa salvação eterna independe de como edificamos. Ela depende apenas de como o Senhor edifica. Então, por ser uma obra perfeita, certamente estamos salvos. Entretanto, se receberemos ou não a recompensa, ou se sofreremos perda, depende da nossa própria obra de edificação. Se alguém edifica com ouro, prata e pedras preciosas, coisas com valor eterno, sobre o fundamento do Senhor Jesus, este certamente receberá um galardão. Contudo, se ele edifica com madeira, feno e palha, não receberá um galardão diante de Deus. Ele pode ter muito diante dos homens, contudo não terá muito diante de Deus. Isso nos mostra que é possível que um homem perca seu galardão e tenha sua obra queimada.

Permitam-me repetir isto: Graças a Deus que a questão da nossa salvação eterna foi decidida há mais de dois mil anos. Quando o Filho de Deus foi levado à cruz, a nossa salvação foi decidida. Mas, se vamos receber ou não a recompensa, depende de como nos conduzimos. A verdade do evangelho é muito equilibrada. O conceder a salvação depende totalmente do Senhor Jesus, porém, se alguém receberá uma recompensa ou não, depende da sua própria obra de edificação.

O homem deve crer e também trabalhar. Esse trabalho não é propriamente dele, mas é aquilo que o Espírito Santo tem trabalhado nele. Vimos aqui que é possível sermos reprovados para o Reino e privados da nossa coroa. Chegamos a conclusão de que a nossa posição no Reino não está definida; ela está sujeita a mudanças, portanto, não está assegurada.

Que fazer?