quinta-feira, 29 de setembro de 2011

SANTOS E IRREPREENSÍVEIS EM AMOR

Para que fossemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor”

Não há dúvida de que a essência da santidade é o amor. Na Epístola aos Romanos Paulo afirma que “o cumprimento da lei é o amor” (13.10). Só concebemos fielmente a santidade quando o fazemos em termos do amor. O amor é o oposto da inimizade, o oposto do ódio, o oposto da contenda.

O apóstolo está dizendo que, como resultado do fato de Deus ter nos escolhido, o que acontece é que o pecado é removido, o obstáculo entre nós e Deus é removido, e assim podemos comparecer perante Ele. E não somente isso, mas comparecemos à presença de Deus “em amor”. Só pensar em comparecer à presença de Deus como nosso juiz é algo terrível! A grandiosa realização feita a nosso favor, em nossa salvação, é que comparecemos perante Deus “em amor”.

Esse é o maior resultado da anulação dos efeitos da Queda. Como vimos, a condição do homem é por natureza exatamente o oposto desta santidade e amor. É inimizade contra Deus; sua mente não se sujeita à lei de Deus, e na verdade não pode sujeitar-se. O homem decaído tem um grande impedimento quando se trata de aceitar o Deus das escrituras. Tem facilidade em aceitar o deus da filosofia, um deus que eles idealizaram em suas mentes. Tiram de Deus, como Ele é revelado nas Escrituras, tudo o que não lhes agrada. Não acreditam na ira, não acreditam no juízo, não acreditam na justiça ou no ensino sobre o derramamento do sangue de Cristo, e na morte na cruz.

A mente “carnal” é inimizade contra Deus (Rm 8.7). Quando o homem caiu, começou a odiar a Deus e, como resultado da Queda, o homem se opõe a Deus e está em inimizade contra Ele. Contudo, como resultado da salvação em Cristo, o homem comparece perante Deus “em amor”. Gostamos da vida cristã? Queremos ser mais parecidos com Cristo, cada dia? Se respondermos sim, é porque o amamos.

Realmente, a lei de Deus nos chama para amarmos. O nosso Senhor ensinou isto em certa ocasião, quando foi interrogado por alguns homens que tentavam apanhá-Lo mediante perguntas. Perguntaram-Lhe: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos? Sua resposta foi que o primeiro de todos os mandamentos é: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças: este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes”. (Mc 12.28-31). Todo o objetivo da lei de Deus é primeiro o amor, sua relação com Deus, e depois sua relação com o seu semelhante. É tudo uma questão de amor.

Portanto, devemos ser “santos e irrepreensíveis diante dele em amor”, amando a Deus, amando nossos semelhantes, amando a lei de Deus, tendo prazer nela, e não meramente nos conformando mecanicamente com um padrão moral. O ensino do apóstolo Paulo é que o fim e objetivo supremo da nossa escolha por parte de Deus, da nossa eleição, é que nos tornemos pessoas com aquele caráter. Naturalmente, não alcançaremos essa perfeição nesta existência, neste mundo; essa é a nossa meta suprema.

A vontade de Deus quanto a nós é a perfeição absoluta, e nós, cristãos, finalmente estaremos diante d’Ele “sem defeitos e inculpáveis”, “sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante”. Então, não haverá quem possa lançar acusação contra nós. Seremos semelhantes ao nosso Senhor. Mas não nos esqueçamos de que, embora só atinjamos perfeitamente o alvo no mundo vindouro, o processo já começou neste mundo. O princípio está em nós, aqui e agora; a semente já foi implantada em nós.

O autor da Epístola aos Hebreus expressa esta verdade no capítulo 3 onde escreve: “Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial...” (Versículo 1). O cristão é participante da vocação celestial. Fomos santificados, o que significa que somos santos, e mesmo aqui e agora este princípio de santidade está em nós. Já somos “participantes da natureza divina”, e a natureza divina é santa. Esta santidade essencial está em nós, e crescerá e se desenvolverá até que finalmente estejamos em condições de perfeição absoluta, na presença de Deus. Este, diz-nos o apóstolo,é o objetivo supremo da escolha que Deus fez de nós.

Lembrem-se também de que nós estamos “em Cristo”. O que nos faz cristãos é que estamos em Cristo; não somente porque fomos perdoados, embora isso seja essencial. E se estamos “em Cristo”, só temos que ser santos porque Ele é “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores” (Hebreus 7.26). À luz disso tudo, há certas deduções essenciais que são da máxima importância. Primária e essencialmente, salvação significa estar na relação correta com Deus – nada menos que isso. Não se deve pensar na salvação em termos da felicidade nem em termos das leis, nem da moralidade. Não se deve pensar nela, unicamente em termos do perdão.

Salvação significa estar em uma correta relação com Deus. É preciso que seja assim porque a essência do pecado é a separação de Deus.   

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

SANTOS E IRREPREENSÍVEIS DIANTE DELE EM AMOR

“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor”
                                                                                                                              Efésios 1:4

Em sua epístola aos efésios, o apóstolo Paulo tem o cuidado de dizer-nos que “em Cristo” Deus nos separou; nos escolheu, da humanidade,  para sermos herdeiros de grandes bênçãos; e tudo isso no Senhor Jesus Cristo e por intermédio d’Ele. A melhor prova a respeito da passagem que estamos examinando se acha no capítulo 17 do Evangelho Segundo João, onde temos o que comumente se conhece como a oração sacerdotal do nosso Senhor. Ali vemos Jesus fazer declarações concernentes a Si mesmo, declarações como estas: “... lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste” (versículo 2).

O ensino aí é que o Pai deu essas pessoas ao Filho. Vejamos também o versículo 6: “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste: eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra”. Essas pessoas – pessoas cristãs, que incluem todos nós que cremos em Cristo - pertenciam a Deus antes de pertencerem ao Filho. Primariamente, a nossa posição não depende de nada do que fazemos; nem primariamente da ação do Filho. A ação primária é a de Deus o Pai, que escolheu para Si um povo, de toda a humanidade, antes da fundação do mundo, e depois o presenteou, deu esse povo que Ele escolhera ao Filho, para que o Filho o redimisse e fizesse tudo quanto era necessário para reconciliá-lo com Ele. Esse é o ensino dado pessoalmente por Jesus Cristo.

Ele veio a este mundo e realizou a obra que Lhe competia realizar em favor de todas as pessoas que Lhe foram dadas pelo Pai. Assim, Ele prossegue e diz: “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus” (versículo 9). Mas é de vital importância que nos lembremos de que tudo isso é feito “n’Ele”. O apóstolo repete continuamente a verdade segundo a qual não há absolutamente nada que seja dado aos cristãos independentemente do Senhor Jesus Cristo; não há nenhuma relação com Deus que seja verdadeira e salvadora, exceto a que é no Filho de Deus e por meio d’Ele. “Há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (I Timóteo 2:5).

Tendo estabelecido estas verdades, podemos passar agora ao restante desta grande declaração: “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor”. Aqui vemos que cada frase, quase cada palavra, requer a mais cuidadosa e séria consideração. Cada uma das declarações está carregada de verdade, de verdade vital, de verdade da máxima importância. Portanto, passar às pressas por estas grandes e momentosas declarações é tolice; é real e verdadeiramente pecaminoso.     

É nos dito que fomos escolhidos “para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor”. Aqui, de novo, o apóstolo nos propicia uma das mais extraordinárias sinopses do evangelho todo. Ele quer dizer que é o propósito de Deus em Cristo para o Seu povo desfazer, remover e retificar completamente os efeitos do pecado e da queda do homem. O objetivo de Deus na salvação é retificar completamente os resultados e as conseqüências daquele evento terrível e sumamente desastroso. Isso está claro nas Escrituras.

O apóstolo Paulo diz em Efésios 5:27, que o propósito supremo de Cristo para a igreja é, não somente que ela seja santa, mas também esteja “sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante”. A igreja deve ser irrepreensível (ou sem culpa), como também pura; ela deve ser perfeita por fora e por dentro. Deus é absoluta luz e glória e perfeição; Ele é absolutamente puro, sem sequer qualquer suspeita da presença de uma liga redutora ou de qualquer mistura; o que é dito em Tiago 1:17 é que Ele é o “Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. E o assombroso que nos é dito é que Deus nos escolheu em Cristo para nos tornarmos como Ele. Esse é o propósito de Deus para nós; esse é o nosso destino, sermos semelhantes a Deus, “santos e irrepreensíveis”.

Pois bem, devemos passar à segunda expressão, “santos e irrepreensíveis diante dele”. Noutras palavras, diante dele, no sentido em que Paulo usa a expressão, significa que o objetivo e propósito da nossa vocação e eleição é que andemos com Deus; não somente que entremos numa consciente comunhão com Deus, mas que andemos e permaneçamos nessa comunhão, ou, como João o expressa, que andemos na luz com Deus.

“Eu sou o Deus Todo-poderoso, anda em minha presença e sê perfeito”. Foi um convite que Deus fez a Abraão. Naturalmente, para fazer isso o homem tem que ser perfeito porque Deus é perfeito. “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3.3). Andar diante de Deus e ser perfeito estão inevitavelmente juntos por causa da natureza de Deus. 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O RELACIONAMENTO ENTRE A ORAÇÃO COM AUTORIDADE E OS VENCEDORES

Aquele que está sentado no trono é Deus, o Senhor. O inimigo é aquele que se encontra vencido sob o trono. Nós, os cristãos somos os que, por meio da oração, estamos unidos ao trono da autoridade de Deus. Todos os verdadeiros vencedores são pessoas que sabem orar, sabem exercer a autoridade do trono de Deus (pois esta autoridade governa o universo). Podemos, então, exercer essa autoridade que há em Deus para trazer alguém para o caminho da fé, e outras coisas mais.

Para que os vencedores possam reinar sobre a igreja, o mundo e até mesmo sobre os poderes do ar, devem apoiar-se na autoridade do trono. Que Deus nos ensine a usar a autoridade de Cristo, porque todas as coisas estão em sujeição sob seus pés uma vez que Ele é “o cabeça” da igreja. Por isso é que nós cremos que, se usarmos a autoridade de Deus, podemos colocar todas as coisas sob nossos pés também.

Mateus 18.18,19 fala da oração: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus. Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sob a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus”.  Entendemos que a oração no versículo 18 é a oração que ordena, pois esta oração é de ação e não de petição; é ligar e não pedir a Deus que ligue. Esta oração que ordena tem dois aspectos:

1.                  Ligar – amarrar todas as atividades desordenadas dos irmãos e irmãs na reunião; amarrar toda a perturbação à obra provocada pelas pessoas do mundo; amarrar os espíritos malignos e os demônios; e amarrar Satanás e todas as suas atividades. Podemos reinar (exercer autoridade) como reis sobre todas as coisas. Sempre que uma coisa acontece no mundo ou entre os irmãos, é o momento de reinarmos.

2.                 Desligar – também podemos desamarrar as pessoas. Desamarrar os irmãos tímidos; desamarrar aqueles que deveriam vir e nos ajudar no serviço do Senhor; desamarrar o dinheiro que está nas mãos de pessoas que deveriam dá-lo para uso de Deus; e desamarrar as verdades de Deus para que elas sejam anunciadas sem impedimento. Somos embaixadores do reino de Deus e, portanto, desfrutamos de extra-territorialidade. Podemos invocar o céu para reinar sobre a terra.

Coisas que os vencedores devem fazer no fim dos tempos

Referências bíblicas:

·                    Então o Senhor Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos, e o és entre todos os animais selváticos: rastejarás sobre o teu ventre, e comerás pó todos os dias da tua vida. Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar (Gn 3.14-15).

·                    Viu-se um grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, que, achando-se grávida, grita com as dores do parto, sofrendo tormentos para dar à luz. Viu-se também outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas. A sua cauda arrasta a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse.

·                    Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações, com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono... E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra e, com ele, os seus anjos.

·                    Então ouvi grande voz do céu proclamando: Agora veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia, e de noite, diante do nosso Deus. Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram, e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida. (Ap 12.1-11).

Estas duas passagens das Escrituras se correspondem. A primeira encontra-se no livro que abre a Bíblia, enquanto a outra está no livro do encerramento. Em Gênesis 3 há: 1) a serpente, 2) a mulher, e 3) a semente da mulher em perspectiva. Em Apocalipse 12 encontram-se novamente estes três: 1) a serpente, 2) a mulher, e 3) o filho varão.

O Juízo de Deus contra a serpente

Gênesis 3 revela o juízo de Deus contra Satanás. Também nos fala do seu juízo contra o homem caído em desobediência e do Seu plano de redenção. “Rastejarás sobre o teu ventre” é a decisão divina de que Satanás só poderia operar na terra, não mais no universo. “Comerás pó todos os dias da tua vida” dá a idéia de que Deus ordenou que, a partir de então, o homem (feito do pó) fosse o alimento de Satanás. Assim, todos os descendentes de Adão tornaram-se a fonte de energia para Satanás.

“A Mulher” – refere-se à Eva, a mãe de todos os viventes da raça humana. Portanto, ela representa todos os viventes; todos a quem Deus deseja salvar.

“Sua semente” refere-se a Cristo. Quando Cristo estava na terra, esmagou a cabeça da serpente na cruz. Considerando-se que na cabeça encontra-se a região vital do poder, o Senhor, desta forma, destruiu os principais poderes que pertenciam a Satanás.

Quando a Bíblia diz que a serpente iria ferir o calcanhar da semente da mulher, está simplesmente declarando que a estratégia de Satanás seria atingir a igreja que é uma parte de seu corpo. Depois que Cristo esmagou a cabeça da serpente e partiu, Satanás opera pelas costas. Isto significa que ele opera nas vidas dos crentes em Cristo – e sua operação é traiçoeira.

De Gênesis 3 em diante, a esperança de Deus e dos homens, está centralizada na semente da mulher. Satanás também presta muita atenção à semente da mulher. Exatamente por isso, ele: 1) instigou Herodes a matar o Senhor, 2) tentou o Senhor no deserto, e 3) tentou importunar o Senhor durante os três anos e meio de seu ministério público. Mas em tudo isso o Senhor Jesus Cristo foi vitorioso.

“O filho varão” – representa os vencedores na igreja. Este filho varão é incorporado em natureza porque ele é, na verdade, aquele que prevaleceu contra o inimigo de Deus.

“A antiga serpente” – é o nome que Deus, propositadamente, menciona em Apocalipse 12 para nos fazer lembrar do registro de Gênesis 3.

“Os vencedores” – reinarão sobre as nações com um cetro de ferro, pois eles ocuparão lugar especial no reino milenar de Cristo. Quando esses vencedores (representados pelo filho varão) são arrebatados para o trono, derrubam Satanás e retomam os lugares celestiais que estavam em poder da serpente. Enquanto estavam na terra, Satanás tinha de retroceder; e quando eles sobem aos céus, Satanás é expulso. No fim dos tempos, Deus usará os vencedores para acabar com a guerra nos céus.

As armas dos vencedores

Eles venceram o inimigo por causa:

1.                  “do sangue do Cordeiro” – primeiro, no sangue de Cristo é derramada a vida natural; portanto, Satanás já não pode mais operar em nós. O alimento de Satanás é o pó da terra; ele só pode operar na vida natural. Segundo, o sangue de Cristo vence o ataque de Satanás. Sob a proteção do sangue de Cristo não seremos atacados por ele, exatamente como os filhos de Israel foram totalmente protegidos pelo sangue do cordeiro pascal. O sangue satisfaz a justiça de Deus, porque o derramamento de sangue significa morte. Por causa disto, Satanás não pode nos vencer. Terceiro, o sangue de Cristo responde às acusações do inimigo,

2.                 “A palavra do testemunho” – O que o inimigo tenta fazer contra a igreja é subverter o testemunho. O testemunho mencionado aqui está especialmente relacionado com o testemunho dado contra Satanás. Temos de testificar contra o inimigo. Quando ele nos diz que somos fracos, nos dizemos a ele que “o poder de Cristo se aperfeiçoa na fraqueza” (II Co 12.9). Use a palavra de Deus para cumprir a vitória de Cristo. O sangue dá força a essa vitória. Usar a palavra de Deus para executar a vitória de Cristo é o testemunho.

3.                 “Em face da morte, não amaram a própria vida” – Ofereça seu corpo e sua vida, não tenha auto-piedade. Assim como o apóstolo Paulo, em nada considere a sua vida como preciosa para si mesmo (Atos 20.24). A vitória será nossa se confiarmos no sangue, dermos a palavra do testemunho com ousadia e mantivermos uma atitude de destemor diante da morte.  

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A ORAÇÃO DOS VENCEDORES

Referências Bíblicas:

·                    Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra, terá sido ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra, terá sido desligado no céu (Mt 18.18).

·                    Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis (Ef 6.12-13).

·                    ...para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força da força de seu poder; o qual ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro.

·                    E pôs todas as coisas debaixo de seus pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas. (Ef 1.17-23).

·                    E juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus (Ef 2.6).

·                    Porque em verdade vos afirmo que se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. Por isso vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco (Mc 11.23-24).

Os vencedores de Deus devem aprender como usar a autoridade de Cristo e orar com autoridade. A oração nas Escrituras não é só um pedido, mas muito mais, uma expressão de autoridade.

Ordenar com autoridade – isso é oração.

A oração com autoridade não é peticionaria (para pedir algo), pelo contrário, é imperiosa; pois existem dois tipos de oração: não só a oração que pede, mas também a oração que ordena. Assim como Cristo está muito acima de todo o governo e autoridade, nós também estamos acima de todo governo e autoridade. Efésios 1 nos diz que a posição de Cristo é nos lugares celestiais. O capítulo 2 nos diz que nosso lugar em Cristo é “assentados”, com Ele nos lugares celestiais.

A oração comum é uma oração da terra para o céu. A oração que ordena é uma oração do céu para a terra.

Assim, assentemo-nos nos lugares celestiais e façamos a oração que ordena. Lembre-se do que o Senhor falou em Marcos 11.23-24: em lugar nenhum, nestes versículos, somos instruídos a orar a Deus. Em lugar disso, simplesmente declara: “Se alguém disser a este monte” – isto é uma ordem dada a um monte. Cristo nos ensina que, diante das barreiras, nossa atitude não é pedir a Deus que as remova, ou resolva o nosso problema, mas sim, com fé perfeita, falar à montanha: Sai! Ao ordenarmos com autoridade de Cristo, com certeza veremos a solução.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

QUEM SÃO OS VENCEDORES DE DEUS?


“Ao vencedor, e ao que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações” (Ap 2:26).

“Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono” (Ap 3:21).

A vitória de Cristo

Antes de o Senhor Jesus começar seu ministério público, foi batizado. Isto significa dizer que foi em morte e ressurreição que ele executou a obra de três anos e meio. Absolutamente não houve nenhuma carne envolvida na obra de sua vida. O Senhor jamais fez alguma coisa de sua própria vontade. Sempre fez a vontade daquele que o enviou. Não só fez a vontade do Pai, mas também respeitou o tempo do Pai. Satanás tentou seduzi-lo a provar que era mesmo o filho de Deus, transformando pedras em pães. Vocês sabem qual foi a resposta de Jesus: Nem só de pão vive o homem , mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Por toda a sua vida o nosso Senhor jamais viveu de acordo com a carne. Por isso, foi o primeiro homem em quem Satanás não encontrou absolutamente nada seu. Nem a carne nem o mundo nem o diabo tiveram lugar nele.  

O fracasso da Igreja

O motivo para a igreja permanecer sobre a terra é afirmar e demonstrar a vitória da cruz de Cristo, amarrando Satanás em todo o lugar, exatamente como o Senhor mesmo – “O cabeça” da Igreja – amarrou Satanás no Calvário. Ele permite que Satanás permaneça na terra com o intuito de criar-nos oportunidades de demonstrar a Vitória do Seu Filho. Deus espera que o mundo olhe para nós e veja a vitória de Seu Filho amado. Consequentemente, um crente derrotado envergonha a Deus.

Na cruz o Senhor Jesus já julgou a Satanás de acordo com a lei de Deus. Agora Deus confia à Igreja a tarefa da execução desse julgamento sobre a terra.

Deus procura vencedores

Sempre que a Igreja fracassa, Deus encontra alguns poucos dentro da igreja – chamados para serem vencedores – para que assumam a responsabilidade que a igreja como um todo deveria assumir, embora tenha fracassado. Deus escolhe um grupo de fiéis para representar a igreja na demonstração da vitória de Cristo. Ele tem seus vencedores em todos os sete períodos da igreja (conforme representados pelas sete igrejas descritas nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse).

O princípio dos vencedores

O modo de Deus trabalhar, conforme ilustrado nas Sagradas Escrituras, é encontrar alguns poucos para formar um núcleo a fim de beneficiar muitos. Como exemplo podemos citar: Abel, Enoque, Noé e Abraão e Gideão. Através de Abraão (poucos) Deus alcança toda a nação de Israel (os muitos).

Assim então, o princípio da operação de Deus é dos poucos para os muitos. Repetidas vezes Deus usa relativamente poucos crentes como canais para derramar vida na igreja para o reavivamento.

·                    Como fez o Senhor Jesus, estes poucos têm de derramar sangue para que a vida possa fluir. Os vencedores devem permanecer sobre o terreno da vitória pela igreja e em lugar da igreja. Têm de suportar sofrimentos e opróbrios.

·                    Portanto, os vencedores devem abandonar toda a auto-complacência, pagar o preço, deixar que a cruz corte fora tudo o que procede da velha criação e prevalecer contra as portas do inferno (Mt 16: 18).

·                    Você está pronto a ferir seu próprio coração para receber o coração de Deus? Está pronto a ser derrotado para que o Senhor triunfe?

·                    Quando sua obediência for completa, Deus rapidamente vingará toda a desobediência.

“Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo. E estaremos prontos para punir todo ato de desobediência, uma vez estando completa a obediência de vocês”. (II Co 10.5-6).

A tarefa dos vencedores

Ao examinar o princípio dos vencedores devemos observar duas coisas: 1) que sempre quando todo o corpo fracassa, Deus escolhe alguns, relativamente poucos, para ficar no lugar do corpo todo; e 2) que Deus chama esses poucos para executar suas ordens, para que através deles possa, mais tarde, atingir muitos.

A escolha dos vencedores

A epopéia de Gideão – Juízes 6.12: Então o anjo do Senhor apareceu a Gideão e lhe disse: “O Senhor está com você, poderoso guerreiro”.

·                    De acordo com o estatuto de Números, todos os varões de Israel que chegassem aos vinte anos de idade seriam guerreiros e aptos para lutar pelo Senhor. Mas no período dos juízes, quando os filhos de Israel estavam fracassados, Deus livrou seu povo, escolhendo 300 homens para lutar numa batalha na qual todos os israelitas deveriam ter lutado, mas para a qual não estavam preparados por causa da desobediência.

Como se tornar um discípulo vencedor

·                    Reconhecer a própria insignificância: Gideão reconheceu dizendo: “Eu sou o menor da casa de meu pai, e a casa de meu pai é a mais pobre em Manassés”.

·                    Ter visão celestial: isto é, a visão do propósito eterno de Deus. Aquele que não tem essa visão não estará habilitado a ser um vencedor.

·                    Não desobedecer à visão – mas responder ao chamado do Senhor com atitude sacrificial. Os vencedores são chamados por Deus. Você já ouviu o chamado feito aos vencedores que se encontra nos capítulos 2 e 3 do Apocalipse? Já atendeste ao chamado?

·                    Quebrar os ídolos – qualquer coisa que ocupa o lugar de Deus precisa ser derrubada. Aquele que conhece a Deus saberá o que pode representar um ídolo em sua vida.

“Despedace o altar de Baal, que pertence a seu pai, e corte o poste sagrado de Aserá que está ao lado do altar. Depois faça um altar para o Senhor, o seu Deus” (Jz 6.25-26).

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

CONSIDERAÇÕES SOBRE A CARTA AOS EFÉSIOS


“Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus” – Efésios 1:1

O traço peculiar que caracteriza a Epístola aos Efésios é que nela o apóstolo parece estar, como ele mesmo diz, nos “lugares celestiais”, e dessa posição privilegiada ele está contemplando o grandioso panorama da salvação e da redenção. O resultado é que nesta Epístola há muito pouca controvérsia; e isso porque o seu grande interesse foi dar aos Efésios, e a outros fiéis a quem a carta é dirigida, uma visão panorâmica desta maravilhosa e gloriosa obra de Deus em Jesus Cristo nosso Senhor.

A Bíblia é o livro de Deus, é uma revelação de Deus, e o nosso pensamento sempre deve começar com Deus. Grande parte do problema da Igreja hoje deve-se ao fato de que somos muito interessados em nós mesmos, muito egocêntricos. Esse é o erro peculiar ao presente século. Tendo-nos esquecido de Deus, e havendo-nos tornado tão interessados em nós mesmos, tornamo-nos miseráveis e infelizes, e passamos o tempo em “frivolidades e misérias”. Do princípio ao fim, a mensagem da Bíblia tem o propósito de levar-nos de volta a Deus, humilhar-nos diante de Deus e habilitar-nos a ver a nossa verdadeira relação com Ele.

Esse é o grande tema desta Epístola; ela nos põe face a face com Deus, com o que Deus é e com o que Deus fez e faz; toda ela salienta a glória e a grandeza de Deus – Deus, o Eterno, Deus sempiterno, Deus sobre todos – e a indescritível glória de Deus; Deus auto-suficiente em Si mesmo, de eternidade a eternidade, que não necessita de ajuda de ninguém. Deus vivo que habita em Sua glória duradoura, absoluta e eterna, é o grande tema desta Epístola. Não devemos examiná-la pensando em nós mesmos e nas nossas necessidades; devemos começar com Deus, e esquecer-nos de nós.

Os nossos antepassados deleitavam-se com essas expressões; estas eram as expressões dos reformadores protestantes, dos puritanos e dos pactuários. Eles tinham prazer em passar o tempo contemplando os atributos de Deus. Note que o Apóstolo Paulo enfatiza esse ponto, “Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus” – não por sua própria vontade! Paulo não se chamou a si mesmo, e a igreja não o chamou; foi Deus quem o chamou. Ele é o apóstolo pela vontade de Deus. Ele expõe isso muito explicitamente na Epístola aos Gálatas, onde diz: “...quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou”. Há sempre ênfase à soberania de Deus.

Foi Deus que escolheu em Cristo todo aquele que é cristão; foi Deus que nos predestinou. Faz parte de Seu propósito que sejamos salvos. Jamais haveria salvação alguma, se Deus não a planejasse e não a pusesse em execução. Foi Deus que “amou o mundo de tal maneira”: foi Deus que “enviou seu filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”. É tudo de Deus e de acordo com o Seu propósito. É “segundo o conselho da sua vontade” que todas estas coisas aconteceram.

Vemos claramente que, nesta Epístola, o apóstolo nos revela que é Deus quem decide o tempo em que tudo deve acontecer, e assim nos ensina que Ele é quem determina o tempo para que as coisas todas aconteçam. Deus é sobre todos, dominando sobre todos, e marcando o tempo de cada acontecimento, em Sua infinita sabedoria. Numa época como esta, não sei de nenhuma outra coisa que seja mais consoladora e que dê mais segurança do que saber que o Senhor continua reinando, que Ele continua sendo o soberano Senhor do universo, e que, apesar de que “se amotinam as gentes, e os povos imaginam coisas vãs”, Ele estabeleceu o seu Filho sobre o Seu santo monte de Sião (Salmo 2). Virá o dia em que todos os Seus inimigos lamberão o pó, virão a ser o estrado dos Seus pés e serão humilhados diante dEle, e Cristo será “tudo em todos”.

Dessa maneira a soberania de Deus é ressaltada na introdução desta Epístola e repetida até o fim dela, porque é uma das doutrinas cardinais, sem a qual realmente não entenderemos a nossa fé cristã. Ao caminhar através da Epístola, veremos que não somente a salvação é inteiramente de Deus em geral; também é de Deus em particular. Vejam, por exemplo, o grande tema que Paulo desenvolve no capítulo 3. A tarefa especial que lhe foi confiada como apóstolo é: “demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou” (“por Jesus Cristo”). O mistério é que os gentios sejam co-herdeiros com Jesus. Foi esse o “mistério” que noutras eras não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, e agora é revelado aos Seus santos apóstolos e profetas pelo Espírito.

Haverá algo mais maravilhoso, mais encantador, mais glorioso para o cristão do que contemplar os mistérios de Deus? Espero que ao aproximarmos destes grandes temas, você esteja cheio de um sentimento de divina expectação, e aspire aprofundar-se mais e mais. Um dos aspectos mais maravilhosos da vida cristã é que nela você está sempre avançando. Você pensa que já conhece Deus em sua totalidade, e então dobra uma esquina e de repente vê algo que não conhecia, e vai adiante, sempre adiante...