quinta-feira, 30 de agosto de 2012

PRESERVANDO A SANTIDADE E A FIDELIDADE


Estudo sobre os pré-requisitos da Igreja Vencedora.
Leitura bíblica: Números  5.1-4

I.                   Preservando a santidade
Depois de formado o exército, depois de preparados os que estavam no serviço do tabernáculo e de tudo ter sido arranjado adequadamente, havia a necessidade de resolver algumas questões antes que o exército se pusesse em marcha. Os leprosos, os que padeciam fluxo e os que foram contaminados por algum cadáver deviam ser lançados para fora do arraial. Esses três tipos de pessoas eram imundas.

A.    Lançando os Imundos Fora do Arraial

O santuário de Deus é santo. Por isso, tanto o Seu exército como os que servem (os levitas) devem também ser santos. O que é imundo em nosso meio deve ser posto “fora do arraial”. Não podemos permitir aos imundos participar do serviço nem do exército.
Se o imundo participa do serviço, o serviço se torna imundo e apresentará problemas. Se fizer parte do exército, este não poderá vencer as batalhas. Portanto, devemos limpar toda imundícia da vida corporativa do exército, removendo os que estão contaminados. Eles não devem habitar no meio dos filhos de Israel nem fazer parte do exército ou participar do serviço.

No serviço levítico vemos quão santo era o tabernáculo: nem mesmo os levitas podiam olhar para os móveis, e os sacerdotes em geral não podiam ver a arca. Esse era um lugar santo; a lepra, os fluxos e a morte não podiam contaminar o tabernáculo. Tampouco podemos permitir que tais coisas existam na vida corporativa do “exército”.
Como pode um leproso sair à guerra? Como pode alguém com fluxo lutar pelo interesse de Deus? Tais pessoas, segundo Deus, não podem sair à guerra, pois certamente serão derrotadas. Todos os imundos, por mais cruel que isso possa nos parecer, tinham de ser lançados fora do arraial. O arraial era a habitação do Senhor naquela época e corresponde à igreja hoje.

Assim, ser lançado fora do arraial significa ser lançado fora da igreja. Deus é santo, e Ele requer que Sua habitação seja santa, e que nós também sejamos santos.

B.    Tratando Toda a Imundícia

De acordo com o conceito geral, pecado grave é prostituição, homicídio etc. Somos muito sensíveis a tais coisas. Mas a lepra, o fluxo e a morte, em geral, são para nós algo menos sério. Mas não é assim aos olhos de Deus. Para Deus essas coisas são ainda piores que os pecados morais.

A prostituição, por exemplo, prejudica duas pessoas. O mesmo ocorre com o homicídio. Mas a lepra contagia todas as pessoas. O fluxo contamina todas as pessoas. A morte, no aspecto espiritual, semelhantemente se espalha a todos. Tudo isso é grave. Por isso é que antes do exército se por em marcha, há a necessidade de resolver esses problemas.
Diferentemente de Levítico, que enfatiza os aspectos individuais, o tratamento de Deus a estas questões em Números 5.1-4 é corporativo e visa preservar a santidade do povo de Deus. Consideremos agora separadamente a questão da lepra, dos fluxos e da morte.

1.       Tratando a Lepra

A lepra na Bíblia refere-se principalmente a duas coisas: rebelião e ganância. Levítico 13 e 14 apresentam a lepra em cinco aspectos. O primeiro tipo ocorre na superfície da pele. É algo bastante sensível e fácil de descobrir. Uma vez descoberta, deve ser tratada para não progredir.

O segundo é mais sério: é a lepra que ocorre debaixo da pele. É algo mais oculto, lepra mais profunda que já penetrou na carne.

A lepra no cabelo e na barba é o terceiro tipo. O cabelo e a barba simbolizam a glória e a dignidade do homem. Um homem com lepra no cabelo perde sua glória e alguém com lepra na barba perde a dignidade. A parte principal da cabeça são os pensamentos, portanto, ter lepra na cabeça significa que a lepra penetrou nos pensamentos. Isso é bastante sério. A mente está cheia de lepra.

O quarto tipo é a lepra nas vestes. As vestem tem a ver com a conduta. Ter lepra nas vestes 
significa que a conduta daquela pessoa tornou-se leprosa e já é visível.

O último tipo e o mais grave é a lepra na casa. A casa tipifica a igreja. A lepra na casa indica que a lepra individual se alastrou por toda a igreja, que agora se encontra numa situação grave. Constatando que há realmente lepra, o sacerdote ordenará que se arranquem as pedras contaminadas, e fará raspar a casa por dentro e por fora. Então a argamassa raspada será lançada fora da cidade. Depois tomarão outras pedras e as porão no lugar das primeiras, tomar-se-á outra argamassa e se rebocará a casa.

Arrancar as pedras contaminadas significa remover as pessoas leprosas; as suas vagas serão preenchidas por outros que não sejam leprosos. Assim, feita a purificação, todos poderão voltar a reunir-se na mesma casa.

a.     O Exemplo de Arão e Miriã    

Para entender melhor a questão da “lepra” consideremos o caso de Arão e Miriã registrado em Números 12. Miriã e Arão eram os irmãos mais velhos de Moisés. Miriã até mesmo cuidou de Moisés quando jovem e por isso provavelmente julgava que ele lhe devesse alguma obediência. Arão, por sua vez, como irmão mais velho possivelmente alimentava dentro dele um coração rebelde.

Enfim, tanto Miriã como Arão estavam ocultamente insatisfeitos com Moisés. O que fez finalmente transparecer a lepra deles foi o fato de Moisés ter casado com uma mulher etíope. Isso foi realmente algo ilícito da parte de Moisés, que era líder do povo de Israel. Mas se notarmos bem, quando Miriã e Arão trataram com Moisés, eles não tocaram nessa questão. Antes, se rebelaram, falando contra ele (Nm 12.2).

Moisés, porém, não argumentou com eles, antes, esperou que o Senhor viesse resolver a questão. E o Senhor chamando os três lhes falou:

“Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós há profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me faço conhecer, ou falo com ele em sonhos. Não é assim com meu servo Moisés que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente, e não por enigmas; pois ele vê a forma do Senhor; como, pois, não temeste falar contra o meu servo, contra Moisés?” (vs. 6-8).

Depois que Deus falou, Sua ira se acendeu contra eles; e Ele retirou-se. Miriã, então, se achou leprosa. Arão, ao ver aquilo, temeu e se arrependeu. Então Moisés rogou ao Senhor por Miriã e o Senhor teve misericórdia dela. Depois de ficar detida fora do arraial por sete dias, Miriã foi curada. Porém por causa dela todo o exército de Israel foi retardado por sete dias em sua marcha.

Isso nos mostra que quando ocorre esse tipo de “lepra” (a rebeldia) na igreja o mover de Deus é temporariamente impedido. O caso de Miriã e Arão nos adverte a não difamar ou murmurar contra aqueles a quem o Senhor institui como autoridade na igreja. Mesmo tendo Moisés errado ao casar com a mulher etíope, Miriã e Arão deveriam ter deixado que Deus cuidasse do assunto. Não deveriam ter tomado isso como pretexto para se rebelarem. Tais situações freqüentemente também ocorrem na igreja.

Isso é a lepra que se manifesta. A rebelião, se não resolvida, se transforma em lepra. Se nos rebelarmos devemos arrepender-nos, caso contrário, a lepra se manifestará em nós. Não cabe a nós como igreja tratar com os que foram ungidos pelo Senhor. Antes, cabe a Deus fazê-lo.

2.      Tratando os Fluxos

Os fluxos são coisas que fluem de dentro do homem, do seu corpo. Há fluxos normais, necessários à vida, e fluxos anormais. O homem considera aceitável o fluxo natural, e rejeita o anormal. Deus, entretanto, considera todo fluxo como imundícia, pois procede do homem natural. Para Deus, tudo o que procede do homem natural é imundo.

Muitos cristãos sevem a Deus por meios naturais. Não servem segundo a Sua determinação, mas fazem tudo de acordo com a opinião, os métodos, e os sentimentos naturais. Tais coisas naturais quando introduzidas no serviço santo e no exército, acabam prejudicando todo o serviço. Por isso precisam ser lançados fora do arraial. Aparentemente os fluxos não são tão graves como a lepra, mas ainda assim é imundícia aos olhos de Deus.

Não devemos introduzir o que é natural no serviço. Alguns se julgam capazes de falar. Tais irmãos, no entanto, deviam verificar de onde vem a palavra que proferem: se de Deus ou de sua habilidade natural. Miriã e Arão também consideravam-se aptos para falar por Deus. Eles disseram:

“Porventura tem falado o Senhor somente por Moisés?” (Nm 12.2)

Sim, talvez eles soubessem falar algo, mas a palavra de Moisés vinha da boca do Senhor. Essa era a diferença. Devemos acautelar-nos!

Que o Senhor venha transformar-nos assim como fez com Jacó, um exemplo típico de homem natural. Por toda a sua vida ele apenas usou métodos naturais para obter o que queria. Mas Jacó amava a Deus e por isso Deus o transformou, tornando-o “príncipe de Deus”. Jacó foi transformado por meio de muitos tratamentos.

Por isso se, após várias tentativas de tratamento de Deus, ainda continuarmos naturais, não teremos serventia para Ele e seremos lançados fora do arraial. Se somos pessoas com “fluxo” estamos imundas. Precisamos banhar-nos e lavar nossas vestes “em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus (I Co 6.11). Seremos lavados, seremos santificados e seremos justificados!

3.      Tratando a Morte

Deus abomina a morte. Como povo santo de Deus precisamos nos purificar da imundícia da morte. Essa questão foi tratada muitas vezes em Levítico. Mas, agora, novamente, o Senhor nos faz lembrar dessa questão para que nos mantenhamos afastados da morte.
A morte é algo que devemos temer. Quando permitimos que  palavras de morte entrem em nossos ouvidos e em nossa mente, morremos: perdemos o interesse pelas coisas espirituais, pela oração, pela palavra e pelas reuniões. Alguns irmãos em nosso meio têm sido contaminados.

Antes tinham sempre um espírito forte nas reuniões, cantando e liberando o espírito, mas após tocar na morte passaram a ter um ar crítico e a agir friamente. É difícil tocar nesse assunto, mas creio que o Senhor quer nos advertir. Deus jamais permitirá que coisas da morte permaneçam no serviço ou no Seu exército.

A morte prejudica grandemente a igreja. Restaurar um santo contaminado pela morte não é tão difícil. Mas restaurar uma igreja contaminada pela morte requer tempo considerável. Quando as palavras negativas vêm a nós devemos rejeitá-las.

Não sejamos contaminados. Um cadáver é imundo aos olhos de Deus. Somos nazireus, não podemos tocar cadáveres. Por isso temos de orar para que o Senhor tenha misericórdia de nós. Vamos invocar o Seu nome. Vamos usar o Espírito a fim de sermos purificados e não sermos lançados fora do arraial. Vamos eliminar a morte de nosso meio!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012


O DIA DO SENHOR

I Tessalonicenses 5.1-11

O assunto a respeito do Dia do Senhor surge, nesta epístola de Paulo, imediatamente depois da revelação sobre o Arrebatamento, portanto, é natural considerar a questão de quando o Dia do Senhor acontecerá. No texto em estudo, o apóstolo apela para uma doutrina muito mais ampla das Escrituras, o Dia do Senhor, que é um tempo especial de visitação divina, mencionado muitas vezes no Antigo e Novo Testamentos.
Paulo afirmou:

“Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; pois vos mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite” (vv.1,2)

A colocação desta doutrina após a revelação do Arrebatamento deve-se ao fato de que ambos os eventos ocorrem sem a presença de sinais anteriores ao seu início. Como um ladrão durante a noite, que vem sem aviso, o Arrebatamento acontecerá e o Dia do Senhor terá seu início.

Mencionado com freqüência no AT, o Dia do Senhor refere-se a qualquer período especial em que Deus intervém sobrenaturalmente, a fim de trazer juízo contra o mundo. Uma marcante ilustração é o livro de Joel, que tem como seu tema o Dia do Senhor. Apropriadamente, o termo é usado para descrever a crise que aconteceu no tempo desse profeta, provocada pela praga de gafanhotos que arruinou as colheitas, trazendo fome e destruição.
Joel o descreveu assim:

“Ah! Que dia! Porque o Dia do Senhor está perto, e vem como assolação do Todo-Poderoso” (Jl 1.15)

A devastação que causou a perda das colheitas foi descrita nos vv. 16 a 20. Esse problema, todavia, não foi o único que enfrentaram. Ainda teriam os exércitos invasores da Assíria, que conquistariam Israel, assim como os gafanhotos devastaram a terra. A nação israelita enfrentava um dia de juízo da parte de Deus.

Esse iminente Dia do Senhor cumprido no AT foi um apelo feito pelo profeta ao povo de Israel para que voltasse para o Senhor. Ele escreve:

“Ainda assim, agora mesmo, diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração, e isso com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal. Quem sabe se não se voltará, e se arrependerá, e deixará após si uma benção, uma oferta de manjares e libação para o Senhor vosso Deus?” (Jl 2.12-14)

O futuro período de intervenção divina no mundo começará com o Arrebatamento e incluirá o tempo de angústia antes da segunda vinda de Cristo, para estabelecer o reino de Deus sobre a terra. O Dia do Senhor também incluirá o Milênio.

Todo esse período, antes e depois do retorno de Jesus, constituirá uma intervenção divina especial e um reino de justiça sobre a terra que jamais foram experimentados até o presente instante. O Dia do Senhor começará como um período de tempo no Arrebatamento, mas seus principais eventos não ocorrerão imediatamente.

A confederação de dez reinos precisa ser formada nos últimos sete anos, antes que a segunda vinda de Cristo, para estabelecer o Milênio, ocorra. 

A igreja deve ficar atenta aos acontecimentos para que os cristãos possam estar preparados, pois este será um período de grande tribulação sobre os moradores do planeta Terra.  

segunda-feira, 13 de agosto de 2012


O REINO MILENAR

No Velho Testamento há muitos versículos que se referem ao reino milenar (Sl 2.6, 8, 9; Is 2.2-5; 11.1-10; 65.20-25; 30.26; Zc 8.20-23; Sl 72.1-17; Is 4.2-6; 9.7; 12.1-5; 16.5; 32.1-2; 40.9-11; 61.4-9; Zc 14.16-21). A anunciação do reino são as boas novas proclamadas à humanidade por meio dos profetas no Velho Testamento.
A Bíblia revela que ocorrerão muitas coisas entre o arrebatamento dos vencedores e o início do reino milenar. Logo após o arrebatamento do filho varão, ouvir-se-á uma grande voz no céu, dizendo:
“Agora veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo” (Ap 12.10).

Esse brado marca o momento em que as condições para a vinda do reino de Deus a terra haviam sido satisfeitas. O reino não virá naquele exato momento, pois os três anos e meio da grande tribulação ainda não estão cumpridos. No entanto, aos olhos daqueles que foram arrebatados aos céus, o reino já é uma realidade.
Durante os últimos três anos e meio desta era, os seguintes eventos acontecerão: o arrebatamento da maioria dos santos; a destruição da Babilônia religiosa, isto é, o aniquilamento das grandes e pequenas estruturas religiosas. A seguir haverá a guerra no Armagedom.

A terra inteira deve ser posta em ordem, como preparação para a vinda do reino de Deus. Ao tempo descrito no capítulo 20 de Apocalipse, quase todas as coisas na terra já terão sido postas em ordem. Permanece somente uma desordem, e isto é Satanás, a fonte de todos os conflitos. Portanto, o primeiro item que é mencionado no capítulo vinte, um capítulo relativo ao milênio, é o fato de Satanás ser amarrado.    

No capítulo 20.1-3, vemos o aprisionamento de Satanás. Em seguida à derrota do anticristo, Satanás será amarrado e aprisionado para que a terra rebelde seja limpa, a fim de que venha o reino de Cristo (vs. 4-6). Satanás será amarrado e lançado dentro do abismo, que está no coração da terra, onde irá ficar por um período de mil anos.

A Palavra diz, no versículo 3, que depois disso, “é necessário que ele seja solto por pouco tempo”. Isso mostra que Satanás ainda terá alguma utilidade para o propósito soberano de Deus, já que o falso profeta e o anticristo irão permanecer presos no abismo.
Quando terminarem os mil anos, o Senhor o soltará do abismo e o usará para provar os cidadãos que estiverem na terra ao final do milênio. Sob a tentação de Satanás, eles se rebelarão uma vez mais contra Deus. Satanás será útil nesse aspecto, pois a rebelião por ele levantada permitirá que Deus faça a purificação de toda a rebeldia e desobediência que, pelos séculos, prejudicou a humanidade como um todo.

O Milênio

Atos 3.21 refere-se aos tempos da restauração de todas as coisas:
“Convém que o céu o contenha até os tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas desde o princípio”.
Essa restauração afetará não apenas o homem, mas também toda a criação – os céus, a terra, os animais e até mesmo os vegetais. Tudo o que foi amaldiçoado por causa da queda do homem será restaurado

Depois da tentativa do anticristo em implantar um império tenebroso e satânico, o Senhor Jesus inaugurará na terra um reino majestoso, idêntico em poder e glória, ao que é existente nos céus, junto de Deus. Jesus Cristo ensinou-nos a pedir ao Pai, na oração conhecida como “o Pai nosso”, que o Seu reino venha e que seja feita a Sua vontade assim na terra como no céu.
Nada mais verdadeiro que um dia isso venha a concretizar-se! No céu a vontade de Deus se faz e seria maravilhoso, para nós, que aqui na terra também se fizesse. Esse tempo chegará, sem dúvida, com o início do Milênio. Tanto pedimos, tanto oramos, que por fim chegará o tempo de se fazer na terra a vontade de Deus.

O Milênio, o governo de Cristo, a ser estabelecido na terra, será algo maravilhoso. O seu governo não será uma democracia, mas uma teocracia; não um sistema em que os governantes são eleitos e a maioria é que decide. Não haverá eleições, mas sujeição à vontade do Criador de todas as coisas.

O Milênio será um tempo em que Deus, na pessoa de Jesus, governará o planeta. Esse reino será de paz, justiça e felicidade. Com esse governo, Deus mostrará ao mundo aquilo que deveria ter acontecido desde o princípio. Quando vier o Milênio, todas as coisas serão restauradas à sua condição original.  
Isaías 35.1-2 diz:
“O deserto e os lugares secos se alegrarão; o ermo exultará e florescerá como a rosa. Abundantemente florescerá, e também exultará de alegria, e romperá em cânticos”
“ali haverá bom caminho, caminho que se chamará o Caminho Santo” (v.8)
O livro de Isaías trás uma descrição completa do Milênio.

No reino milenar haverá três povos. O primeiro é o povo dos santos vencedores, tanto os do VT como os do NT. Esses vencedores serão co-regentes de Cristo. Cristo é o Rei Altíssimo e nós seremos Seus sub-reis. Essa é a parte da realeza do Milênio.

O segundo grupo encontrado são os verdadeiros judeus, preservados, que serão salvos na época da volta do Senhor. De acordo com Zacarias 12.10-14, esses judeus olharão para Ele, a quem traspassaram e então se arrependerão. Eles são o remanescente que irá passar pelo fogo e será purificado (Zc 13.9). Esse remanescente judeu entrará no Milênio como sacerdotes e ensinarão as nações a buscar a Deus e a conhecê-Lo, conforme diz Isaías 2.3:

“Virão muitas nações, e dirão: Vinde, subamos ao monte do Senhor, e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor de Jerusalém”
Isaías 61.6ª diz claramente:
“Mas vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nosso Deus”
Zacarias 8.23 diz:
“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele dia sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu, e lhe dirão: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco”

Essa profecia indica que cada judeu será precioso. Naquele tempo, o número de judeus salvos será tão pequeno que dez homens irão pegar na orla das vestes de um judeu suplicando-lhe que os ajude a conhecer a Deus. Naqueles dias, os judeus que sempre foram discriminados e rejeitados pelas nações, serão acolhidos e valorizados.

O terceiro grupo de pessoas do reino milenar será as “ovelhas” mencionadas em Mateus 25. Vimos que estas ovelhas, que estão ao lado direito do rei, serão introduzidas no reino milenar para tornarem-se os cidadãos do reino.

 Durante o Milênio haverá pessoas glorificadas e pessoas naturais. Quanto aos glorificados, eles serão de três procedências: Os crentes vencedores do Antigo Testamento, os crentes vencedores da era da graça, a era da igreja de Cristo e os mártires da Grande Tribulação.

Esses mártires não irão comparecer diante do tribunal de Cristo nem participarão das bodas do Cordeiro, mas estarão no Milênio o que constitui uma demonstração da misericórdia e da justiça de Deus.

 Também as pessoas naturais serão de três procedências: Os judeus que foram preservados vivos durante a grande tribulação, os gentios que escaparam de morrer e foram considerados justos por terem estendido a mão aos pequeninos irmãos da igreja perseguida pelo anticristo, e por fim, os que irão nascer durante o Milênio.

A paz funcionará porque o Governante mundial é o Senhor Jesus, e Ele não permitirá guerras; antes governará com autoridade visando o bem estar e a felicidade de todos os cidadãos do reino. Será um governo justo e firme para com todos. Ninguém terá mais direitos do que outros. Por isso, a Bíblia diz que Ele governará com vara de ferro!
As profecias descrevem esse reinado de mil anos com detalhes. O profeta Zacarias diz as nações virão a Jerusalém, de ano em ano, para adorarem o Rei, o Senhor dos Exércitos e celebrarem a festa das cabanas (Zc 14.16). Nenhuma nação se arriscará a deixar de enviar uma delegação a Jerusalém porque se assim o fizer essa nação não terá chuva (Zc 14.17).

Sendo o Senhor Deus quem dá a chuva e o sol, e tudo o mais, é lógico que Ele só os dê a quem cumprir as Suas ordens. É dessa forma que a Bíblia afirma que:
“a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar”.
 No Milênio, Deus estará no Monte Sião, de onde governará todo o mundo. Por isso é sábio que os representantes de todas as nações venham acampar ali perto de Jerusalém, em sinal de respeito e de obediência ao Criador de todas as coisas e pessoas! Se alguém não obedecer, as conseqüências serão imediatas!   

segunda-feira, 6 de agosto de 2012


OS VENCEDORES TARDIOS

Apocalipse 15.2 diz: “E vi como que um mar de vidro misturado com fogo, e os que tinham vencido a besta e a sua imagem e o número do seu nome, estavam em pé junto ao mar de vidro, tendo harpas de Deus”.

Podemos chamar os que são mencionados aqui de “vencedores tardios”, pois são os crentes que passam pela maior parte da grande tribulação e vencem o anticristo e sua adoração. 

Esses são os mencionados em Apocalipse 14.12 e 13, os quais serão martirizados sob a perseguição do anticristo e ressuscitarão para reinar com Cristo no milênio: “...E vi as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal na testa nem nas mãos. 

Reviveram e reinaram com Cristo durante mil anos” (Ap 20.4). Os tais vencerão a besta, a sua imagem e o número do seu nome. Embora eles sejam mortos pelo anticristo, aos olhos de Deus eles serão vitoriosos. Por vencerem numa época tardia, quase no apagar das luzes da grande tribulação, falamos deles como os vencedores tardios.

O versículo 3 diz que os vencedores tardios “entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro” (Ap 15). O cântico de Moisés registrado em Êxodo 15.1-19 louva a Deus pela vitória sobre as forças de Faraó, pelo seu livramento triunfante por meio das águas julgadoras do Mar Vermelho. 

Agora, esses vencedores tardios cantam outra vez esse cântico sobre o mar de vidro indicando que são vitoriosos sobre o poder do anticristo, que é julgado por Deus com o fogo do mar de vidro (19.20). Assim, o cântico de Moisés louva a Deus pelo seu julgamento, e o cântico do Cordeiro louva-O pela redenção operada por Cristo. 

Em seus louvores a Deus, os vencedores tardios declararão, a todo o universo, que foram livres do julgamento de Deus sobre os seus inimigos por causa da redenção de Cristo. A experiência deles nessas duas coisas se tornou um cântico de vitória:

    “Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? pois só tu és santo; por isso todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos” 
(Ap 15.3-4). 

Aqui vemos que os vencedores tardios louvarão as obras de Deus e os Seus caminhos. Muitos não são capazes de diferenciar as obras de Deus dos caminhos de Deus. As Suas obras são os Seus atos, que são grandes em manifestação e maravilhosos em natureza. As obras de Deus, aqui, referem-se principalmente ao Seu julgamento sobre o anticristo. Todos aqueles julgamentos serão grandes e maravilhosos em natureza.

As obras de Deus são Seus atos, ao passo que os Seus caminhos são os Seus princípios governantes. Os caminhos de Deus são justos em seus princípios e verdadeiros em suas promessas. Se você conhecer os caminhos de Deus, não precisará esperar para ver Suas obras. Embora Suas obras não tenham vindo ainda, você sabe que elas virão, porque conhece os princípios governantes pelos quais Deus faz as coisas. 

Deus promete a Seu povo que julgará os malfeitores, vindicará o Seu caminho e vingará o sangue do Seu povo. Por isso, os vencedores conhecem os caminhos de Deus, eles têm certeza de que Ele fará o que prometeu.

Os vencedores tardios em Apocalipse 15 serão incluídos entre aqueles que viverão e reinarão com Cristo por mil anos (Ap 20.4). Apocalipse 20.6 indica, ainda, que os vencedores tardios estarão junto aos vencedores que terão “parte na primeira ressurreição”, aqueles que “serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele os mil anos”.   

Sendo assim, em Apocalipse 14 e 15, vemos a sabedoria de Deus ao lidar com diversas pessoas e em cuidar do Seu povo de diferentes maneiras. Os vencedores mortos serão “o filho varão”, os vencedores vivos serão “as primícias” e os que forem martirizados durante a grande tribulação serão “os vencedores tardios”.

Deus é justo em todos os seus caminhos!