segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A FELICIDADE MILENAR


O sonho da maioria das pessoas é a felicidade. Esse estado de satisfação plena e beatitude é um alvo a ser atingido e, por isso, as pessoas trabalham, lutam, correm e até praticam atos desesperados.

Apesar de ser muito difícil esse estado de felicidade nos dias atuais, lemos nas profecias que no Milênio haverá possibilidade desse sonho ser atingido pela humanidade.

No Milênio, Satanás estará amarrado (Ap. 20.2), e Jesus estará no governo do mundo. Haverá justiça perfeita funcionando, os animais ferozes agirão mansamente e nada impedirá a humanidade de ser feliz; só se as pessoas não quiserem.   

Durante o Milênio haverá pessoas glorificadas e pessoas naturais. Os glorificados serão de três procedências: Os crentes do Antigo Testamento, os crentes da Igreja de Cristo e os mártires da Grande Tribulação, os quais estarão no Milênio por obra de Deus.

Os habitantes do Milênio, que estarão ali com seus corpos naturais, também são de três procedências: Os judeus que sobreviverem à Grande Tribulação, os gentios que também escaparem e as pessoas que irão nascer de forma natural no período milenar.

Haverá paz permanente porque o governante mundial é o Príncipe da paz e Ele não permitirá guerras; antes, Ele quer que todos vivam de forma pacífica. Naturalmente, nessas condições, os índices de violência cairão drasticamente e a sensação de segurança possibilitará uma convivência amigável e fraterna entre os povos da terra.

A economia passará por uma total reestruturação. Deixaremos de valorizar o “ter” em favor do “ser”, pois no reinado de Cristo serão praticados os princípios pregados por Ele. No Milênio a especulação e a voracidade pelo lucro serão julgadas com mão de ferro. Jesus colocará tudo em ordem, assim cremos.

A Bíblia diz que: “A terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is. 11.9). As nações subirão, de ano em ano, à Jerusalém para adorarem o Rei, o Senhor dos exércitos e para celebrarem a festa dos tabernáculos (Zac. 14.16). Nenhuma nação se arriscará a não enviar uma delegação a Jerusalém porque se assim acontecer, essa nação não terá chuva e as conseqüências serão terríveis (Zc. 14.17).

No Milênio, Deus governará todo o mundo a partir de Jerusalém. Por isso, é bom que venham representantes de todas as nações acampar nas proximidades da Cidade Santa, em sinal de respeito e obediência à autoridade real. Se alguém não corresponder, as conseqüências serão imediatas!

Que tempo glorioso será! 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O MODELO DE UM NAZIREU


Leitura bíblica: Números 6.1-12

O que é ser um nazireu? De acordo com o significado original, nazireu é alguém separado para Deus. É uma pessoa que se consagra a Deus voluntariamente. O Senhor Jesus aqui na terra viveu como um autêntico nazireu. Em todas as ocasiões, as sua atitudes eram tais quais a de um nazireu, andando conforme os quatro requisitos da lei do nazireado relatados por Deus a Moisés.

De acordo com Números 6, na consagração do nazireu, havia quatro requisitos de separação. Em primeiro lugar um nazireu não deveria comer nem beber nada proveniente da uva; em segundo, um nazireu não deveria rapar a cabeça. Em terceiro, não poderia ser contaminado por nada que estivesse morto, principalmente pela morte dos parentes mais próximos. Por último, em Números 6.9 está registrado que se algum homem morresse subitamente ao lado de um nazireu, ele ficaria contaminado.

O vinho ou qualquer produto proveniente da uva, o primeiro item das coisas de que o nazireu deveria abster-se significa prazer do mundo ou gozo terreno. Ninguém até hoje viveu uma vida tão separada dessas coisas como o Senhor Jesus. Ele era absolutamente santificado para Deus.

Um nazireu não poderia rapar a cabeça e deveria deixar crescer a cabeleira. Que significa isso? O cabelo é sinal de submissão, de obediência. O nazireu, portanto, precisava ser totalmente submisso à vontade de Deus. Nesse ponto, podemos ver porque o Senhor Jesus é um verdadeiro nazireu, a realidade do nazireado. Ele jamais rebelou-se contra a vontade do Pai. Filipenses 2 diz que Ele subsistindo em forma de Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus, antes a Si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo (v. 6, 7).

O Senhor Jesus sabia o que era obedecer (Hb 5.8). Por isso, Ele não tinha nenhuma opinião própria, mas confessou que toda a obra que realizava, era, na verdade o Pai que realizava. Ele apenas cooperava com o Pai. Em João 14.10 Ele disse:

“As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai que permanece em mim, faz as Suas obras”.

O terceiro item de separação referia-se às afeições naturais. Certa ocasião, quando estava ensinando a Seus discípulos, disseram a Jesus que sua mãe e seus irmãos estavam ali querendo falar-lhe. Ele então lhes respondeu:

“Quem é minha mãe e meus irmãos? (...) Eis minha mãe e meus irmãos. Portanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe”.

Como um nazireu o Senhor deixou de lado suas afeições naturais. Ele mesmo nos disse: “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim, quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim” (Mt 10.37). E Ele mesmo foi o primeiro a praticar o que disse.

Não queremos com isso dizer que devemos abandonar nossos amados familiares, mas, sim, que não podemos considerá-los mais do que o nosso Deus. Por fim, o nazireu devia estar apartado de toda morte espiritual. O Senhor Jesus quando morreu e desceu ao Hades, a morte não O pôde reter. Antes, Ele venceu a morte porque era cheio de vida, e até mesmo a própria Vida.

O princípio do nazireado é o da consagração voluntária. Não é uma questão de ser designado, ordenado ou até mesmo escolhido pelo Senhor, mas de consagração voluntária, motivada pelo amor ao Senhor. Todos podemos ser nazireus, apesar das profissões seculares. Há alguns, no entanto, que constrangidos pelo amor do Senhor, vendo a Sua grande necessidade, se dispõem a largar a sua profissão por certo tempo: seis meses, dois ou dez anos. Eles entregam seu tempo para participar das equipes de evangelização, a fim de resgatar os homens. Onde houver necessidade, eles se dispõem a ir. Tudo segundo a orientação do Senhor.

O voto de nazireu não é um voto comum, é um voto especial. É um voto de separar-se totalmente para Deus. Pedro, em sua primeira epístola, diz que os que de antemão passaram pela provação do fogo, quando forem julgados perante o tribunal de Cristo, receberão louvor e glória da parte do Senhor. O galardão deles será entrar no reino milenar para reinar com Cristo.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

É IMPOSSÍVEL RENOVÁ-LOS PARA ARREPENDIMENTO


Vamos ler essa passagem do livro de Hebreus 6.4-6:

“É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento”.

Esses versículos descrevem uma pessoa que possui muitas qualificações. É impossível que ele seja uma pessoa não salva. Ela viu a luz, e viu o Deus revelado, o Unigênito do Pai; conheceu o amor de Deus e provou o dom celestial, o único dom, Jesus Cristo.

Na Bíblia, dons, como um substantivo plural, refere-se aos dons do espírito Santo, e dom, como um substantivo singular refere-se ao único dom, o unigênito Filho de Deus, como está em João 3.16. Esse dom é diferente dos dons do espírito Santo.

Essa pessoa não apenas tem Deus e o Senhor Jesus Cristo, mas também tornou-se participante do Espírito Santo. Ela conhece a Deus, provou do Senhor Jesus e tem o Espírito Santo vivendo dentro de seu espírito. Além disso, ela provou a boa palavra de Deus e os poderes da era vindoura.

Dizer que alguém provou os poderes da era vindoura significa dizer que ele provou as coisas do reino milenar. Portanto, esta pessoa é definitivamente uma pessoa salva.

Se tal pessoa deixa hoje a palavra de Cristo, que ela recebeu quando creu, e escorrega e cai, não há, segundo a mesma palavra, arrependimento para ela. Ela não poderá começar tudo de novo para crer no Senhor Jesus, pois já tem uma longa história com o Senhor. Ela recebeu muita chuva, porém caiu, não produz mais coisas boas para Deus, mas passou a produzir espinhos e abrolhos.

Tal pessoa se tornou “uma terra improdutiva” conforme diz em Hebreus 6.7-8:

“A terra que embebe a chuva que cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe benção da parte de Deus. Mas se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada, e perto está da maldição. O seu fim é ser queimada”.

Perceba três coisas acerca desta pessoa e seu fim. Primeira coisa, ela é “rejeitada”. A palavra rejeitada aqui é a mesma usada em I Coríntios 9.27, onde Paulo disse:

“Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”

Paulo temia que apesar de pregar o evangelho a outros, ele mesmo fosse desqualificado e não fosse mais usado por Deus nesta era e no reino. Segunda coisa, esta pessoa “perto está da maldição”.  Tal medo da desqualificação se deve ao fato de que a punição reservada a tais pessoas é semelhante a uma “maldição”. Significa que tal pessoa, mesmo não perecendo eternamente, sofrerá o “dano da segunda morte” e padecerá a Geena de fogo no reino.

Terceira coisa, “seu fim é ser queimada”. Que significa isso? Aqui se fala sobre queimar, enquanto Mateus 5 diz que alguns estarão sujeitos à Geena de fogo. Se você comparar essas duas passagens, verá que elas se combinam. Se um cristão recebe todas essas coisas maravilhosas descritas acima, mas não produz bom fruto para Deus, ele será queimado.

Entretanto, esse queimar será apenas por breve tempo. Qualquer um sabe que se atear fogo em um terreno, o fogo irá se extinguirá após todo o mato ser queimado. A queimada no reino durará no máximo mil anos. Quanto tempo vai durar a queimada, na verdade, dependerá de quanto espinho e abrolhos alguém produziu. Se produziu muitos espinhos e abrolhos, então haverá mais queima. Se tiver produzido poucos espinhos e abrolhos, então haverá menos queima.

Um cristão é semelhante a um campo, e seu comportamento indevido é comparado a espinhos e abrolhos. O que é queimado são as ervas daninhas. O terreno em si não pode ser queimado. Em outras palavras, somente aquelas coisas que foram amaldiçoadas em Adão e deveriam ser removidas e não o foram, é que serão queimadas.

Elas serão o material que será queimado na Geena de fogo. A vida que Deus nos concedeu não pode ser tocada pelo fogo. Portanto, depois que as ervas daninhas forem queimadas, o terreno ainda permanecerá. Não há absolutamente nenhum problema com a nossa salvação, mas sim com o que vier a crescer sobre ela, com o que for proveniente da carne.

Se tais coisas não forem tratadas com o sangue de Jesus, deveremos sofrer algum tratamento.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

PRESERVANDO A JUSTIÇA


Leitura bíblica: Nm 5.5-10 e 11-31

Deus quer preservar santa a Sua casa. Ele quer preservar o Seu Corpo, a igreja. Ele quer preservar todo o Seu exército e fazê-lo vitorioso. Para isso é necessário eliminar as coisas negativas, e somente assim é que a igreja será uma igreja vencedora, e o nosso serviço agradável ao Senhor.

Continuaremos a ver acerca do tratamento do Senhor em nossa vida corporativa, quanto à questão da justiça e fidelidade.

Cometer faltas contra outros é uma injustiça. Números 5.5-10 trata principalmente da injustiça quanto às questões financeiras. O versículo 7 diz:

“Confessará o pecado que cometer; e, pela culpa, fará plena restituição, e lhe acrescentará a sua quinta parte, e dará tudo àquele contra quem se fez culpado”.

No que diz respeito às riquezas materiais devemos ser fiéis e não estar em falta com ninguém. A lepra não somente se manifesta diante da rebeldia contra autoridade, mas também naqueles que são gananciosos.

Um exemplo disso ocorreu com Geazi, servo do profeta Eliseu. Após Eliseu ter curado a lepra de Naamã, comandante do rei da Síria, este insistiu com ele para que aceitasse um presente, mas Eliseu recusou. Afastando-se Naamã, Geazi, movido pela ganância e cobiça, correu atrás dele a fim de receber alguma coisa. Naamã deu-lhe dois talentos de prata e duas vestes festivais, e ele os depositou na casa.

Quando entrou onde estava Eliseu, este perguntou-lhe: “Donde vens, Geazi?” Respondeu ele: “Teu servo não foi a parte alguma.” Mas Eliseu lhe disse que havia estado com ele em espírito e sabia de tudo o que ocorrera. Disse-lhe que a lepra de Naamã se pegaria a ele e à sua descendência para sempre. E Geazi saiu de diante de Eliseu, leproso, branco como a neve, como resultado de sua ganância (2 Reis 5.20-27).

Na vida da igreja, quando cometemos uma falta contra alguém em questões financeiras, devemos resolvê-la de maneira bastante clara e o mais rápido possível. Temos um espírito com uma consciência; devemos clarificar as nossas faltas para termos boa consciência. Caso contrário não teremos paz.

Além disso, quando cometemos falta contra um irmão, nós a cometemos também contra Deus. Se não tratarmos as questões financeiras de maneira clara, isso impedirá o nosso crescimento de vida. Essa é uma lição básica para todos os que querem progredir na vida espiritual. Quando estamos em falta com alguém, tornamo-nos inabilitados para servir ao Senhor; Satanás estará sempre nos acusando. Teremos, então, uma consciência fraca e seremos até mesmo incapazes de liberar o espírito.

No exército, a luta do filho varão é contra Satanás. Se ele, por conhecer as nossas faltas, nos acusar, como poderemos vencê-lo? Muitas vezes não damos atenção às pequenas coisas tais como tomar livros emprestados, guarda-chuva, canetas, etc. Temos muitas coisas dessas conosco e nunca devolvemos. Devemos ser fiéis nas pequenas coisas. Somente assim Deus nos abençoará confiando-nos as grandes.

O princípio da restituição é acrescentar a quinta parte. O versículo 7b diz:

“Fará plena restituição, e lhe acrescentará a sua quinta parte, e dará tudo àquele contra quem se fez culpado.”

Isso significa que quando saldamos uma dívida, devemos fazê-lo de maneira justa.

Preservando a Fidelidade

Quem é infiel ao Senhor traz maldição sobre si. Em I Coríntios 16.22, Paulo diz:

“Se alguém não ama ao Senhor, seja anátema”.

Não amar ao Senhor é ter outro amor ao invés d’Ele. Tais pessoas são marcadas pela maldição de serem consideradas “anátema”. A Bíblia diz que nós, os filhos de Deus, somos virgens puras desposadas com um único marido, Cristo (II Co 11.1-3; Ef 5.32; Ap 21.2). Cristo é o nosso amado, o nosso marido. A Ele devemos fidelidade.

Paulo foi designado para o ministério porque o Senhor o considerou fiel (1 Tm 1.12) Se formos fiéis ao Senhor, Ele também irá usar-nos , colocando-nos no ministério. Fidelidade ao Senhor é algo vital. Em 2 Timóteo 2.2 Paulo diz:

“E o que de minha parte ouviste,...isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros”

O que Deus requer de nós é fidelidade. A Bíblia nos diz repetidas vezes que não devemos ter ídolos. Deus é zeloso, um Deus ciumento. Se tivermos qualquer infidelidade para com Ele, Ele ficará insatisfeito. Por isso devemos manter-nos longe dos ídolos, longe de qualquer coisa além do nosso Deus. Muitas vezes somos infiéis ao senhor nas pequenas coisas. Isso faz com que o esposo, que está dentro de nós, fique insatisfeito. Devemos devotar todo nosso amor ao Senhor e ser fiéis a Ele.

Devemos testar a nós mesmos, se somos fiéis ao Senhor. Devemos testar se estamos inclinados para o espírito ou para a carne, as coisas do homem; se amamos a Igreja ou as coisas da terra. Muitas vezes dizemos que amamos ao Senhor, mas será que realmente O amamos?

Em Apocalipse, a Igreja em Esmirna foi fiel até a morte. Precisamos tomá-la como exemplo sendo também fiéis até a morte, não levantando nenhuma suspeita de infidelidade. Fora de Deus não devemos ter nenhum outro amor. Devemos pôr-nos a prova, para ver o que é mais importante para nós: o tabernáculo ou o pó do chão, isto é, a Igreja ou as coisas terrenas.