segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A QUESTÃO DA LEI VERSUS FÉ

“Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus” (Gálatas 2.16).

A carta aos Gálatas nos mostra que alguns na Galácia contendiam sobre não ser suficiente o homem ser justificado pela fé no Senhor Jesus; achavam que ele ainda devia guardar a lei. Eles não estavam dizendo que o homem não deveria crer. Eles certamente reconheciam que um homem é justificado em Cristo. Mas estavam também dizendo que ele ainda precisava guardar a lei.

Paulo estava dizendo uma palavra muito dura aqui. Ele estava dizendo que quem pensava assim estava dizendo que após termos crido no Senhor Jesus, nós ainda não fomos justificados, ainda somos pecadores, e ainda devemos guardar a lei para ser salvos. Era essa a questão que estava sendo discutida pelos cristãos da Galácia.

Paulo foi contundentemente contra esse argumento porque viu nele uma ameaça à doutrina da salvação pela graça. Em sua carta aos Romanos 3, Paulo fez outra afirmação clara. O versículo 28 diz: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei”. Essa é uma afirmação conclusiva. Agora é uma questão de fé. Nada tem a ver com a lei, absolutamente. Graças ao Senhor! Jesus é suficiente. Para a Bíblia, dar atenção à fé é dar atenção à graça de Deus.

Isso nos mostra que tudo vem pelo receber. Alguns gostam de exaltar os homens em sua pregação do evangelho. Mas se conhecemos a Bíblia, veremos que fora de Deus o homem é totalmente desamparado. Lembre-se destas duas sentenças: o homem não é salvo pela lei, tampouco é salvo pela fé com a lei. Este é o primeiro e mais comum engano do homem. Ele misturou a fé com a lei.

Efésios 2.8 e 9 dizem: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. Aqui a Palavra nos diz que a salvação é absolutamente pela graça e mediante a fé. É como dizer que a luz elétrica brilha pela eletricidade e mediante o fio condutor. É também como dizer que a água da torneira vem do reservatório no departamento de águas e mediante os encanamentos. O homem é salvo pela graça, mas o canal mediante o qual a salvação vem a nós é a fé.

O canal não são as obras, mas a fé. É somente mediante a fé e nada tem a ver com as obras. É preciso saber que a fé e as obras são basicamente opostas entre si. A graça do Senhor Jesus é baseada no amor de Deus. Quando cremos, a graça e o amor fluem para dentro de nós. Como resultado, somos salvos, temos vida, e somos justificados. Nada disso é transmitido a nós por meio das obras. Graças ao Senhor que não é por causa das obras! Por que não deveria sê-lo? A resposta aqui é: para que ninguém possa vangloriar-se.

Em Isaías 42.8 Deus diz: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome! A minha glória a outrem não a darei”.  No caso da salvação, a obra foi totalmente realizada por Deus em Sua soberania. Porque, então Ele iria dividir a glória com os homens? A glória só pode ir para aquele que realizou a obra. Seria um absurdo alguém trabalhar e outro receber a glória. Por que Deus fez toda a obra de nos salvar? É para que Ele tenha toda a glória. Ele não quer que trabalhemos pela salvação para que não nos vangloriemos.

Vangloriar-se é glorificar a si mesmo. Se fizermos qualquer coisa que mereça alguma glória, não iremos agradecer e nem louvar a Deus diante Dele. Imediatamente diremos: “Sem dúvida, a salvação é concedida a mim por Ti. É a Tua obra. Mas acrescentei a minha parte a ela. Se não tivesse acrescentado minha parte, não seria salvo como o sou hoje”. O homem gosta de superestimar seus próprios méritos. Ele gosta de superestimar suas próprias virtudes. Se Deus dissesse que cumpriria noventa e nove por cento da obra de salvação e que deixaria um por cento para nós, este um por cento silenciaria os céus.

Eles iriam se gabar da maravilha de sua própria obra e diriam: “Eu passei por aquilo desta maneira ou daquela maneira. Como você conseguiu passar? Qual foi a sua contribuição? Cada um estaria se gabando de sua própria obra e Deus não teria possibilidade de obter a glória que Lhe pertence.

Agradecemos e louvamos ao Senhor! Ele não deixou uma única coisa para fazermos. Quando alcançarmos o céu, teremos de dizer que ainda somos pessoas desamparadas. Somente pudemos chegar lá por causa da graça “gratuita”. Essa palavra “gratuita” calará no céu todas as vanglórias e o encherá com ações de graça e louvor. Tudo será ações de graça e louvor, porque tudo é realizado por Deus.

Devemos aceitar que esta é uma verdade da Bíblia. A obra do homem e a graça de Deus não podem ser misturadas. Se o homem fizer algo, por menor que seja, para a sua salvação, isso entrará em conflito com a glória. Deus quer toda a glória, pois Ele realizou toda a obra!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DA SALVAÇÃO

Nas páginas anteriores desse diário procuramos fortalecer no coração de nossos leitores a convicção de que a salvação de Deus é algo muito poderoso e que não podemos perdê-la por causa das circunstâncias da vida. Nessa página tentaremos mostrar alguns pontos que precisamos entender e diferenciar. São quatro coisas que devem ser distinguidas umas das outras.

 Se alguém quer entender a salvação, primeiro, ele tem de fazer distinção entre o cristão genuíno e o falso cristão. Segundo, ele deve distinguir entre a disciplina dos cristãos e a salvação eterna. A salvação eterna é uma coisa e a disciplina de Deus sobre Seus filhos é outra. Uma coisa é um cristão ser disciplinado nesta era; outra coisa é um incrédulo perecer na eternidade. Um cristão genuíno não perecerá eternamente, porém ele pode ser punido. Há muitos versículos que falam da punição de um cristão, porém, não se deve aplicar esses versículos à salvação.

Terceiro, há uma grande diferença entre o reino e a vida eterna. Em outras palavras, há uma grande diferença entre recompensa e dom. Uma coisa é você ser salvo; outra coisa é você reinar, governar, compartilhar da glória com o Senhor Jesus no milênio.

Há muitos trechos na Bíblia que falam sobre uma pessoa ser removida do reino. Aqueles que não estão esclarecidos acerca da diferença entre o reino e a vida eterna, entre galardão e a salvação, aplicam os versículos sobre reino à salvação. Muitos acham que ser removido do reino significa perecer. Essas coisas, entretanto, são totalmente diferentes. Um cristão pode perder sua posição no reino, porém não pode perder sua posição na salvação. Apesar de um cristão poder perder sua posição de reinar com Cristo, ele não pode perder sua posição de filho de Deus.

Quarto, a Bíblia não somente diz que um cristão sofrerá disciplina hoje, e não somente diz que alguns cristãos podem perder o reino, mas também diz que no reino há punições definidas para um cristão. A Bíblia diz que muitos cristãos sofrerão disciplina nesta era. Eles perderão a recompensa na era vindoura e também sofrerão punição. Contudo, não se pode misturar a punição no milênio com a perdição eterna. Perdição eterna é uma coisa, punição no reino é outra.

Quando um cristão é punido, isso não significa que ele perecerá eternamente. A salvação é eterna. Punição é apenas uma disciplina em família. Se alguns filhos de Deus não foram bem disciplinados nesta era da igreja, eles o serão na era vindoura do milênio. Portanto, há quatro coisas aqui que precisam ser distinguidas umas das outras. As quatro coisas: os falsos cristãos, a punição nesta era, a perda do reino e a punição no milênio são diferentes da vida eterna e da morte eterna.

Quando lemos a Bíblia, devemos ler o que está nela, não o que não está nela. Se não tivermos mente sóbria, teremos problemas. A razão pela qual a mente humana não é clara é que o homem põe suas próprias palavras na Bíblia. Muitas pessoas acham difícil ler a Bíblia; não porque a Bíblia não seja clara, mas porque essas pessoas já têm idéias pré-concebidas em sua mente.
Volto a insistir que temos de distinguir duas coisas na Bíblia: a disciplina de Deus nos cristãos desta era e a salvação deles na eternidade. Hebreus registra a questão da disciplina dos cristãos genuínos. Agora devemos ver quais os tipos de pessoas que Deus disciplina e qual é a finalidade dessa disciplina.

O MOTIVO E O OBJETIVO DA DISCIPLINA

Hebreus 12.5-6 diz: “E já vos esquecestes da exortação que vos admoesta como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, e não desmaies quando por ele fores repreendido, porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo o que recebe por filho”.  Aqui vemos claramente que o motivo da disciplina é o amor de Deus. Aqueles que recebem a disciplina de Deus são os filhos de Deus.

Se uma pessoa não for filho de Deus, Ele não irá discipliná-la. Você nunca encontrará na Bíblia que Deus disciplina um incrédulo. Deus não gasta Seu tempo e energia para disciplinar todas as pessoas desta terra. Ocorre o mesmo conosco. Nós não disciplinamos os filhos de nossos vizinhos. Somente disciplinamos nossos próprios filhos. Portanto, a esfera da disciplina limita-se somente aos cristãos, e o motivo da disciplina é o amor.

O versículo 10 diz: Pois eles (nossos pais) nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade”. Isso nos mostra o propósito da disciplina. Não é porque gosta de disciplinar-nos que Ele o faz. Tampouco é por que Ele quer que soframos. Ele nos disciplina a fim de podermos participar da Sua santidade.


Portanto, a disciplina prova que pertencemos ao Senhor. Não há necessidade de disciplina para alguém que não pertença ao Senhor. Somente os filhos de Deus estão qualificados a ser disciplinados. A Bíblia nos diz claramente que após um cristão ser salvo, mesmo que esteja derrotado e caído, ele não perecerá eternamente e não perderá a vida eterna. Entretanto, ele receberá a correção de Deus, hoje, na terra ou na era vindoura do milênio.

 É isso que a Palavra de Deus nos diz. Mesmo que seja difícil entender isso, creia que Deus está no controle e em Sua soberania Ele concluirá a obra que começou. 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A SALVAÇÃO COMPLETA

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).

Nas páginas anteriores do blog Diários do Reino, vimos que a obra que Deus fez e toda a graça que Ele nos deu quando fomos salvos, não podem ser anuladas com o passar do tempo. Podemos dizer ousadamente que fomos salvos para permanecermos salvos eternamente. Uma vez que Deus nos mostrou misericórdia, estamos eternamente debaixo da Sua misericórdia. Uma vez que temos a vida eterna do Seu Filho, jamais iremos perdê-la.

Embora sejamos muito ousados ao afirmar isso, nós ainda somos seres humanos. Até hoje muitos obreiros cristãos não têm o mesmo ponto de vista acerca desta questão. Como o coração do homem é enganoso e cheio da carne e de legalismo, eles não conseguem entender como a graça de Deus pode ser tão grande. É incrível demais para eles.

É natural o homem pensar dessa maneira. O homem está sujeito à carne e a carne está sujeita à lei. A carne conhece a lei; não conhece a graça. Qualquer coisa que se origine da carne é da lei. Mas tudo o que se origina de Deus, do Espírito Santo e da graça, é da fé.

No mundo nada sabemos sobre graça e dom. Tudo o que sabemos é barganhar. O dia todo, nossa mente está ocupada com o quanto devemos trabalhar e com quanto receberemos por nosso trabalho. Achamos que para ganhar algo, temos de trabalhar para isso. Essa é a nossa vida. A nossa vida é uma vida de barganha.

Pelo fato de vivermos dessa maneira, também pensamos que a graça de Deus e a vida eterna estão no mesmo princípio de barganha. Quando alguém ouve o evangelho, vê a luz por algum tempo. Percebe que a graça é gratuita e que não é uma questão de barganha. Mas essa percepção parece acontecer somente na hora em que foi salvo. Muitas pessoas ainda não foram libertadas do conceito de que a graça de Deus é um empréstimo. Eles pensam que se não agirem bem, Deus irá pedir de volta a graça que Ele deu. Mas se um homem conhece a Bíblia e tem clareza sobre a doutrina da salvação de Deus, ele, no mínimo deve admitir que tal coisa jamais poderia existir.

Ao ler a carta aos Romanos, capítulo 8, versículo 30, vemos os elos importantes de um mesmo propósito. Vemos que todos os que foram justificados serão glorificados. A glorificação aqui, na língua original, está no passado. Deus é um Deus eterno. Do ponto de vista de Deus, todos os que foram justificados já foram glorificados. Talvez, da nossa parte, tenhamos de esperar por mil anos para a nossa glorificação, mas da parte de Deus, em Seu propósito e em Seu plano, isso já se tornou história. Por isso Ele diz: “E aos que predestinou, a esses também chamou, e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”.

Deus já os glorificou e eles já foram glorificados. A história já foi escrita e não há como mudá-la. Desde que Deus completou o escrito de nossa história futura e os acontecimentos futuros, Ele determinou cumpri-los para nós.

Por causa disso, o início do versículo 31 diz: “Que diremos, pois, à vista destas coisas?” Se todos os justificados serão glorificados “que diremos, pois?” Nada diremos. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Deus já tomou a Sua decisão. Como pode o homem ser contra ela? “Aquele que não poupou seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas”?

Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Aqui Deus está perguntando, bradando ao mundo inteiro: “Quem?”

Paulo usa “quem o fará” quatro vezes. Paulo sabia que não há possibilidade de ocorrer qualquer dessas coisas. Pode ser que um eleito de Deus possa até não amar a Cristo, mas quem pode levar Cristo a não amá-lo? Está escrito: Quer seja tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigos ou espada, nada disso pode nos separar do amor de Cristo.

O versículo 37 diz: “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”. Note bem que não é por amarmos o Senhor, mas por Ele nos amar. Se fosse por nós O amarmos, não teríamos nenhuma esperança. Se é por meio de o Senhor nos amar, então “em todas as estas coisas somos mais que vencedores.

Paulo diz: “Porque estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura, poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (vs. 38 e 39).


Isso nos mostra clara e definitivamente que uma vez que Deus nos tenha dado a salvação, ela é nossa eternamente. Ninguém pode destruir esse fato. Essas palavras são muito elevadas, muito abrangentes e muito profundas. O que Deus faz, Ele faz integralmente. Deus é o Alfa e o Ômega. Ele nunca pára até que a obra esteja completa.   

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

OS CRISTÃOS SÃO PRESENTES DE DEUS AO SEU FILHO

“Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus e os deste a mim, e eles guardaram a tua palavra” (João 17.6).

Muitos cristãos não conseguem ver claramente o relacionamento entre Deus, o Senhor Jesus e nós, os pecadores. Por isso eles se confundem e pensam que podem perder a salvação. Porém, a Bíblia diz que nós, cristãos, os pecadores já salvos, somos os presentes dados por Deus ao Senhor Jesus. O Pai deu como presentes ao Senhor Jesus as pessoas salvas.

Se Deus nos deu como presentes ao Senhor Jesus, será que ainda há possibilidade de perdermos a salvação? Temos de considerar a questão sob dois ângulos. Por um lado, Deus nos deu ao Senhor Jesus como presentes. Se nos fosse possível perecer e perder a salvação, se nossa salvação não fosse eterna, o fato de Deus dar-nos a Jesus se tornaria uma brincadeira com o Senhor. Seria como ganhar de presente bolhas de sabão que são lindas, mas desaparecem em poucos minutos.

Se Deus não fosse onisciente, seria possível que Ele nos desse como uma bolha de sabão ao Senhor Jesus. Não posso imaginar que Deus daria ao seu Filho presentes que não iriam durar muito tempo e que explodiriam no ar como bolhas de sabão. Que aconteceria se um dia essas pessoas se perdessem? Não poderíamos culpar somente Deus por dar ao Senhor Jesus um brinde sem valor, mas deveríamos culpar o Senhor Jesus por não ser capaz de guardar aqueles que Deus Lhe deu.

Todos os salvos foram dados e presenteados por Deus ao Senhor Jesus. Jesus recebeu-os da mão do Pai e por isso sentiu-se responsável por eles. João 17.9 diz: “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo”. O senhor Jesus não orou pelo mundo, mas “por aqueles que Me deste, porque são Teus”. O versículo 12 diz: 
“Quando eu estava com eles, guardava-os no Teu nome, que Me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição”

O Senhor Jesus afirmou que, exceto Judas, não pereceu nenhum dos que Deus Lhe dera.

Quando fomos salvos do mundo, Deus já nos deu ao Senhor Jesus. Por isso, todos os que Deus deu ao nosso Senhor, os que creram no Seu nome, serão guardados por Ele. Como pode um cristão perder a salvação novamente? Depois que Deus nos deu ao Senhor Jesus, como poderíamos perecer? A Bíblia diz que nem um dos que Deus deu ao Senhor Jesus pereceria.

Você conhece as palavras de Jesus em João 6.37? Nesse versículo o Senhor Jesus disse: “Todo aquele que o Pai Me dá, virá a Mim; e o que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora”. Por que você creu em Jesus? Por que você veio a Ele? Você veio ao Senhor Jesus e O recebeu porque Deus deu você ao Seu Filho amado. “Todo aquele que o Pai Me dá, virá a mim”. Em outras palavras, todos os que vem ao Senhor são dados a Ele pelo Pai. “O que vem a Mim, de modo nenhum o laçarei fora”. Não há maneira de perdermos a salvação porque Deus já nos deu ao Senhor Jesus.

Há outra porção na Bíblia na qual Jesus se refere às Suas ovelhas. Ele diz em João 10.29: “Meu Pai, que as deu a Mim”. Quem são as ovelhas do Senhor Jesus? Nós somos as ovelhas. No Evangelho de João, nos é revelado que somos o presente dado ao Senhor Jesus por Deus. Deus não poderia dar-nos como uma prenda barata, e o Senhor Jesus não pode simplesmente jogar-nos fora após nos ter recebido. Não pensem que a nossa salvação é insignificante. Uma vez que não fomos salvos por fazer isso ou aquilo, também não podemos deixar de ser salvos pelo fato de fazer isto ou aquilo.

Agradeço a Deus porque anteriormente eu era um pecador condenado. Eu não pedia para ser salvo. Eu rejeitava-O e me opunha a Ele. Mas, inesperadamente, Deus restaurou-me e levou-me a aceitar a Palavra que eu havia rejeitado a princípio. Deus tomou-me e deu-me ao Senhor Jesus. Uma vez que fui dado, não tive mais como escapar. Daquele dia em diante, passei a estar nas mãos do Senhor.

Já que fomos dados por Deus e recebidos pelo Senhor Jesus, para onde podemos fugir? Se nós estivéssemos labutando por nós mesmos, se estivéssemos lutando e esforçando-nos para nos salvar, bastaria uma pequena negligência ou descuido e estaríamos terminados. Mas devemos perceber que foi Deus quem nos deu ao Senhor Jesus e Foi Ele quem nos salvou.

O senhor Jesus disse: “Aquele que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora”. A expressão “de modo nenhum” na língua original é muito enfática. Significa a despeito do que quer que seja. “De modo nenhum” é uma expressão forte. Significa que a despeito de qualquer motivo, o senhor não nos abandonará. Não há absolutamente um único cristão verdadeiro a quem o Senhor Jesus tenha abandonado.


Se você pensa que a salvação vem do Senhor, mas preservá-la depende de nós, você descobrirá que ninguém pode preservar-se nem mesmo um único dia. Eu estou colocando o homem de lado; estou desprezando o homem, mas exaltando o salvador. Tudo foi cumprido por Ele. Isso é uma dádiva, é um presente. Nunca seremos rejeitados.