segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O REINO É O TEMPO DA PUNIÇÃO FUTURA

“O Senhor daquele servo virá num dia em que ele não o espera e numa hora que não sabe. Ele o punirá severamente e lhe dará lugar com os hipócritas, onde haverá choro e ranger de dentes” (Mateus 24.50,51).

Exatamente quando ocorrerá a punição futura? Está claro que haverá punição no futuro após o Senhor voltar; mas em que momento após a volta de Jesus isso ocorrerá?

Para obter uma resposta baseada na Palavra de Deus precisamos considerar três eras na Bíblia. A era presente, que pode ser chamada de era da graça ou, também de era da igreja. A era vindoura pode ser chamada de era do reino ou era do milênio, pois tal era durará somente mil anos (Ap 20:6). Após a era vindoura, ainda há outra era, que é uma era eterna. É a era do novo céu e nova terra.

A Bíblia apresenta-nos essas três eras. A era da igreja é a era da graça, porque a graça e o amor de Deus são manifestados nela. Nesta era Deus salva os injustos e leva o homem a receber a graça do Senhor Jesus. Tudo nesta era é proveniente da graça, mas a era vindoura será a era de justiça. A era eterna também será uma era de graça. Vemos, então, que a era da igreja e a era do novo céu e nova terra serão eras onde a graça será manifestada. Contudo, a era do reino é totalmente de justiça.

Se você não tiver clareza sobre essas eras, sua leitura da Bíblia, sua teologia e sua compreensão bíblica estarão incorretas. Vamos focar a era do milênio. Essa era é uma era parentética, especialmente preparada por Deus, para recompensar os fiéis e punir os pecaminosos. Aquele período será um período especial Podemos citar pelo menos duzentos versículos do Antigo e do Novo Testamento acerca do julgamento justo no reino.

Na língua original, a palavra justiça tem o sentido de ações praticadas. Portanto, entendemos que a justiça será feita aos nossos próprios atos justos.

 “Alegremo-nos, exultemos, e demos-lhe glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma se ataviou, pois foi-lhe dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos”. O linho finíssimo é a justiça nos atos dos que crêem. Portanto referem-se aos nossos próprios atos justos.  

Há muitas evidências de que a era do reino será um tempo de recompensas dadas por Deus a todos os que apresentaram suas obras, seus atos de justiça, e foram aprovados diante do trono de julgamento de Cristo.

“Vi também tronos, e nesses tronos sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade para julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quanto não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e nem receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos” (Ap 20:6).
Esses versículos nos dizem quais serão os reis que reinarão com Cristo mil anos. O reino não é para todos. O reino é apenas para os mártires de todos tempos da era da igreja. É somente para os que rejeitaram Satanás e o Anticristo.

Isso prova que o reino milenar não é dado como um dom gratuito, mas é obtido por meio de obras diante de Deus. Apesar de vermos em outras passagens outros tipos de pessoas reinando, em Apocalipse vemos que deve haver justiça específica antes que possa haver participação nas bodas do Cordeiro. Nos versículos acima, somente os que são mártires podem ser reis. Sem ter a justiça específica e sem ser martirizado, nem um sequer pode ter parte no reinado. Assim é o milênio.

Segundo o ensino de Apocalipse, podemos dizer que no novo céu e nova terra Deus lida com o homem baseado na graça. No reino, entretanto, Ele lida com os cristãos com base na justiça. Portanto, devemos admitir que é no reino que Deus irá nos disciplinar. No novo céu e nova terra tudo é recebido gratuitamente.

Nisso vemos a relação entre o presente e o futuro. Se hoje amarmos o mundo, andarmos segundo a carne, e tivermos um viver desleixado, na era por vir seremos disciplinados por Deus. Mas, se amarmos o Senhor hoje e abandonarmos tudo por causa do Senhor, receberemos a graça de Deus e o Seu galardão. Esse é o ensinamento bíblico acerca destas três eras. Estamos falando o que a Palavra de Deus nos ensina.


É verdade que o homem pode desfrutar a vida eterna hoje. Mas o reino é o tempo no qual Deus lidará com Seus filhos. Se você tiver um viver desleixado hoje, será disciplinado na era vindoura. 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A DISCIPLINA DE DEUS NA ERA VINDOURA

"Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama e castiga todo aquele a quem aceita como filho" (Hebreus 12:6)

A Bíblia diz que o Senhor nos disciplina porque nos ama. O homem quando ama, é tolerante, mas Deus quando ama, disciplina. Quando o homem ama, ele é negligente, mas quando Deus ama, Ele é sério. Se Deus não nos tivesse amado, Ele não teria enviado Seu Filho para morrer pelos nossos pecados na cruz. Da mesma forma, se Deus não nos amasse, Ele não nos disciplinaria.

Todo cristão deveria saber que não há contradição entre a disciplina de Deus e a graça de Deus. Pelo contrário, a disciplina de Deus manifesta a graça de Deus. Apesar de crermos que uma pessoa não pode perecer após ser salva, jamais poderemos dizer que essa pessoa nunca sofrerá a disciplina de Deus. 

A questão é se a disciplina de Deus restringe-se a esta era ou se ela se estende à era vindoura também. Essa é uma questão que muitos jamais consideraram. Então vamos examiná-la.

A Bíblia nos mostra que a disciplina de Deus não se restringe somente a esta era. Ela também pode ser vista na próxima era, ainda que muitos tentem defender que a mesma está restrita a esta era. Entretanto, você não conseguirá encontrar na Bíblia nenhuma base para tal ensinamento. Em se tratando de experiência cristã, certamente existe a possibilidade de disciplina na era vindoura.

Muitos não têm sido disciplinados nesta era. Embora sejam filhos de Deus, eles não têm um viver consagrado nesta era. Fazem o que querem e em muitas coisas são desobedientes por toda a vida, até a morte. Alguns têm até mesmo pecados evidentes e transgressões específicas. Não vemos muita disciplina neles. Pelo contrário, vivem tranqüilamente e em paz partem desse mundo. Entretanto, essas pessoas, além de perderem a recompensa, serão disciplinadas no reino. Elas experimentarão uma disciplina específica de Deus.

Portanto, de acordo com a experiência, se um cristão viver na terra, hoje, sem controlar suas paixões, amando o mundo e andando nos seus próprios caminhos, ele será disciplinado na era vindoura. Temos ampla evidência disso na Bíblia.

Em João 15:2 o Senhor diz: “Todo ramo em mim que não dá fruto, Ele o corta; e todo o que dá fruto, Ele o limpa, para que produza mais fruto”

O limpar aqui é uma purificação. Deus poda os elementos desnecessários, supérfluos que são obstáculos para que os ramos produzam mais fruto. Isso é um “tipo” da disciplina de Deus. Portanto, o propósito da disciplina de Deus não é destruir-nos, mas aperfeiçoar-nos a fim de que nos tornemos mais dignos da glória de Deus, da santidade de Deus, e da justiça que é posta diante de nós. 

Portanto, na Palavra de Deus existem dois tipos de purificação: Uma é a purificação pelo sangue do Senhor Jesus; a outra é a purificação que Deus faz por meio do nosso ambiente, família, saúde e trabalho. Se formos displicentes naquilo que não devemos ser, ou se nos recusarmos a eliminar o que for preciso, a mão disciplinadora de Deus recairá sobre nós em nosso ambiente.

Pela Bíblia sabemos que a morte jamais muda alguém. Nenhuma passagem na Bíblia mostra o caso de uma pessoa que tenha sido mudada pela morte. Como, então, se cumprirá o propósito de Deus de estarmos com Ele eternamente? Na eternidade seremos como o Senhor; seremos santos, assim como o Senhor é santo. Mas será que podemos dizer que hoje somos tão santos como o Senhor é? Que somos dignos de estar com o Senhor pela eternidade?

É verdade que o sangue do Senhor Jesus nos limpou e o registro dos nossos pecados foi apagado. Isso é um fato consumado. Mas falando sinceramente, temos Cristo vivendo em nós de forma prática? Temos permitido o Cristo ressurreto expressar-se em nós? Nosso andar hoje ainda é muito diferente daquele que deverá ser na eternidade; hoje estamos muito aquém da santidade, justiça e glória de Deus. Muitos cristãos ainda estão cheios de pecados e imundícies.

Sendo assim, aqui temos um problema. Se as coisas hoje estão tão ruins, mas serão tão boas no futuro, se são tão imperfeitas hoje, mas serão tão perfeitas no futuro, quando ocorrerá a mudança? Deve haver uma mudança em algum lugar ao longo do caminho. Na eternidade , quando estivermos com Deus e o Cordeiro na Nova Jerusalém, estaremos na luz assim como Deus está na luz. Mas quando nos tornaremos esses tais?


O conceito humano é que ao morrer mudaremos, mas a Bíblia nunca afirma que a morte física fará uma pessoa ser santa. Se a morte pudesse mudar um cristão, então ela também poderia mudar uma pessoa não-salva. Contudo, a morte jamais muda alguém.

 Se uma pessoa não muda nesta era, mas estará diferente no novo céu e nova terra, e se a morte não muda as pessoas, então, quando ocorrerá a mudança? A Bíblia nos mostra claramente que na era vindoura haverá disciplina, e essa disciplina nos podará e purificará. 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

EDIFICAR COM OURO, PRATA E PEDRAS PRECIOSAS

A passagem mais clara na Bíblia acerca da recompensa é 1 Coríntios 3:14-15:

“Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo”.

Esses versículos e também o seu contexto, nos mostram claramente o que um cristão não pode perder e o que ele pode perder.
Desde que uma pessoa seja salva, certamente está salva para sempre. Contudo, se tal pessoa receberá ou não um galardão, isso não pode ser decidido hoje. A salvação eterna de um cristão já está determinada, mas a recompensa futura é uma questão ainda pendente. Ela é decidida pela maneira como alguém edifica sobre o fundamento do Senhor Jesus.

A nossa salvação independe de como edificamos. Ela depende apenas de como o Senhor edifica. Se a Sua obra é perfeita, certamente estamos salvos. Entretanto, se receberemos ou não a recompensa, ou se sofreremos perda, depende da nossa própria obra de edificação. Se alguém edifica com ouro, prata e pedras preciosas, coisas com valor eterno, sobre o fundamento do Senhor Jesus, certamente receberá galardão. Contudo, se edifica com madeira, feno e palha, não receberá galardão diante de Deus. Ele pode ter muito diante do homem, contudo não terá muito diante de Deus. Isso mostra que é possível uma pessoa perder seu galardão e ter sua obra queimada.

Nunca é demais repetir isto: Graças a Deus que a questão da nossa salvação eterna foi decidida a mais de dois mil anos. Quando o Filho de Deus foi levado à cruz, nossa salvação foi decidida. A verdade do evangelho é muito equilibrada. A salvação depende totalmente do Senhor Jesus. Conceder a salvação depende totalmente do Senhor Jesus. Entretanto, se alguém pode obter sua recompensa ou não, depende da sua própria obra de edificação.

O homem deve crer, e também deve trabalhar. Esse trabalho não é propriamente dele, mas é aquilo que o Espírito Santo tem trabalhado nele. Aqui vimos que é possível perdermos nosso galardão. É igualmente possível sermos reprovados para o reino e privados da nossa coroa. Baseados no ensinamento do Evangelho a respeito do assunto recompensa, entendemos que a nossa posição no reino não está decidida; ela está sujeita a mudanças e não está assegurada.

A Bíblia mostra-nos que o reino de Cristo é eterno. Contudo, alguns entrarão nele somente na eternidade futura, enquanto outros entrarão nele no milênio. O reinado de Cristo começa com o reino milenar. Apocalipse 11:15 diz:

 “O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do Seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos”.

 Esse versículo nos mostra que o reino de Cristo está ligado à eternidade futura; ele perdura para todo o sempre. Entretanto, ele começa com o toque da trombeta do sétimo anjo. Isso será durante a grande tribulação.
Mesmo sabendo nós que a questão de vida ou morte eternas já está decidida, é bom que saibamos que, após alguém crer, há experiências diante dele; ele ainda tem uma caminhada até o reino que está adiante, juntamente com a glória futura que o aguarda. Alguns obterão estas coisas: o reino, a coroa e o galardão; enquanto outros não. É o que diz a Bíblia.

Alguns entrarão no reino de Cristo; outros não estarão aptos para entrar. Isso não significa que aqueles que não puderem entrar no reino de Cristo não sejam salvos. Mas significa que serão retiradas a recompensa e a glória deles. Portanto, precisamos correr e nos esforçar. Se estaremos aptos para reinar com Jesus, no futuro, dependerá de como nos esforçamos hoje.   

 O reino será o tempo no qual Cristo e os cristãos receberão glória juntos. O reino será o tempo no qual Deus recompensará o Seu Filho. Naquele tempo, nós também teremos uma porção. Se vamos ser achados dignos de receber a glória do Senhor, dependerá totalmente do resultado de nosso andar e trabalho pessoais. Não existe questão de mérito no novo céu e nova terra. Mas no reino, somente os que tiverem mérito receberão glória.

O Senhor sofreu perseguição, dificuldades e humilhação. Se somos participantes das aflições de Cristo nessa era da igreja, com certeza nós partilharemos uma porção de glória, com Ele, no reino vindouro:

“Se somos filhos, logo somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Romanos 8: 17).







segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

 A PERDA DO REINO É A PERDA DA RECOMPENSA

“Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”
(1ª aos Coríntios 9: 25-27).

De acordo com o contexto, o assunto é a preocupação do apóstolo não com a sua salvação eterna e sim com o risco que ele corria de ser reprovado. Paulo temia que, tendo pregado a outros, ele mesmo fosse reprovado. Ele está dizendo que também poderia ser reprovado apesar de tudo.

No versículo 24, Paulo se compara a alguém que está participando de uma corrida, na qual somente um levará o prêmio. Portanto, o problema aqui não é uma questão de salvação, mas de receber o prêmio. Paulo está falando sobre como uma pessoa salva pode receber o prêmio; ele não está falando de como alguém não-salvo pode ser salvo.

Somente os que são salvos, os que creram no Senhor Jesus, nasceram de novo e tornaram-se filhos de Deus estão qualificados para entrar nessa corrida. Somente os filhos de Deus podem participar e perseguir o prêmio que Deus deseja que ganhemos. Se alguém não é um filho de Deus, não está sequer qualificado para entrar na corrida.   

Em lugar nenhum na Bíblia é dito que a salvação é ganha por corrermos uma carreira. A Bíblia nunca diz que se alguém for capaz de correr mais rápido, então será salvo. Se assim fosse, poucos seriam salvos, e a salvação dependeria de obras. A Bíblia, no entanto, diz que o prêmio vem pelo correr; 
Deus colocou-nos em uma pista de corrida para corrermos uma carreira.

Qual é o prêmio? O versículo 25 diz: “Todo atleta em tudo se domina; aqueles para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível”.

 Aqui é dito que o prêmio é uma coroa. Portanto, a palavra “desqualificado” não se refere à perda da salvação. A palavra “desqualificado”  no versículo 27, significa fracassar em receber a coroa, o prêmio. Se Paulo podia ser desqualificado, então todos nós temos a possibilidade de sermos desqualificados. Se Paulo podia perder seu prêmio, sua coroa, então cada um de nós também tem a possibilidade de perder o prêmio, a coroa.

Pelo que muito desejamos ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes. Pois todos devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Co 5:9-10). 

Paulo anelava ser agradável ao Senhor. Quer vivesse ou morresse nesta terra, o seu desejo era agradar ao Senhor. Como ele correu a carreira? Ele não a correu desleixadamente. Ele tinha uma direção certa e um alvo definido. 
Como ele disse certa vez: 

“Prossigo para o alvo pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. Se quisermos receber o prêmio, que devemos fazer? “Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão” (v. 27).

Muitos estimam seu próprio corpo acima da vontade de Deus. Se um cristão pode ou não agradar ao Senhor, dependerá do quanto ele pode controlar seu corpo. Muitos não conseguem controlar seu próprio corpo. Sempre que um pequeno estímulo chega ao corpo, toda sorte de pecados acontece. Devemos ver que todos os que não conseguem controlar seu próprio corpo perderão seu prêmio, a sua coroa. Embora possam pregar o evangelho a outros, eles mesmos serão desqualificados.

Nós, cristãos, somos salvos uma vez por todas e jamais perderemos nossa salvação. Mas quando o Senhor Jesus voltar na Sua glória para governar a terra, Ele não dará coroas para todos. No novo céu e nova terra, embora cada pessoa salva receba a mesma glória, não será assim quando o Senhor Jesus vier governar sobre a terra por mil anos, alguns perderão seu prêmio, sua autoridade e sua glória. Alguns não estarão aptos para entrar no reino e não estarão aptos para receber uma coroa.

A palavra do Senhor é muito clara acerca da salvação e da vida eterna: ambas são totalmente provenientes da graça. No entanto, se alguém irá ou não entrar no reino dos céus, dependerá de suas obras. Acabamos de ver que temos de “fazer” a vontade de Deus. Aqui vemos que é necessário esmurrar nosso próprio corpo. 

Exteriormente, podemos realizar muitas obras, mas enquanto não pudermos restringir o nosso corpo, não teremos qualquer chance de entrar no reino e reinar com Cristo. Essa é a verdade revelada na Palavra de Deus.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

DEUS NOS DISCIPLINA PARA SALVAR-NOS DA CONDENAÇÃO

“Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor para não sermos condenados com o mundo” (I Coríntios 11:32).

Há um objetivo na disciplina de Deus. Ela visa salvar-nos da condenação no futuro. Deus nos disciplina para que não caiamos na condenação que o mundo receberá. Em outras palavras, a disciplina prova que somos salvos. A disciplina preserva nossa salvação.

A maneira como Deus faz as coisas e a nossa maneira são totalmente diferentes. Nós achamos que se dissermos às pessoas que elas estão salvas, elas se tornarão levianas e sem restrição quanto ao pecado. Deus não é assim. Ele proclama claramente, absolutamente e sem limitação para todos os que crêem Nele que todo aquele que crê tem a vida eterna e não perecerá. 
Contudo, Ele tem a sua maneira de guardar-nos de pecar e de guardar-nos de ser cristãos libertinos e frouxos. Deus tem a Sua disciplina.

A doutrina paulina a respeito da disciplina de Deus nos afirma que um cristão pode ter disciplina temporária nesta era, mas não irá perecer eternamente. Podemos precisar de disciplina, mas ainda estaremos salvos na eternidade, isso porque as questões do espírito e da salvação eterna já foram decididas quando cremos no Senhor Jesus.

Reconheço que precisamos aprofundar o entendimento a respeito do objetivo da disciplina de Deus. O que pode acontecer, então, aos cristãos que forem disciplinados nessa era da igreja, e que mesmo assim, não mudaram seu proceder? A resposta a essa questão é clara no Novo Testamento, principalmente nos escritos de Paulo.

Antes de tratar sobre este aspecto quero lembrar que o reino é o tempo em que Deus recompensará os cristãos conforme as suas obras. No reino, os cristãos fiéis serão recompensados e os infiéis serão punidos. Muitas pessoas pensam que se um cristão for infiel, mesmo tendo uma posição inferior, ele estará dentro do reino. Muitos que não compreendem a Palavra de Deus e a obra de Deus, pensam que lhes está garantida a entrada no reino dos céus.

Eles acham que, quando o Senhor Jesus vier para reinar, haverá simplesmente uma distinção entre as mais altas e as mais baixas posições no reino; que ninguém perderá totalmente a oportunidade de reinar juntamente com Cristo. Entretanto, no reino dos céus, haverá não só distinção entre as posições mais altas e as mais baixas, como também haverá distinção entre ter a entrada permitida e ser deixado de fora do reino.

A Bíblia revela-nos uma verdade muito séria. Apesar de uma pessoa ter a vida eterna, ela ainda pode ser rejeitada para o reino dos céus. Mateus 7:21 é um versículo que fala disso: 

“Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos céus”

Nesse versículo, todas as pessoas se dirigem a Jesus como “Senhor”. Porém, o próprio Senhor fará uma distinção entre os discípulos que podem entrar no reino dos céus e os que não podem.

O Senhor mostra-nos claramente que a condição para entrar no reino dos céus é fazer a vontade de Deus. Embora alguns tenham sido salvos e tenham-No chamado de Senhor, e realizado algumas obras, todavia, sem fazer a vontade de Deus, eles não poderão entrar no reino dos céus. A recompensa do reino dos céus tem por base a obediência do homem. Quem não for fiel enquanto viver na terra, não perderá a vida eterna, mas perderá o reino dos céus.

Quando chegar o tempo dos céus reinarem, isto é, quando o Senhor Jesus vier pela segunda vez, alguns não poderão entrar no reino, mas irão perdê-lo. Primeiramente, o Senhor mencionou esse assunto no versículo 21. A seguir, nos versículos 22 e 23, Ele explicou-nos a questão em forma de profecia. Haverá muitos, não apenas um ou dois, que não farão a vontade de Deus. 

“Muitos, naquele dia, Me dirão: Senhor, Senhor! não foi em Teu nome que profetizamos, e em Teu nome expulsamos demônios, e em Teu nome fizemos muitos milagres? Então lhes declararei: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”.

Aqui o senhor Jesus nos diz o que ocorrerá diante do trono de julgamento. Ele diz: “Naquele dia”; portanto, isso não se refere a hoje, mas ao futuro. Há muitos que labutam, mas não vêem a luz de Deus em sua vida. Quando o tempo do julgamento vier, e quando Cristo começar a julgar a partir da casa de Deus, esses cristãos terão luz pela primeira vez. Eles verão que estiveram errados em sua posição e em seu viver.

Devemos lembrar-nos não somente de chamá-Lo de Senhor com a nossa boca, mas também de fazer a vontade do Pai em nosso andar. O que o Senhor Jesus está dizendo é isso: 

“Muitas pessoas são filhos de Deus. Elas são salvas, elas me chamam de “Senhor” e tem realizado muitas obras. Mas apesar disso, elas serão excluídas do reino. Por essa razão vocês devem ser cuidadosos e fazer a vontade de Deus”.

Se alguém vir a questão do reino, perceberá que no reino a questão não é se uma pessoa é salva ou não, se é filho de Deus ou não; o que realmente conta é se a sua obra, depois de tornar-se cristão, será suficiente para proporcionar-lhe a entrada no Reino dos céus.