quarta-feira, 21 de maio de 2014

                     O TEMA CENTRAL DO CRISTIANISMO

O amor é a característica predominante da fé sadia. E o amor cristão não é um sentimento quente e arrebatador, mas uma demonstração de cuidado e preocupação com o bem estar de outra pessoa. O verdadeiro amor é uma poderosa força curadora. Ele valoriza as pessoas por aquilo que elas são, não pelo que elas podem fazer.

Aqueles que experimentam o amor genuíno ficam livres para amar os outros da mesma maneira libertadora. O amor cria laços emocionais e espirituais positivos como nunca se viu.

O amor é o tema central do cristianismo. Cristo demonstrou seu amor quando deu sua vida por nós na cruz. O fato é que aquilo que Jesus fez na cruz dá-nos uma nova definição de amor.
“Nisso consiste o amor”, disse João, “não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1 João 4.10).

 Ele sacrificou a si mesmo não por causa de algo que tenhamos feito, não porque merecêssemos, mas porque ele nos amou do jeito que somos.
Os cristãos sadios refletem seu salvador e, portanto, estão cheios de amor. Seu amor cura e os ajuda a suportar todas as provações. É o fundamento para um futuro eterno com Deus e para o crescimento das relações com os outros. Ainda que os cristãos tivessem todos os talentos do mundo, mas não tivessem um profundo e permanente amor, sua fé não teria qualquer valor. Mas onde há amor, a fé cresce e as pessoas são atraídas por Deus.

O amor é a marca que atesta a qualidade da fé autêntica. De acordo com 1 Coríntios 13, o amor não guarda recordações dos maus tratos que recebeu, não se lembra dos erros. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Sempre protege, sempre confia, sempre espera, sempre persevera. Ele não gera nem endossa um comportamento pecaminoso, mas reconhece que estamos construindo nossa fé em Jesus Cristo. Ele nos capacita a dizer a um companheiro de lutas: “Eu o amo o suficiente para ficar a seu lado enquanto Deus opera em sua vida”.  

O exercício de uma fé sadia permite que uma pessoa seja paciente, confiando que Deus não vai abandonar ou rejeitar aquele que vem a ele com sinceridade. Os cristãos sadios são pacientes com os outros e consigo mesmos, à medida que permitem que Deus corrija as falhas de seu caráter. Tal paciência é vista apenas no coração dos fiéis saudáveis. Se nossa fé não nos leva à paciência, então ela não é sadia.

A fé sadia produz bondade para com os outros à medida que amadurecemos em amor. Cristãos sadios também são gentis consigo e não sentem necessidade de se punirem porque erraram o alvo. Essa bondade é tão atraente que outras pessoas se aproximam da fé por causa dela.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

                                         FORTES LIGAÇÕES
                    
                    Uma fé sadia baseia-se em relacionamentos

“Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quando vedes que o Dia se aproxima” (Hebreus 10.24, 25).

“Juntos” é uma palavra chave na vida cristã. O Novo Testamento deixa claro que os relacionamentos ocupam um lugar de destaque na Igreja. Isso significa que a fé sadia é centrada nos relacionamentos, não nas atividades ou nas tarefas. Ela valoriza o indivíduo por aquilo que ele é como filho de Deus, não tomando por base aquilo que a pessoa pode fazer ou com que pode contribuir.

A piedade depende de uma crescente caminhada com um Deus pessoal, não da aceitação de determinados códigos de conduta. A fé sadia tem em mente a instrução dos apóstolos:

 “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte” (1 Jo 3.14).

Deus nos tem mostrado que quanto mais o amarmos, mais buscaremos os outros e manifestaremos seu amor em nossos relacionamentos. Não ficaremos focados apenas na obediência aos mandamentos da Palavra, mas também em desenvolver intimidade com os outros. Compartilhar a fé e amar os outros desenvolve o relacionamento de uma pessoa com Deus.

Cristãos orientados ao desempenho concentram-se naquilo que fazem em nome de Deus e naquilo que consideram recompensa imediata enviada pelo Senhor, em vez de colocarem sua confiança em Deus. Dessa forma eles terminam confiando totalmente em suas próprias habilidades para encontrar o favor divino.

Seu desempenho torna-se tudo, e eles se cercam de pessoas que estejam dispostas a dizer que o seu desempenho é excepcional. O desempenho é o que determina o valor da pessoa, mas a cada dia terá que lutar para obter seu senso de valor pessoal.

O Novo Testamento acaba com todos esses padrões de desempenho, assim como leves brisas conseguem dissipar fumaças tóxicas. Jesus rejeitou claramente esse padrão na vida daqueles a quem chamou para segui-lo. Em Mateus 18 lemos que:

“Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles, E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus” (vs. 2-4).

O que uma criança pode fazer senão correr para os braços abertos de Deus? O que um menino ou menina pode fazer senão aceitar a graça, o amor, a força e a ajuda de Deus de coração aberto? Nada além disso. E Deus não requer nada além disso.

Numa igreja sadia os relacionamentos crescem e florescem quando as pessoas estão concentradas no relacionamento número 1, que é sua relação com Deus. Não creio que alguém seja capaz de construir um relacionamento autêntico com alguém a não ser que, primeiramente, tenha construído um relacionamento com Deus. A maneira como nos relacionamos com os outros normalmente espelha a forma como nos relacionamos com Deus,

Se realmente amarmos a Deus, cultivaremos uma caminhada interior e pessoal com ele. Gastaremos tempo com ele todos os dias. Vamos experimentá-lo diariamente no estudo bíblico, na oração e na adoração. E se não pudermos fazer disso uma prioridade, também não consideraremos prioritários os outros relacionamentos em nossa vida.

Muitas pessoas insistem que sua fé e sua caminhada com Deus são coisas particulares, que elas não precisam discuti-las com ninguém. Embora nosso relacionamento com Jesus possa ser íntimo e profundamente pessoal, esse assunto é qualquer coisa, menos particular! Vejo por todo o Novo Testamento passagens que nos levam a relacionamentos abertos. O Novo Testamento não fala nada sobre o cristianismo do soldado solitário.   

Tiago nos instrui claramente: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados” (Tg 5.16). A confissão é uma ponte, algo que fortalece uma relação e abre as câmaras da vergonha que escurecem a alma de uma pessoa, de modo que ela possa experimentar uma medida maior de liberdade em Cristo.

A confissão a Cristo derruba a parede da culpa que se ergue cada vez que agimos irresponsavelmente. Também põe abaixo a parede de culpa que foi levantada entre nós e outros cristãos. Nosso orgulho amplia essa parede, mas quando humildemente confessamos uns aos outros, ela cai por terra, permitindo que a intimidade seja restaurada.   

A fé do Novo Testamento não é meditação particular que repousa em algum canto de nossa mente. É uma certeza feliz – uma realidade sobre a qual se deve falar na presença de ouvidos atentos.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

                        O MINISTÉRIO DA IGREJA É A ORAÇÃO

“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra, será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu” (Mt 11.18).

O ministério da Igreja é o ministério do Corpo de Cristo, e esse ministério é a oração. Tal oração não deve ser feita com objetivos devocionais, nem por necessidades pessoais; é mais para o “céu”.

O que essa oração significa é: Deus não agirá imediatamente, mas esperará até que a igreja ore a respeito de algo e, então, fá-lo-á no céu. Se a Igreja tomar a responsabilidade de fazer tal oração sobre a terra chegará a ocasião em que se fará aquilo que a Igreja concordou em oração. Deus quer tomar certas atitudes, mas espera que a Igreja ore.

Muitos assuntos estão amontoados no céu, muitas transações permanecem sem efeito, simplesmente porque Deus não encontra seu escoadouro na terra. Quem sabe quantos assuntos não terminados existem no céu, os quais Deus não pode executar porque a Igreja não tem exercitado seu livre-arbítrio de pôr-se ao lado dele para a realização do seu propósito!

Entendemos que a tarefa mais nobre da Igreja, a maior tarefa que ela poderia executar, é a de ser o escoadouro de Deus na terra. Para isso a Igreja deve orar. Tal oração não é fragmentária; é um ministério de oração – oração como obra. À medida que Deus dá visão e abre os olhos das pessoas para verem sua vontade, elas se levantam para orar.

O Senhor mostra-nos que a oração individual é inadequada; são precisos pelo menos dois para orar: “Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos céus” (Mt 18.19).

Se não percebermos isso, não saberemos a respeito de que o Senhor está falando. Em Mateus 18, é dada uma condição numérica: pelo menos dois. Há necessidade de pelo menos dois porque o assunto tratado refere-se à comunhão. Não é algo a ser feito por uma pessoa, nem é uma só pessoa que serve como escoadouro de Deus, mas sim, duas.

O princípio de duas pessoas é o princípio da Igreja, que também é o princípio do Corpo de Cristo. Embora tal oração seja feita por duas pessoas, a “concordância” é indispensável. Concordar é estar em harmonia. Esses dois indivíduos precisam estar em harmonia, precisam permanecer no fundamento do corpo e precisam saber o que é a vida do corpo. Estes dois aqui não têm senão um alvo, que é dizer a Deus: Queremos que tua vontade seja feita na terra, como no céu.

Quando a Igreja permanece em tal base e ora de acordo com ela, veremos que tudo o que pedirem será concedido pelo Pai que está no céu. Quando verdadeiramente permanecemos sobre o fundamento da Igreja e aceitamos a responsabilidade do ministério da oração diante de Deus, a vontade de Deus será feita na Igreja em que estamos. Tal oração, feita por poucos ou por muitos, tem poder, pois o grau de operação de Deus é proporcional ao grau da oração da Igreja.

A manifestação do poder de Deus não excederá a oração da Igreja. Por causa do amor e da graça de Deus, hoje, a grandeza do poder de Deus está circunscrita ao tamanho da oração da Igreja. Isso não significa, naturalmente, que o poder de Deus no céu tem somente o tamanho da nossa oração, pois, no céu, obviamente, seu poder é ilimitado. Somente na terra hoje é que a manifestação do seu poder depende de quanto a Igreja ora. Somente pela oração da Igreja pode-se medir a manifestação do poder de Deus.

Em vista disso, a Igreja deve fazer grandes orações e pedidos. Como pode a Igreja fazer pequenas orações, quando comparece diante do Deus que tem tão grande abundância? Ela não deve fazer pequeninos pedidos diante de um Deus tão grande. Se a capacidade da Igreja for limitada, ela não pode senão restringir a manifestação do poder de Deus. Vir à presença de Deus é esperar que grandes coisas aconteçam.


Portanto, Deus necessita de um vaso através do qual possa realizar todas as suas obras aqui na terra. È necessário que a Igreja faça tremendas orações a fim de manifestar Deus. E este é o ministério da Igreja!