quinta-feira, 22 de julho de 2010

A PREPARAÇÃO DA VESTE NUPCIAL

Era costume dos povos antigos, principalmente no oriente, que os pais prometessem uma jovem ao futuro marido quando a mesma era ainda uma criança, porém, o casamento se realizava quando ambos já eram crescidos. Enquanto cresciam, a noiva preparava o enxoval e o vestido de noiva.

A confecção da veste nupcial é um trabalho artesanal que demanda muito trabalho e sacrifícios. São muitas agulhadas, pouco a pouco, ponto a ponto. Isso causa dor constante. Em nosso viver diário, o Senhor permite que passemos por sofrimento e dor. Não é um grande sofrimento, uma vez por todas, mas pequenos sofrimentos, pouco a pouco. Todos os cristãos, em maior ou menor grau, passam por algum sofrimento e tribulações cotidianas. Isso é inevitável. Temos de estar dispostos a sofrer a fim de sermos aperfeiçoados e possamos adquirir o caráter de Cristo. Assim teremos uma veste para sermos levados à presença do rei. Poderemos participar do banquete das bodas do Filho do Rei.

Todo cristão deve ter duas vestes: uma, ele recebeu do próprio Senhor Jesus; a outra, ele mesmo é responsável em prepará-la. Veste, na Bíblia, está sempre relacionada com a justiça. A primeira veste indica que Deus nos justificou quando Cristo morreu em nosso lugar, pelos nossos pecados. Essa justiça não foi algo feito por nós. Alguém – o Senhor Jesus – a fez por nós, portanto é uma justiça objetiva. Basta que creiamos, e, pela fé, já vestimos a veste da justificação pelo sangue de Jesus.

Depois disso, já incorporados na vida da igreja, nós mesmos precisamos preparar outra veste, a veste de núpcias. Em Apocalipse 19:7 lemos: “Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou”. Ataviar-se, por um lado, significa que a noiva já cresceu e já não é uma criança; por outro, quer dizer que já bordou sua veste nupcial.

Esta veste é de “linho finíssimo, resplandecente e puro”, que são os atos de justiça dos santos. Os atos de justiça são o resultado da obra transformadora do Espírito Santo em nós, por meio dos sofrimentos e privações. Portanto, essa justiça não é a justiça objetiva que o Senhor cumpriu por nós na cruz, mas é a justiça subjetiva. Que nós possamos permitir que o Espírito Santo nos transforme, agulhada após agulhada, e tenhamos nossa veste pronta para as bodas do Cordeiro.

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