quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O PODER DE DEUS SE MANIFESTA NA FRAQUEZA HUMANA

Muitas pessoas sofrem com seus temores e dúvidas, mesmo quando procuram confiar no Senhor. Fazem pedidos e tomam posse das promessas de Deus; todavia dúvidas sempre se levantam inesperadamente. Permitam-me dizer-lhes que a fé verdadeira não pode ser destruída pela dúvida. O tesouro da fé verdadeira aparece num vaso de barro de dúvida, e o vaso de barro não anula o tesouro. Num lugar como este, o tesouro resplandece com beleza acentuada.

Não quero que pensem que estamos incentivando a dúvida. Nosso desejo é deixar claro que o viver cristão não é apenas uma questão de tesouro, nem tão-somente de vasos de barro, mas de tesouro em vasos de barro. No viver do cristão o vaso de barro está sempre em evidência, embora não seja o vaso de barro o que importa e, sim, o tesouro dentro dele. Na vida de um cristão normal, assim que a fé se levanta positivamente para apoderar-se de Deus, simultaneamente pode surgir uma pergunta: será que eu estou errado?

Quando o cristão está muito forte no Senhor, frequentemente ele está consciente de sua incapacidade; quando está muito corajoso, fica ciente do temor em seu interior. Este paradoxo é a evidência de que há um tesouro no vaso de barro. Paulo diz-nos que tinha um espinho na carne (II Co 12:7-10). O que vem a ser esse espinho eu não sei, mas sei que era algo que o enfraquecia e Paulo orou três vezes para que fosse removido. Mas Deus respondeu: “A minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (v 9).

Como o poder do Senhor pode manifestar a Sua perfeição em um homem fraco? O viver cristão é exatamente isto. O viver cristão não é a remoção da fraqueza, tampouco é meramente a manifestação do poder divino; é a manifestação do poder divino na fraqueza humana. O viver cristão não produz uma nova categoria maravilhosa de seres angelicais, mas de seres humanos em cuja fraqueza o poder divino é mostrado.

Você tem dificuldades? Você tem fraquezas? Sim, todos nós temos. Contudo, tenha em mente que o Senhor não está interessado na remoção de nossas fraquezas, nem mesmo, na concessão indiscriminada de força. Toda a força que Ele dá se manifesta na fraqueza. Todo o tesouro que temos, da parte de Deus, está em vasos de barro.

A Fraqueza Humana não Limita o Poder de Deus

É motivo de grande gratidão a Deus que nenhuma fraqueza humana pode limitar o poder divino. Somos inclinados a pensar que onde há tristeza não pode haver alegria; que onde há lágrimas não pode haver louvor; que onde a fraqueza está presente o poder deve estar ausente; que onde há dúvida não pode haver fé. Graças a Deus que isso não é verdade. Deus procura levar-nos até o ponto de reconhecermos que tudo o que é do homem visa apenas prover um vaso de barro para conter o tesouro divino. De agora em diante, quando estivermos cientes da depressão, não vamos dar lugar a ela, mas ao Senhor, e o tesouro resplandecerá ainda mais glorioso por causa do frágil vaso de barro. Nisto consiste a glória da vida cristã; que o poder de Deus pode manifestar-se em todo vaso de barro.

As pessoas que por natureza são fracas estão sempre inclinadas a pensar que não tem nenhum valor; irmãos e irmãs, me deixem dizer-lhes mais uma vez, que toda a questão tem a ver com a qualidade do tesouro, não com a qualidade do vaso que o contém. O Senhor é capaz de manifestar-se na vida de todos nós, e quando isso acontecer, muitos contemplarão o tesouro.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

CRISTO NA NOVA JERUSALÉM

A revelação dada por Deus em Apocalipse retrata os acontecimentos do tempo do fim e nos mostra que a economia de Deus será concluída de forma perfeita e justa. Após o julgamento final, no Grande Trono Branco, vemos então os relatos de João a respeito da Nova Jerusalém. Ela é chamada de ‘nova’ porque não é a mesma Jerusalém que nós conhecemos, e muitos já visitaram como turistas.

A Palavra de Deus nos diz que essa Nova Jerusalém desce dos céus: “Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido”. (Ap 21:2). Diz também no mesmo livro que essa Cidade Santa é a esposa do Cordeiro (Ap 21:9-10). Muitas são as maravilhas reveladas nesse texto sagrado; fala que o Senhor Jesus será o esposo dos redimidos de Deus, os quais serão a Sua esposa pela eternidade. Será um casamento que nem a morte poderá separar.

Vemos também um templo na cidade Santa (Ap 21:22), no qual os redimidos habitarão e servirão a Deus por toda a eternidade. Note que esse templo é o próprio Deus e o Cordeiro. Ele também será a lâmpada, e Deus será a luz (v. 23). Ele também, segundo a revelação, será o Deus-Cordeiro, o Deus redentor, que está sentado no trono da autoridade, para governar o novo céu e nova terra: “Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro” ((Ap 22:1). Por fim, na eternidade, Ele será a “árvore da vida” que nutrirá toda a população da Nova Jerusalém (v. 2).   

Precisamos ver a sequência das atribuições de Cristo. Vimos Cristo na eternidade, criação, encarnação, viver humano, morte, ressurreição e ascensão. Uma vez tendo estabelecido a igreja, o Senhor Jesus cuida de nós e nos transforma. Após completar a nossa transformação, Ele voltará para nos redimir. Aí estará no reino, e depois do reino Ele estará na Nova Jerusalém. Na cidade Santa Ele será a Árvore da Vida. Esse é o nosso Cristo: vencedor, insondável, extenso e ilimitado. É o Cristo que temos hoje como nosso Senhor e salvador!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

CRISTO EM SUA SEGUNDA VINDA

O assunto é muito maravilhoso, por isso nós iremos continuar analisando a Palavra a fim de esclarecermos mais o nosso entendimento.

Falamos na volta invisível de Cristo, o qual aparecerá, secretamente, aos seus vencedores. Já mencionamos também que em sua vinda Ele julgará os crentes, em Seu tribunal, a fim de dar aos seus servos fiéis a recompensa e o desfrutar do reino. Temos também a questão do casamento do Cordeiro. Vimos que Ele só se casará quando a Sua noiva estiver pronta e devidamente vestida. Quando o nosso corpo velho, da velha criação, cheio de pecado, morte, fraquezas e doenças, estiver totalmente sarado e pronto, então seremos um novo homem no espírito, alma e corpo. Então seremos desposados!

O Senhor também virá para derrotar o anticristo e seus exércitos (Ap 19:19-21). Primeiro Ele vem para nos transfigurar; segundo, para se casar conosco; e terceiro, para derrotar o anticristo. Ele o derrotará como Noivo recém casado. Cristo, o General, será o Noivo e o Seu exército será a esposa, a ‘noiva coletiva’, composta de todos os vencedores.

A Bíblia diz que quando Cristo voltar, Ele será recebido pelo remanescente dos judeus: “E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o redentor que desviará de Jacó a impiedade. E esta é a minha aliança com eles quando eu remover os seus pecados” (Rm 11:26-27). O anticristo sitiará a cidade de Jerusalém, lutando contra os judeus, visando exterminá-los. Nesse momento o Messias aparecerá e então se cumprirá a profecia que diz que, os que traspassaram a Jesus Cristo, os judeus, o verão e se arrependerão. Hoje a nação de Israel é incrédula, não recebe a Cristo, pois não crê que o Cristo que pregamos e o Novo Testamento que testifica Dele sejam verdade.

CRISTO JULGARÁ OS VIVOS ANTES DO MILÊNIO

A maior parte das nações seguirá o anticristo em sua rebelião, e a maioria delas será morta na batalha do Armagedom (Ap 14:20. A bíblia diz que um dia Cristo lutará face a face com o anticristo que é a corporificação de Satanás. Quase todo o mundo seguirá o anticristo para lutar contra Cristo e seus exércitos. Enquanto o anticristo estiver seduzindo as nações da terra para que o sigam na luta contra os judeus e também contra o remanescente dos cristãos, o ‘Evangelho Eterno’ será pregado por um anjo: Então vi outro anjo, que voava pelo céu e tinha na mão o evangelho eterno para proclamar aos que habitam a terra, a toda nação, tribo, língua e povo. Ele disse em alta voz: “Temam a Deus e glorifiquem-no, pois chegou a hora do seu juízo. Adorem aquele que fez os céus, a terra, o mar e as fontes das águas” (Ap 14:6-7).

Alguns dentre as nações, provavelmente, irão aceitar esse evangelho e darão assistência aos judeus e crentes perseguidos pelo inimigo. Depois da batalha do Armagedom, a profecia diz que Cristo reunirá todos os que dentre as nações da terra conseguiram sobreviver às catástrofes que vieram sobre os moradores da terra. O Cristo glorioso irá julgá-los, separando-os em dois grupos; as ovelhas e os cabritos. As ovelhas ficarão à Sua direita e os cabritos à Sua esquerda.

As ovelhas representam aqueles que aceitaram o evangelho eterno. Os cabritos representam aqueles que seguiram o anticristo. Enquanto as ovelhas mencionadas irão entrar na posse do reino de Cristo, na qualidade de servos, os rebeldes cabritos serão lançados no lago de fogo juntamente com a besta, o falso profeta e o anticristo. Esta profecia está em Mateus 25:37-46.

CRISTO E OS SEUS VENCEDORES NO MILÊNIO

Cristo será o Rei para reinar na terra, conforme as antigas profecias do Velho Testamento e também do Novo Testamento. A Bíblia mostra que Ele irá reinar na terra juntamente com os vencedores: “Felizes e santos os que participam da primeira ressurreição! A segunda morte não tem poder sobre eles; serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante mil anos” (Ap 20:6). Todos os vencedores, que se uniram a Ele no Seu casamento (bodas do Cordeiro) e na luta contra o anticristo, também se unirão a Ele para reinar e exercer o sacerdócio por mil anos, para servir a Deus e governar as nações, isto é, as ovelhas resgatadas por Cristo da grande tribulação.

CRISTO JULGARÁ OS MORTOS APÓS O MILÊNIO

Finalmente, após os mil anos de reinado, quando Cristo tiver concluído Seu trabalho no planeta terra, a Palavra mostra que Ele irá julgar os mortos, assentado em um grande trono branco: “Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros” (Ap 20:12).  Note que esse julgamento é para os mortos sem Cristo.

A Bíblia diz que Cristo foi constituído por Deus para julgar os vivos e os mortos, ou seja, ninguém estará sem julgamento diante de Deus e do Cordeiro. Veja o que diz em Atos dos Apóstolos 10:42: “Ele nos mandou pregar ao povo e testemunhar que foi a ele que Deus constituiu juiz de vivos e de mortos”. Também está escrito em Atos no capítulo 17:31: “Pois estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio do homem que designou. E deu prova disso a todos, ressuscitando-o dentre os mortos”. Em resumo; Ele julgará os vivos (ovelhas e cabritos) no Seu trono de glória no início do reino milenar. Após o período de mil anos de reinado, Ele estará no trono branco para julgar os mortos e sentenciá-los ao lago de fogo.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

CRISTO NA ERA DA IGREJA

Cristo é o pastor do rebanho de Deus, a porta das ovelhas que saíram do judaísmo e entraram nas pastagens verdejantes da era da graça (Jo 10:7-9). Ele é a ressurreição, a vida, o caminho e a realidade (Jo 11:25-26). É o noivo que prepara Sua noiva para as bodas (Jo 3:29).

Cristo é o poder e a sabedoria da parte de Deus para os que Nele crêem: justiça, santificação e redenção (I Co 1:24). Ele é o primogênito dentre os mortos e por isso Ele se tornou a Cabeça do Corpo: “Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo ele tenha a supremacia” (Cl 1:18). É a herança de Deus para os santos (Cl 1:12). Ele é a verdadeira festa, a verdadeira lua nova e o verdadeiro sábado. Ele é tudo.

Cristo é o Cordeiro que realiza a redenção de Deus e o Leão que luta pelo reino de Deus (Ap 5:5-6), o Leão da tribo de Judá. Também é Aquele que abre os selos dos mistérios desta era (Ap 5:5), o que revela o conteúdo de todo o livro de Apocalipse. Cristo também é a esperança da glória dos crentes vencedores (Cl 1:27).

CRISTO EM SUA SEGUNDA VINDA

Ao final da era da igreja, após ter cuidado da igreja com tantas atribuições, Cristo será ‘Aquele que vem’. Primeiro virá secretamente como a estrela da manhã, a qual aparecerá aos vencedores antes da Sua volta à terra. De madrugada, antes que a maioria das pessoas acorde aparece a estrela da manhã. Pouquíssimos irão vê-lo como essa estrela. Porém, quando de Sua volta visível, Ele, como o Sol da Justiça, trazendo cura nas suas asas, será visto em toda a terra (Ml 4:2).

Em Seu ministério junto às igrejas, Cristo dispensa aos santos Suas riquezas insondáveis (Ef 3:8). Ele é o salvador trabalhando para transformar os Seus crentes. Cristo já regenerou o nosso espírito e agora está transformando nossa alma, até que ela seja conforme a Sua imagem e a Sua estatura de varão perfeito. Quando de Sua volta, nas nuvens do céu que é a atmosfera do nosso planeta, Ele irá redimir os nossos corpos, mudando-os do nível inferior para o nível mais elevado. O nível do Seu corpo glorioso. Então todo o nosso ser será salvo.

Se alguém lhe perguntar: “Você foi salvo? Você poderá responder de acordo com a revelação da Palavra: “Fui salvo no espírito, estou sendo salvo na alma e serei salvo em corpo”. Louvado seja Deus por essa tríplice salvação do espírito, alma e corpo!

Pedro fala da salvação da alma, isto é, a salvação pela transformação: “Portanto, livrem-se de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência. Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação, agora que provaram que o Senhor é bom” (I Pe 2:1-3). A nossa transformação é o progresso da salvação da alma. Quando amadurecermos, seremos completamente salvos na alma.

A única maneira de ser transformados em nossa alma é ser exterminados pela cruz. Precisamos ser conformados à morte de Cristo: “Quero conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte, para de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos” (Fl 3:10-11). Quando esse processo se completar, estaremos salvos na alma, aguardando que o corpo seja salvo. Cristo julgará os crentes a fim de discernir quem deve ser recompensado com o reino e o desfrute deste galardão por mil anos; e quem deve ser disciplinado na era do reino, perdendo, assim, o reino como recompensa (II Co 5:10).

Cristo voltará para unir-se em casamento com a ‘igreja vencedora’ (a noiva) na era do milênio: “Regozijemo-nos! Vamos alegrar-nos e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou”. (Ap 19:7). Hoje somos a noiva de Cristo, ainda não estamos casados. Quando, finalmente, Ele salvar o nosso corpo, transfigurando-o, estaremos prontos para casar-nos com Ele. Cristo ainda não pode casar-se conosco, porque ainda não estamos completamente salvos. Ainda não estamos prontos.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

ORAR PARA VENCER

Temos tratado a respeito de como deve ser nosso modo de vida a fim de nos tornarmos vencedores, isto é: negar a vida da alma ou negar o ego. Negar a vida da alma é colocar a mente, vontade e emoção sob o governo do espírito, experiência essa que significa entrar além do véu, no Santo dos Santos. Os vencedores têm a alma saturada do espírito, e por isso serão guardados da grande tribulação, conforme a revelação em Apocalipse 3:10: “Visto que você guardou a minha palavra de exortação à perseverança, eu também o guardarei da hora da provação que está para vir sobre todo o mundo, para pôr à prova os que habitam a terra”.

A revelação dada ao evangelista João nos mostra que, em determinado momento, quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio nos céus cerca de meia hora (Ap 8:1), indicando que uma mudança estava acontecendo; a mudança da era do Espírito para a da justiça ou do Cordeiro, quando então ocorrerá a grande tribulação.

Na era do Espírito, o Senhor se nos apresenta cheio de graça e amor, tolerando e aguardando que nos arrependamos dos pecados e rebeliões. Mas ao término desta era, o Cordeiro não mais tolerará as iniqüidades e manifestará a Sua ira: “Eles gritaram às montanhas e às rochas: Caiam sobre nós e escondam-nos da face daquele que está assentado no trono e da ira do Cordeiro! Pois chegou o grande dia da ira deles; e quem poderá suportar?” Nesse tempo, todos os salvos que tiveram seu ego eliminado, submetido ao espírito pelo trabalhar da cruz e amadureceram, formarão o grupo dos vencedores.

Esse tempo de ira do Pai e do Seu Cristo é causado, segundo a Palavra, pelas orações dos santos os quais clamam ao Senhor, intensamente, para que julgue a terra, e Ele não mais podendo tolerar a iniqüidade, ouvi-los-á e executará Seu julgamento. Por isso, nós que somos os filhos do Altíssimo, devemos orar, orar intensamente, cooperando para que em breve Ele conclua Seu julgamento sobre a terra!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

COMO ENTENDER AS REVELAÇÕES EM APOCALIPSE

“Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta” (Ap 1:10).

Para muitos, Apocalipse é um livro misterioso. Por isso, há diferentes pontos de vista e interpretações. No entanto, como vemos em 1 Coríntios 2:14, o homem natural não entende as coisas de Deus, pois lhe são loucura, porque elas se discernem espiritualmente. O próprio livro de Apocalipse nos ensina que, se queremos ter entendimento claro, precisamos estar no espírito.

Ao lermos o livro de Apocalipse, percebemos que João recebia as visões quando se achava em espírito, conforme vimos no texto acima. João também diz: “Voltei-me para ver quem falava comigo. Voltando-me, vi sete candelabros de ouro (...) Imediatamente eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado (...) Transportou-me o anjo, em espírito, a um deserto e vi uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres (...) E me transportou, em espírito, até uma grande montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus” (Ap 1:12; 4:2; 17:3, 21:10).

Temos nesses versículos quatro visões percebidas no espírito. A primeira se relaciona À igreja e seus aspectos práticos. Na segunda, vemos o trono de Deus e o julgamento das nações. Na terceira, há uma mulher montada numa besta escarlate. A besta é o anticristo e a mulher é a grande meretriz.

Na quarta visão temos a Nova Jerusalém, a cidade santa, que desce do céu da parte de Deus. Por estar em espírito, João foi capaz de ter todas essas visões. Todas essas coisas lhe foram reveladas a fim de que ele as registrasse. Após receber as revelações, João atestou a Palavra e o testemunho de Jesus Cristo, quanto a tudo que viu (Ap 1:2). O mesmo princípio permanece hoje. Para vermos qualquer coisa relacionada à Palavra, para obtermos revelação, precisamos estar no espírito.

Hoje a Palavra de Deus nos mostra insistentemente que devemos permanecer no espírito e não dar oportunidade à vida da alma. Se não experimentamos viver no espírito, não há como discernir quando estamos na vida da alma. Mas, se praticamos o viver no espírito, certamente somos iluminados.

Muitas vezes vivemos a vida da igreja apenas baseados na vida da alma. Em nosso contato com os irmãos, e com as pessoas de modo geral, ainda agimos segundo a nossa preferência. Somos cheios de preferências. Mas se estivermos no espírito, não agiremos assim; seguiremos a direção do Espírito Santo.

Em Romanos 8:6 lemos: “A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do espírito é vida e paz”. A mente é parte da alma, por isso precisamos submetê-la ao espírito para termos vida e paz. Se a mente for submetida à carne, teremos morte.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O DANO DA SEGUNDA MORTE – CONCLUSÃO

Para muitos cristãos essa revelação é extremamente difícil de assimilar. Somos fruto de uma cultura na qual a idéia de um Deus justo não é facilmente aceita. Preferimos tratar com o Pai amoroso que dá aos seus filhos tudo de graça, não queremos assumir responsabilidades, e por isso a maioria do povo crente na atualidade é imaturo até mesmo para crer nessa revelação que nos veio através do próprio Filho de Deus. 

Vejamos as palavras do Senhor Jesus em João 15:1 e 2 que nos diz: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda”.  Note bem que o Senhor deixa claro que os ramos estão Nele. Portanto, aqui não se trata de descrentes e sim de crentes em Jesus que foram enxertados na videira verdadeira. O que é descrito aqui pode ser considerado como um tipo de disciplina para essa era. Trata-se de uma purificação do crente para que o mesmo possa frutificar em Cristo.

Agora vejamos o versículo 6: “Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e queimam”. Jesus afirma baseado em Seu conhecimento verdadeiro, que alguns ramos serão lançados no fogo e queimados. Alguns destes ramos, na videira verdadeira, cresceram e produziram folhas verdes, mas não têm fruto. Embora tenham vida interiormente, eles não frutificaram exteriormente. O Senhor diz que eles serão lançados fora, secarão e queimarão no fogo. Aqui Jesus declara abertamente que alguns cristãos podem ter de passar pelo fogo.  

Tendo lido todas essas passagens, podemos concluir que se um cristão não tratar adequadamente com seus pecados, haverá punição à sua espera na era vindoura. A Bíblia nos mostra nitidamente que tipo de punição será. Não será uma punição comum, mas a punição da “Geena de fogo”. Será o fogo no reino, não o fogo na eternidade.

A questão que precisa ser esclarecida é: Que tipo de pecado nos levará a esta condição? Desde que uma pessoa é salva, é importante que ela trate com seus pecados. Nenhum pecado que ela tenha confessado, dos quais tenha se arrependido, tratado e remido pelo sangue do Senhor Jesus, será lembrado e imputado a ela no trono de julgamento. Tais pecados terão passado.

No entanto, muitas confissões de pecados são feitas só porque a pessoa sabe que pecou, trata-se de uma confissão religiosa, não há aversão pelo pecado, tampouco a purificação do pecado. Tal pessoa o Senhor não ouvirá. Além disso, se temos um problema com alguém, e o mesmo não foi resolvido, ou se há coisas que precisam ser confessadas e perdoadas e não o foram, ou mesmo se procedemos mal com as pessoas ou com o Senhor, temos de tratar com essas coisas de modo específico. Ao mesmo tempo, temos de colocá-las debaixo do sangue do Senhor. Só então tais coisas estarão tratadas, e estaremos livres do julgamento vindouro. Trata-se de produzir frutos dignos de arrependimento.

É verdade que o Senhor Jesus nos salvou, mas se não permitirmos que o Espírito Santo trabalhe em nós a fim de expandir a pessoa de Jesus em nosso homem interior, Deus terá que nos disciplinar, e até mesmo nos açoitar para que possamos ser considerados dignos de estar com Ele na eternidade futura. Se pregarmos a graça sem pregar o reino, a igreja sofrerá e os filhos de Deus sofrerão, e quando o reino vier, haverá sofrimento ainda maior. Por isso é que estamos alertando aos cristãos que seguem esse diário.

Admitimos que, após ler a respeito desse assunto, muitos irão murmurar e até mesmo se opor a nós. Porém, se essas palavras são fruto de nossa mente, estamos dispostos a concordar com a oposição. Nós mesmos nos oporíamos a elas. Contudo, se estas coisas são a Palavra de Deus e se Deus as tem dito, que podemos fazer? Como desejaríamos não ter de pregar sobre essas coisas. Como desejaríamos pregar algo que todos gostassem de ouvir.

Nós não somos Mateus, não somos Marcos, nem tão pouco Paulo. Não escrevemos o livro de Hebreus, não escrevemos Apocalipse. Se nós fossemos os escritores de tais revelações poderíamos mudar as coisas e apagar totalmente as palavras a respeito de disciplina e punição. Mas essas coisas são a Palavra de Deus. Deus as tem falado e tem determinado que elas sejam assim.

Quando lemos a Bíblia, temos de ler aquilo que Deus disse. Não devemos considerar aquilo que o homem diz, mas cuidar somente do que Deus disse. Hoje temos de estar claros diante do Senhor. Não podemos estar sob nenhuma outra autoridade que não seja a Palavra de Deus.

A Palavra de Deus relata-nos o destino de Seus filhos. Ela nos conta o que experimentaremos no reino. Devemos prestar atenção a estas questões, pois cedo ou tarde nos depararemos com elas novamente. Se dermos atenção ao que o Senhor nos diz, seremos cuidadosos em como viver na terra hoje.

Agora sabemos o que é disciplina. A disciplina é o meio de Deus fazer-nos perfeitos como Ele é perfeito. Ele nos castiga a fim de sermos como Ele, até mesmo para sermos o que Ele é. Isso nada tem a ver com nossa salvação. É um assunto dentro de Sua família.

Que o Senhor nos conceda graça e nos mostre que a questão da salvação eterna está resolvida devido à obra de Jesus Cristo, mas a situação de alguém no reino será determinada pelas suas próprias ações. Precisamos ver que a solução está em viver no espírito e, com certeza nós seremos vencedores por Cristo Jesus nosso Senhor.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O DANO DA SEGUNDA MORTE

Há muitas passagens na Bíblia que mencionam a punição de Deus, para os cristãos derrotados, no reino milenar. Examinaremos agora essas passagens e, posteriormente, chegaremos a uma conclusão sobre elas.
Há uma palavra maravilhosa em Apocalipse 3:5: “Aqueles que conseguirem a vitória serão vestidos de branco e eu não apagarei o nome dessas pessoas do Livro da Vida. Eu declararei abertamente, na presença do meu Pai e dos seus anjos, que elas pertencem a mim”. Nos primeiros momentos da implantação do reino de Cristo, antes do trono de julgamento, os anjos levarão os cristãos até Deus. Estamos tentando imaginar como será esse dia. Pelos versículos que lemos podemos perceber que, nessa ocasião, o Livro da Vida será aberto.
No Livro da Vida estão registrados os nomes de todos os cristãos que foram salvos pela graça de Deus; os quais serão levados à presença de Deus para serem selecionados. Vemos também que haverá muitos anjos assistindo essa seleção de nomes; Deus Pai e o Senhor Jesus também estarão ali. Na sequência vemos que os nomes inscritos no Livro serão mencionados em voz alta, e o Senhor Jesus confessará, ou seja, declarará que algumas dessas pessoas pertencem a Ele. É assim que vemos essa cena revelada no Livro do Apocalipse.
Aqueles cujos nomes Jesus confessar, por conseguinte, serão os vencedores que entrarão no reino. O texto nos mostra que alguns nomes que não serão confessados. Certamente, os anjos deverão colocar um sinal negativo nesses. Portanto, haverá algum sinal determinado por Deus para distinguir os nomes dos vencedores daqueles que não são. Quanto aos não-salvos, seus nomes nem sequer aparecem no Livro da Vida.
Apocalipse 20:15 diz: “E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”. Isso mostra que aqueles cujos nomes não estiverem registrados no Livro da Vida estarão eternamente no lago de fogo. Isso ocorrerá no final do período do reino milenar. Portanto, vemos que haverá dois momentos em que Deus julgará os seres humanos. O julgamento do tribunal de Cristo e o juízo final.
Os cristãos cujos nomes não forem confessados pelo Senhor Jesus não serão lançados no lago de fogo, pois os seus nomes estão no Livro da Vida, mas algo acontecerá a eles. A salvação eterna é muito segura; ela jamais pode ser abalada. Por outro lado, porém, há um perigo. Se formos tolerantes com o pecado, se não perdoarmos aos outros, cometermos adultério, insultarmos os irmãos, temermos sofrer, ser envergonhados, perseguidos e se temermos confessar o Senhor, temos de ser cuidadosos, pois Deus nos lançará “na Geena” para sermos punidos temporariamente.
O DANO DA SEGUNDA MORTE
Na Bíblia existem passagens que também falam dessa questão. Apocalipse 2:11 nos diz: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito diz às igrejas. O que vencer, de modo algum sofrerá o dano da segunda morte”. A segunda morte é o “lago de fogo” citado no final do capítulo 20 de Apocalipse: “E a morte e o hades foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo” (v. 14). Note bem que o Senhor Jesus garante aos seus vencedores que eles não irão sofrer esse dano, mas quem não vencer, pela lógica do versículo 11, terá algum tipo de punição que, no caso, será o dano da segunda morte. Isto é, ainda que não sofram a segunda morte, irão sofrer o dano da segunda morte.
Esse é um assunto pesado, de difícil aceitação por parte da grande maioria da cristandade contemporânea. Infelizmente, o povo cristão está focado na possibilidade de um dia, quando morrerem, irem direto para o céu onde passarão a eternidade em brancas nuvens. A maioria dos pastores e mestres nem mencionam essa questão, pois temem perder os freqüentadores de suas igrejas. Porem, nada poderá impedir que a verdade da Palavra seja conhecida daqueles que temem ao Senhor de todo o seu coração.
Vejamos o que diz Hebreus 10:26-29: “Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários”.  “Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança, com que foi santificado, e ultrajar ao Espírito da graça? O apóstolo diz aqui que, se uma pessoa veio a Cristo e depois voltou ao mundanismo, ela sofrerá pior punição. Seu fim é uma expectativa de juízo e fogo vingador.
Tendo lido todas essas passagens, podemos concluir que se um cristão não tratar adequadamente com seus pecados, haverá punição à sua espera. E não será uma punição comum, mas a punição da “Geena de fogo”. O futuro dos cristãos é muito simples; para uma pessoa salva o assunto do novo céu e nova terra, incluindo toda a eternidade, está resolvido. O que temos de resolver hoje é o problema do reino.  Sobre esse aspecto final de nosso estudo, estaremos tratando no próximo “Diários do reino”. 

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O TEMPO DA PUNIÇÃO

Terminamos a página anterior de nosso diário com a questão da punição dos cristãos por causa de suas obras más. Cabe a nós questionar: Exatamente quando ocorrerá a punição futura? Está claro que haverá punição no futuro após o Senhor voltar; mas em que momento após a volta de Cristo isso ocorrerá?

Para responder essa questão devemos considerar as três eras reveladas na Bíblia. A era presente, que pode ser chamada de “era da graça”, a qual pode também ser chamada de era do evangelho ou era da igreja. A “era vindoura” que pode ser chamada de era do reino ou era do milênio, pois tal era durará somente mil anos (Ap 20:6). Após aquela era, ainda há outra era, que é a “era eterna”. É a era do novo céu e nova terra.

A era da igreja é a era da graça, porque a graça e o amor de Deus são manifestos nela. Nesta era Deus salva os injustos e leva o homem a receber a graça do Senhor Jesus. Tudo nesta era é proveniente da graça, mas a era vindoura será a era de justiça. A era eterna também será uma era de graça. Hoje nós vivemos uma era de graça, e a era do novo céu e nova terra também será uma era de graça. Contudo, o reino é todo justiça.

Se você não tiver a clareza a respeito dessas três eras, sua leitura da Bíblia, sua teologia e sua compreensão bíblica estarão todas incorretas. Voltamos a afirmar biblicamente que: Tanto a era da igreja quanto a era do novo céu e nova terra são eras regidas pela graça de Deus. Mas, a era do milênio é uma era específica, especialmente preparada por Deus para recompensar os fiéis e punir os pecaminosos. Aquele período será um período especial.

Podemos citar pelo menos duzentos versículos do Velho e do Novo testamento acerca do julgamento justo no reino. Vamos analisar o versículo do livro do profeta Jeremias 33:15: “Naqueles dias e naquela época farei brotar um Renovo justo da linhagem de Davi; ele fará o que é justo e certo na terra”. Após lermos esse versículo profético, consideremos Apocalipse 19:6: “Então ouvi uma voz de numerosa multidão, como de muitas águas, e como de fortes trovões, dizendo: Aleluia! Pois reina o Senhor nosso Deus, o Todo-poderoso”. Note bem que este ato que ocorre diante do trono da Majestade Divina, marca o momento exato do início do reino. O versículo 7 diz: “Alegremo-nos, exultemos, e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos”.

O linho finíssimo é a justiça nos atos dos que crêem. Na língua original, a justiça mencionada aqui se refere à justiça nas ações. Portanto, refere-se aos nossos próprios atos justos. Isso nos prova que o reino milenar não é dado como um dom gratuito, mas é obtido por meio dos atos de justiça diante de Deus. Em Apocalipse vemos que deve haver justiça específica antes que possa haver participação nas bodas do Cordeiro. Sem que o cristão tenha a justiça específica ou tenha sido martirizado, nem sequer pode ter parte no reinado. Assim é o milênio.  

A Bíblia diz que muitos filhos de Deus terão uma punição. Muitos cristãos têm um modo de vida inadequado. Eles não vivem de maneira piedosa. Amam o mundo e andam conforme a sua vontade própria. Adoram a Deus segundo a maneira do homem. Não obedecem à Palavra de Deus, mas em vez disso fazem o que eles mesmos gostam de fazer. Eles tentam agradar a homens. Buscam a glória do homem em vez da glória de Deus e não querem ser participantes dos sofrimentos de Cristo nesta era. Eles cometeram muitos pecados e não foram disciplinados pelo Senhor nesta era. Após morrerem e serem ressuscitados, naquele dia, será que eles poderão reinar com o Senhor?

A Bíblia diz que primeiro devemos sofrer e suportar as injúrias com Ele, antes que possamos reinar e ser glorificados com Ele, conforme diz em II Timóteo 2:12: “Esta palavra é digna de confiança: Se morremos com ele, com ele viveremos; se perseveramos, com ele também reinaremos. Se o negamos, ele também nos negará”. Muitos cristãos, não apenas nunca sofreram, como têm uma vida de muitos pecados. Eles amam o mundo e andam o tempo todo segundo a carne. Quando deixarem o mundo, provavelmente eles ainda terão muita injustiça e muitos pecados que não tenham sido tratados. A Bíblia nos mostra que, por uma questão de justiça, tais cristãos terão uma PUNIÇÃO, específica e definida, na era vindoura.   
Essa é a dura verdade!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

CADA CRISTÃO RECEBERÁ SEGUNDO AS SUAS OBRAS

Continuando a estudar o assunto da disciplina na era vindoura, vamos ler agora 2 Coríntios 5:10: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”. Todos os estudantes da Bíblia sabem que o trono de julgamento de Cristo está nos ares. Portanto, aqueles que estarão diante do trono de julgamento são os que foram arrebatados. E quem pode ser arrebatado? A Bíblia nos diz que somente os cristãos podem ser arrebatados. Os que não são cristãos não poderão.

Se um homem não é salvo, ele não é um filho de Deus, nem sequer está qualificado para ser julgado naquele julgamento, pois aquele será o julgamento de Deus dentro de Sua própria família. Paulo revelou pelo Espírito que, no futuro trono de julgamento de Cristo, estaremos diante da seguinte realidade: Seremos recompensados pelas coisas feitas por meio do corpo, isto é, pelas coisas que tivermos feito enquanto vivemos na terra na qualidade de salvos, sejam elas boas ou más.

Se fizer o bem por meio do corpo, você receberá uma boa recompensa. Se fizer o mal por meio do corpo, você receberá uma má recompensa. A Palavra de Deus nos mostra claramente que no trono de julgamento os que fazem o bem receberão um galardão e os que não fazem o bem perderão o galardão e serão recompensados segundo o mal que fizeram. Há luz suficiente na Bíblia mostrando-nos que se uma pessoa salva não for disciplinada pela sua conduta desleixada nesta era, ou não se arrepender após ser disciplinada, ela não apenas perderá sua recompensa, como também será punida de um modo específico.

Em Mateus 12, o Senhor Jesus menciona especificamente a blasfêmia contra o Espírito Santo. Todos os pecados podem ser perdoados, todas as palavras faladas contra o Filho do Homem podem ser perdoadas; contudo, o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado. Para esse pecado não haverá perdão nesta era, e não haverá perdão na era vindoura (v. 32).

Na Bíblia, a era vindoura sempre se refere ao reino milenar. Na língua original, a palavra para “era” é aion, e não cosmos. Se a palavra fosse cosmos, estaria se referindo à organização do universo. Mas, a palavra “aion” se refere a um intervalo de tempo. Por isso ela foi traduzida como “era”. Hoje a era é a era da graça. A próxima era será a era na qual o Senhor virá para reinar por mil anos. Em Mateus 12, você pode perceber que algumas pessoas, por meio da disciplina, são perdoadas nessa era. Alguns são perdoados ao serem salvos, mas seus pecados subseqüentes, caso não venham a se arrepender dos mesmos, não serão perdoados no reino; pelo contrário, elas serão severamente castigadas. Esse é o ensinamento bíblico acerca da punição.

A punição para o cristão nesta era está suficientemente clara. Alguns cristãos que pecam, cujos problemas não forem solucionados diante de Deus hoje, receberão punição no futuro.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ALGUNS SERVOS DE DEUS SERÃO JULGADOS NA ERA VINDOURA

“Qual é a nossa escolha: ser disciplinado hoje, na era da graça, ou no futuro, na era da justiça?”

Vamos iniciar vendo alguns versículos que falam dessa disciplina futura. Lucas 12:45-48 diz: “Mas se aquele servo disser consigo mesmo: Meu senhor tarda em vir, e passar a espancar os criados e as criadas, a comer, a beber e a embriagar-se, virá o senhor daquele servo um dia em que ele não o espera, e em hora que não sabe, e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os infiéis. Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade, será punido com muitos açoites. Aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez cousas dignas de reprovação, levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão”.

A primeira coisa nestes versículos que precisamos decidir é se o servo, aqui, pertence ou não ao Senhor. Ele é cristão? Ele é salvo? Sem dúvida o servo aqui é salvo. Como podemos afirmar isso? Primeiro, porque no Novo Testamento, Deus nunca considera os que não pertencem à Sua família como Seus servos. Se um homem não é filho de Deus, ele não está qualificado para ser um servo de Deus. Portanto, o servo aqui referido, certamente é alguém salvo.

Há uma segunda evidência de que o servo em Lucas 12:45-48 é salvo. A prova está nos versículos anteriores. Os versículos 42-44 dizem: “Disse o Senhor: Quem é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor confiará os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Verdadeiramente vos digo que lhe confiará todos os seus bens”. Está claro que o servo nos versículos 43 e 44 é o mesmo servo do versículo 45. Uma mesma pessoa pode ser um servo bom, assim como pode ser um servo mau. Esse servo pode ter dois pensamentos diferentes.

Se ele for fiel ao encargo do senhor da casa e der aos conservos o sustento a seu tempo, o senhor o recompensará bem e confiar-lhe-á todos os seus bens. Mas, se o servo disser em seu coração: “Meu senhor tarda; posso agir da maneira que quiser”, e começar a espancar os criados e as criadas, o senhor virá e julgará suas atitudes más. Isso prova que uma pessoa salva pode tanto ser um servo bom como um servo mau.

Se, infelizmente, uma pessoa salva tornar-se um servo mau, qual será o seu fim? O versículo 46 diz: “Virá o senhor daquele servo em dia em que não o espera, e em hora que não sabe, e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os infiéis”. Esse castigo ocorrerá nesta era ou na era vindoura? Qual é o dia e a hora que o servo não sabe? Isso tem a ver com o tempo da volta de Jesus, isso é algo no futuro.

O Senhor diz que um servo pode ser fiel ou infiel, e um servo infiel não somente perderá a recompensa, como também será punido. Deus não deixa que passem despercebidos os que não fazem a Sua vontade, porque a Sua Palavra está aqui. Aqueles que a conhecem e não fazem o que o Senhor quer serão punidos com muitos açoites, além de perder a recompensa do reino. Aqueles que não a conhecem, mas fizeram coisas dignas de açoites, receberão açoites, contudo, receberão poucos açoites. Pois para todo aquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e para aquele a quem muito foi confiado, muito mais lhe pedirão. Essa é a regra da futura punição de Deus. Lucas 12:47-48 estabelece para nós a questão da punição futura dos cristãos diante de Deus.

Isso pode soar de forma estranha aos seus ouvidos, mas quero lhes dizer que sou apenas um pregador da Palavra de Deus. Responsabilizo-me por falar apenas o que a Bíblia diz. Não me responsabilizo pelo que a Bíblia deveria dizer. Hoje, alguns podem perguntar por que os cristãos precisam ser castigados no futuro. Eu não sei. Você mesmo deve perguntar ao Senhor. Estou apenas dizendo o que a Bíblia diz. Essa é a palavra do Senhor.

Vamos ler Colossences 3:23-25: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo; pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisso não há acepção de pessoas”. O contexto dessa passagem deixa claro que esses versículos referem-se a cristãos, não a incrédulos.

Os versículos que vêm antes dessa passagem dizem como um cristão deve ser uma esposa, um marido, um pai ou uma mãe, um filho ou uma filha, um senhor ou um escravo. Em seguida Paulo diz que se um cristão comete injustiça, receberá o que injustamente fez, pois não há acepção de pessoas. Isso nos mostra claramente que um cristão receberá a recompensa no trono de julgamento de Cristo. Se ele comete injustiça hoje, receberá recompensa segundo o que tiver feito injustamente. Se agir de forma justa, ele receberá recompensa segundo a sua justiça.

Portanto, não podemos dizer que os cristãos não receberão certa porção de disciplina e punição na era vindoura.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A DISCIPLINA NO REINO MILENAR DE CRISTO

Estamos estudando a questão da recompensa aos cristãos durante o milênio, já sabemos que esse será um tempo no qual Deus recompensará os seus servos e também julgará e punirá os ímpios que praticaram toda sorte de iniqüidades. No entanto cabe a nós questionar a respeito dos cristãos que não foram recompensados pelo fato de não terem, durante sua vida de salvos em Cristo, produzido os frutos adequados. O que acontecerá com eles?

SOFRENDO A DISCIPLINA DE DEUS NA ERA VINDOURA

A Bíblia nos diz que o Senhor nos disciplina porque nos ama, conforme a carta aos Hebreus 12:5-6 que diz: Será que vocês já se esqueceram das palavras de encorajamento que Deus lhes disse, como se vocês fossem filhos dele? Pois ele disse: “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama e castiga todo aquele a quem aceita como filho”. Quando o homem ama, ele é tolerante. Mas quando Deus ama, Ele disciplina. Se Deus não nos tivesse amado, Ele não teria enviado Seu Filho para morrer pelos nossos pecados na cruz. Da mesma forma, se Deus não nos amasse, Ele não nos disciplinaria.

O amor disciplinador de Deus é semelhante ao Seu amor salvador, o qual fez com que Ele enviasse Seu Filho para morrer na cruz por nós. Foi Seu amor que fez Jesus Cristo morrer em nosso favor. Da mesma forma é Seu amor que nos disciplina. Todo cristão deveria saber que não há contradição entre a disciplina e a graça de Deus. Pelo contrário, a disciplina manifesta a graça de Deus.

Nós temos afirmado que, biblicamente falando, uma pessoa que foi salva por Jesus não pode perecer e perder a vida eterna, mas jamais poderemos afirmar que essa pessoa nunca sofrerá a disciplina de Deus. Agora, a questão é se a disciplina de Deus será somente nessa era ou se ela se estenderá à era vindoura. Essa é uma questão que a maioria dos cristãos jamais considerou. Então vamos examiná-la.

Não conseguiremos encontrar na Bíblia nenhuma base para que possamos afirmar que a disciplina de Deus se restringe somente à era da graça. O que sabemos é que, se um cristão viver na terra sem controlar suas paixões, amando o mundo e andando nos seus próprios caminhos, nada mais justo que ele seja disciplinado por Deus na era vindoura. Temos ampla evidência disso na Bíblia.

Na Palavra de Deus vemos que a purificação dos pecados é feita pelo sangue do Senhor Jesus. Diz a Palavra que após Ele nos ter purificado dos pecados, subiu às alturas e assentou-se à direita da Majestade. Esse é o primeiro tipo de purificação na Bíblia. Entretanto, apesar de muitas pessoas terem recebido a purificação pelo sangue do Senhor Jesus, eles ainda têm muitos pensamentos imundos; ainda estão muito corrompidas pelo mundo e têm muitos pecados carnais. Por causa disso, é preciso que o Pai tenha de utilizar outros meios para purificá-los. Esses meios de purificação são: a disciplina e a punição sobre os quais estamos tratando nesse diário.

Em João 15:2 o Senhor diz: “Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto, ele limpa, para que produza mais fruto ainda”. O limpar aqui é uma purificação. Deus poda os elementos desnecessários, supérfluos e que são obstáculos para que os ramos produzam mais fruto. Isto é a disciplina de Deus. Portanto, o propósito de tal disciplina não é destruir-nos, mas aperfeiçoar-nos a fim de que nos tornemos mais dignos da glória de Deus, da santidade de Deus, e da justiça que é posta diante de nós.

Se formos indulgentes naquilo que deveríamos ser, ou se nos recusarmos a cortar fora o que for preciso, a mão disciplinadora de Deus recairá sobre nós em nosso próprio ambiente. É verdade que o sangue do Senhor Jesus nos limpou, e o registro de nossos pecados foi apagado. Isso é um fato. Mas falando de modo sincero; temos Cristo vivendo em nós real e verdadeiramente? Temos permitido que o Cristo ressurreto seja manifestado através de nossa vida?

Admitamos que o nosso andar hoje ainda é muito diferente daquele que deverá ser na eternidade; hoje estamos muito aquém da santidade, justiça e glória de Deus. Muitos cristãos ainda estão vivendo uma vida de pecados e imundícies. Sendo assim, temos um problema aqui. Se as coisas hoje estão tão ruins, como poderão ser boas no futuro? Se são imperfeitas hoje, serão tão perfeitas no futuro? Se você não é perfeito hoje, mas será perfeito no futuro, quando ocorrerá essa mudança?

Deve haver uma mudança em algum lugar ao longo do caminho. Na eternidade, quando estivermos com Deus e o Cordeiro na Nova Jerusalém, estaremos na luz assim como Deus está na luz. Mas quando nos tornaremos esses tais? O conceito humano é que ao morrer mudaremos, mas a Bíblia nunca afirmou que a morte física fará uma pessoa se tornar santa. Se a morte pudesse mudar um cristão, então ela também poderia mudar uma pessoa não-salva. Contudo, a morte jamais muda alguém.

O servo negligente ainda será negligente ao ser ressuscitado. As virgens néscias ainda eram néscias quando acordaram. A indolência e a negligência não haviam sumido. Se uma pessoa não muda nessa era, mas estará diferente no Novo Céu e na Nova Terra, e se a morte não muda as pessoas, então, quando ocorrera a mudança? A Bíblia nos mostra claramente que na era vindoura haverá disciplina, e essa disciplina podará e purificará, caso alguém esteja necessitado dela.

Continuaremos a estudar esse assunto até que possamos estar bem claros a esse respeito.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O TEMPO DA RECOMPENSA

“Quando o Reino dos céus vier, a recompensa virá também”.

Há um aspecto importante que queremos destacar; a recompensa é obter a coroa e obter também o trono. Mas o que é uma coroa? Não é simplesmente um chapéu esculpido em ouro e enfeitado com diamantes. Esse tipo de coroa pode ser adquirido com algum dinheiro. Uma coroa, biblicamente falando, representa uma posição no reino dos céus. Ela também representa glória no reino.

Se a coroa for apenas um objeto, ela não significaria muito. Se alguém tiver muito dinheiro, poderia mandar fazer uma coroa preciosa. Se não tiver dinheiro, pode fazer uma coroa de bronze ou de ferro. Mesmo alguém muito pobre, pode ainda confeccionar uma coroa de pano. Porém, esse tipo de coroa não terá qualquer significado no reino. Uma coroa representa algo. Quando alguém perde a coroa, ele perde aquilo que a coroa representa. Temos que ver que a coroa é o símbolo do reino. 

O que é o trono? A Bíblia mostra-nos que os doze apóstolos irão sentar-se em doze tronos. Assim como a coroa é uma recompensa para os vencedores, o trono também o é. Portanto, o trono também é um símbolo do reino. Ele representa uma posição no reino, autoridade no reino, e a glória no reino. O trono e a coroa em si mesmos não são significativos; eles existem apenas para representar o reino. Em outras palavras, a recompensa é o reino. A Bíblia mostra-nos claramente que a recompensa é simplesmente o reino.

JULGAMENTO NO TRONO DE JULGAMENTO DE CRISTO

Como Deus nos dará a recompensa? A época de sermos recompensados é quando Cristo vier novamente para executar o julgamento. Pedro nos diz que o julgamento começa pela casa de Deus. No futuro, antes de julgar as pessoas no mundo, Deus julgará primeiramente os cristãos.

A respeito de que Deus nos julgará? Ele não irá julgar-nos quanto à salvação ou perdição eterna; esse julgamento já foi realizado na cruz. Todos os nossos pecados foram julgados na cruz, e o problema da perdição eterna foi resolvido. Contudo, nós, cristãos, seremos julgados no futuro e esse julgamento determinará se teremos ou não participação no reino milenar.

Para alguns, não somente não haverá participação no reino, como também haverá punição. Naquela ocasião, Cristo estabelecerá o trono de julgamento, e Ele julgará ali os seus crentes. Nesse ponto é importante que façamos a leitura de alguns versículos que nos esclarecem acerca desta questão. A Segunda Epístola aos Coríntios 5:10 diz: “Porque todos nós temos de nos apresentar diante do tribunal de Cristo para sermos julgados por ele. E cada um vai receber o que merece, de acordo com o que fez de bom ou de mal na sua vida aqui na terra”(NTLH).

Cada um de nós que cremos no Senhor seremos levados diante do trono de julgamento de Cristo. A palavra “trono de julgamento” é bema no original grego. Significa uma plataforma elevada. Bema é o lugar onde as questões são decididas na família. Graças a Deus que a questão da nossa vida eterna ou morte eterna foi decidida, mas ainda seremos julgados. Esse julgamento não é para determinar nossa vida ou morte eternas. É para determinar nossa posição no reino de Cristo.

Existem muitos outros versículos que nos mostram a verdade a respeito do tribunal de Cristo. A Primeira Epístola aos Coríntios 3:8 diz: “Pois não existe diferença entre a pessoa que planta e a pessoa que rega. Deus dará a recompensa de acordo com o trabalho que cada um tiver feito”. O assunto aqui é como cada um será recompensado segundo o seu próprio trabalho. O versículo 10 diz: “Usando o dom que Deus me deu, eu faço o trabalho de um construtor competente. Ponho o alicerce, e outro constrói em cima dele; porém cada um deve construir com cuidado”.

No verso 11 vemos o porquê desse cuidado ao edificarmos: “Porque Deus já pôs Jesus como o único alicerce, e nenhum outro alicerce pode ser colocado.” O fundamento é Jesus Cristo. O próprio trabalho de cada um é a maneira de cada um edificar. Isso é determinado pelo material que utilizamos. Os versículos 12 a 15 dizem: “Alguns usam ouro, prata ou pedras preciosas para construírem em cima do alicerce. E ainda outros usam madeira ou capim ou palha”.

“O Dia de Cristo vai mostrar claramente a qualidade do trabalho de cada um. Pois o fogo daquele dia mostrará o trabalho de cada pessoa: o fogo vai mostrar e provar a verdadeira qualidade do trabalho”.

“Se aquilo que alguém construir em cima do alicerce resistir ao fogo, então o construtor receberá a recompensa”.

“Mas, se o trabalho de alguém for destruído pelo fogo, então esse construtor perderá a recompensa. Porém ele, mesmo assim, será salvo, como um tição tirado do fogo”.

Essa passagem mostra-nos que cada um dos que estão edificando sobre o alicerce são pessoas salvas. A obra que alguns edificam permanecerá porque essa obra foi realizada com materiais nobres fornecidos por Deus. Já, a obra de alguns foi feita com materiais perecíveis característicos do esforço da carne em realizar o trabalho de Deus. Esses sofrerão perda e não serão recompensados, muito embora eles ainda estejam salvos por causa da graça de Deus.

Esse julgamento não será para determinar se pereceremos ou não, mas para determinar se receberemos ou não uma recompensa.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PROSEGUINDO PARA O ALVO, PELO PRÊMIO DA SOBERANA VOCAÇÃO DE DEUS

O problema de hoje com os filhos de Deus é que eles exaltam demais a salvação; tudo o que vêem é simplesmente a salvação. Muitos acham que somente quando cuidarem das suas obras é que poderão ser salvos. Como resultado, eles não têm tempo para perseguir a recompensa. Que Deus seja misericordioso conosco para que possamos compreender que a questão da salvação já está resolvida. Ela não pode mais ser abalada, pois ela já foi cumprida pelo Senhor Jesus. A salvação eterna está totalmente concretizada.

O cristão deve estar empenhado, hoje, é com a recompensa que está diante de nós. Haverá uma grande diferenciação no reino: Alguns terão glória, e alguns não terão glória. Agora precisamos ver sobre que base a recompensa é dada. A Palavra de Deus diz que a recompensa é dada por causa da obra. Assim como a Bíblia diz claramente que a salvação é pela fé, da mesma forma a Bíblia diz claramente que a recompensa é pela obra de cada um.

A Bíblia revela-nos que a salvação é pela fé dos pecadores, e a recompensa é pela obra dos cristãos. Ninguém deve confundir as duas coisas. Romanos 4:4 diz: “O salário que o trabalhador recebe não é um presente, mas é o pagamento a que ele tem direito por causa do trabalho que fez”. Portanto, dar uma recompensa a alguém que trabalha não é graça, mas uma dívida. Em outras palavras, como alguém pode obter uma recompensa? A recompensa vem pelas obras e não pela graça.

Apocalipse 2:23 diz: “Matarei os seus filhos, e todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que conhece os pensamentos e os desejos de todos. Eu pagarei a cada um de vocês de acordo com o que tiver feito”. Em outras palavras, Ele recompensará a cada um segundo as obras. É claro que essa obra não é nossa própria obra. Nós apenas produzimos obras porque o Espírito Santo que vive em nós se encarrega de nos ajudar a produzi-las. Todo o capital origina-se em Cristo. Todo o poder também origina-se em Cristo. Mas alguns permitirão ao Senhor trabalhar em seu interior, e outros não.

A Bíblia distingue claramente salvação de galardão. Ela nunca confunde a fé com a obra. Sem fé, o homem não pode ser salvo. Sem as obras, o homem não pode ser recompensado.

A RECOMPENSA É O REINO DOS CÉUS

Na Bíblia as palavras faladas, quer pelo Senhor Jesus, quer pelos apóstolos, acerca da recompensa e do reino, não foram faladas levianamente, da mesma forma que também não se falou assim acerca de dom e vida eterna.  Quando o Senhor diz, no Evangelho de João, que Ele dá a vida eterna para as Suas ovelhas, Ele está falando a realidade e não palavras vazias (Jo 10:28). 

Romanos 6 diz que o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor (v 23). Está tão claro que o dom de Deus é a vida eterna, porque confundir? Então, que é a recompensa? A Bíblia mostra-nos claramente que a recompensa é a coroa, o trono e o reino dos céus. O reino dos céus é a nossa recompensa.

Mateus 16:27 diz: “Pois o Filho do Homem virá na glória de seu Pai com seus anjos e então recompensará cada um de acordo com o que fez”. Há dois fatos importantes aqui: 1º- o homem será recompensado de acordo com suas obras. A questão da recompensa é inteiramente baseada nas obras. 2º- Em que momento a recompensa será distribuída? Ela será distribuída quando Cristo vier na glória de Seu Pai com Seus anjos, aquele será o tempo em que Ele estabelecerá Seu reino sobre a terra. Portanto, somente quando o reino iniciar é que a recompensa iniciará.   

Apocalipse 11:15 diz: “O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos”.

O versículo 18 diz: “Na verdade, as nações se enfureceram; chegou o momento de mostrares a tua ira e à hora de os mortos serem julgados. Chegou o momento de recompensares os teus servos, os profetas, e todo o teu povo, e todos os que te temem, tanto os importantes como os humildes. Chegou o momento de destruíres os que matam pessoas na terra”. Esse versículo mostra-nos claramente que quando o Senhor tornar-se o Rei e o reino do mundo tornar-se o reino de nosso Senhor e do Seu Cristo, aquele será o tempo para se dar a recompensa aos santos vencedores.


            Em outras palavras, o tempo do reino é o tempo da recompensa. Quando o reino vier, a recompensa virá também!