segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O SENHOR JESUS É O NOSSO SUMO SACERDOTE

“Por isso também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hebreus 7.25).

Nossa salvação só pode ser mantida porque o Senhor Jesus é nosso Sumo Sacerdote diante de Deus. Não é necessário mencionar os pecados antigos ou os de ontem. Tão somente os pecados que cometemos hoje são suficientes para perecermos. Podemos continuar salvos somente porque o Senhor Jesus está orando por nós. A intercessão do Senhor mantém-nos salvos.

A Bíblia nos diz claramente que o Senhor Jesus é capaz de salvar totalmente os que se chegam a Deus por meio d’Ele. Algumas pessoas podem dizer-nos que podemos perder a salvação ou que podemos ainda perecer. Se fosse este o caso o que pensar da oração do Senhor Jesus? Deus diz que o Senhor Jesus vive sempre para interceder por nós. Ele continua a viver para orar por nós. Portanto, tendo nós um tão grande intercessor diante de Deus, podemos crer que nossa salvação será mantida por meio d’Ele.  

O Senhor Jesus nos disse que Sua oração é por todos os que crêem; é por todos os que pertencem a Ele. Não é pelos que estão no mundo, (João 17.9). Aqui vemos a esfera da oração do Senhor; é pelos que creram Nele e não pelos do mundo.

O Pai está relacionado com o mundo, e o Filho com a igreja. O Novo Testamento nunca diz que Cristo ama o mundo; vê-se apenas que Deus ama o mundo. Por outro lado, vê-se que Cristo ama a igreja e a Si mesmo se entregou por ela. A esfera do Pai é o mundo e a esfera do Filho é a igreja. O resultado de Sua obra faz com que o mundo seja salvo; no entanto, Sua oração, Seu sacerdócio, é somente para os cristãos. Não é para os de fora. Ele ora por nós.

Qual o propósito de Sua oração por nós? Ele ora para Deus conservar-nos e proteger-nos a fim de sermos como Ele, a fim de sermos separados do mundo e a fim de sermos um. A oração do Senhor tem pleno poder; Ele é capaz de nos guardar. Se Deus não fosse um Deus que ouve as orações, nada aconteceria. Mas Deus ouve as orações.

Em João 11. 41-42, o Senhor Jesus disse: “Pai, graças te dou porque me ouviste. Eu sei que sempre me ouves...”. Se Deus continua a ouvir as orações de Seu Filho, será impossível não sermos salvos para sempre. Cristão, antes que você pereça, você primeiro terá de fugir da oração do Senhor Jesus.

 A oração do Senhor é agrade de proteção contra o inferno. Se quiser ir para o inferno, o cristão primeiro precisa pular essa grade. Se não pudermos derrubar a oração do Senhor Jesus e não pudermos livrar-nos da grade protetora da oração, Não temos como perecer. Graças a Deus! A oração do Senhor Jesus é digna de confiança.


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A SALVAÇÃO É OBRA DE DEUS

A Bíblia diz que Deus é eterno e o próprio Deus afirma que Ele é o princípio e o fim, o Alfa e o Ômega (Ap 22.13). Isso significa que o princípio e o fim de todas as coisas passam pela Sua soberania.

Sabemos que a salvação é obra de Deus. Foi Deus quem nos salvou. Assim, se a nossa salvação for incompleta, significa que Deus não pode concluí-la. Certamente nunca podemos imaginar que Deus possa parar na metade de Sua obra e deixá-la inacabada.
Filipenses 1.6 diz que foi Deus que começou a boa obra em nós. Uma vez que Deus a começou e Ele mesmo nos deu a salvação, Ele deve completar essa obra até o dia de Cristo Jesus. Os apóstolos criam nisso com forte convicção. O versículo 6 diz: “E eu tenho certeza de que Deus, que começou a boa obra em vocês, continuará ajudando-os a crescer em sua graça até quando sua tarefa em vocês estiver finalmente terminada naquele dia quando Jesus Cristo voltar”. Ou Deus não começa ou Ele terá de completar o que começou.

Se aprouve a Deus salvar-nos, não haverá o que possa impedir que Ele conclua Seu propósito. Por outro lado, se a obra de salvação tivesse de começar com Deus e continuada por nós, nenhum de nós estaria qualificado para ser salvo; Todo aquele que acha ser capaz de concluir a obra da salvação, não conhece Deus e não conhece a si mesmo. Se O conhecemos, perceberemos que não há maneira de acabarmos o que Ele começou.

Se realmente nos conhecermos, perceberemos que simplesmente não podemos dar-lhe continuidade. Toda a obra de salvação foi cumprida por Ele. Foi Ele quem nos deu a salvação. É Ele quem nos salvará totalmente. Nada podemos fazer para preservar nossa salvação a não ser confiar em Deus.

Assim, vemos duas coisas aqui: Primeira, porquanto a natureza da salvação é graça, é impossível que nós a percamos; segunda, desde que foi Deus quem começou a obra, quem nos conheceu de antemão e nos predestinou, quem nos chamou e nos justificou, quem nos salvou e quem nos introduzirá na glória, se perdermos nossa salvação poremos em dúvida os atributos de Deus.

Vamos agora considerar a salvação que Deus nos deu. Que Deus fez por nós e o que Ele nos deu? Todos nós sabemos que Deus nos deu Sua vida. Ele nos regenerou. A todos os que creram Nele e O receberam foi-lhes dado o poder de serem feitos filhos de Deus (Jo 1.12). Somos nascidos de Deus e temos o poder de sermos feitos Seus filhos (vs. 12-13). João 3 diz que nascemos de novo; foi o Espírito Santo quem nos regenerou (v. 6).

Após lermos a respeito desses três versículos, podemos perceber o que um cristão é. Nós, cristãos, somos filhos de Deus. Quando um pecador crê no Senhor Jesus ele é salvo e Deus lhe dá uma nova vida. Isso é regeneração. 

A Bíblia nos mostra em pelo menos três ou quatro versículos que ser regenerado é receber vida eterna. A Bíblia, nossa única regra de fé, repetidamente nos mostra que os que recebem vida eterna são os que crêem, e os que crêem têm vida eterna. Isso nos é mostrado repetidamente no Evangelho de João.

Nosso relacionamento com Ele começa com a regeneração e termina com a vida eterna. Deus não somente nos gerou, Ele também nos deu vida eterna. Graças a Deus , pois Ele nos regenerou e nos deu vida eterna, que é a vida de Seu Filho. Se alguém pensa que um cristão pode tornar a perecer caso se torne fraco, e que somente um bom filho de Deus terá a vida eterna, enquanto um mau filho perecerá, essa pessoa não conhece a salvação de Deus.

Ele pensa que Deus é um cobrador de dívidas, vindo cobrar a vida eterna e a redenção. Se não agirmos bem, Ele as tomará de volta. Essa não é salvação de Deus. O princípio tem de ser Dele. A continuação também tem de ser Dele. Foi Deus quem nos deu salvação, como podemos perdê-la? Foi Deus quem começou esse relacionamento e a vida que recebemos é eterna, a qual jamais deixa de existir, então podemos crer que nunca poderemos tornar a perecer.

Somente os que não sabem o que é regeneração e o que é vida eterna conseguem dizer que a salvação pode ser perdida. Damos graças ao Senhor porque a vida eterna é um fato que não pode ser anulado. É uma história que nunca poderá ser destruída. O relacionamento entre Deus e nós é tal que podemos certamente dizer que nenhum poder na terra pode separar-nos Dele.


O senhor Jesus nos disse que nós estamos em Suas mãos e que o Pai é maior do que tudo. Estamos nas mãos do nosso Pai. Essas mãos estão nos sustentando e preservando, como podemos nos perder?  

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

DEUS PLANEJOU SALVAR-NOS

Deus salvar-nos é um acidente ou um ato proposital? A salvação de Deus é um acidente ou ela está de acordo com um plano determinado?

Os que não entendem a salvação podem pensar que a mesma é acidental. Mas os que compreendem a Bíblia e conhecem Deus percebem que a salvação foi planejada há muito tempo com um plano definido.

Romanos 8.29 diz: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho”. O versículo 30, é uma palavra explicativa e diz:E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”. A salvação sobre a qual estamos escrevendo envolve todas as coisas mencionadas nos versículos 29 e 30.

A história da nossa salvação começou com a justificação, no verso 30. Fomos salvos quando fomos justificados. Sabemos apenas que cremos em Jesus e que fomos salvos e justificados. 

Pensamos que a justificação é o nosso primeiro encontro com Deus. Pensamos que a primeira vez que tocamos Deus em nossa vida foi quando fomos justificados. Mas a Bíblia diz que Deus nos tocou há muito tempo. Ele conheceu-nos há muito tempo. Nossa justificação veio mais tarde. Deus conheceu-nos primeiro.

A Bíblia diz que antes de sermos salvos e justificados, Deus já nos conhecia. Aqueles que Deus conheceu há muito tempo, Ele marcou. Ser marcado significa ter em nosso nome uma marca de identificação, indicando que Ele nos reivindica para Si. Para qual propósito fomos marcados? Para que venhamos a ser como Seu único Filho, Jesus Cristo.

Ele não quer apenas um Filho, Jesus Cristo; Ele resolveu marcar-nos para que fôssemos idênticos ao Seu Filho. Assim, os que foram marcados de antemão, foram chamados. Os que foram chamados são os conhecidos por Ele; são também os que foram marcados por Ele. Então, Ele chamou os que de antemão conheceu e marcou. Após chamá-los, Ele os justificou.

Temos de saber que a história de nosso relacionamento com Deus não começa na justificação e salvação. Antes, ela começa na presciência de Deus. A presciência de Deus é o princípio de todas as coisas. Ser predestinado é o segundo passo. Então, ser chamado é o terceiro passo. Somente após o terceiro passo é que temos a justificação.

A conclusão é que, se um filho de Deus perdesse a sua justificação e se tornasse um pecador perdido novamente, seria o caso de questionarmos a onisciência de Deus. Uma vez que Deus nos conheceu de antemão e nos predestinou, como podemos ainda perecer após sermos salvos? Uma pessoa predestinada por Deus nunca poderá ser lançada no inferno como se fosse um pedaço de madeira.

Para nós que mudamos muito facilmente de opinião, seria uma decisão normal. Num minuto podemos estar no céu e no minuto seguinte, no inferno. É possível que mudemos de opinião a cada dia, nos 365 dias do ano. Mas como Deus é Deus, Sua presciência e predestinação não podem ser abaladas. 

O Deus que conhecemos e a quem adoramos não muda coisa alguma que Ele tenha decidido. Deus não pode anular a justificação sem afetar Sua presciência, predestinação e chamamento. Se perdêssemos nossa salvação, a presciência, a predestinação e o chamamento de Deus seriam todos anulados.      

Complementando, há outro item. A Bíblia diz: “E aos que justificou, a esses também glorificou” (v. 30). A não ser que Deus introduza na glória os que Ele justificou, Sua obra não estará completa. Se não pudermos entrar na glória eterna, a obra de Deus ficaria incompleta. Essa é a Palavra de Deus. O último elo da obra de salvação de Deus é a glória. Até estarmos na glória Deus não estará satisfeito e não irá descansar.

Agora preste atenção ao ensinamento desta doutrina: Deus diz que os que Ele justificou entrarão na glória incondicionalmente. Ele não diz que aqueles cujas obras são aprovadas podem entrar na glória. Nem diz que os que Ele justificou devem ser considerados salvos pelo homem antes que possam entrar na glória. Não há tais condições. Todas as coisas que são mencionadas aqui estão relacionadas com Deus.

Foi Deus quem nos conheceu de antemão. Foi Deus quem nos predestinou. Foi Deus quem nos destinou para sermos como Seu Filho e conformados à imagem do Filho. Foi Deus quem nos chamou e nos justificou. É Deus também quem introduzirá os justificados, na glória. E finalmente, é Deus quem os introduzirá no novo céu e na nova terra para herdarem a glória eterna.   


Não podemos ignorar um só item. São eles obras de Deus. Se fossem nossas obras, poderíamos salvar alguns por engano, porque não saberíamos quais deveriam ser salvos. Mas se são obras de Deus, não pode haver erro.

 Somente os que não conhecem Deus e Suas obras, podem pensar que há possibilidade de alguém se perder. Mas se conhecemos a Deus e Suas obras, perceberemos que ninguém pode ser subtraído ou acrescentado. A obra de Deus não pode parar na metade do caminho.  

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

POR QUE DEUS DEU SEU FILHO AO MUNDO?

Por que Deus deu Seu Filho ao mundo? Porque Ele nos ama. Por que Deus nos deu a vida eterna? Também porque Ele nos ama. Se enquanto pecadores Deus nos amou a tal ponto de nos dar a vida de Seu Filho, seria possível Deus rejeitar alguém que após tornar-se cristão se tornasse fraco e pequeno?

Se o Filho de Deus pôde morrer por nós enquanto ainda éramos pecadores, pode Ele recusar-se a amar-nos hoje, após termos crido n’Ele, meramente porque somos um pouco fracos? Se o amor de Deus não pode mudar, também não há possibilidade de Sua graça mudar. Anteriormente, Ele esteve disposto a dar Seu Filho unigênito para morrer pelos meus pecados e teve grande amor por mim que eu me pergunto: Será que desde o tempo em que Ele mostrou tal amor por mim, Ele mudou completamente?

Será que agora que me tornei cristão Ele decidiu mandar-me para o inferno e não amar-me mais? Se anteriormente Ele me amou tanto que morreu na cruz por mim, como poderia Ele ter tal mudança hoje? Como poderíamos nós ser “não salvos” de novo? Isso é impossível! Isso é impossível não somente de acordo com a razão humana, mas a Palavra de Deus também diz o mesmo.

João 13.1 diz: “Jesus... tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”. Assim, não há mudança no amor com o qual Deus ama os homens. Visto que o Seu coração estava cheio de amor por nós quando Ele foi à cruz, do mesmo modo, Deus ainda está nos amando hoje. Seu amor não mudou. Sua graça também não mudou.

Se o homem pensa que existe a possibilidade de perder a salvação e a vida eterna, então temos de concluir que há possibilidade de o amor de Deus mudar. Mas isso é impossível! Se a fonte não pode mudar, então o fluir jamais mudará. Se a vida não muda, então o fruto produzido por essa vida não pode mudar. Devemos conhecer o coração do Senhor. Devemos entender que Deus não pode pedir o Seu Filho de volta, pois uma vez que Deus quis dar-nos Seu Filho, Ele não pode tomá-Lo de volta.

 O Filho de Deus é mais precioso? Ou a vida que recebemos é mais preciosa? Aos olhos de Deus, o salvador é mais precioso. Ele é mais precioso que a vida que recebemos. Assim, Romanos 8.32 nos diz que se Deus não poupou a Seu próprio Filho, antes, por todos nós O entregou, porventura não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas.

Se Deus quis dar Seu Filho por nossos pecados e se Ele quis dar-nos esse Filho gratuitamente, pensaria Ele em nos tomar a vida eterna após algumas considerações? Ter tal pensamento não é apenas ignorância e falta de entendimento da graça e do amor de Deus, mas total insanidade mental. Somente os que têm mente obscurecida e insana diriam tal coisa.

Graças a Deus, Eles nos deu Seu Filho e não O pedirá de volta. Além de Seu Filho, Ele nos deu muitas outras coisas, tais como vida eterna e salvação. Deus nos deu Seu Filho e a vida eterna também. Se Ele não reclamará Seu Filho de volta, então Ele também não reclamará a vida eterna que recebemos.

Assim, de acordo com a graça de Deus, é impossível perder a salvação e a vida que recebemos. Essa é a palavra clara de Deus a nós.
Estou aprofundando este assunto porque vejo que muitos líderes cristãos estão pregando que se alguém cair em pecado, esta pessoa irá perder a salvação. Sei disso por causa da opinião de muitos cristãos evangélicos com os quais tive contato.

Sinto compaixão daqueles evangélicos que, como os cristãos católicos, vivem sempre ansiosos e com medo de perder a sua salvação. Eles precisam conhecer o amor de Deus e o Seu plano soberano de nos dar a salvação e a vida. Eles não só temem como também tentam convencer outros irmãos a duvidarem da graça de Deus. Alguns chegam a entrar em contendas doutrinárias e acusações infundadas contra aqueles que, nada mais querem, do que dar a Deus a glória.

Não sou insensato e sei que todo o pecado trás conseqüências terríveis, mas daí a dizer que o cristão em pecado irá para o inferno é um pouco demais. O que a Bíblia diz é que: “Porque o Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo o que recebe por filho” (Hb 12. 6). Qual é o pai ou a mãe, que quando seu filho comete algo errado, condena-o imediatamente ao fogo do inferno? Será que não é melhor corrigi-lo para que não cometa mais tal coisa. 

Como diz a Bíblia: “Se vós que sois maus sabeis dar boas dádivas aos seus filhos, quanto mais o vosso Pai celestial dará o Espírito Santo”.


Espero ter convencido os que estão em dúvida porque não compreendem o amor e a soberania de Deus.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

DEVEMOS ACEITAR AS PALAVRAS DE CRISTO

Cuidemos de expor o nosso Senhor Jesus Cristo como o Mestre infalível, mediante Sua palavra inspirada. Não entendo a lealdade a Cristo que é acompanhada pela indiferença para com as Suas palavras. Como podemos reverenciar Sua Pessoa, se Suas próprias palavras e as dos Seus apóstolos são tratadas com desrespeito? Se não aceitamos as palavras de Cristo, não podemos aceitar Cristo; a não ser que aceitemos as palavras dos Seus apóstolos, não podemos aceitar Cristo; pois João diz: “Aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro” (I João 4.6) - C.H.Spurgeon .

Nada pode ser mais estranho do que alguém que se diz discípulo de Cristo, ignorar ou até rejeitar os ensinamentos de Cristo. Este é um fenômeno muito comum em nosso meio “evangélico”. Pregar sobre determinadas doutrinas causa desconforto e até animosidade. Muitos pregadores foram rejeitados e considerados heréticos pelos cristãos rasos que nada conhecem, mas se acham capazes de criticar e julgar os servos de Deus. 

Há muitos casos de pessoas que deixam de seguir determinado líder por considerá-lo indigno de ser acatado como tal. Isso aconteceu com o Mestre Jesus: “Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele” ( João 6.66).

A deserção nesse caso foi por causa da doutrina. A verdade era dura demais para eles, não podiam agüentá-la. “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”. Um discípulo verdadeiro senta-se aos pés de seu Mestre e crê no que lhe é dito, mesmo quando não consegue compreender o sentido, ou não vê as razões pelas quais seu Mestre o diz; mas aqueles homens não tinham o espírito essencial de discípulo, e, conseqüentemente, quando seu instrutor começou a desvendar as partes mais profundas do rol da verdade, eles não quiseram ouvir Sua leitura delas.

Eles estariam dispostos a crer quando pudessem entender, porém quando não puderam compreender, giraram nos calcanhares e se foram da escola do Grande Mestre. Além disso, o Senhor Jesus Cristo tinha ensinado a doutrina da soberania de Deus e da necessidade do Espírito de Deus para que os homens fossem levados a Ele, “porque bem sabia Jesus, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que havia de traí-Lo”. E dizia: “por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, e por meu Pai lhe não for concedido”.  

Aqui o nosso Senhor proferiu um bocado da velha e antiquada doutrina da livre graça, doutrina da qual hoje em dia o povo não gosta. Chamam-na de “calvinismo”, e a colocam de lado, entre os velhos dogmas repelidos, dos quais esta época iluminada nada sabe. Que direito eles têm de atribuir ao pregador atual uma doutrina velha como os montes eu não sei.

Mas o nosso Senhor nunca hesitou em arremessar essa verdade no rosto dos Seus inimigos. Disse-lhes Ele: “Vós não credes porque não sois minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito”; “Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou o não trouxer”. Aqui Ele diz claramente que não poderão vir a Ele, a não ser que o Pai lhes dê a graça para virem. Essa doutrina humilhante eles não puderam aceitar, e por isso foram embora.

Quando Noé disse às pessoas que iriam afogar-se caso não corressem para a arca, elas acharam que ele era muito rude. Mas era por amor que Noé advertia as pessoas a seu redor para entrarem na arca. Da mesma forma, os pecadores irão perecer se não encontrarem abrigo no Senhor Jesus Cristo. Deus tem um plano de salvação para pecadores perdidos e destruídos, os quais merecem com justiça a condenação. Corram para o plano de salvação de Deus, ou vocês estarão perdidos para sempre.

A aceitação ou não, da doutrina apresentada pelo Senhor Jesus não muda e nem abala a soberania de Deus. Há algo na natureza das pessoas que faz com que tenham um bom conceito de si próprias. Elas também precisam que os outros as considerem bem. Deus, contudo, não tem tal necessidade. Deus é independente de tudo e de todos. Ele age de acordo com Sua própria vontade. Quando Ele diz: “Eu farei”, o que quer que diga será feito. Deus é soberano e Sua vontade, não a vontade homem, será feita.

Deus não precisa fazer-Se feliz ou aumentar Sua glória. O júbilo de Deus é completo em Si mesmo. Nem mesmo o louvor dos anjos é necessário para Deus. Se tivesse sido o desejo de Deus deixar toda a raça humana perecer, ninguém poderia tê-Lo questionado. Ninguém pode perguntar a Deus por que Ele faz isto ou aquilo. Quando Deus salva as pessoas, não é porque algo o compele a fazê-lo.

Deus salva os pecadores porque Ele quer salvar os pecadores. Eles estão perdidos e não há nada que obrigue Deus a salvá-los. Se Deus de fato os salva, deve ser “segundo o beneplácito de Sua vontade, para louvor da glória de sua graça” (Ef. 1.5-6).  Somos pecadores, decaídos, ímpios e condenados. Não há absolutamente nenhuma beleza em nós que faria com que Deus quisesse ter-nos como Seu povo.


Deus nunca nos amará por causa de nossa beleza. Mas Deus pode amar-nos ainda que não sejamos belos. Ele pode amar-nos apenas por causa de Sua própria graça voltada para nós. Eis a essência do ensinamento de Cristo e dos Seus discípulos. Devemos aceitar, pela fé, tais ensinamentos!