quinta-feira, 31 de maio de 2012


A PREPARAÇÃO DA VESTE NUPCIAL

Era costume dos povos antigos, principalmente no oriente, que os pais prometessem uma jovem ao futuro marido quando a mesma era ainda uma criança, porém, o casamento se realizava quando ambos já eram crescidos. 
Enquanto cresciam, a noiva preparava o enxoval e o vestido de noiva.

A confecção da veste nupcial é um trabalho artesanal que demanda muito trabalho e sacrifícios. São muitas agulhadas, pouco a pouco, ponto a ponto. Isso causa dor constante. Em nosso viver diário, o Senhor permite que passemos por sofrimento e dor. Não é um grande sofrimento, uma vez por todas, mas pequenos sofrimentos, pouco a pouco. 

Todos os cristãos, em maior ou menor grau, passam por algum sofrimento e tribulações cotidianas. Isso é inevitável. Temos de estar dispostos a sofrer a fim de sermos aperfeiçoados e possamos adquirir o caráter de Cristo. Assim teremos uma veste para sermos levados à presença do rei. Poderemos participar do banquete das bodas do Filho do Rei.

Todo cristão deve ter duas vestes: uma, ele recebeu do próprio Senhor Jesus; a outra, ele mesmo é responsável em prepará-la. Veste, na Bíblia, está sempre relacionada com a justiça. A primeira veste indica que Deus nos justificou quando Cristo morreu em nosso lugar, pelos nossos pecados. 

Essa justiça não foi algo feito por nós. Alguém – o Senhor Jesus – a fez por nós, portanto é uma justiça objetiva. Basta que creiamos, e, pela fé, já vestimos a veste da justificação pelo sangue de Jesus.

Depois disso, já incorporados na vida da igreja, nós mesmos precisamos preparar outra veste, a veste de núpcias. Em Apocalipse 19: 7 lemos: 

“Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou”. 

Ataviar-se, por um lado, significa que a noiva já cresceu e já não é uma criança; por outro, quer dizer que já bordou sua veste nupcial.

Esta veste é de “linho finíssimo, resplandecente e puro”, que são os atos de justiça dos santos. Os atos de justiça são o resultado da obra transformadora do Espírito Santo em nós, por meio dos sofrimentos e privações. Portanto, essa justiça não é a justiça objetiva que o Senhor cumpriu por nós na cruz, mas é a justiça subjetiva. 

Que nós possamos permitir que o Espírito Santo nos transforme, agulhada após agulhada, e tenhamos nossa veste pronta para as bodas do Cordeiro.
    

segunda-feira, 28 de maio de 2012


AS BODAS DO CORDEIRO

O Senhor Jesus disse: “O Reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho” (Mt 22: 2).

Essas são as bodas do reino, isto é, a manifestação do reino dos céus, ou do reino milenar que durará mil anos após a volta do Senhor, a qual somente os vencedores terão direito.

O Senhor disse que um rei havia preparado tudo para as bodas do filho, e enviou seus servos para chamar os convidados. Na sequência da parábola vemos que os primeiros convidados não aceitaram o convite alegando outros compromissos. Vemos também que alguns deles cometeram atos de violência contra os servos do rei, chegando até a matar alguns deles.

O rei ficou indignado com aquilo e enviou seus exércitos destruindo aqueles assassinos e incendiando-lhes a cidade (Mt 22: 2-7). Em seguida o rei ordena aos seus servos dizendo: “Ide, pois, para as encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas a quantos encontrardes, tanto maus como bons; e a sala do banquete ficou repleta de convidados” (Mt 22: 9-10).

O rei representa Deus e o filho representa o Senhor Jesus. Os servos enviados para convidar as pessoas são os primeiros apóstolos. Os que rejeitaram o convite são os judeus, que não aceitaram o evangelho. Os que estavam pelos caminhos, tanto maus como bons, somos nós, os gentios, que cremos no Senhor mediante o evangelho.

Não éramos dignos de nos assentar à mesa para a grande ceia das bodas do Cordeiro, mas pela misericórdia do Senhor, pelo Seu grande amor, Sua graça chegou até nós para que possamos participar desse evento maravilhoso. O fato de crermos Nele, sendo alcançados pela misericórdia de Deus para participar do banquete, refere-se à nossa salvação inicial. Entretanto, para permanecer nas bodas precisamos da veste nupcial (v. 11).

A veste na Bíblia está sempre relacionada com a justiça (Ap 19:8). Antes de sermos salvos e justificados pelo Senhor Jesus, todos éramos pecadores, e nossas justiças eram como trapo de imundícia (Is 64:6). Mas por causa do grande amor e por ser rico em misericórdia, Deus nos salvou, e já temos uma veste que é a justiça com a qual o Senhor nos justificou. Ser justificado é ganhar uma veste. 

Portanto, já não estamos nus; antes, passamos a ter uma “veste”, que nos faz aptos a participar, nesta era, da esperança de estarmos no banquete. Essa é a veste inicial que o próprio Jesus preparou para nós. É a nossa justificação inicial. Porém, para participar do banquete das bodas em plenitude na era vindoura, ainda precisamos ter outra veste.

Nos versículos 12 e 13 lemos: “Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu. Então, disse o rei aos seus servos: Amarrai-lhe os pés e as mãos, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes”.

Ser lançado nas trevas exteriores significa que essa pessoa, embora salva, não preparou a veste nupcial, isto é, não é vencedora, e por isso, não poderá entrar no desfrute do reino milenar.

Quando o Rei Jesus vier na Sua segunda vinda, todos os vencedores poderão entrar no reino milenar. Contudo, para entrar, eles precisarão de uma veste nupcial, além da veste de justificação. Quem não a tiver não poderá participar das bodas do Rei. A este só restará ser lançado nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.

O Senhor usa esta parábola para nos alertar. O Reino milenar virá. Para entrar nas bodas do Cordeiro, precisamos preparar para nós mesmos uma veste nupcial. Essa veste é de nossa inteira responsabilidade!

“Também ouvi uma voz como a de uma grande multidão, como a voz de muitas águas, e como a voz de fortes trovões, que dizia: Aleluia! Pois já reina o Senhor nosso Deus, o Todo-poderoso. Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe glória! Pois são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se aprontou”.

“Foi-lhe dão que se vestisse de linho fino, resplandecente e puro. O linho fino são os atos de justiça dos santos”.

“E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro!” (Ap 19: 6-9).     

quinta-feira, 24 de maio de 2012


JESUS VOLTARÁ!

Jesus vai voltar. Os profetas escreveram, os anjos disseram e os apóstolos afirmaram. Porém, o mais importante é que o próprio Senhor Jesus Cristo garantiu que iria voltar. As referências são as seguintes:

“Eis que cedo venho! Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro” (Ap 22:7).
“Eis que cedo venho! A minha recompensa está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” (Ap 22:12).
“Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Vem, Senhor Jesus” (Ap 22: 20).

Assim, todas as vezes que lemos na Bíblia estas palavras proféticas somos despertados para esta grande verdade que é a vinda do Senhor Jesus. Também, todas as vezes que tomamos a Santa Ceia anunciamos “a morte do Senhor até que Ele venha” (ICo 11:26).

Jesus voltará. Quando? Cedo! Os três versículos do Apocalipse que vimos acima, dizem que Jesus virá cedo. Portanto, é bíblico dizer que o Senhor virá breve e errado dizer que “o meu Senhor tarde virá”. Naturalmente que o “presto”, “cedo” ou “breve” são termos relativos. A brevidade é sempre relativa e não especifica dias, meses ou anos. Então, o que devemos fazer? Estarmos sempre prontos para avançar. Um soldado tem de estar sempre pronto.

Jesus vai voltar. Muitas coisas estão para acontecer, mas o Arrebatamento da Igreja é o evento mais importante para os escolhidos. Os que estão crescendo na comunhão e no espírito estarão ansiosos para que esse evento aconteça em breve. Jesus voltará para cumprir tudo o que Ele não fez por ocasião de sua primeira vinda na terra.

Faltará muito para que isso aconteça? Como não temos datas marcadas, só nos resta observar os sinais que o Senhor nos deixou como aviso deste tempo. Através destes sinais teremos as informações da proximidade relativa deste acontecimento.

A igreja precisa amadurecer e alcançar uma estatura apropriada para estar apta a cooperar com o Senhor Jesus em seu reinado de mil anos sobre este planeta. Saiba que Jesus irá reinar juntamente com seus vencedores conforme está revelado em suas cartas às igrejas no livro de Apocalipse. 

Sendo assim nos compete ser como os vencedores: fiéis, obedientes e amadurecidos pela ação do Espírito Santo em nosso homem interior.

“ O que vencer, de modo algum sofrerá o dano da segunda morte” (Ap2: 11)

“Ao que vencer, e guardar até o fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com vara de ferro as regerá, quebrando-as como são quebrados os vasos do oleiro; assim como também recebi autoridade de meu Pai” (Ap 2: 26-27).

“Ao que vencer, dar-lhe-ei assentar-se comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono” (Ap3: 21).

“Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Vem, senhor Jesus! (Ap 22: 20).

segunda-feira, 21 de maio de 2012


ADORANDO OS CAMINHOS DE DEUS

Se realmente temos a intenção de sermos adoradores de Deus, então deveremos chegar à conclusão de que simplesmente conhecer a Deus como nosso Pai e a nós como Seus filhos é absolutamente insuficiente.

Precisamos conhecer a Deus como Deus e a nós mesmos como Seus escravos. Só quando essa revelação for-nos dada, poderemos adorá-Lo verdadeiramente. Não poderemos prostrar-nos diante Dele até que o conheçamos como Deus. Só então perceberemos que somos Seus subordinados. É essa percepção que gera adoração.

Mas não termina aí. Essa visão de Deus não apenas nos faz curvar-nos diante Dele; ela nos leva a reconhecer e a aceitar Seus caminhos. A Bíblia nos mostra que apenas por revelação podemos conhecer a Deus. Também nos mostra que apenas quando estamos sujeitos a Ele, começamos a conhecer Seus caminhos.

Que são os caminhos de Deus? Seus caminhos são Seus métodos para fazer aquilo que Ele decidiu fazer. E, em relação a nós, eles são Seus tratamentos para conosco, por intermédio dos quais Ele realiza Seu propósito em nossas vidas. Seus caminhos são mais elevados que os nossos, e não dão lugar à nossa escolha. Ele trata com uma pessoa de certa maneira e com outra pessoa de outra maneira, agindo sempre do modo que Lhe parece melhor. 

Seus caminhos são o modo pelo qual Ele próprio, para Seu bom-prazer, cumpre aquilo que desejou realizar.

A realidade é que o homem é incapaz de aceitar os caminhos de Deus a menos que haja uma revelação de Deus para ele. O homem natural continua perguntando: “Por que Deus amou Jacó e não Esaú?” Temos a tendência de desprezar Jacó e tentar defender Esaú. Esaú, pensamos, era um bom homem, extremamente bom. Jacó é que era mau, muito mau. Jacó era suplantador, um enganador. 

Todavia Deus disse: “Amei a Jacó, porém me aborreci de Esaú”. E nós ainda insistimos a perguntar: “Por que, por que?

Questionar por que Deus amou a Jacó e não a Esaú, prova que não vimos a Deus como Deus. Aqueles que viram, não questionam esse fato. Eles simplesmente dizem: “Deus é Deus; Ele faz o que faz porque Deus é quem Ele é. Ninguém precisa dizer a Ele como deve agir”. “Quem foi o Seu conselheiro?”

Os caminhos de Deus são a expressão da Sua escolha, são a manifestação do Seu desejo. O que Ele determinou fazer, Ele faz de modo a garantir Seu objetivo. Portanto, Seus tratamentos providenciais para o homem variam de acordo com o propósito que Ele tem em vista para cada vida. 

Como já salientamos, quando alguém por meio de revelação vê realmente que Deus é Deus, e que o homem é homem, ele não pode fazer outra coisa além de prostrar-se e adorar. Mas, por favor, tenham em mente que avançar até esse ponto ainda não é o suficiente. Essa é uma posição muito abstrata. É necessário avançar um passo além.

Não devemos apenas adorá-Lo, mas também adorar os Seus caminhos. Curvarmo-nos diante Dele em adoração por aquilo que Ele é em si mesmo, e também aceitarmos com adoração todos os caminhos que Ele escolheu para nos guiar e todas as coisas que Ele quer trazer à nossa vida. Devemos aprender a andar passo a passo; e se andarmos diante de Deus aprenderemos a adorar Seus caminhos.

Espiritualmente, todo o nosso futuro apóia-se no fato de aceitarmos com adoração todos os Seus tratamentos para conosco. Devemos chegar ao ponto de adorá-Lo por tudo aquilo que Lhe agrada dar e por tudo aquilo que Lhe agrada tirar.

Irmãos e irmãs, devemos aprender a reconhecer os caminhos de Deus. Nós, cristãos, precisamos conhecer Seus caminhos. Precisamos reconhecer Sua obra, e também reconhecer a maneira como Ele opera. Devemos aprender a adorá-Lo por aquilo que Ele é em Si mesmo, e também aprender, com coração de adoradores, a aceitar Suas maneiras de trabalhar.

Deus ordena todas as situações que vêm a nós a fim de que possamos render-Lhe a adoração que Ele deseja. Às vezes Ele faz nosso caminho tão próspero que temos de reconhecer que foi Ele sozinho quem fez isso, e toda a glória vai para Ele. Somos muitas vezes incapazes de adorar a Deus porque em nossas provações pensamos que Ele esqueceu-se de nós. 

Somos perturbados por causa das nossas dificuldades domésticas; ficamos doentes e esperamos um longo tempo pela cura; estivemos desempregados e ainda não conseguimos encontrar emprego; os nossos familiares recusam-se a crer no Senhor; as mesmas velhas situações embaraçosas permanecem.

Assim, concluímos que Deus não tomou conhecimento de nossas provações e abandonou-nos a nossos próprios recursos. Como podemos adorá-Lo?  Nossos lábios estão silenciosos. Mas chega o dia em que vemos a Deus e entendemos que Ele nunca nos esqueceu. Nesse dia os lábios silenciosos são abertos e com a cabeça inclinada reconhecemos que tudo o que nos aconteceu cooperou para nosso bem. Vemos a graça de Deus em tudo, e adoramos os Seus caminhos.









  

quinta-feira, 17 de maio de 2012


A VIDA DIVINA

“E a vida se manifestou e nós a temos visto, e dela damos testemunho e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada”. (I João 1.2)

O texto acima diz que a vida foi manifestada. Essa manifestação da vida eterna ocorreu mediante a encarnação de Cristo, à qual João deu ênfase fortemente em seu Evangelho (Jo 1.14). A vida que foi manifestada é a vida eterna. A palavra “eterna” caracteriza que ela é perpétua, sem fim, e também que é absolutamente perfeita e completa, sem qualquer carência ou defeito.

A nossa vida humana, entretanto, é muito diferente. A nossa vida não é apenas temporária, como também limitada. A vida eterna, no entanto, não é nem temporária nem limitada; antes é perpétua quanto ao fator tempo e ilimitada quanto ao fator espaço. Além disso, a nossa vida tem muitos defeitos e deficiências. Entretanto, a vida divina, a vida eterna, não tem defeitos nem deficiências.

A vida eterna é uma vida indestrutível (Hb 7.16). Nada consegue destruí-la ou decompô-la. É uma vida sem fim. É a vida divina, incriada, a vida de ressurreição que passou pelo teste da morte e do Hades (At 2.24; Ap 1.18). 

Satanás e seus seguidores pensaram que haviam posto fim a ela mediante a crucificação. Os líderes religiosos tiveram um conceito semelhante. Entretanto, a crucificação deu a essa vida a melhor oportunidade de ser multiplicada, propagada.

A vida eterna jamais poderá ser vencida, subjugada ou destruída porque a vida eterna é a vida de Deus. Podemos dizer que esta vida é na verdade o próprio Deus com o conteúdo do amor divino e da luz divina. A vida eterna é também o Filho de Deus. Essa vida não é simplesmente um assunto ou uma outra coisa; essa vida é uma pessoa.

A vida divina é o próprio Deus expresso em Seu Filho. A Primeira Epístola de João 5.12 diz: “Aquele que tem o Filho tem a vida”. Em nossa experiência sabemos que a vida eterna é o próprio Filho de Deus!

A vida eterna foi prometida por Deus. I João 2.25 diz: “E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna”. Em Tito 1.2, Paulo fala da “esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu, antes dos tempos eternos”. Essa promessa de vida eterna só pode ser a promessa feita pelo Pai ao Filho na eternidade. Certamente ocorreu que na eternidade passada o Pai prometeu ao Filho que daria Sua vida eterna aos que Nele cressem.

A vida eterna não foi somente prometida e manifestada; foi também liberada por intermédio da morte de Cristo (Jo 3.14-15). A vida divina estava oculta, confinada em Cristo. Mas, por ocasião de Sua morte, esta vida divina foi liberada de dentro Dele. A vida eterna que foi liberada de dentro de Cristo mediante Sua morte foi, então, dispensada para dentro dos crentes por meio de Sua ressurreição.

I Pedro 1.3 diz: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”. A vida eterna que foi liberada mediante a morte de Cristo e dispensada por meio de Sua ressurreição, foi recebida pelos crentes ao crerem no Filho. De acordo com João 3.15-16 e 36, todo aquele que crê no Filho tem a vida eterna.

Todos os crentes devem tomar posse da vida eterna. Em I Timóteo 6.12, Paulo diz: “Combate o bom combate da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado”. Tomar posse da vida eterna significa que em tudo – em nossa vida diária, em nosso ministério e em nosso emprego – precisamos estar ligados à vida divina e aplicá-la a toda situação, não confiando em nossa vida humana.

A vida eterna está relacionada à presente era, à era vindoura do reino e à eternidade. Na presente era recebemos a vida divina e vivemos. Se vivermos essa vida de acordo com o desejo do Senhor, desfrutaremos também a vida divina na era VINDOURA DO REINO. Por fim, todos os crentes desfrutarão a vida eterna ao máximo na eternidade, na Nova Jerusalém.  
 

segunda-feira, 14 de maio de 2012


OS DONS DO ESPÍRITO SÃO TAMBÉM PARA NÓS, OS DE HOJE?

“A respeito dos dons espirituais, irmãos”, - escreveu o Apóstolo Paulo aos cristãos de Corinto – “não quero que sejais ignorantes”.

Com tais palavras o Apóstolo estava a expressar o amoroso interesse por seus correligionários, para que não estivessem nem mal informados nem errados acerca de uma verdade tão importante como essa.

É evidente que por algum tempo nós, evangélicos, temos deixado de avaliar devidamente as mais profundas riquezas da graça que Deus separou para nós em Seus santos propósitos. Em conseqüência disso, temos sofrido grandemente, e mesmo tragicamente. Um dos grandes e abençoados tesouros de que nos temos privado é o direito de possuir dons do Espírito, os quais nos são oferecidos com gloriosa plenitude e clareza na dispensação do Novo Testamento.

Contudo, antes de avançarmos neste ponto, quero deixar claro que não mudei o meu modo de pensar sobre o assunto. O que estou aqui escrevendo vem sendo o meu credo há muitos anos. Nenhuma recente experiência espiritual tem alterado, de qualquer modo, a minha fé. Simplesmente digo verdades que tenho sustentado durante todo o meu ministério público, e que venho pregando, com inalterável consistência, onde e quando sinto que meus ouvintes as podem aceitar.

 No que diz respeito às atitudes tomadas para com os dons do Espírito, os cristãos nestes últimos anos se têm dividido em três grupos diferentes, e que são:

Primeiro, o grupo dos que magnificam os dons do espírito a ponto de não enxergarem mais nada.

Segundo, o dos que negam que os dons do Espírito sejam para a igreja nesse período de sua história.

Terceiro, o dos que parecem estar totalmente enfadados com tal assunto que já não querem gastar tempo a discuti-lo.

Mais recentemente tomamos consciência de haver ainda outro gruo, de número tão reduzido que parece não merecer classificação à parte. É o dos que desejam conhecer a verdade sobre os dons do espírito e experimentar o que Deus tem preparado para eles dentro do contexto da sadia fé neo-testamentária. Para estes é que escrevemos estas linhas.

QUAL É A IGREJA VERDADEIRA

Todo problema espiritual tem raiz teológica. Sua solução depende do ensino das Sagradas Escrituras e da correta compreensão desse ensino. Essa correta compreensão constitui uma filosofia espiritual, isto é, um ponto de vista, um terreno de grande vantagem de onde se pode divisar, de vez, toda a paisagem. Uma vez atingido esse vantajoso terreno estamos aptos a avaliar qualquer ensino ou interpretação que se nos ofereça em nome da verdade.

Na igreja a compreensão reta e exata dos dons do espírito depende da reta conceituação da natureza da Igreja. O problema dos dons não pode ser isolado da questão maior, e nem resolvido por si.

A verdadeira Igreja é um fenômeno espiritual que surge na sociedade humana, e que até certo grau se mistura com ela, dela, porém, diferindo bastante por certas características vitais. A Igreja se compõe de pessoas regeneradas que diferem de outras pessoas pelo fato de viverem uma vida de qualidade superior, que lhes foi infundada por ocasião da sua renovação interior.

Tais pessoas são filhos de Deus num sentido bem diverso em que o são os demais seres criados. A origem deles é divina e a cidadania deles está no céu. Adoram a Deus no Espírito, regozijam-se em Jesus Cristo e já não mais confiam na carne. Fazem parte de uma geração eleita, de um sacerdócio real, de uma nação santa, e são um povo peculiar, ou especial.

Esposaram a causa de um Homem rejeitado e crucificado, que se disse Deus e que empenhou Sua própria honra e palavra, dizendo que iria preparar um lugar para eles na casa de Seu Pai e que voltaria para levá-los para lá com grande regozijo.

quinta-feira, 10 de maio de 2012


PARA ENTRAR NO REINO DE DEUS

No Evangelho de João lemos as palavras do Senhor Jesus dizendo: “Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3). Da mesma forma Ele disse no versículo 5: “Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus”. 

As palavras do Senhor aqui são uma clara revelação de que a regeneração é a única entrada para o reino de Deus. A fim de ver e adentrar nele, precisamos nascer de novo.

Não há qualquer outra maneira pela qual possamos entrar no reino de Deus. O reino de Deus é o Seu reinado. É um domínio divino onde alguém entra, uma esfera que requer vida divina. Somente tal vida pode perceber as coisas divinas. Ver o reino de Deus ou entrar nele requer, portanto, a regeneração com a vida divina.

Um reino está sempre relacionado à vida. O reino vegetal está relacionado à vida vegetal, e o reino animal à vida animal. Quem quiser participar de determinado tipo de reino, precisa, primeiro, da vida desse reino. Somente os pássaros podem ter parte no reino dos pássaros, porque somente eles possuem a vida de um pássaro. Semelhantemente, apenas os homens podem participar do reino humano, pois somente eles possuem a vida humana. Sendo assim, sem a vida de Deus, como poderíamos nós, algum dia, partilhar do reino de Deus?

Somente a vida divina está qualificada para estar no domínio divino. Somente a vida de Deus satisfaz as exigências do reino de Deus. Como pode a nossa vida humana conhecer as coisas divinas do reino de Deus? Como pode ajustar-se ao reino divino? É impossível! Precisamos da vida divina. Precisamos nascer de novo. A regeneração é o único meio, a única entrada para o reino de Deus.

A vida divina nos introduz no reino de Deus. Todos nós nascemos no reino humano. Ninguém jamais foi naturalizado no reino do homem. Quando um cão nasce, por exemplo, ele imediatamente se encontra no reino dos cães. Ele sabe tudo sobre ser um cão. Não há necessidade alguma de alguém ensiná-lo a ser um cão. Ele já sabe tudo sobre ser um cão por nascimento. É por isso que o Senhor Jesus disse a Nicodemos que ele precisava nascer no reino de Deus.

Ninguém pode entrar no Seu reino aprendendo ou sendo naturalizado. Embora possa ser naturalizado cidadão uma nação, nunca poderá entrar num reino por ser naturalizado. Colossenses 1.13 diz que “Deus nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor”. Fomos transportados pela regeneração e agora estamos no reino de Deus.

O Senhor Jesus falou aos seus discípulos que eles deveriam buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça e todas as demais coisas lhes seriam acrescentadas. Por isso, vemos que a primeira necessidade da humanidade é a regeneração.

 A Economia de Deus consiste em que o homem possua vida divina e seja um com o Criador em vida e natureza para o cumprimento e realização de Seu eterno propósito. O propósito de Deus é ter um grupo de pessoas que foram regeneradas por Sua vida divina e que são o mesmo que Ele é, tanto em natureza como em vida.

A fim de cumprirmos isso, precisamos ser regenerados. Precisamos possuir Sua vida divina. Entramos no reino somente pelo nascimento, nunca por obras. Um pássaro, por exemplo, está no reino dos pássaros somente por nascimento; um peixe nunca poderá entrar no reino dos pássaros por meio de qualquer tipo de obra. 

Assim, o primeiro aspecto do Senhor, tornando-se nossa vida, destina-se a dar-nos a vida divina por meio de um nascimento divino, que é a única maneira de participarmos das coisas do reino.    
Esse é o propósito do Novo Nascimento!

segunda-feira, 7 de maio de 2012


O FILHO PRIMOGÊNITO É O PROTÓTIPO
O pensamento central de toda a Bíblia é que Deus deseja ter muitos filhos para Sua expressão. Para realizar isso, Deus precisou, primeiramente, de um modelo, um protótipo. Esse protótipo é Jesus Cristo!

Quando Cristo veio, Ele veio como o Filho Unigênito de Deus. Como tal, Ele se tornou um homem genuíno em carne. Embora fosse um verdadeiro homem com a natureza humana, Ele continuou sendo o Filho unigênito de Deus. Ele freqüentemente se chamava de Filho de Deus ou de Filho do homem (Jo 10.36; 5.25, 1.51; Mt 8.20). 

Quando Ele se deparava com os demônios, os tais se dirigiam a Ele como Filho de Deus (Mt 8.29), mas Jesus lhes ordenava que não o chamassem assim. O Senhor parecia estar dizendo: “Demônios, seguidores do Diabo, eu estou aqui como o Filho do homem. Eu vim em carne para tratar com o Diabo e com vocês”.

Foi por meio de Sua morte na carne que Cristo destruiu o Diabo (Hb 2.14). Portanto, o Diabo e todos os demônios O temiam como Filho do homem. Quando o Diabo tentou o Senhor no deserto, ele disse: “Se tu és o Filho de Deus, manda que essas pedras se transformem em pães” (Mt 4.3). O Senhor Jesus respondeu: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4.4). O Senhor parecia estar dizendo: “Satanás, você deve saber que não estou aqui como Filho de Deus, mas como o homem prometido no Livro de Gênesis. Eu vim como homem para esmagar sua cabeça”.

Quem é Jesus? Ele é o Filho de Deus e o Filho do Homem. Para nós, que cremos, Ele é o Filho de Deus, e para o inimigo, Ele é o Filho do Homem. Antes de Sua encarnação, Cristo era o único Filho de Deus; Ele não era um homem. Sua encarnação fez com que ocorresse uma grande mudança. De acordo com o Evangelho de João 1.14, sabemos que “O Verbo se fez carne”. Isso certamente indica uma mudança.

Se Cristo nunca tivesse passado por mudança alguma, ainda estaríamos em uma situação miserável. Se Ele não tivesse se tornado homem, mas tivesse permanecido para sempre como Unigênito de Deus, como poderíamos ser salvos? Cristo mudou. Antes da Sua encarnação, Ele era o Filho de Deus e não tinha natureza humana. Ele era única e absolutamente o divino Filho de Deus, possuindo somente a divindade. Ele não tinha carne e sangue. Mas por Sua encarnação, Ele mudou radicalmente.

Mesmo tendo mudado radicalmente, Ele não se despojou da Sua divindade, pelo contrário, Ele manteve a divindade e se revestiu de humanidade. Portanto, em Sua encarnação, Ele tinha a divindade mais a humanidade. Daí podermos dizer que aquele que era o Filho Unigênito de Deus, ao revestir-se de humanidade, tornou-se o Filho Primogênito.

A 1ª carta aos Coríntios 15.45 diz que o último Adão tornou-se Espírito que dá vida. Isso não significa que Ele deixou de ser Filho de Deus ou Filho do homem; significa que, como Filho de Deus Ele introduziu o Filho do Homem no Espírito.

Cristo é o Espírito que dá vida. Nesse Espírito está a divindade poderosa, indissolúvel, e também a humanidade adequada e elevada. Nenhuma humanidade é tão correta e adequada como a humanidade de Jesus. 

Tanto essa divindade maravilhosa como essa humanidade elevada estão agora no Espírito. Quando invocamos o nome do Senhor Jesus, que é o Espírito que dá vida, tomamos Sua divindade e humanidade.

Na pessoa maravilhosa de Jesus Cristo, que hoje é nosso salvador, temos a divindade eterna, poderosa, ilimitada; a humanidade elevada, transformada; o viver humano adequado; aquele que, com Sua morte, resolveu o problema do pecado, derrotou o inimigo e acabou com a velha criação. Todas estas coisas temos Nele!

Ele agora expressa a Deus na forma humana adequada. O pecado está sob Seus pés, Satanás foi derrotado, e a velha criação foi terminada. Esse é o protótipo, o modelo da expressão verdadeira de Deus na terra.

Quem é Cristo? É o Filho de Deus, o Filho do Homem, e o Espírito que dá vida. Deus colocou essa Pessoa maravilhosa no centro do nosso ser. Se concordarmos e cooperarmos com tal Pessoa, Ele se expandirá do nosso espírito para todo o nosso ser. É isso que a Bíblia chama de filiação. Cristo veio a nós como o Filho, a fim de ser a vida do Filho em nós.

De acordo com Romanos 8.15, temos o espírito de adoção e isso fez de nós filhos legítimos. A filiação é na verdade o próprio modelo maravilhoso, o Filho primogênito de Deus. Temos a vida do Filho, o Espírito do Filho e a filiação em nós. O Filho entrou em nós e como filiação, Ele é a vida, a posição e o direito de filho. 

Essa filiação está agora aguardando nossa cooperação para que Ele possa se expandir por todo o nosso ser.