segunda-feira, 21 de maio de 2012


ADORANDO OS CAMINHOS DE DEUS

Se realmente temos a intenção de sermos adoradores de Deus, então deveremos chegar à conclusão de que simplesmente conhecer a Deus como nosso Pai e a nós como Seus filhos é absolutamente insuficiente.

Precisamos conhecer a Deus como Deus e a nós mesmos como Seus escravos. Só quando essa revelação for-nos dada, poderemos adorá-Lo verdadeiramente. Não poderemos prostrar-nos diante Dele até que o conheçamos como Deus. Só então perceberemos que somos Seus subordinados. É essa percepção que gera adoração.

Mas não termina aí. Essa visão de Deus não apenas nos faz curvar-nos diante Dele; ela nos leva a reconhecer e a aceitar Seus caminhos. A Bíblia nos mostra que apenas por revelação podemos conhecer a Deus. Também nos mostra que apenas quando estamos sujeitos a Ele, começamos a conhecer Seus caminhos.

Que são os caminhos de Deus? Seus caminhos são Seus métodos para fazer aquilo que Ele decidiu fazer. E, em relação a nós, eles são Seus tratamentos para conosco, por intermédio dos quais Ele realiza Seu propósito em nossas vidas. Seus caminhos são mais elevados que os nossos, e não dão lugar à nossa escolha. Ele trata com uma pessoa de certa maneira e com outra pessoa de outra maneira, agindo sempre do modo que Lhe parece melhor. 

Seus caminhos são o modo pelo qual Ele próprio, para Seu bom-prazer, cumpre aquilo que desejou realizar.

A realidade é que o homem é incapaz de aceitar os caminhos de Deus a menos que haja uma revelação de Deus para ele. O homem natural continua perguntando: “Por que Deus amou Jacó e não Esaú?” Temos a tendência de desprezar Jacó e tentar defender Esaú. Esaú, pensamos, era um bom homem, extremamente bom. Jacó é que era mau, muito mau. Jacó era suplantador, um enganador. 

Todavia Deus disse: “Amei a Jacó, porém me aborreci de Esaú”. E nós ainda insistimos a perguntar: “Por que, por que?

Questionar por que Deus amou a Jacó e não a Esaú, prova que não vimos a Deus como Deus. Aqueles que viram, não questionam esse fato. Eles simplesmente dizem: “Deus é Deus; Ele faz o que faz porque Deus é quem Ele é. Ninguém precisa dizer a Ele como deve agir”. “Quem foi o Seu conselheiro?”

Os caminhos de Deus são a expressão da Sua escolha, são a manifestação do Seu desejo. O que Ele determinou fazer, Ele faz de modo a garantir Seu objetivo. Portanto, Seus tratamentos providenciais para o homem variam de acordo com o propósito que Ele tem em vista para cada vida. 

Como já salientamos, quando alguém por meio de revelação vê realmente que Deus é Deus, e que o homem é homem, ele não pode fazer outra coisa além de prostrar-se e adorar. Mas, por favor, tenham em mente que avançar até esse ponto ainda não é o suficiente. Essa é uma posição muito abstrata. É necessário avançar um passo além.

Não devemos apenas adorá-Lo, mas também adorar os Seus caminhos. Curvarmo-nos diante Dele em adoração por aquilo que Ele é em si mesmo, e também aceitarmos com adoração todos os caminhos que Ele escolheu para nos guiar e todas as coisas que Ele quer trazer à nossa vida. Devemos aprender a andar passo a passo; e se andarmos diante de Deus aprenderemos a adorar Seus caminhos.

Espiritualmente, todo o nosso futuro apóia-se no fato de aceitarmos com adoração todos os Seus tratamentos para conosco. Devemos chegar ao ponto de adorá-Lo por tudo aquilo que Lhe agrada dar e por tudo aquilo que Lhe agrada tirar.

Irmãos e irmãs, devemos aprender a reconhecer os caminhos de Deus. Nós, cristãos, precisamos conhecer Seus caminhos. Precisamos reconhecer Sua obra, e também reconhecer a maneira como Ele opera. Devemos aprender a adorá-Lo por aquilo que Ele é em Si mesmo, e também aprender, com coração de adoradores, a aceitar Suas maneiras de trabalhar.

Deus ordena todas as situações que vêm a nós a fim de que possamos render-Lhe a adoração que Ele deseja. Às vezes Ele faz nosso caminho tão próspero que temos de reconhecer que foi Ele sozinho quem fez isso, e toda a glória vai para Ele. Somos muitas vezes incapazes de adorar a Deus porque em nossas provações pensamos que Ele esqueceu-se de nós. 

Somos perturbados por causa das nossas dificuldades domésticas; ficamos doentes e esperamos um longo tempo pela cura; estivemos desempregados e ainda não conseguimos encontrar emprego; os nossos familiares recusam-se a crer no Senhor; as mesmas velhas situações embaraçosas permanecem.

Assim, concluímos que Deus não tomou conhecimento de nossas provações e abandonou-nos a nossos próprios recursos. Como podemos adorá-Lo?  Nossos lábios estão silenciosos. Mas chega o dia em que vemos a Deus e entendemos que Ele nunca nos esqueceu. Nesse dia os lábios silenciosos são abertos e com a cabeça inclinada reconhecemos que tudo o que nos aconteceu cooperou para nosso bem. Vemos a graça de Deus em tudo, e adoramos os Seus caminhos.









  

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