segunda-feira, 14 de maio de 2012


OS DONS DO ESPÍRITO SÃO TAMBÉM PARA NÓS, OS DE HOJE?

“A respeito dos dons espirituais, irmãos”, - escreveu o Apóstolo Paulo aos cristãos de Corinto – “não quero que sejais ignorantes”.

Com tais palavras o Apóstolo estava a expressar o amoroso interesse por seus correligionários, para que não estivessem nem mal informados nem errados acerca de uma verdade tão importante como essa.

É evidente que por algum tempo nós, evangélicos, temos deixado de avaliar devidamente as mais profundas riquezas da graça que Deus separou para nós em Seus santos propósitos. Em conseqüência disso, temos sofrido grandemente, e mesmo tragicamente. Um dos grandes e abençoados tesouros de que nos temos privado é o direito de possuir dons do Espírito, os quais nos são oferecidos com gloriosa plenitude e clareza na dispensação do Novo Testamento.

Contudo, antes de avançarmos neste ponto, quero deixar claro que não mudei o meu modo de pensar sobre o assunto. O que estou aqui escrevendo vem sendo o meu credo há muitos anos. Nenhuma recente experiência espiritual tem alterado, de qualquer modo, a minha fé. Simplesmente digo verdades que tenho sustentado durante todo o meu ministério público, e que venho pregando, com inalterável consistência, onde e quando sinto que meus ouvintes as podem aceitar.

 No que diz respeito às atitudes tomadas para com os dons do Espírito, os cristãos nestes últimos anos se têm dividido em três grupos diferentes, e que são:

Primeiro, o grupo dos que magnificam os dons do espírito a ponto de não enxergarem mais nada.

Segundo, o dos que negam que os dons do Espírito sejam para a igreja nesse período de sua história.

Terceiro, o dos que parecem estar totalmente enfadados com tal assunto que já não querem gastar tempo a discuti-lo.

Mais recentemente tomamos consciência de haver ainda outro gruo, de número tão reduzido que parece não merecer classificação à parte. É o dos que desejam conhecer a verdade sobre os dons do espírito e experimentar o que Deus tem preparado para eles dentro do contexto da sadia fé neo-testamentária. Para estes é que escrevemos estas linhas.

QUAL É A IGREJA VERDADEIRA

Todo problema espiritual tem raiz teológica. Sua solução depende do ensino das Sagradas Escrituras e da correta compreensão desse ensino. Essa correta compreensão constitui uma filosofia espiritual, isto é, um ponto de vista, um terreno de grande vantagem de onde se pode divisar, de vez, toda a paisagem. Uma vez atingido esse vantajoso terreno estamos aptos a avaliar qualquer ensino ou interpretação que se nos ofereça em nome da verdade.

Na igreja a compreensão reta e exata dos dons do espírito depende da reta conceituação da natureza da Igreja. O problema dos dons não pode ser isolado da questão maior, e nem resolvido por si.

A verdadeira Igreja é um fenômeno espiritual que surge na sociedade humana, e que até certo grau se mistura com ela, dela, porém, diferindo bastante por certas características vitais. A Igreja se compõe de pessoas regeneradas que diferem de outras pessoas pelo fato de viverem uma vida de qualidade superior, que lhes foi infundada por ocasião da sua renovação interior.

Tais pessoas são filhos de Deus num sentido bem diverso em que o são os demais seres criados. A origem deles é divina e a cidadania deles está no céu. Adoram a Deus no Espírito, regozijam-se em Jesus Cristo e já não mais confiam na carne. Fazem parte de uma geração eleita, de um sacerdócio real, de uma nação santa, e são um povo peculiar, ou especial.

Esposaram a causa de um Homem rejeitado e crucificado, que se disse Deus e que empenhou Sua própria honra e palavra, dizendo que iria preparar um lugar para eles na casa de Seu Pai e que voltaria para levá-los para lá com grande regozijo.

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