A VIDA DIVINA
“E a vida se manifestou e nós a temos visto, e dela damos testemunho e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada”. (I João 1.2)
O texto acima diz que a vida foi manifestada. Essa manifestação da vida eterna ocorreu mediante a encarnação de Cristo, à qual João deu ênfase fortemente em seu Evangelho (Jo 1.14). A vida que foi manifestada é a vida eterna. A palavra “eterna” caracteriza que ela é perpétua, sem fim, e também que é absolutamente perfeita e completa, sem qualquer carência ou defeito.
A nossa vida humana, entretanto, é muito diferente. A nossa vida não é apenas temporária, como também limitada. A vida eterna, no entanto, não é nem temporária nem limitada; antes é perpétua quanto ao fator tempo e ilimitada quanto ao fator espaço. Além disso, a nossa vida tem muitos defeitos e deficiências. Entretanto, a vida divina, a vida eterna, não tem defeitos nem deficiências.
A vida eterna é uma vida indestrutível (Hb 7.16). Nada consegue destruí-la ou decompô-la. É uma vida sem fim. É a vida divina, incriada, a vida de ressurreição que passou pelo teste da morte e do Hades (At 2.24; Ap 1.18).
Satanás e seus seguidores pensaram que haviam
posto fim a ela mediante a crucificação. Os líderes religiosos tiveram um
conceito semelhante. Entretanto, a crucificação deu a essa vida a melhor
oportunidade de ser multiplicada, propagada.
A vida eterna jamais poderá ser
vencida, subjugada ou destruída porque a vida eterna é a vida de Deus. Podemos
dizer que esta vida é na verdade o próprio Deus com o conteúdo do amor divino e
da luz divina. A vida eterna é também o Filho de Deus. Essa vida não é
simplesmente um assunto ou uma outra coisa; essa vida é uma pessoa.
A vida divina é o próprio Deus
expresso em Seu Filho. A Primeira Epístola de João 5.12 diz: “Aquele que tem o Filho tem a vida”. Em
nossa experiência sabemos que a vida eterna é o próprio Filho de Deus!
A vida eterna foi prometida por
Deus. I João 2.25 diz: “E esta é a
promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna”. Em Tito 1.2, Paulo fala da
“esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu, antes dos
tempos eternos”. Essa promessa de vida eterna só pode ser a promessa feita pelo
Pai ao Filho na eternidade. Certamente ocorreu que na eternidade passada o Pai
prometeu ao Filho que daria Sua vida eterna aos que Nele cressem.
A vida eterna não foi somente
prometida e manifestada; foi também liberada por intermédio da morte de Cristo
(Jo 3.14-15). A vida divina estava oculta, confinada em Cristo. Mas, por
ocasião de Sua morte, esta vida divina foi liberada de dentro Dele. A vida
eterna que foi liberada de dentro de Cristo mediante Sua morte foi, então,
dispensada para dentro dos crentes por meio de Sua ressurreição.
I Pedro 1.3 diz: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva
esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”. A vida
eterna que foi liberada mediante a morte de Cristo e dispensada por meio de Sua
ressurreição, foi recebida pelos crentes ao crerem no Filho. De acordo com João
3.15-16 e 36, todo aquele que crê no Filho tem a vida eterna.
Todos os crentes devem tomar
posse da vida eterna. Em I Timóteo 6.12, Paulo diz: “Combate o bom combate da
fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado”. Tomar posse
da vida eterna significa que em tudo – em nossa vida diária, em nosso
ministério e em nosso emprego – precisamos estar ligados à vida divina e
aplicá-la a toda situação, não confiando em nossa vida humana.
A vida eterna está relacionada
à presente era, à era vindoura do reino e à eternidade. Na presente era
recebemos a vida divina e vivemos. Se vivermos essa vida de acordo com o desejo
do Senhor, desfrutaremos também a vida divina na era VINDOURA DO REINO. Por
fim, todos os crentes desfrutarão a vida eterna ao máximo na eternidade, na
Nova Jerusalém.
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