O
FILHO PRIMOGÊNITO É O PROTÓTIPO
O
pensamento central de toda a Bíblia é que Deus deseja ter muitos filhos para
Sua expressão. Para realizar isso, Deus precisou, primeiramente, de um modelo,
um protótipo. Esse protótipo é Jesus Cristo!
Quando
Cristo veio, Ele veio como o Filho Unigênito de Deus. Como tal, Ele se tornou
um homem genuíno em carne. Embora fosse um verdadeiro homem com a natureza
humana, Ele continuou sendo o Filho unigênito de Deus. Ele freqüentemente se
chamava de Filho de Deus ou de Filho do homem (Jo 10.36; 5.25, 1.51; Mt 8.20).
Quando Ele se deparava com os demônios, os tais se dirigiam a Ele como Filho de
Deus (Mt 8.29), mas Jesus lhes ordenava que não o chamassem assim. O Senhor
parecia estar dizendo: “Demônios, seguidores do Diabo, eu estou aqui como o
Filho do homem. Eu vim em carne para tratar com o Diabo e com vocês”.
Foi
por meio de Sua morte na carne que Cristo destruiu o Diabo (Hb 2.14). Portanto,
o Diabo e todos os demônios O temiam como Filho do homem. Quando o Diabo tentou
o Senhor no deserto, ele disse: “Se tu és
o Filho de Deus, manda que essas pedras se transformem em pães” (Mt 4.3). O
Senhor Jesus respondeu: “Nem só de pão
viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4.4).
O Senhor parecia estar dizendo: “Satanás, você deve saber que não estou aqui
como Filho de Deus, mas como o homem prometido no Livro de Gênesis. Eu vim como
homem para esmagar sua cabeça”.
Quem
é Jesus? Ele é o Filho de Deus e o Filho do Homem. Para nós, que cremos, Ele é
o Filho de Deus, e para o inimigo, Ele é o Filho do Homem. Antes de Sua
encarnação, Cristo era o único Filho de Deus; Ele não era um homem. Sua
encarnação fez com que ocorresse uma grande mudança. De acordo com o Evangelho
de João 1.14, sabemos que “O Verbo se
fez carne”. Isso certamente indica uma mudança.
Se
Cristo nunca tivesse passado por mudança alguma, ainda estaríamos em uma
situação miserável. Se Ele não tivesse se tornado homem, mas tivesse
permanecido para sempre como Unigênito de Deus, como poderíamos ser salvos?
Cristo mudou. Antes da Sua encarnação, Ele era o Filho de Deus e não tinha
natureza humana. Ele era única e absolutamente o divino Filho de Deus,
possuindo somente a divindade. Ele não tinha carne e sangue. Mas por Sua
encarnação, Ele mudou radicalmente.
Mesmo
tendo mudado radicalmente, Ele não se despojou da Sua divindade, pelo
contrário, Ele manteve a divindade e se revestiu de humanidade. Portanto, em
Sua encarnação, Ele tinha a divindade mais a humanidade. Daí podermos dizer que
aquele que era o Filho Unigênito de Deus, ao revestir-se de humanidade,
tornou-se o Filho Primogênito.
A
1ª carta aos Coríntios 15.45 diz que o último Adão tornou-se Espírito que dá
vida. Isso não significa que Ele deixou de ser Filho de Deus ou Filho do homem;
significa que, como Filho de Deus Ele introduziu o Filho do Homem no Espírito.
Cristo
é o Espírito que dá vida. Nesse Espírito está a divindade poderosa,
indissolúvel, e também a humanidade adequada e elevada. Nenhuma humanidade é
tão correta e adequada como a humanidade de Jesus.
Tanto essa divindade
maravilhosa como essa humanidade elevada estão agora no Espírito. Quando
invocamos o nome do Senhor Jesus, que é o Espírito que dá vida, tomamos Sua
divindade e humanidade.
Na
pessoa maravilhosa de Jesus Cristo, que hoje é nosso salvador, temos a
divindade eterna, poderosa, ilimitada; a humanidade elevada, transformada; o
viver humano adequado; aquele que, com Sua morte, resolveu o problema do
pecado, derrotou o inimigo e acabou com a velha criação. Todas estas coisas
temos Nele!
Ele
agora expressa a Deus na forma humana adequada. O pecado está sob Seus pés,
Satanás foi derrotado, e a velha criação foi terminada. Esse é o protótipo, o
modelo da expressão verdadeira de Deus na terra.
Quem
é Cristo? É o Filho de Deus, o Filho do Homem, e o Espírito que dá vida. Deus
colocou essa Pessoa maravilhosa no centro do nosso ser. Se concordarmos e
cooperarmos com tal Pessoa, Ele se expandirá do nosso espírito para todo o nosso
ser. É isso que a Bíblia chama de filiação. Cristo veio a nós como o Filho, a
fim de ser a vida do Filho em nós.
De
acordo com Romanos 8.15, temos o espírito de adoção e isso fez de nós filhos
legítimos. A filiação é na verdade o próprio modelo maravilhoso, o Filho primogênito
de Deus. Temos a vida do Filho, o Espírito do Filho e a filiação em nós. O
Filho entrou em nós e como filiação, Ele é a vida, a posição e o direito de
filho.
Essa filiação está agora aguardando nossa cooperação para que Ele possa se
expandir por todo o nosso ser.
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