AS BODAS DO CORDEIRO
O Senhor Jesus disse: “O Reino dos céus é semelhante a um rei que
celebrou as bodas de seu filho” (Mt 22: 2).
Essas são as bodas do reino,
isto é, a manifestação do reino dos céus, ou do reino milenar que durará mil
anos após a volta do Senhor, a qual somente os vencedores terão direito.
O Senhor disse que um rei havia
preparado tudo para as bodas do filho, e enviou seus servos para chamar os
convidados. Na sequência da parábola vemos que os primeiros convidados não
aceitaram o convite alegando outros compromissos. Vemos também que alguns deles
cometeram atos de violência contra os servos do rei, chegando até a matar
alguns deles.
O rei ficou indignado com
aquilo e enviou seus exércitos destruindo aqueles assassinos e incendiando-lhes
a cidade (Mt 22: 2-7). Em seguida o rei ordena aos seus servos dizendo: “Ide, pois, para as encruzilhadas dos
caminhos e convidai para as bodas a quantos encontrardes, tanto maus como bons;
e a sala do banquete ficou repleta de convidados” (Mt 22: 9-10).
O rei representa Deus e o filho
representa o Senhor Jesus. Os servos enviados para convidar as pessoas são os
primeiros apóstolos. Os que rejeitaram o convite são os judeus, que não
aceitaram o evangelho. Os que estavam pelos caminhos, tanto maus como bons,
somos nós, os gentios, que cremos no Senhor mediante o evangelho.
Não éramos dignos de nos
assentar à mesa para a grande ceia das bodas do Cordeiro, mas pela misericórdia
do Senhor, pelo Seu grande amor, Sua graça chegou até nós para que possamos
participar desse evento maravilhoso. O fato de crermos Nele, sendo alcançados
pela misericórdia de Deus para participar do banquete, refere-se à nossa
salvação inicial. Entretanto, para permanecer nas bodas precisamos da veste nupcial (v. 11).
A veste na Bíblia está sempre
relacionada com a justiça (Ap 19:8). Antes de sermos salvos e justificados pelo
Senhor Jesus, todos éramos pecadores, e nossas justiças eram como trapo de
imundícia (Is 64:6). Mas por causa do grande amor e por ser rico em
misericórdia, Deus nos salvou, e já temos uma veste que é a justiça com a qual o
Senhor nos justificou. Ser justificado é ganhar uma veste.
Portanto, já não estamos nus;
antes, passamos a ter uma “veste”, que nos faz aptos a participar, nesta era,
da esperança de estarmos no banquete. Essa é a veste inicial que o próprio
Jesus preparou para nós. É a nossa justificação inicial. Porém, para participar
do banquete das bodas em plenitude na era vindoura, ainda precisamos ter outra
veste.
Nos versículos 12 e 13 lemos: “Amigo, como entraste aqui sem veste
nupcial? E ele emudeceu. Então, disse o rei aos seus servos: Amarrai-lhe os pés
e as mãos, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de
dentes”.
Ser lançado nas trevas
exteriores significa que essa pessoa, embora salva, não preparou a veste
nupcial, isto é, não é vencedora, e por isso, não poderá entrar no desfrute do reino
milenar.
Quando o Rei Jesus vier na Sua
segunda vinda, todos os vencedores poderão entrar no reino milenar. Contudo,
para entrar, eles precisarão de uma veste nupcial, além da veste de
justificação. Quem não a tiver não poderá participar das bodas do Rei. A este
só restará ser lançado nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de
dentes.
O Senhor usa esta parábola para
nos alertar. O Reino milenar virá. Para entrar nas bodas do Cordeiro,
precisamos preparar para nós mesmos uma veste nupcial. Essa veste é de nossa
inteira responsabilidade!
“Também
ouvi uma voz como a de uma grande multidão, como a voz de muitas águas, e como
a voz de fortes trovões, que dizia: Aleluia! Pois já reina o Senhor nosso Deus,
o Todo-poderoso. Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe glória! Pois são
chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se aprontou”.
“Foi-lhe
dão que se vestisse de linho fino, resplandecente e puro. O linho fino são os
atos de justiça dos santos”.
“E
disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do
Cordeiro!” (Ap 19: 6-9).
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