segunda-feira, 30 de abril de 2012


O REINO QUE PROVEM DO SENHOR É INABALÁVEL

O evangelho que o Novo Testamento nos revela, e que foi pregado pelo Senhor Jesus, é o evangelho do reino (Mt 3.1-2; 4.17, 23; 10.7; 24.14).

 Nós somos exortados a arrepender-nos para o reino (Mt 3.2). Talvez, quando fomos salvos, não tenhamos ouvido um evangelho tão claro. Naquela ocasião, estávamos com medo de ir para o inferno e desejávamos ir para o céu. Por isso, nos arrependemos para o céu. Essa é uma pregação errada do evangelho, pois o arrependimento não é para o céu, mas para o reino:

“Desde então começou Jesus a pregar: Arrependei-vos, pois está próximo o reino dos céus”. (Mt 4.17).

Nós renascemos, fomos regenerados, para o reino. Em João 3.5, o Senhor Jesus disse: “Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”. Muitos cristãos foram ensinados erroneamente que a regeneração é para ir para o céu. Aqui vemos claramente que a regeneração é para entrar no reino de Deus.

Colossenses 1.13 diz: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor”. Esse versículo revela que fomos transportados para fora de um reino de trevas de Satanás, para outro reino, o reino do amor do Filho de Deus. Podemos afirmar, sem dúvida, que na igreja, estamos vivendo no reino de Deus hoje. 

Romanos 14.17 é uma forte prova de que a vida da igreja hoje é o reino: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”. Contudo, o que somos na igreja hoje é a realidade do reino, enquanto a manifestação do reino virá com a volta de Cristo no futuro.

Se quisermos entender as verdades do Novo Testamento a respeito do reino, precisamos perceber os dois aspectos principais do reino – o da sua realidade e o da sua manifestação. Na vida da igreja, hoje, não temos o reino em sua manifestação; o temos em realidade. Segundo a aparência exterior, os homens não conseguem ver o reino na igreja. Contudo, a realidade do reino está conosco.

A realidade do reino é um exercício e disciplina para nós hoje na igreja. Suponha que você compre algo em uma loja e o caixa lhe devolva troco a mais. Se você é exercitado e governado pelo reino, você devolverá imediatamente o dinheiro excedente. Essa é uma experiência do governo da realidade do reino, que é tanto um exercício como uma disciplina.

A situação do cristianismo hoje é muito lamentável, pois muitos cristãos tem se intoxicado, pensando que tudo é graça e que não há necessidade de treinamento, exercício e disciplina. Nós precisamos elevar o padrão da vida da igreja por meio da disciplina e do exercício da realidade do reino. Como precisamos de disciplina para o reino hoje!
A manifestação do reino será uma recompensa e um desfrute para nós no reino milenar na era vindoura:

“Pois o Filho do Homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então recompensará a cada um segundo as suas obras” (Mt 16.27).

Hoje, na realidade do reino, temos o exercício e a disciplina. Na era vindoura, na manifestação do reino, teremos um galardão e um desfrute. Se lermos Mateus 16.27 em seu contexto, veremos que a vinda do Senhor para recompensar todos segundo as suas obras está relacionada à manifestação do reino. Em Mateus 25.21 e 23, o Senhor diz aos seus servos fiéis: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”. Entrar no gozo do Senhor é estar na manifestação do reino durante mil anos.

Se tomarmos o exercício do Espírito e a disciplina de Deus na realidade do reino hoje, receberemos a recompensa do Senhor e entraremos no desfrute do descanso sabático vindouro. Se não aceitarmos o exercício do espírito e a disciplina de Deus hoje, perderemos o reino vindouro em sua manifestação como uma recompensa. Não seremos recompensados com a manifestação do reino na volta do Senhor; não teremos direito a entrar na glória do reino para participar do reinado de Cristo no milênio. Não reinaremos nem seremos sacerdotes reais servindo a Deus e a Cristo em Sua glória manifestada. Perderemos o gozo de sermos co-reis com Cristo, governando as nações com Sua autoridade divina (Ap 20.4, 6).

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