Uma
aliança é um acordo contendo algumas promessas que serão realizadas em favor
das pessoas aliançadas, ao passo que um testamento é uma declaração de vontade
que contém certas coisas realizadas e legadas ao herdeiro. Por isso, a nova
aliança, consumada com o sangue de Cristo, não é meramente uma aliança, mas é
um testamento contendo todas as coisas que foram consumadas pela morte de
Cristo e legadas a nós.
Sabemos
que um testamento só se torna efetivo após a morte do testador. Em poucas
palavras, uma aliança e um testamento são iguais, porém, quando o autor da
aliança está vivo ela é uma aliança, mas quando ele morre, ela se torna um
testamento. A Bíblia é composta de dois testamentos – o Antigo Testamento e o
Novo Testamento. Daí se pode dizer que a Bíblia não é principalmente um livro
de ensinamentos; ela é um testamento.
A
nova aliança, que o Senhor promulgou, é superior à velha aliança feita por meio
de Moisés. Na velha aliança, todas as coisas são meras sombras, enquanto na
nova aliança tudo é realidade. Tudo o que foi proposto na velha aliança foi
realizado na nova aliança. Portanto, a nova aliança é uma aliança superior como
diz a Bíblia:
“Agora, porém, o
ministério que Jesus recebeu é superior ao deles, assim como também a aliança
da qual ele é mediador é superior à antiga, sendo baseada em promessas
superiores” (Hb 8.6).
A
nova aliança foi instituída com base em superiores promessas, as quais foram
dadas em Jeremias 31.33-34. Nessas superiores promessas quatro coisas
principais são tratada
1-
le A lei interior da vida;
2-
A
benção de Deus ser nosso Deus e de nós sermos Seu povo;
3-
A
capacidade interior de conhecer o Senhor;
4-
E o
perdão dos pecados.
E Entre
essas quatro coisas principais, a lei interior da vida é o foco. A velha
aliança foi feita com a lei exterior de letras, enquanto a nova aliança foi
instituída com essa lei interior da vida, daí dizer-se que a velha aliança era
de letras; a nova aliança é de vida:
“Mas esta é a aliança que
farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor. Porei a minha
lei no seu interior, e as escreverei no seu coração. Eu serei o seu Deus e eles
serão o meu povo”
A
Nova Aliança foi consumada com sacrifícios superiores e com o sangue que fala
coisas superiores. Cristo ofereceu a Si mesmo como sacrifício. Esse sacrifício
único foi considerado superior ao sacrifício de animais, os quais não possuíam
efeito capaz de aniquilar o pecado, mas o sacrifício de Cristo, como de um
Cordeiro de Deus, aniquilou o pecado de uma vez por todas (Hb 9.26), provendo,
assim, uma redenção eterna por nós (Hb 9.12). Esse sangue precioso, derramado
na cruz, permitiu que a nova aliança pudesse ser instituída. Portanto, ele é
chamado de sangue da eterna aliança:
“Ora, o Deus de paz, que
pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dentre os mortos a nosso Senhor
Jesus, o grande pastor das ovelhas, vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para
fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por meio
de Jesus Cristo, ao qual seja a glória pata todo o sempre. Amém!” (Hebreus
13.20-21).
Depois
de Sua morte e ressurreição, o Senhor ascendeu aos céus, deixando-nos a aliança
que Ele consumou por Sua morte. Quando deixou essa aliança conosco,
imediatamente ela se tornou um testamento, um novo testamento legado a nós.
Nesse testamento os fatos consumados não são mais meramente fatos; todos eles
se tornaram legados. Primeiramente, tínhamos as promessas; segundo, as promessas
se tornaram fatos; e terceiro, os fatos se tornaram legados.
Depois
que o Senhor nos deixou essa Nova Aliança, ela imediatamente se tornou um
testamento, contendo todos os fatos consumados como nossos legados. Hoje,
sabemos, o Senhor Jesus está assentado à destra do Pai. Como nosso Sumo
Sacerdote nos céus, o Senhor é a garantia dessa superior aliança (Hb 7.21-22).
Agora,
não temos mais somente a Palavra de Deus, a promessa de Deus e a nova aliança;
temos também o testamento, o Novo Testamento. Enquanto o Senhor está
descansando em Seu trono nos céus, Ele está preocupado com todos os herdeiros
deste novo testamento, se tais herdeiros são suficientemente sábios e
diligentes para tomar posse da herança.
Ele está intercedendo para que tenhamos
a percepção plena de toda a herança contida em Seu testamento legado. Se os
nossos olhos forem abertos para ver esse assunto do testamento do Senhor,
ficaremos exultantes e diremos:
“Não quero permanecer nessa condição miserável,
tendo tal herança legada a mim pelo Senhor Jesus!” Essa é a visão celestial que
todos precisamos ver!
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