quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O DANO DA SEGUNDA MORTE – CONCLUSÃO

Para muitos cristãos essa revelação é extremamente difícil de assimilar. Somos fruto de uma cultura na qual a idéia de um Deus justo não é facilmente aceita. Preferimos tratar com o Pai amoroso que dá aos seus filhos tudo de graça, não queremos assumir responsabilidades, e por isso a maioria do povo crente na atualidade é imaturo até mesmo para crer nessa revelação que nos veio através do próprio Filho de Deus. 

Vejamos as palavras do Senhor Jesus em João 15:1 e 2 que nos diz: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda”.  Note bem que o Senhor deixa claro que os ramos estão Nele. Portanto, aqui não se trata de descrentes e sim de crentes em Jesus que foram enxertados na videira verdadeira. O que é descrito aqui pode ser considerado como um tipo de disciplina para essa era. Trata-se de uma purificação do crente para que o mesmo possa frutificar em Cristo.

Agora vejamos o versículo 6: “Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e queimam”. Jesus afirma baseado em Seu conhecimento verdadeiro, que alguns ramos serão lançados no fogo e queimados. Alguns destes ramos, na videira verdadeira, cresceram e produziram folhas verdes, mas não têm fruto. Embora tenham vida interiormente, eles não frutificaram exteriormente. O Senhor diz que eles serão lançados fora, secarão e queimarão no fogo. Aqui Jesus declara abertamente que alguns cristãos podem ter de passar pelo fogo.  

Tendo lido todas essas passagens, podemos concluir que se um cristão não tratar adequadamente com seus pecados, haverá punição à sua espera na era vindoura. A Bíblia nos mostra nitidamente que tipo de punição será. Não será uma punição comum, mas a punição da “Geena de fogo”. Será o fogo no reino, não o fogo na eternidade.

A questão que precisa ser esclarecida é: Que tipo de pecado nos levará a esta condição? Desde que uma pessoa é salva, é importante que ela trate com seus pecados. Nenhum pecado que ela tenha confessado, dos quais tenha se arrependido, tratado e remido pelo sangue do Senhor Jesus, será lembrado e imputado a ela no trono de julgamento. Tais pecados terão passado.

No entanto, muitas confissões de pecados são feitas só porque a pessoa sabe que pecou, trata-se de uma confissão religiosa, não há aversão pelo pecado, tampouco a purificação do pecado. Tal pessoa o Senhor não ouvirá. Além disso, se temos um problema com alguém, e o mesmo não foi resolvido, ou se há coisas que precisam ser confessadas e perdoadas e não o foram, ou mesmo se procedemos mal com as pessoas ou com o Senhor, temos de tratar com essas coisas de modo específico. Ao mesmo tempo, temos de colocá-las debaixo do sangue do Senhor. Só então tais coisas estarão tratadas, e estaremos livres do julgamento vindouro. Trata-se de produzir frutos dignos de arrependimento.

É verdade que o Senhor Jesus nos salvou, mas se não permitirmos que o Espírito Santo trabalhe em nós a fim de expandir a pessoa de Jesus em nosso homem interior, Deus terá que nos disciplinar, e até mesmo nos açoitar para que possamos ser considerados dignos de estar com Ele na eternidade futura. Se pregarmos a graça sem pregar o reino, a igreja sofrerá e os filhos de Deus sofrerão, e quando o reino vier, haverá sofrimento ainda maior. Por isso é que estamos alertando aos cristãos que seguem esse diário.

Admitimos que, após ler a respeito desse assunto, muitos irão murmurar e até mesmo se opor a nós. Porém, se essas palavras são fruto de nossa mente, estamos dispostos a concordar com a oposição. Nós mesmos nos oporíamos a elas. Contudo, se estas coisas são a Palavra de Deus e se Deus as tem dito, que podemos fazer? Como desejaríamos não ter de pregar sobre essas coisas. Como desejaríamos pregar algo que todos gostassem de ouvir.

Nós não somos Mateus, não somos Marcos, nem tão pouco Paulo. Não escrevemos o livro de Hebreus, não escrevemos Apocalipse. Se nós fossemos os escritores de tais revelações poderíamos mudar as coisas e apagar totalmente as palavras a respeito de disciplina e punição. Mas essas coisas são a Palavra de Deus. Deus as tem falado e tem determinado que elas sejam assim.

Quando lemos a Bíblia, temos de ler aquilo que Deus disse. Não devemos considerar aquilo que o homem diz, mas cuidar somente do que Deus disse. Hoje temos de estar claros diante do Senhor. Não podemos estar sob nenhuma outra autoridade que não seja a Palavra de Deus.

A Palavra de Deus relata-nos o destino de Seus filhos. Ela nos conta o que experimentaremos no reino. Devemos prestar atenção a estas questões, pois cedo ou tarde nos depararemos com elas novamente. Se dermos atenção ao que o Senhor nos diz, seremos cuidadosos em como viver na terra hoje.

Agora sabemos o que é disciplina. A disciplina é o meio de Deus fazer-nos perfeitos como Ele é perfeito. Ele nos castiga a fim de sermos como Ele, até mesmo para sermos o que Ele é. Isso nada tem a ver com nossa salvação. É um assunto dentro de Sua família.

Que o Senhor nos conceda graça e nos mostre que a questão da salvação eterna está resolvida devido à obra de Jesus Cristo, mas a situação de alguém no reino será determinada pelas suas próprias ações. Precisamos ver que a solução está em viver no espírito e, com certeza nós seremos vencedores por Cristo Jesus nosso Senhor.

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