segunda-feira, 16 de julho de 2012


                                                    O GOVERNO DA IGREJA

Se pretendemos, como cristãos, prosseguir com o Senhor e cooperar com o cumprimento de Sua vontade eterna, precisamos não somente saber, mas ver a autoridade suprema de Deus e reconhecer as autoridades estabelecidas por Ele.

A Bíblia nos fornece exemplos marcantes de obediência e desobediência a Deus. Portanto, firmados nestes exemplos, é que vamos tentar aprofundar o nosso entendimento sobre a questão do governo da Igreja, a fim de recebermos mais visão sobre o estabelecimento do governo divino da terra.
                                                                 A AUTORIDADE
   Deus é a autoridade máxima do universo. Por ser o Criador do universo e de tudo o que nele há, cada item ou criatura deve estar sujeito a Ele. Ao observarmos ou ao considerarmos o universo, percebemos que há uma ordem reinante. Tomemos como exemplo o sistema solar: entre tantos planetas, satélites e estrelas, com diferentes órbitas cruzando o espaço, há um equilíbrio tal que não permite que nenhum deles entre em choque e possa desencadear uma destruição. 

Essa ordem existe porque há uma autoridade que a estabeleceu e que a sustenta. Sabemos disso pela revelação de Deus: “Nestes últimos dias nos falou pelo Filho a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas” (Hb 1.2-3).

O planeta terra é um entre todos os planetas criados por Deus e essa é a nossa “casa” pela qual temos responsabilidade. Digo isso porque a Bíblia diz que no sexto dia da criação, a Trindade decidiu criar o homem a fim de delegar ao mesmo a Sua autoridade: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra”... (Gn 1.26-28). 

Vimos que, após criar o ser humano, Deus delegou-lhe autoridade sobre toda a criação. Dentro do homem há o espírito humano, um órgão criado para receber e conter o próprio Deus, como tão bem nos ensina o Novo Testamento (Jo 3.5-7, 20.22; Rm 8.9-16). Desta forma, habitando dentro do homem, Deus poderia exercer Sua autoridade por intermédio dele. 

Assim que Adão e Eva foram criados, Deus colocou-os no jardim do Éden, e responsabilizou-os a guardar e cultivar esse jardim. Cultivar significa promover o crescimento da vida, ou seja, regar, podar, afofar a terra; enfim, cultivar é incentivar o desenvolvimento da vida. 

Guardar é proteger, preservar a vida. Havia muitos fatores externos que eram negativos e poderiam prejudicar o crescimento e por isso deviam ser impedidos de entrar no jardim. Isso é uma questão de autoridade. 

O princípio da autoridade foi estabelecido desde a criação do homem e a carta aos Romanos 13.1-3 nos revela que devemos estar sujeitos às autoridades: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade, resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação...” Portanto, devemos sujeitar-nos às autoridades. 

Por exemplo: O governante ordena que se pague impostos e devemos fazê-lo quer simpatizemos ou não com o presidente, governo etc.
                                           
A Autoridade de Deus na Igreja

Na Igreja também vemos a autoridade de Deus. A Igreja não é um prédio ou um templo, mas ela é composta pelas pessoas redimidas por Deus e regeneradas pelo Espírito Santo. E dentre os santos desta Igreja, Deus delega a Sua autoridade a algumas pessoas para administrá-la. 

Tais pessoas estabelecidas como autoridade são os bispos e diáconos: “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual Ele comprou com seu próprio sangue” (At 20.28). 

Ser bispo significa exercer a função de supervisionar o rebanho de Deus atentando para as necessidades de todos os santos, dispensando-lhes o suprimento necessário para o crescimento de todos.

Como a autoridade maior em cada igreja está com os pastores (bispos), todos nós devemos aprender a nos sujeitar a eles, cientes de que são autoridades delegadas pelo próprio Deus. Em I Tessalonicenses 5.12 diz: “Agora vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós, e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam”. 

Paulo diz em sua primeira carta a Timóteo 5.17: “Devem ser considerados merecedores dobrados honorários os presbíteros (bispos) que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino”. Devemos respeitar as autoridades instituídas por Deus na igreja e isso nos guardará de tropeços.
   
Vemos hoje uma crise de autoridade nas igrejas. Membros rebeldes que se recusam a 
submeter-se à autoridade pastoral e que se levantam contra essas autoridades sem o mínimo temor. Não devemos ignorar as palavras de advertência do apóstolo que diz: “Especialmente aqueles que, segundo a carne, andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores...” (II Pe 2.10-11). 

Tais pessoas se identificam com Satanás, o rebelde, o que menosprezava a autoridade superior; o qual já teve muita autoridade, conferida a ele por Deus, mas por cobiçar, por ambicionar ser como Deus, ele rebelou-se contra o Senhor, por isso, foi julgado e destituído de sua posição.

Nessas poucas passagens da Bíblia conseguimos ver, resumidamente, a questão da autoridade. No mundo vemos as autoridades designadas por Deus: governo, família, e o quanto é importante a submissão a tais instituições. Na igreja, a casa de Deus, há autoridade delegada aos bispos (pastores) e honrar esta autoridade preserva a unidade do povo de Deus e cumpre Seu propósito eterno.

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