O MINISTÉRIO DA IGREJA É A
ORAÇÃO
“Em verdade vos digo que tudo o
que ligardes na terra, será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra
será desligado no céu” (Mt 11.18).
O ministério da Igreja é o
ministério do Corpo de Cristo, e esse ministério é a oração. Tal oração não
deve ser feita com objetivos devocionais, nem por necessidades pessoais; é mais
para o “céu”.
O que essa oração significa é:
Deus não agirá imediatamente, mas esperará até que a igreja ore a respeito de
algo e, então, fá-lo-á no céu. Se a Igreja tomar a responsabilidade de fazer
tal oração sobre a terra chegará a ocasião em que se fará aquilo que a Igreja
concordou em oração. Deus quer tomar certas atitudes, mas espera que a Igreja
ore.
Muitos assuntos estão
amontoados no céu, muitas transações permanecem sem efeito, simplesmente porque
Deus não encontra seu escoadouro na terra. Quem sabe quantos assuntos não
terminados existem no céu, os quais Deus não pode executar porque a Igreja não
tem exercitado seu livre-arbítrio de pôr-se ao lado dele para a realização do
seu propósito!
Entendemos que a tarefa mais
nobre da Igreja, a maior tarefa que ela poderia executar, é a de ser o
escoadouro de Deus na terra. Para isso a Igreja deve orar. Tal oração não é
fragmentária; é um ministério de oração – oração como obra. À medida que Deus
dá visão e abre os olhos das pessoas para verem sua vontade, elas se levantam
para orar.
O Senhor mostra-nos que a
oração individual é inadequada; são precisos pelo menos dois para orar: “Em
verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a
respeito de qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedida por meu
Pai que está nos céus” (Mt 18.19).
Se não percebermos isso, não
saberemos a respeito de que o Senhor está falando. Em Mateus 18, é dada uma
condição numérica: pelo menos dois. Há necessidade de pelo menos dois porque o
assunto tratado refere-se à comunhão. Não é algo a ser feito por uma pessoa,
nem é uma só pessoa que serve como escoadouro de Deus, mas sim, duas.
O princípio de duas pessoas é o
princípio da Igreja, que também é o princípio do Corpo de Cristo. Embora tal
oração seja feita por duas pessoas, a “concordância” é indispensável. Concordar
é estar em harmonia. Esses dois indivíduos precisam estar em harmonia, precisam
permanecer no fundamento do corpo e precisam saber o que é a vida do corpo.
Estes dois aqui não têm senão um alvo, que é dizer a Deus: Queremos que tua
vontade seja feita na terra, como no céu.
Quando a Igreja permanece em
tal base e ora de acordo com ela, veremos que tudo o que pedirem será concedido
pelo Pai que está no céu. Quando verdadeiramente permanecemos sobre o
fundamento da Igreja e aceitamos a responsabilidade do ministério da oração
diante de Deus, a vontade de Deus será feita na Igreja em que estamos. Tal
oração, feita por poucos ou por muitos, tem poder, pois o grau de operação de
Deus é proporcional ao grau da oração da Igreja.
A manifestação do poder de Deus
não excederá a oração da Igreja. Por causa do amor e da graça de Deus, hoje, a
grandeza do poder de Deus está circunscrita ao tamanho da oração da Igreja.
Isso não significa, naturalmente, que o poder de Deus no céu tem somente o
tamanho da nossa oração, pois, no céu, obviamente, seu poder é ilimitado.
Somente na terra hoje é que a manifestação do seu poder depende de quanto a
Igreja ora. Somente pela oração da Igreja pode-se medir a manifestação do poder
de Deus.
Em vista disso, a Igreja deve
fazer grandes orações e pedidos. Como pode a Igreja fazer pequenas orações,
quando comparece diante do Deus que tem tão grande abundância? Ela não deve
fazer pequeninos pedidos diante de um Deus tão grande. Se a capacidade da
Igreja for limitada, ela não pode senão restringir a manifestação do poder de
Deus. Vir à presença de Deus é esperar que grandes coisas aconteçam.
Portanto, Deus necessita de um
vaso através do qual possa realizar todas as suas obras aqui na terra. È
necessário que a Igreja faça tremendas orações a fim de manifestar Deus. E este
é o ministério da Igreja!
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