segunda-feira, 28 de abril de 2014

A RESPONSABILIDADE DE ORAÇÃO DA IGREJA

Ficamos a pensar se Deus, visitando nossas reuniões de oração, poderia confirmar se elas realmente cumprem o ministério de oração da Igreja. 

Precisamos ver que não é uma questão de freqüência; é, antes, uma questão de peso. Se realmente vemos a responsabilidade de oração da Igreja, não podemos deixar de confessar quão inadequada é a nossa oração e como temos restringido e impedido Deus de realizar o que ele deseja. A igreja tem falhado em seu ministério! Isso é lamentável!

O fato de Deus ter ou não uma Igreja fiel ao seu ministério depende da atuação do grupo de pessoas na presença dele, desqualificando-se ou tornando-se verdadeiros vasos na realização do seu propósito. Queremos assinalar que o que Deus procura é a fidelidade da Igreja ao seu ministério. 

O ministério da Igreja é oração – não da espécie comum, que consiste de pequenas petições, mas do tipo que prepara o caminho de Deus.

É Deus quem primeiro deseja fazer certa coisa, mas a Igreja prepara o caminho com a oração de modo que Ele possa ter uma estrada. A Igreja deve ter grandes orações, orações tremendas e fortes. Oração não é assunto sem importância diante de Deus. Se a oração for sempre centralizada no eu, em problemas pessoais e em pequenos ganhos ou perdas, onde estará o meio pelo qual irá se manifestar o eterno propósito de Deus?

Precisamos nos aprofundar neste assunto da oração. Se não sabemos o que é o Corpo de Cristo, nem permanecermos neste fundamento: “Se dois de vós” seremos, contudo, ineficazes. Mas se de fato, temos a correta visão do Corpo de Cristo e permanecemos no correto lugar no corpo – negando nossa carne e não pedindo para nós mesmos, mas que a vontade de Deus seja feita na terra – veremos o potencial fabuloso de tal oração.

Desse modo, aquilo por que oramos na terra será concedido pelo Pai que está no céu.

“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu” (Mt 18.18).
“Também vos digo que, se dois de vós concordardes na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, ser-lhes-á concedido por meu Pai que está nos céus” (v. 19).

O Senhor quer dizer que, na medida em que a terra ligar, o céu também ligará; e na medida em que a terra desligar, o céu também desligará. Nesse caso, a medida da terra decide a medida do céu. Não deve haver medo de ter uma medida demasiadamente grande na terra, porque a capacidade no céu sempre será muito maior do que a da terra e, portanto, não existe nenhuma chance de a medida da terra ultrapassar a do céu. O que o céu quer ligar invariavelmente é muito mais do que a terra deseja ligar, e o que o céu deseja desligar sempre excede ao que a terra desata.

Tal ação de ligar e desligar está além da capacidade de qualquer pessoa. Só pode ser feito “se dois... concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem” e, então, “será feito por meu Pai, que está nos céus”.

“Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí, estou eu no meio deles” (v.20).

O princípio dado por Jesus no versículo 20 é mais amplo do que o do versículo 19, onde Ele diz que “se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem...” No v. 20 temos que, “onde estiverem dois ou mais reunidos em meu nome, aí, eu estou no meio deles”.

Por que há tanto poder na terra? Por que o orar em harmonia tem efeito tão tremendo? É porque sempre que somos chamados a reunir-nos no nome do Senhor, a presença do Senhor estará ali. Conscientizemo-nos de que somos chamados para reunir-nos. As pessoas que são assim chamadas pelo Senhor para se reunirem são unidas no nome do Senhor. Vêm por amor do nome do Senhor. Tais irmãos e irmãs podem dizer, onde quer que venham a se juntar: 
“Estamos aqui não por nós mesmos, mas pelo nome do Senhor, pelo amor de glorificar teu filho”.

Se estivermos dispostos a querer aquilo que o Senhor quer e não o que nós queremos, e, se rejeitarmos o que o Senhor rejeita, então haverá concordância. Quando nós estamos reunidos em Seu nome, é o Senhor que dirige tudo. Uma vez que Ele está ali, dirigindo, iluminando, falando e revelando, então tudo o que for ligado na terra será também ligado no céu, e tudo o que for desligado na terra será desligado no céu. Isso acontece porque o Senhor opera juntamente com Sua igreja.

Quando o Senhor está presente, a Igreja é rica e forte. Por meio d’Ele ela pode ligar e desligar. Mas, se o senhor não está no meio dela, ela nada pode fazer. Somente a Igreja tem tal poder; o indivíduo simplesmente não o possui em si mesmo.   


0 comentários:

Postar um comentário