quinta-feira, 12 de maio de 2011

O EVANGELHO DO REINO

“Este Evangelho do Reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim”.  Mateus 24.14.

Acredito piamente que estamos vivendo um momento de restauração para a Igreja de Jesus Cristo. A hora da festa das bodas está chegando, quando o Senhor virá buscar sua noiva, a Igreja, para com ela estabelecer uma relação eterna. Enquanto aguardamos esse grande acontecimento, temos a tarefa de pregar um Evangelho capaz de produzir transformações significativas na vida das pessoas. Para tanto, é preciso restaurar a natureza da nossa pregação. Ao invés de anunciar um evangelho descaracterizado, anunciar o Evangelho do Reino. Proclamar que o governo de Deus está acontecendo em nossos dias, é tarefa prioritária da Igreja.

O reino de Deus se manifesta de 3 formas: Geográfica, política e espiritualmente. Entendemos por manifestação geográfica, a extensão territorial do governo de Deus por meio de Seu Filho Jesus. “E o Senhor será rei sobre toda a Terra; naquele dia, um será o Senhor, e um será o seu nome” (Zc 14.9). Naquele dia, não haverá um milímetro de terra que não esteja sob o controle absoluto do Senhor. Até mesmo aqueles recantos mais obscuros do planeta e lugares até então inexpugnáveis, experimentarão o governo do Leão da tribo de Judá.

Chamamos de manifestação política, a instalação da teocracia como forma de governo para todas as nações da Terra. “Acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor, será estabelecido como o mais alto dos montes e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a Ele todas as nações” (Is 2.2). Os governantes da terra serão escolhidos pelo próprio Deus e não pelo povo, como tem sido até agora. Essas manifestações futuras do governo de Deus são esperadas já há muito tempo pelos patriarcas e pelos profetas do Velho Testamento. É a chamada esperança messiânica. Esta esperança ainda queima no coração dos judeus ortodoxos. Talvez seja por isso que ainda não tenham percebido que seu Messias já veio, pois esperavam por um governo literal e físico, que não aconteceu quando Jesus apareceu neste planeta. Este é, sem dúvida alguma, o reino futuro do Messias, sobre todos os lugares e sobre todas as pessoas, esperança esta que compartilhamos com o povo israelita.

A Manifestação presente do Reino

Como cristãos neo-testamentários cremos, porém, em uma manifestação presente do reino de Deus. Foi o próprio Senhor que disse: “O tempo está cumprido, e é chegado o Reino de Deus” (Mc 1.15). A manifestação tão esperada do Reino aconteceu na pessoa de Jesus. Pode ser que no seu coração aconteça a mesma pergunta que passava nas mentes dos fariseus que, apesar de estarem face a face com o seu Rei, insistiam em indagar quando seria instalado o Reino, já que não havia qualquer manifestação geográfica ou política do mesmo. A estes Jesus respondeu que o Reino não vem com aparência exterior; nem dirão: “Hei-lo aqui!” A manifestação presente do Reino divino se faz nos corações daqueles que se rendem diante do senhorio de Jesus.

Por conta de uma interpretação equivocada, temos fragmentado a Escritura, repartindo-a em épocas ou dispensações. Esta “teologia” prega dois Evangelhos: “O Evangelho da Graça e o Evangelho do Reino. O Evangelho da graça é para hoje, dizem, enquanto que o Evangelho do Reino, é para um tempo ainda futuro. Sinceramente, desconheço esta dupla definição do Evangelho nas Escrituras. Sei, no entanto, que é bem mais fácil conseguir adeptos quando se prega a Graça. Afinal de contas, quem não quer uma graça, não é mesmo? A Graça tem a ver com o receber enquanto que o Reino estabelece o domínio de Deus sobre nossas vidas e requer compromissos de nossa parte para com o Rei. A maioria dos cristãos quer as bênçãos, mas não estão dispostos a assumir seus deveres de súditos.

Gostamos mesmo é de ler o salmo 23 e sonharmos com um pastor divino que nunca deixará que nos falte nada. Ficamos a imaginar os pastos verdejantes, as águas tranqüilas, a mesa farta e o cálice que transborda. Tudo isso é possível, mas é preciso saber que o bom pastor é realmente o Senhor, o Rei Jesus, e Ele requer submissão à Sua autoridade. Somente os que estiverem dispostos a se submeter é que poderão ter acesso a tudo aquilo que o salmo do pastor nos oferece.   

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