segunda-feira, 2 de maio de 2011

PREGAR O EVANGELHO DO REINO

“E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim.” (Mt 24:14).

No evangelho de Mateus 24:14 temos a revelação de que precisamos pregar o evangelho do reino em toda a terra habitada para que venha o fim. O evangelho da graça é aquele pelo qual fomos salvos. Ele visa introduzir-nos na graça e seu enfoque é que: basta crermos para receber tudo o que o Senhor fez por nós; nada precisamos fazer. Nós que estávamos nas trevas e não sabíamos da nossa condição, fomos iluminados. O Senhor, como uma grande luz, nos iluminou e vimos a luz (cf. Mt 4:16). Vimos que estávamos imersos em nossos pecados e, ao nos arrependermos, nossos pecados foram perdoados, e o sangue derramado pelo Senhor Jesus nos lavou.

Já não somos pecadores, mas justos. Nossa posição foi mudada: já não estamos nas trevas, mas numa posição santa, para recebermos a vida divina. Fomos regenerados e reconciliados com Deus. Louvado seja o Senhor! Tudo isso foi algo feito pelo Senhor; bastou-nos crer e tudo isso chegou a nós. Esse é o evangelho da graça.

Mas precisamos ainda pregar o evangelho do reino. O reino, por um lado, é uma questão de vida. Entramos nele nascendo de novo (Jo 3:3-5). O povo do reino precisa ser um povo regenerado com a vida divina e estar na realidade do reino dos céus, para crescer e amadurecer em vida. Por outro lado, o reino é questão de autoridade. É a esfera de governo na qual Deus nos rege e nos governa.

Muitos cristãos consideram que, uma vez obtida a redenção judicial e obtida a vida divina para não perecerem eternamente, já podem ficar satisfeitos. Isso, porém, não é suficiente; ainda há o reino. A realidade do reino dos céus hoje está na igreja, porque ela tem as chaves do reino (Mt 16:19). Somente quando a igreja é gerada surge a realidade do reino. Viver a realidade do reino é viver a vida da igreja. Por isso, na vida da igreja podemos obter a salvação completa: já fomos salvos no espírito, estamos sendo salvos na alma e seremos salvos no corpo (I Ts 5:23; I Co 15:53).

A salvação da nossa alma é de nossa responsabilidade hoje. A alma, o velho homem e o mundo devem ser todos crucificados para nós (Mt 16:24; Rm 6:6; Gl 6:14), assim como o pecado já foi crucificado (Rm 8:3). O que o Senhor fez por nós é para que vivamos na igreja, a realidade do reino dos céus, buscando crescimento e amadurecimento de vida.

A plena salvação de Deus é a salvação orgânica. Para obtermos a redenção judicial, isto é, a obra realizada pelo Senhor na cruz, nada foi necessário fazer, exceto crer. Mas a salvação orgânica precisa ser experimentada pessoalmente pelo esforço de cada um de nós, cristãos. Essa salvação completa pode ser representada pela parábola das dez virgens: todas elas tinham azeite nas lâmpadas, porém, apenas cinco tinham azeite também nas vasilhas.

Entendemos que as lâmpadas representam nosso espírito humano e as vasilhas, a nossa alma; o azeite representa o Espírito Santo. As cinco virgens sábias estavam cheias do Espírito também na alma. As cinco virgens néscias não estavam cheias do Espírito. Quando o noivo voltou, somente as prudentes entraram para as bodas. Isso quer dizer que, quando o Senhor voltar, aqueles de nós que ainda não tiverem o Espírito saturando todo o seu ser não poderão entrar nas bodas do Cordeiro; antes, serão lançados nas trevas exteriores onde, segundo disse Jesus, haverá pranto e ranger de dentes. Isto, porque, quando o Senhor voltar já não haverá tempo para eles crescerem em vida e serem saturados do Espírito. (Leia toda a parábola das dez virgens).

As cinco virgens prudentes representam todos aqueles que negaram a si mesmos e perderam a sua vida da alma nesta era; Então, disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á (Mt 16:24-25). Esses são os que lidaram continuamente com a sua própria pessoa, permitindo que o Espírito saturasse a sua alma.

Isso mostra a salvação da alma, que é a salvação orgânica. Por meio desse metabolismo espiritual, as “células novas” entram e as “antigas” são eliminadas. Assim, somos renovados continuamente em nossa mente (Rm 12:2); I Co 2:16). A renovação da mente é algo difícil porque estamos acostumados a usar a mentalidade caída do velho homem. Colocar a mente no espírito não é fácil (Rm 8:6). Mas, louvado seja o Senhor, pois Ele é realmente longânimo e paciente e sempre está nos corrigindo. Se aceitarmos a Sua correção, certamente teremos a renovação da mente e a nossa pessoa será transformada, conformada à imagem do Senhor (Rm 8:29). Esse é o evangelho do reino dos céus que nós precisamos pregar em toda a terra habitada. Há muitos filhos de Deus que já receberam o evangelho da graça e foram regenerados e salvos. Agora, eles precisam ouvir e receber também o evangelho do reino. É nossa responsabilidade introduzi-los na realidade do reino dos céus, de modo que vivam a vida adequada da igreja.

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