segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A VIDA CONTÍNUA DO HOMEM EM CRISTO

A santificação é um ato de Deus que toma lugar na conversão. É também uma prática contínua, envolvendo o crescimento do cristão. O crescimento resulta de um apropriar-se do poder de Deus através da fé e submeter a vida à vontade de Deus. O sucesso no crescimento e no serviço cristão depende da disponibilidade do homem e do poder de Deus. Às vezes se comete o erro de pensar que o progresso espiritual depende da habilidade e realização humanas. Os cristãos precisam tornar-se disponíveis como ministros (servos), mas as realizações no ministério espiritual dependem do poder do Espírito, que habita interiormente em cada crente.

O ministério espiritual é a obra de Cristo através da vida do cristão; não é um cristão fazendo a obra para Deus com seus próprios esforços. Cristo opera em nós quando tornamos nossas vidas disponíveis a Ele. O problema de relacionar apropriadamente o esforço humano com o poder divino é evidente nas doutrinas da perfeição moral, segurança do crente e serviço cristão. Algumas denominações enfatizam o perfeccionismo, enquanto outras ressaltam que a graça nos libertou da necessidade de observar não só a lei de Moisés, mas também todo o legalismo e padrões morais de qualquer cultura. Algumas sustentam uma doutrina de segurança dos crentes, enquanto outras crêem que é possível cair da graça.

Alguns defendem que Deus não é ativo no mundo; portanto, as mudanças no mundo precisam ser efetuadas por esforços humanos. Os calvinistas extremos sustentam o ponto de vista de que, se Deus quer salvar o mundo, ele o fará sem nossa ajuda. Aqueles que enfatizam o evangelho social tomam a posição de que a melhora da política e da sociedade depende de a Igreja organizar seus membros para forçar questões sociais e políticas. Que posição deveríamos tomar, ao vivermos a vida cristã?

A ética do cristão deve ser guiada pela vida no espírito, que não é contraditória à Lei, mas capacita o homem a guardá-la. Se um cristão é controlado por seus desejos carnais, ao invés de o ser pelo Espírito de Deus, ele encontra maneiras de torcer a Lei para justificar suas ações pecaminosas. Se, porém, o cristão não é controlado por suas inclinações carnais, mas pelo Espírito, ele é guiado a ações corretas e, fortalecido pela habitação de Cristo em seu homem interior, será capaz de realizar a vontade de Deus. O cristão é responsável por mortificar suas inclinações terrenas de desejos imorais e apaixonados. Ele deve revestir-se do “novo homem” que está no processo de ser feito novo na semelhança do seu Criador.


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