segunda-feira, 18 de junho de 2012


O GRANDE DESAFIO DESTE SÉCULO

Vista da perspectiva da eternidade, a maior necessidade da época atual pode ser perfeitamente a de que a Igreja seja tirada do seu longo cativeiro babilônico e que o nome de Deus seja nela glorificado, como no passado. 

Não devemos, porém, pensar na Igreja como um corpo anônimo ou uma abstração mística. Nós cristãos somos a Igreja, e aquilo que fazemos é o que a Igreja está fazendo. A questão é, portanto, pessoal, para cada um de nós. Qualquer avanço na Igreja terá de partir do indivíduo.

O que nós, crentes comuns, poderemos fazer para trazer de volta a glória que se foi? Há algum segredo que possamos aprender? Há alguma fórmula para um avivamento pessoal que possa ser aplicada à presente situação, à nossa situação? A resposta é SIM.

O segredo já está desvendado, o crente pode sabê-lo facilmente. É simplesmente o antigo e sempre novo conselho: Conheça a Deus. Para recuperar o tempo perdido, a Igreja precisa ver o céu aberto e ter uma visão transformadora de Deus.

Mas o Deus que devemos ver não é o “deus” utilitário, tão popular hoje, cujo principal atrativo é sua capacidade de fazer com que os homens sejam bem-sucedidos em suas diversas ocupações, e por essa razão está sendo adulado e lisonjeado por todo aquele que deseja um favor.

Temos de aprender a conhecer o Deus que é Majestade nos céus, Pai onipotente, Criador do céu e de terra, o único Deus sábio, nosso Salvador. É Ele que se assenta sobre o círculo da terra, que estende os céus como uma cortina e os desdobra como uma tenda para Sua habitação; que chama as hostes de estrelas pelos seus nomes, pela grandeza de Seu poder; que vê as obras do homem como vaidade; que não se fia nos príncipes e não busca nos reis o conselho.

Não se pode ter conhecimento de tal Ser apenas pelo estudo. Este conhecimento vem por uma sabedoria desconhecida do homem natural, pois é espiritualmente que se discerne. Conhecer a Deus é, a um tempo, a coisa mais fácil e a mais difícil sobre a terra. É fácil porque o conhecimento do Deus santo é um dom gratuito dado aos homens prontos para recebê-lo. Mas, tal conhecimento é difícil porque existem condições a serem satisfeitas e a natureza obstinada do homem não as aceita com facilidade.

A primeira condição é que abandonemos o pecado. A crença num Deus santo que não pode ser conhecido pelos homens perversos não é novidade para a religião cristã. As palavras de Jesus confirmam este critério: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus”.

Em segundo lugar, devemos reconhecer que morremos para o pecado e estamos vivos para Deus em Cristo Jesus; Seguindo-se a isso uma completa abertura da nossa personalidade, tornando-nos receptivos à entrada do Espírito Santo. Teremos então de praticar a autodisciplina que o andar no espírito requer, e mortificar a concupiscência da carne.

Talvez tenhamos também de nos separar do textualismo sem vida que prevalece entre as igrejas evangélicas, e protestar contra o caráter frívolo de muitas coisas que passam por cristianismo entre nós. Com isso talvez percamos amigos e ganhemos uma reputação de sermos “santinhos”; mas, homem algum que estivesse preocupado com as opiniões dos outros seria digno do Reino de Deus.

Devemos manter a majestade de Deus em pleno destaque em todos os nossos cultos públicos. Não só as nossas orações particulares devem louvar a Deus, mas o nosso testemunho, o nosso cântico, a nossa pregação e aquilo que escrevemos deverá centralizar-se na Pessoa do nosso santo Senhor; exaltando continuamente a grandeza da Sua dignidade e poder. 

Há um homem glorificado à destra da Majestade nos céus, representando-nos fielmente ali. E nós, que permanecemos por um tempo entre os homens, devemos ter o cuidado de representá-lo fielmente aqui.  

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