POVO DE DEUS
“Mas vós sois a geração eleita,
o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as
grandezas daquele que vos chamou das trevas, para a sua maravilhosa luz” (I Pe
2.9).
Quando olhamos para a Igreja
como um povo de Deus, a primeira idéia que deve vir à nossa mente é a de que já
temos um dono, pois fomos adquiridos por Deus. Gosto de pensar que nossa
salvação é de graça, mas não é barata. “Sabendo
que não foi com coisas corruptíveis, como a prata e o ouro, que fostes resgatados
da vossa vã maneira de viver, a qual por tradição recebestes de vossos pais”
(I Pe 1.18).
Para sermos reconhecidos como
povo de Deus, devemos nos comportar como gente que foi adquirida por Deus. Ele
quer levantar um povo que esteja comprometido com ele até o pescoço.
Compromisso este que se manifesta em todas as áreas da experiência humana, isto
é, no trabalho, no lar, na escola, nos relacionamentos interpessoais, etc.
Como povo de Deus, nosso
propósito é anunciar as grandezas de Deus. Muitos já receberam esta incumbência
durante o transcorrer da história humana. Vejamos quais são:
1. Adão falhou como indivíduo encarregado de
levar adiante este propósito (Gn 3)
2. Israel falhou como nação encarregada de atingir tão elevado objetivo (Rm 11.7)
2. Israel falhou como nação encarregada de atingir tão elevado objetivo (Rm 11.7)
3. A Igreja recebeu a incumbência final de
estabelecer o Reino de Deus na Terra e não pode falhar (Atos
15.16-18)
Tudo o
que Deus deseja fazer na Terra, deseja fazê-lo pela Igreja, pois já lhe passou
uma escritura de procuração (Mc 16.15-18). É através da Igreja que deve se
desenvolver todo o projeto de ação social a ser feito em nome de Deus. Nossa
sociedade precisa ser impactada por uma comunidade capaz de tornar-se uma
representante digna do Senhor. Uma Igreja restaurada é o sonho desta geração de
cristãos que buscam respostas na Palavra de Deus para entender os desígnios
divinos para a Igreja.
Outro
princípio importante extraído desta idéia de que somos um povo , é a unidade de
nação. Paulo chama aos coríntios de crianças porque estavam divididos entre
Paulo, Apolo e Cefas (I Co 3.1-3). O que é curioso, no entanto, é que, apesar
de estarem divididos de acordo com suas preferências pessoais, os cristãos de
Corinto permaneciam na mesma Igreja. Hoje, os cristãos além de terem suas
preferências, estão espalhados em diversas denominações. Não conseguem suportar
uns aos outros debaixo de uma mesma bandeira. Se Paulo tivesse de escrever algo
parecido para nós, talvez concluísse que nem nascemos ainda.
Me
parece claro que a Igreja era considerada como “Local” quando os cristãos de
uma determinada cidade se reuniam para adorar e servir a Deus, isso significa
que em uma cidade não deveriam existir várias Igrejas mas uma só. A Bíblia fala
da Igreja como Corpo de Cristo, que reúne os cristãos de todos os lugares e de
todas as épocas, mas também fala das Igrejas locais. “E passou pela Siria e
Cilícia, fortalecendo as Igrejas (At 15.41).
Mesmo
havendo grande número de Igrejas locais, as mesmas estavam amarradas umas as
outras por alianças, sentindo-se ligadas organicamente. Fazendo parte do mesmo
corpo e da mesma nação. Chamamos essas Igrejas de Igrejas aliançadas e isto
pode acontecer apesar das divisões denominacionais, pois estamos acima delas.
A
Igreja precisa ser restaurada a ponto de que os cristãos se aceitem e convivam
com todos aqueles que Deus aceitou. Essa seria uma prova de maturidade espiritual
que, sem dúvida, agradaria bastante o Senhor Jesus.