segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


POVO DE DEUS

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas, para a sua maravilhosa luz” (I Pe 2.9).

Quando olhamos para a Igreja como um povo de Deus, a primeira idéia que deve vir à nossa mente é a de que já temos um dono, pois fomos adquiridos por Deus. Gosto de pensar que nossa salvação é de graça, mas não é barata. “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como a prata e o ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, a qual por tradição recebestes de vossos pais” (I Pe 1.18).  

Para sermos reconhecidos como povo de Deus, devemos nos comportar como gente que foi adquirida por Deus. Ele quer levantar um povo que esteja comprometido com ele até o pescoço. Compromisso este que se manifesta em todas as áreas da experiência humana, isto é, no trabalho, no lar, na escola, nos relacionamentos interpessoais, etc.

Como povo de Deus, nosso propósito é anunciar as grandezas de Deus. Muitos já receberam esta incumbência durante o transcorrer da história humana. Vejamos quais são:
     1.  Adão falhou como indivíduo encarregado de levar adiante este propósito (Gn 3)
      2. Israel falhou como nação encarregada de atingir tão elevado objetivo (Rm 11.7)
      3. A Igreja recebeu a incumbência final de estabelecer o Reino de Deus na Terra e não pode falhar (Atos 15.16-18)

Tudo o que Deus deseja fazer na Terra, deseja fazê-lo pela Igreja, pois já lhe passou uma escritura de procuração (Mc 16.15-18). É através da Igreja que deve se desenvolver todo o projeto de ação social a ser feito em nome de Deus. Nossa sociedade precisa ser impactada por uma comunidade capaz de tornar-se uma representante digna do Senhor. Uma Igreja restaurada é o sonho desta geração de cristãos que buscam respostas na Palavra de Deus para entender os desígnios divinos para a Igreja.

Outro princípio importante extraído desta idéia de que somos um povo , é a unidade de nação. Paulo chama aos coríntios de crianças porque estavam divididos entre Paulo, Apolo e Cefas (I Co 3.1-3). O que é curioso, no entanto, é que, apesar de estarem divididos de acordo com suas preferências pessoais, os cristãos de Corinto permaneciam na mesma Igreja. Hoje, os cristãos além de terem suas preferências, estão espalhados em diversas denominações. Não conseguem suportar uns aos outros debaixo de uma mesma bandeira. Se Paulo tivesse de escrever algo parecido para nós, talvez concluísse que nem nascemos ainda.

Me parece claro que a Igreja era considerada como “Local” quando os cristãos de uma determinada cidade se reuniam para adorar e servir a Deus, isso significa que em uma cidade não deveriam existir várias Igrejas mas uma só. A Bíblia fala da Igreja como Corpo de Cristo, que reúne os cristãos de todos os lugares e de todas as épocas, mas também fala das Igrejas locais. “E passou pela Siria e Cilícia, fortalecendo as Igrejas (At 15.41).

Mesmo havendo grande número de Igrejas locais, as mesmas estavam amarradas umas as outras por alianças, sentindo-se ligadas organicamente. Fazendo parte do mesmo corpo e da mesma nação. Chamamos essas Igrejas de Igrejas aliançadas e isto pode acontecer apesar das divisões denominacionais, pois estamos acima delas.

A Igreja precisa ser restaurada a ponto de que os cristãos se aceitem e convivam com todos aqueles que Deus aceitou. Essa seria uma prova de maturidade espiritual que, sem dúvida, agradaria bastante o Senhor Jesus.

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