segunda-feira, 24 de junho de 2013


A IGREJA NÃO PODE MORRER

Há uma idéia circulando por aí que o cristianismo está nas últimas, ou que possivelmente já está morto e sem forças até para cair estendido. Dá-se como principal prova da sua morte a sua incapacidade de oferecer direção ao mundo quando este necessita supremamente dela.

No entanto, exatamente como Jesus Cristo outrora foi enterrado, e seus inimigos tinham a expectativa de que tinham ficado livres d’Ele, assim a  Sua igreja foi posta a repousar vezes sem conta ao longo dos séculos; e como Ele desconcertou os Seus inimigos ressurgindo dentre os mortos, assim a igreja tem posto em confusão os seus inimigos, brotando de novo com vigorosa vida depois de realizado o seu sepultamento e terem sido derramadas sobre o seu túmulo lágrimas de crocodilo.

O fato que muitos terem descrito a igreja na terra como um exército vencedor, isso não representa a realidade. Sua verdadeira situação é melhor retratada quando a comparamos com um rebanho de ovelhas no meio de lobos, ou como uma agremiação de desprezados peregrinos lutando para chegar a casa, como uma nação peculiar, protegida pelo sangue do Cordeiro, à espera do soar da trombeta, ou como uma noiva aguardando a vinda do noivo.

O mundo está constantemente chicoteando a igreja porque ela não tem solução para os problemas da sociedade, e os líderes religiosos que não percebem o sentido disso, recuam debaixo do chicote, a ponto de alguns líderes proeminentes se penitenciarem, em público, dizendo: “Pecamos, o mundo esperava socorro e nós falhamos”.

Bem, sou inteiramente favorável ao arrependimento, se genuíno, e penso que a igreja tem falhado, não por negligenciar, mas por viver de modo parecido demais com o mundo. Os que consideram a igreja em falta com a humanidade presumem erroneamente que a igreja de Deus foi deixada na terra para propiciar boa esperança e alegria ao mundo de tal forma que o mundo pode ignorar Deus, rejeitar Cristo, glorificar a natureza humana, carnal e decaída, e perseguir em paz os seus fins egoísticos.    

O mundo deseja que a igreja acrescente um delicado toque espiritual aos seus esquemas carnais, e que esteja pronta a ajudá-lo a firmar-se nos pés e a colocá-lo no leito quando chega em casa embriagado de prazeres carnais. Em primeiro lugar, a igreja não recebeu do seu Senhor essa incumbência, e, em segundo lugar, o mundo nunca mostrou muita disposição para ouvir a igreja quando ela fala com sua voz verdadeiramente profética.

O dever do cristão não é “oferecer direção” á feira da Vaidade, mas conservar-se puro, incontaminado da sua corrupção e retirar-se dela o mais depressa possível. O cristianismo vai pelo caminho que o seu Fundador e Seus apóstolos disseram que iria. O seu desenvolvimento e a sua direção foram preditos há mais de dois mil anos, e isto já é um milagre.

Fosse Cristo menos que Deus, e Seus apóstolos menos que inspirados, não poderiam ter predito com tanta precisão o estado da igreja tão distante deles no tempo e nas circunstâncias. Nenhum mortal poderia ter previsto a vinda do grande sistema religioso-político que é Roma, ou a Idade das Trevas, ou o descobrimento do Novo Mundo, ou a Revolução Industrial, ou a era nuclear, e a aventura do homem no espaço.

Todas essas coisas teriam transtornado todo e qualquer esforço para predizer a situação religiosa destes últimos dias; mas as condições atuais foram de fato descritas com abundância de detalhes há mais de dois mil anos. Nada do que aconteceu ou está acontecendo era inesperado.

Temos real necessidade de uma reforma que produza avivamento nas igrejas, mas a igreja não está morta, nem morrendo. A igreja não pode morrer! Mesmo que algumas igrejas locais fechem suas portas por causa de várias circunstâncias e deixem de existir, essa situação, por mais deplorável que seja não deve desanimar-nos.

A igreja verdadeira é o repositório da vida de Deus entre os homens e, se num lugar esses frágeis vasos se quebram, a vida divina irromperá nalgum outro lugar. Disso podemos ter certeza. 

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