APROUVE A DEUS!
“Mas
quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou
pela sua graça, revelar seu Filho a mim...” (Gl 1.15).
Aqueles que tem seguido as
mensagens deste Diários do Reino perceberam que estamos dedicando algumas
páginas para analisar com seriedade a doutrina da salvação pregada pelos
apóstolos e defendida, ao longo dos séculos, por homens corajosos e inspirados
pelo Espírito Santo.
De acordo com o versículo
acima, podemos perceber que o plano divino de salvação é formado com muita
clareza. Ele começa, sem sombra de dúvida, na vontade e no beneplácito de Deus:
“Quando aprouve a Deus”. O alicerce
da salvação não é posto na vontade do homem. Não começa pela obediência do
homem, prosseguindo dali em diante para o propósito de Deus; mas aqui está o
começo, aqui estão as cabeceiras das quais fluem as águas vivas: “Aprouve a Deus”.
Depois da vontade soberana e do
beneplácito de Deus vem o ato de separação, comumente conhecido pelo nome de eleição. O texto declara que este ato
ocorreu já no ventre materno, o que nos ensina que se deu antes do nosso
nascimento, quando ainda não poderíamos ter feito nada para obtê-lo ou
merecê-lo. Deus nos separou desde a mais primitiva parte e desde o
primeiríssimo tempo da nossa existência; e, na verdade, desde muito antes
disso, quando os montes e os outeiros ainda não tinham sido erigidos, e os
oceanos ainda não tinham sido formados por Seu poder criador, Ele, segundo o
Seu propósito eterno, separou-nos para Si.
Só então, depois desse ato de
separação, veio a vocação eficaz: “e me
chamou pela sua graça”. A vocação não causa a eleição; mas a eleição,
brotando do propósito divino, causa a vocação. A vocação vem como uma
conseqüência do propósito divino e da separação divina, e vocês certamente
notarão que a obediência segue a vocação.
Portanto, todo o processo corre
assim – primeiro, o sacro e soberano propósito de Deus, depois a distinta e
definida eleição ou separação, depois a vocação eficaz e irresistível, e a
seguir, a obediência para a vida e os bons frutos do Espírito que dela brotam.
Erram aqueles que, ignorando as
Escrituras, põem qualquer parte deste processo antes das demais, não
concordando com a ordem das Escrituras. Aqueles que colocam a vontade humana em
primeiro lugar, não sabem o que dizem, nem o que afirmam.
Creio que a doutrina da graça é
hoje tão cheia de poder hoje quanto no passado. Ela dá coragem ao homem que a
recebe. Paulo exorta a Timóteo que não deve envergonhar-se. Deus lhe deu graça em
Cristo Jesus antes da fundação do mundo. A pessoa que crê que a salvação vem de
Deus e não do homem jamais abandonará este ensinamento.
Se a salvação é por esforço
humano, como pode você saber se seu esforço é suficiente? Se você tiver seus
pés firmados nas doutrinas da graça não precisa ter medo de cair. Este
fundamento é bem firme e o suportará. Apeguemo-nos firmemente à verdade do
propósito eterno de Deus em Cristo Jesus antes do início dos tempos.
Nos tempos antigos, quando a
igreja de Deus foi perseguida, os cristãos arriscavam suas vidas para ouvir
esta verdade. Quando não era permitido que os cristãos se encontrassem em
igrejas, eles se encontravam à noite em lugares secretos. Não tinham medo desde
que pudessem ouvir a doutrina da graça de Deus. Eles correriam o risco de serem
mortos se tão somente pudessem ser alimentados pela pregação desta doutrina, a
qual amavam.
Quando essas verdades são escritas
no coração do homem, elas farão com que ele busque a Deus. Ele saberá que Deus
o salvou e passará a vida seguindo a Deus. Ele verá a mão de Deus em tudo. Ele
adorará o Deus que já fez e continua a fazer tanto por ele.
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