ESTAMOS NAS MÃOS DE DEUS
“...Compadecer-me-ei de quem me
compadecer, e terei misericórdia de quem
eu tiver misericórdia. Assim, pois, não depende do que quer, nem do que corre,
mas de Deus, que se compadece” (Rm 9.15-16).
Estamos nas mãos de Deus,
esperando saber o que Ele vai fazer. Se Deus assim desejar, Ele pode salvar
toda a humanidade, ou se Ele quiser, Ele pode decidir não salvar ninguém. Se
Deus desejar, Ele pode, na Sua misericórdia, salvar um homem e deixar outro para
sofrer a punição pelo seu pecado. Não há injustiça alguma da parte de Deus se
Ele assim fizer. É direito soberano de Deus fazer o que Lhe aprouver.
Este ensinamento faz com que
muitos fiquem zangados, porém, a ira deles não muda o fato de que a verdade da
soberania de Deus mantém-se firme como uma rocha. Deus não tem de explicar ao
homem o que Ele faz. Ele faz o que quer, nos céus e na terra.
No entanto, a doutrina da
soberania de Deus traz grande alegria aos que crêem n’Ele. Nós nos regozijamos
no amor de Deus que nos escolheu para sermos Seus filhos. Deus deixa as pessoas
que Ele não escolheu seguirem seus próprios caminhos e perecerem no final. Por
outro lado, Ele teve misericórdia de nós porque assim quis, mesmo antes de nós
começarmos a orar e procurá-Lo. Este propósito eletivo de Deus é precioso.
Diferentemente do mundo onde
precisamos pleitear, até com os poderosos, antes que eles nos dêem alguma coisa.
Não tivemos que implorar a Deus. Todas as coisas preciosas que Ele nos deu, foi
“segundo a sua vontade”. Deus se
apraz na misericórdia e em dar livremente. O nome de Deus é amor e a natureza
de Deus é amor. Tão natural como o sol enviar sua luz e calor, é coisa natural
Deus enviar a luz de Sua eterna graça.
Louvemos ao Senhor que nos amou
quando estávamos mortos em nossas transgressões e pecados. Glorifiquemo-Lo pela
Sua misericórdia livremente demonstrada a nós. Não merecíamos a misericórdia de
Deus e alguns de nós resistimos a misericórdia de Deus por longo tempo. Vamos
agradecer-Lhe pelas Suas misericórdias que duram para sempre. É maravilhoso
perceber que, devido Deus assim o desejar, Ele teve compaixão de nós. O grande
privilégio que Deus nos concedeu é que, através do poder divino do Espírito
Santo, nós nascemos de novo.
Nascemos de novo, regenerados
pelo poder divino e nosso segundo nascimento é uma obra de Deus, tão grande
quanto nosso primeiro nascimento, nossa criação natural. “Segundo a sua vontade” Deus nos deu uma nova vida, e nos fez novas
criaturas. Acaso temos certeza de que nascemos de novo? Sabemos que somos novas
criaturas em Cristo? Talvez tenhamos
dúvidas se somos nascidos de novo. Mas o homem que nasceu de novo sabe que há
uma mudança nele. Sonde seu próprio coração e deixe que esta oração venha de
seus lábios e coração: “Sonda-me, ó Deus, e prova-me”.
Devemos lembrar que viver uma
vida boa e bem comportada não nos dará entrada para o Reino de Deus. “Necessário vos é nascer de novo” (João
3.7). Estas palavras estão no portal do Reino. Até mesmo as pessoas mais
destacadas na Igreja ou na nação devem nascer de novo, para serem admitidas no
Reino dos céus. Só entrará quem nascer de novo – o Espírito Santo deve operar
esta transformação sobrenatural em cada um de nós. Esta mudança é o resultado
do eterno propósito, poder e amor de Deus.
Aqueles que têm parte neste
precioso privilégio são felizes. Embora estivessem mortos em transgressões e em
pecado, agora eles estão vivos. Embora fossem carnais e terrenos, agora são
espirituais. Eles estavam distanciados, mas foram trazidos para perto de Deus.
Todos estes privilégios são exclusivamente devidos à soberana vontade de Deus.
Se você nasceu de novo, agradeça a Deus de todo o coração e humilhe-se diante
d’Ele.
A maneira que esta mudança foi
operada em nossos corações é claramente expressa: “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade” (Tiago 1.18). O que é essa Palavra de Deus que
traz vida nova à pessoa? A palavra é a pregação da doutrina da cruz. Ninguém
jamais nasceu de novo através da pregação da lei. A Bíblia diz: “...Deus estava em Cristo reconciliando
consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados” (II Co 5.19). As
pessoas não serão salvas se esta doutrina não for pregada.
Nós, crentes em Jesus, devemos
olhar para trás com gratidão e esperança pelo que Deus fez. “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela
palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas”.
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