segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A SALVAÇÃO COMPLETA

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).

Nas páginas anteriores do blog Diários do Reino, vimos que a obra que Deus fez e toda a graça que Ele nos deu quando fomos salvos, não podem ser anuladas com o passar do tempo. Podemos dizer ousadamente que fomos salvos para permanecermos salvos eternamente. Uma vez que Deus nos mostrou misericórdia, estamos eternamente debaixo da Sua misericórdia. Uma vez que temos a vida eterna do Seu Filho, jamais iremos perdê-la.

Embora sejamos muito ousados ao afirmar isso, nós ainda somos seres humanos. Até hoje muitos obreiros cristãos não têm o mesmo ponto de vista acerca desta questão. Como o coração do homem é enganoso e cheio da carne e de legalismo, eles não conseguem entender como a graça de Deus pode ser tão grande. É incrível demais para eles.

É natural o homem pensar dessa maneira. O homem está sujeito à carne e a carne está sujeita à lei. A carne conhece a lei; não conhece a graça. Qualquer coisa que se origine da carne é da lei. Mas tudo o que se origina de Deus, do Espírito Santo e da graça, é da fé.

No mundo nada sabemos sobre graça e dom. Tudo o que sabemos é barganhar. O dia todo, nossa mente está ocupada com o quanto devemos trabalhar e com quanto receberemos por nosso trabalho. Achamos que para ganhar algo, temos de trabalhar para isso. Essa é a nossa vida. A nossa vida é uma vida de barganha.

Pelo fato de vivermos dessa maneira, também pensamos que a graça de Deus e a vida eterna estão no mesmo princípio de barganha. Quando alguém ouve o evangelho, vê a luz por algum tempo. Percebe que a graça é gratuita e que não é uma questão de barganha. Mas essa percepção parece acontecer somente na hora em que foi salvo. Muitas pessoas ainda não foram libertadas do conceito de que a graça de Deus é um empréstimo. Eles pensam que se não agirem bem, Deus irá pedir de volta a graça que Ele deu. Mas se um homem conhece a Bíblia e tem clareza sobre a doutrina da salvação de Deus, ele, no mínimo deve admitir que tal coisa jamais poderia existir.

Ao ler a carta aos Romanos, capítulo 8, versículo 30, vemos os elos importantes de um mesmo propósito. Vemos que todos os que foram justificados serão glorificados. A glorificação aqui, na língua original, está no passado. Deus é um Deus eterno. Do ponto de vista de Deus, todos os que foram justificados já foram glorificados. Talvez, da nossa parte, tenhamos de esperar por mil anos para a nossa glorificação, mas da parte de Deus, em Seu propósito e em Seu plano, isso já se tornou história. Por isso Ele diz: “E aos que predestinou, a esses também chamou, e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”.

Deus já os glorificou e eles já foram glorificados. A história já foi escrita e não há como mudá-la. Desde que Deus completou o escrito de nossa história futura e os acontecimentos futuros, Ele determinou cumpri-los para nós.

Por causa disso, o início do versículo 31 diz: “Que diremos, pois, à vista destas coisas?” Se todos os justificados serão glorificados “que diremos, pois?” Nada diremos. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Deus já tomou a Sua decisão. Como pode o homem ser contra ela? “Aquele que não poupou seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas”?

Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Aqui Deus está perguntando, bradando ao mundo inteiro: “Quem?”

Paulo usa “quem o fará” quatro vezes. Paulo sabia que não há possibilidade de ocorrer qualquer dessas coisas. Pode ser que um eleito de Deus possa até não amar a Cristo, mas quem pode levar Cristo a não amá-lo? Está escrito: Quer seja tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigos ou espada, nada disso pode nos separar do amor de Cristo.

O versículo 37 diz: “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”. Note bem que não é por amarmos o Senhor, mas por Ele nos amar. Se fosse por nós O amarmos, não teríamos nenhuma esperança. Se é por meio de o Senhor nos amar, então “em todas as estas coisas somos mais que vencedores.

Paulo diz: “Porque estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura, poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (vs. 38 e 39).


Isso nos mostra clara e definitivamente que uma vez que Deus nos tenha dado a salvação, ela é nossa eternamente. Ninguém pode destruir esse fato. Essas palavras são muito elevadas, muito abrangentes e muito profundas. O que Deus faz, Ele faz integralmente. Deus é o Alfa e o Ômega. Ele nunca pára até que a obra esteja completa.   

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