A SALVAÇÃO COMPLETA
“Sabemos que todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo
o seu propósito” (Rm 8.28).
Nas páginas anteriores do blog
Diários do Reino, vimos que a obra que Deus fez e toda a graça que Ele nos deu
quando fomos salvos, não podem ser anuladas com o passar do tempo. Podemos
dizer ousadamente que fomos salvos para permanecermos salvos eternamente. Uma
vez que Deus nos mostrou misericórdia, estamos eternamente debaixo da Sua misericórdia.
Uma vez que temos a vida eterna do Seu Filho, jamais iremos perdê-la.
Embora sejamos muito ousados ao
afirmar isso, nós ainda somos seres humanos. Até hoje muitos obreiros cristãos
não têm o mesmo ponto de vista acerca desta questão. Como o coração do homem é
enganoso e cheio da carne e de legalismo, eles não conseguem entender como a
graça de Deus pode ser tão grande. É incrível demais para eles.
É natural o homem pensar dessa
maneira. O homem está sujeito à carne e a carne está sujeita à lei. A carne
conhece a lei; não conhece a graça. Qualquer coisa que se origine da carne é da
lei. Mas tudo o que se origina de Deus, do Espírito Santo e da graça, é da fé.
No mundo nada sabemos sobre
graça e dom. Tudo o que sabemos é barganhar. O dia todo, nossa mente está
ocupada com o quanto devemos trabalhar e com quanto receberemos por nosso
trabalho. Achamos que para ganhar algo, temos de trabalhar para isso. Essa é a
nossa vida. A nossa vida é uma vida de barganha.
Pelo fato de vivermos dessa
maneira, também pensamos que a graça de Deus e a vida eterna estão no mesmo
princípio de barganha. Quando alguém ouve o evangelho, vê a luz por algum
tempo. Percebe que a graça é gratuita e que não é uma questão de barganha. Mas
essa percepção parece acontecer somente na hora em que foi salvo. Muitas
pessoas ainda não foram libertadas do conceito de que a graça de Deus é um
empréstimo. Eles pensam que se não agirem bem, Deus irá pedir de volta a graça
que Ele deu. Mas se um homem conhece a Bíblia e tem clareza sobre a doutrina da
salvação de Deus, ele, no mínimo deve admitir que tal coisa jamais poderia
existir.
Ao ler a carta aos Romanos,
capítulo 8, versículo 30, vemos os elos importantes de um mesmo propósito.
Vemos que todos os que foram justificados serão glorificados. A glorificação
aqui, na língua original, está no passado. Deus é um Deus eterno. Do ponto de
vista de Deus, todos os que foram justificados já foram glorificados. Talvez,
da nossa parte, tenhamos de esperar por mil anos para a nossa glorificação, mas
da parte de Deus, em Seu propósito e em Seu plano, isso já se tornou história.
Por isso Ele diz: “E aos que predestinou, a esses também chamou, e aos que chamou, a
esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”.
Deus já os glorificou e eles já
foram glorificados. A história já foi escrita e não há como mudá-la. Desde que
Deus completou o escrito de nossa história futura e os acontecimentos futuros,
Ele determinou cumpri-los para nós.
Por causa disso, o início do
versículo 31 diz: “Que diremos, pois, à vista destas coisas?” Se todos os
justificados serão glorificados “que diremos, pois?” Nada diremos. “Se
Deus é por nós, quem será contra nós?” Deus já tomou a Sua decisão.
Como pode o homem ser contra ela? “Aquele que não poupou seu próprio Filho,
antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com Ele
todas as coisas”?
Quem intentará acusação contra
os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus
quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e
também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação,
ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Aqui Deus
está perguntando, bradando ao mundo inteiro: “Quem?”
Paulo usa “quem o fará” quatro
vezes. Paulo sabia que não há possibilidade de ocorrer qualquer dessas coisas. Pode
ser que um eleito de Deus possa até não amar a Cristo, mas quem pode levar
Cristo a não amá-lo? Está escrito: Quer seja tribulação, angústia, perseguição,
fome, nudez, perigos ou espada, nada disso pode nos separar do amor de Cristo.
O versículo 37 diz: “Em
todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos
amou”. Note bem que não é por amarmos o Senhor, mas por Ele nos amar.
Se fosse por nós O amarmos, não teríamos nenhuma esperança. Se é por meio de o
Senhor nos amar, então “em todas as estas coisas somos mais que vencedores.
Paulo diz: “Porque estou bem certo de que
nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do
presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem
qualquer outra criatura, poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo
Jesus nosso Senhor” (vs. 38 e 39).
Isso nos mostra clara e
definitivamente que uma vez que Deus nos tenha dado a salvação, ela é nossa
eternamente. Ninguém pode destruir esse fato. Essas palavras são muito
elevadas, muito abrangentes e muito profundas. O que Deus faz, Ele faz
integralmente. Deus é o Alfa e o Ômega. Ele nunca pára até que a obra esteja
completa.
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