segunda-feira, 10 de março de 2014

COMPREENDA O CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO

É interessante notar que a primeira atividade governamental consiste em elaborar uma constituição. O processo de edificação de uma nação não pode seguir adiante até que sua constituição esteja terminada e aprovada por todos os líderes envolvidos no processo de elaboração da mesma.

O cerne de todas as nações, os impérios e os reinos é a constituição. Não existe nação ou reino sem ela. Em uma república, a constituição é a aliança que o povo faz consigo mesmo e pela qual escolhe pelo voto um congresso de governantes para preservar a aliança. Em um reino, a constituição é a aliança do rei com seus súditos, a qual contém as aspirações e os desejos do monarca para o seu reino.

Essa é a principal distinção entre um reino e uma república democrática. Nestas, geralmente, a constituição começa com as seguintes palavras: “nós, o povo...” Entretanto, quando lemos a constituição do Reino de Deus, registrada nas Escrituras, ela sempre diz: “Eu, o Senhor, digo...”

Como em qualquer outro sistema governamental, todo reino tem uma constituição. A carta magna de qualquer nação está relacionada à maneira como o governo é organizado, principalmente sobre o modo como o poder soberano é exercido. Em uma república ou democracia, o poder está com o povo. Este elege líderes para representá-lo e, então, manda que essas autoridades criem leis e políticas que beneficiarão os cidadãos.

Em uma democracia, os líderes têm de dar satisfação ao povo. Quando alguém viola a confiança dos eleitores pode ser retirado do cargo e substituído. Por meio de seus líderes eleitos, o povo estabelece sua própria constituição. Em um reino é diferente. Nesse sistema, todo poder reside no rei. Ele é o monarca. Portanto, é aquele que estabelece a constituição para seu reino.

A constituição de um reino registra a vontade, os propósitos e o intento do rei em forma de documento. Ela expressa os desejos pessoais do rei e estabelece princípios sob os quais o reino operará, além de instituir a maneira e as condições pelas quais o rei se relacionará com o povo e vice-versa. A constituição de um reino traz em si a essência da natureza, do caráter e da personalidade do rei.

Registrar a constituição na forma escrita estabelece um padrão que pode ser medido facilmente, além de tornar suas condições e seus termos claros a todos. Por isso, no Reino dos céus temos um livro chamado Bíblia. Ela é a vontade do Rei em forma escrita. É a constituição de seu Reino. As palavras do rei se tornam a lei da terra. Elas não produzem o contrato, pois são o próprio contrato. E por meio deste – dessa constituição – vem a lei. É esse documento que estabelece os termos, as condições, os direitos e os deveres de vida no reino.

A constituição é a vontade e o testamento do rei para seus súditos. Vontade e testamento são duas palavras diferentes, porém relacionadas, e ambas têm importância. A vontade é o que está na mente da pessoa – seus desejos e intentos. O testamento é o documento que registra a vontade da pessoa, descrevendo seus desejos e intentos de forma legal.

Exatamente por isso chamamos a Bíblia de constituição do reino dos céus. Ela está dividida em duas seções conhecidas como o Antigo e Novo Testamento. Portanto, as Sagradas Escrituras compreendem os pensamentos de Deus, documentados, com relação aos seus súditos. A Palavra traz a vontade, o desejo e o intento do Senhor para a raça humana que Ele criou à sua própria imagem.

Portanto, podemos pegar as Sagradas Escrituras e dizer: “Isso é o que o meu Rei me garantiu”. Então, o Rei diz: “De acordo com a minha palavra, seja feito a você”.

A Palavra de Deus, escrita e impressa no livro que chamamos de Bíblia, é o documento mais poderoso que possuímos. Ela é a constituição do Reino dos céus, o testamento da vontade do Rei para seus súditos.
Algumas pessoas religiosas acham que a constituição do Reino dos céus precisa ser alterada ou interpretada para ficar de acordo com os tempos e valores modernos. Ao contrário, a constituição do Reino é um padrão imutável com base no qual devemos medir os valores, a moral, as crenças e as idéias modernas. Sem um padrão confiável, justo e imutável, a sociedade entra em colapso. Podemos ver sinais disso ao nosso redor.  


A constituição de Deus contém os estatutos do Reino. Certa vez, Jesus disse: E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei (Veja Lc 16:17; 23:33). Quem somos nós para achar que temos direito ou autoridade para mudar ou desprezar os estatutos que o Rei dos céus estabeleceu? Os religiosos podem fazer isso sempre que desejarem, porque não estão realmente no Reino. No entanto, os súditos do reino não podem. Nossa constituição declara: “A Palavra do Senhor permanece para sempre” (1 Pe 1.25ª) 

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