JESUS CRISTO É REI E SENHOR DE
TUDO
Em um reino genuíno, o senhor é
dono de todos os recursos e distribui os mesmos igualmente. Sempre que concede
algo a um súdito, nunca é para posse própria, mas para mera administração. A
submissão ao senhorio de um rei torna o súdito capaz de receber qualquer coisa
(benefício) do rei.
Do ponto de vista do Reino, a
confissão mais importante que podemos fazer na vida é: “Jesus Cristo é Senhor”.
O apóstolo Paulo que foi um embaixador do Reino declarou isso explicitamente em
sua carta aos cristãos de Roma:
Se, com tua boca, confessares a
Jesus como Senhor e, em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos,
serás salvo. (Rm 10.9).
Ao usar o termo salvo, Paulo se
referia a sermos redimidos, recuperados, resgatados e restaurados da alienação
causada por nossa rebelião contra Deus, de volta a um relacionamento correto
com Ele. A afirmação chave nesse processo é nosso reconhecimento de que Jesus é
Senhor de tudo, incluindo nossa vida.
Esse relacionamento com um
senhorio nos dá uma idéia do que seria viver sob o governo de um Senhor. Quando
dizemos: “Jesus é Senhor”, reconhecemos a autoridade dele sobre nós, bem como
nossa responsabilidade em obedecer-lhe. Não existe senhorio sem obediência. Se
Ele é Senhor, não podemos dizer: “Senhor, mas...”, ou “Senhor exceto...”, e
tampouco “Senhor, espere.” Se Ele é Senhor, tudo que podemos dizer é: “Sim,
Senhor”.
O próprio Jesus afirmou essa
verdade ao longo de seu ministério público:
Se alguém quer vir após mim,
negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. (Lucas
9.23).
Se Jesus é Senhor, deve ter
prioridade em nossa vida. Nosso amor e nossa lealdade por Ele devem estar acima
de qualquer outro. Não podemos ser discípulos e dizer: “Senhor, primeiro
deixe-me...” Ele tem de ser o primeiro em tudo. Do contrário, não será
realmente Senhor de nossa vida, independente do que dissermos. Jesus declarou:
Por que me chamais Senhor,
Senhor, e não fazeis o que vos mando? (Lucas 6.46).
Não podemos chamá-lo de Senhor
e, então, arranjar desculpas para não lhe obedecer. Não podemos declarar que
Ele é nosso dono e seguir adiante fazendo o que bem desejarmos. No reino dos
céus não há súditos de fim de semana. Não podemos seguir a Cristo em um período
e depois afastar-nos com base em nossa preferência.
Se Jesus é Senhor, não é
possível viver para Ele no domingo e para nós mesmos no restante da semana. Ou
Ele é Senhor de tudo ou não é Senhor de maneira nenhuma. O senhorio de Cristo é
algo que tem de existir 24 horas por dia, sete dias por semana. Não há outra
opção.
Viver sob o governo de um
senhor também significa desistir de todos os conceitos de propriedade pessoal. Isso
não quer dizer que tenhamos de vender a casa ou o carro, ou distribuir todos os
nossos bens; mas sim aprender a não ter uma visão de posse em relação a essas
coisas.
O Rei dos céus é um Senhor
Justo e benevolente, que nos permite graciosamente utilizar e apropriar-nos
plenamente de suas riquezas, de seus recursos e de todas as coisas boas. Esse é
um de nossos direitos como súditos do Reino de Deus. Podemos desfrutar tudo sem
medida, desde que nos lembremos de quem é o Dono delas.
No momento em que passamos a
pensar que nossos bens nos pertencem, arrumamos problemas. Se desejarmos ter
posse de algo, fazemos de nós mesmos um senhor. Isso retira a comunhão com a
vontade e o caráter do Rei, porque em seu Reino só pode haver um Senhor.
Quando abrimos mão de nosso
senso de propriedade, reconhecemos Deus como o dono e nós como mordomos, e não
nos preocupamos em obter sucesso, porque agora dependemos do Altíssimo para
garantir nosso bem-estar. E Ele é um Senhor benevolente e generoso, o dono de
recursos infinitos.
Se formos apenas mordomos e não
proprietários, podemos contribuir livremente assim como o Senhor nos deu
livremente, sabendo que Ele, que não tem limitações, pode devolver-nos aquilo
que damos aos outros. Sua maior reputação como Rei e Senhor está baseada no
modo como Ele cuida de seus súditos, tendo cuidado especial com aqueles que
refletem o seu caráter e contribuem com o seu Reino.
O maior sinal de que realmente
cremos que Jesus é Senhor está no quanto estamos dispostos a doar. A prova de
que aprendemos a viver sob o governo do Senhor é se conseguimos contribuir
livremente sem hesitação, remorso ou temor, dizendo a Deus com um espírito
jubiloso: “Tudo pertence a ti Senhor!”
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