segunda-feira, 24 de outubro de 2011

DEUS COMO PAI E DEUS COMO DEUS

No dia da ressurreição, Jesus disse a Maria Madalena: “Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus” (Jo 20.17). Nesse versículo o senhor Jesus nos diz que temos não só um Pai, mas também um Deus. A diferença entre Deus como o Pai e Deus como Deus demonstrada nas Escrituras é que Deus, como Pai indica Sua relação com indivíduos, ao passo que, como Deus, indica Sua relação com todo o universo. 

Deus como o Pai é questão de vida, mostrando que nosso relacionamento com Ele deve ser como o de um filho com o seu pai, ao passo que Deus como Deus é uma questão de posição, mostrando que Ele é o Criador.

Quando conhecemos a Deus como nosso Pai, ousamos lançar-nos em seus braços, e quando O conhecemos como Deus, precisamos inclinar-nos e adorá-lo. Somos Seus filhos, vivendo no Seu amor e alegremente desfrutando tudo o que Ele nos dá. Somos também o Seu povo, posicionados como homens, adorando-O e louvando-O. Visto que Ele é Deus, precisamos adorá-Lo na beleza da Sua santidade (Sl 29.2) e em temor (Sl 5.7). Qualquer pessoa que conheça Deus como Deus em todas as coisas não pode deixar de temê-Lo e de atentar para coisas tais como vestimenta e comportamento.

Qualquer pessoa que seja relaxada, descuidada, insolente, que pratica tudo o que sua carne quer e permite que o pecado permaneça, não conhece Deus como Deus. Sabemos que: “não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas” (Hb 4.13). Você acha que Deus está dormindo? Deus é paciente e tolerante, esperando que você se arrependa. Você acha que pode zombar Dele? As Escrituras nos dizem: “de Deus não se zomba” (Gl 6.7). Irmãos, precisamos temê-Lo.

Os vinte e quatro anciãos de Apocalipse 4.4 são os anciãos de todo o universo. Eles são mostrados na visão de João como tendo coroas em sua cabeças e estão sentados em tronos. No entanto, visto que conhecem a Deus como o Deus da criação, eles O adoram e dizem: “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas” (Ap 4.11). Quando por fim esses anciãos chegarem à festa das bodas do Cordeiro, eles se inclinarão e adorarão a Deus, que se senta no trono (Ap 19.4). Outra cena importante da visão de João em Apocalipse se dá quando um anjo voa nos ares, pregando o evangelho eterno aos povos da terra. O anjo diz: “Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14.7). Isso significa que, todos aqueles que reconhecem ao Senhor como Deus e Criador, devem adorá-Lo. Isso é o que O glorifica!

O evangelho segundo João 4.23-24 é muito claro ao dizer que: Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. Isso significa que somente o elemento no homem que é o mesmo de Deus é que pode adorá-Lo. Somente o espírito pode adorar o Espírito. Somente a adoração que é do espírito é verdadeira. Esse tipo de adoração não é algo em que se usa a mente, nem as emoções e vontade. É em espírito e em realidade. O versículo 23 diz: “Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores”. Isso é muito significativo. Quando lemos isso vemos que se um homem deseja adorar a Deus, precisa primeiro saber adorar o Pai. Se uma pessoa não tem relação de Pai e filho com Deus, ainda não tem vida, e seu espírito ainda está morto; não conseguirá adorar a Deus.

Quando alguém nasce de novo pelo Espírito de Deus, seu espírito é vivificado, ela se torna filho de Deus e pode ter comunhão com Ele. São esses que o Pai procura para adorá-Lo. Por isso, antes de ser o povo de Deus, precisamos primeiro nos tornar Seus filhos. Apocalipse 21.7 diz: “O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho”. Eis aqui uma preciosa revelação: na eternidade, no que diz respeito à relação de vida e à relação individual, seremos filhos para Deus, mas no tocante à posição divina e conhecimento Dele como Criador, Ele será nosso Deus. Isso é glorioso!

Por fim, precisamos reconhecer isso e dizer para nós mesmos as mesmas palavras proferidas ao apóstolo João: “Adora a Deus” (Ap 22.9).  

0 comentários:

Postar um comentário