quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A CENTRALIDADE E A UNIVERSALIDADE DE CRISTO

Textos principais: ...Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. (Mt 16.16) - ...Cristo é tudo em todos. (Cl 3.11) - ...Para em todas as coisas ter a primazia. (Cl 1.18) - ...O mistério de Deus, Cristo. (Cl 2.2) -...pregamos a Cristo Jesus como Senhor. (II Co 4.5). 

O Significado da Centralidade

Por que existem todas as coisas? Por que os anjos? Deus criou todas estas coisas acidentalmente? Ou foram criadas de acordo com o plano de Deus? Por que Deus escolheu homens, enviou profetas, deu o Salvador, concedeu o Espírito Santo, edificou a igreja e estabeleceu o reino? Por que ordenou que a pregação do evangelho fosse feita até aos confins da terra para que os pecadores fossem salvos? Por que devemos alcançar os pecadores e edificar os crentes?

Alguns consideram que o batismo, o falar em línguas, o afastamento das seitas, a santidade, a guarda do sábado e outras coisas mais, são o ponto central. Mas qual é o ponto central de Deus? Deus opera tendo em mente um alvo definido, mas qual deve ser o alvo do nosso trabalho como igreja? Para responder a isso precisamos ter primeiro uma visão correta que possa servir de alvo para este trabalho. Se não percebermos a centralidade de Deus em nosso trabalho, ficaremos sempre errando o alvo.

As verdades divinas estão todas organicamente relacionadas. Todas as verdades convergem para um ponto central. Por ignorar esse aspecto é que muitos líderes decidem centralizar o seu trabalho segundo as inclinações pessoais ou necessidades circunstanciais. Mas a predeterminação e a necessidade de Deus é que deveriam constituir o nosso centro do alvo. Qual é a centralidade de Deus? Qual é a verdade global de Deus? Quem é o Senhor Jesus? Geralmente a resposta mais comum é: “Ele é o nosso Salvador”. Mas seria mais sábio de nossa parte responder como Pedro: “Tu és o Cristo de Deus” (Lc 9.20).

O centro das verdades divinas é Cristo. A centralidade de Deus está em Cristo – “O mistério de Deus, Cristo”, escreveu o apóstolo Paulo. Esse mistério é aquilo que estava escondido no coração de Deus. O Pai eterno nunca tinha contado a ninguém por que criou todas as coisas, inclusive a humanidade. Durante muito tempo isto permaneceu um mistério. Mais tarde, entretanto, Ele revelou este mistério a Paulo. E este mistério, explicou o apóstolo, é Cristo. Daí, ficamos sabendo que além de Filho, o senhor Jesus é O Cristo de Deus. Notemos que no momento da anunciação o anjo Gabriel disse a Maria que a criança que seria gerada em seu ventre era o Filho de Deus (Lc 1.35), e na hora do nascimento um anjo do Senhor anunciou aos pastores no campo que a criança recém-nascida era Cristo, o Senhor (Lc 2.11).

Pedro reconheceu, por divina revelação, que Jesus era o Cristo, o Filho de Deus (Mt 16.16). E o mesmo Pedro assim afirmou em sua primeira pregação, no dia de Pentecostes: “Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo” (At 2.36). Quando alguém reconhece e crê que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, recebe vida em Seu nome (Jo 20.31).  O Senhor Jesus é o Cristo desde o momento em que o plano de Deus foi traçado. O propósito de Deus está centralizado em Seu Filho, “para que em todas as coisas tenha a primazia”; o plano de Deus também está centralizado em Seu Filho para que Cristo seja “tudo em todos” (Cl 1.18, 3.11).

Deus criou todas as coisas e a humanidade para a manifestação de sua glória. Hoje, no entanto, vemos que a cristandade está manifestando muito pouco de Cristo. Porém, um dia todas as coisas manifestarão Cristo porque todo o universo estará cheio dele. Ao criar todas as coisas Deus deseja que todas estas coisas manifestem Cristo. Quando Deus criou o homem, seu desejo era que esse homem fosse como o Seu Filho, tendo a vida do Seu Filho e possuindo a glória do Seu Filho, para que o Seu Filho unigênito seja o primogênito entre seus muitos filhos.
Podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que Deus criou e redimiu o homem por causa do Seu amor a Cristo. A redenção foi empreendida com o intuito de alcançar o alvo da criação. Cristo é o esposo e nós a noiva. Ele é a pedra de esquina e nós as muitas pedras vivas do edifício. Fomos criados para satisfazer o coração de Cristo. Quando percebemos o relacionamento de Cristo conosco, damos graças. Quando percebemos o relacionamento de Deus com Cristo, damos louvores. A centralidade de Deus é realmente Cristo, pois todos os propósitos divinos estão centralizados n’Ele.

Temos, pois, dois aspectos do propósito divino: 1) que todas as coisas possam manifestar a glória de Cristo e 2) que o homem possa ser igual a Cristo, tendo sua vida e sua glória.

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