segunda-feira, 3 de dezembro de 2012


PRECISAMOS DE INTERCESSORES COMO MOISÉS

A atual crise de integridade que oprime a igreja nos leva a reconhecer que é preciso haver intercessores que se apeguem a Deus e reivindiquem as suas bênçãos sobre ela. Uma das maiores necessidades da igreja é a oração intercessora. Precisamos de intercessores como Moisés!

Geralmente pensamos em Moisés como libertador e legislador, mas nos esquecemos de que ele também foi um grande guerreiro da oração. De fato, Moisés exemplifica bem o que é interceder em favor dos que pecaram. Encontramos esse exemplo nos capítulos 32 e 33 de Êxodo.

Moisés estivera a sós com Deus no monte Sinai, recebendo a lei que entregaria ao povo. Mas se ausentou por um período demasiadamente longo e Israel se inquietou, como ovelhas sem pastor. O povo de Deus tinha (e ainda tem) dificuldade em esperar e andar pela fé. Eles pediram a Arão que fizesse alguma coisa, de modo que ele fez um bezerro de ouro para representar Deus; e com grande alegria o povo declarou feriado. Finalmente algo estimulante estava acontecendo! Havia algo que podiam ver e fazer!

É claro, Deus viu tudo aquilo e avisou a seu servo Moisés: “Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu” (Ex 32.7). Parecia o fim da nação, mas Moisés orou e Deus desviou a sua ira. Quando Moisés chegou ao arraial, viu o povo numa orgia religiosa, dançando ao redor do bezerro de ouro e supostamente adorando ao Deus Jeová. Num ímpeto de ira sagrada, Moisés quebrou as duas tabuas de pedra, destruiu o bezerro e julgou o povo. Subiu depois ao monte Sinai e mais uma vez intercedeu por ele. O resultado foi que Deus puniu os infratores, poupou a nação e concordou em ir com Israel na sua jornada, tudo porque Moisés orou.

Vamos entender o que esse acontecimento significa para a igreja de hoje.
Interceder significa “implorar a alguém um benefício em favor de outra pessoa”. No vocabulário cristão, significa fazer súplicas a Deus em favor dos seus filhos necessitados. Nunca seremos mais parecidos com o Senhor Jesus Cristo do que quando intercedemos por outros, porque é isso que Ele está fazendo nos céus hoje (Hb 7.24-25).

A igreja sempre precisou de intercessores porque Deus opera através da oração. Se nos fossem revelados os mecanismos que movem o mundo, veríamos a quantidade de coisas que acontecem em resposta às orações dos filhos de Deus. Ele afirma com clareza que não podemos realizar nada sem a oração, não importa quão bem sucedidos aparentemente sejamos. “Gostem ou não”, disse Spurgeon, “pedir é a regra do reino”.  

A oração é vital, não somente porque Deus a ordenou, mas também porque Ele estabeleceu que através dela Seu povo deveria crescer em fé e dependência a fim de que somente Deus receba a glória. Os verdadeiros servos de Deus dependem da oração e não se envergonham de admiti-lo; mas as celebridades falam de oração a fim de impressionar os seus seguidores. 

A oração não é o poder que move determinados ministérios; é meramente uma pequena parte do seu equipamento religioso.
Por que precisamos de intercessores? Porque grande parte do povo de Deus está fazendo hoje o que Israel fez nos dias de Moisés: adora um bezerro de ouro. Um bezerro de ouro, não literal. Adoram o “grande deus das riquezas”. Entre outros exemplos menciono que se quisermos que determinados e famosos “cantores cristãos” se apresentem em nossos eventos é preciso que assinemos um contrato e concordemos em pagar uma quantia, geralmente alta, em dinheiro.

Concordamos com Jesus em que é impossível servir a Deus  e às riquezas (Mt 6.24), e nem mesmo tentamos. Antes, adoramos as riquezas no lugar de Deus e agradecemos a Ele por no-las ter dado! O estilo de vida extravagante de alguns cristãos e líderes é copiado em menor escala em muitos lares e igrejas. Estamos tão acostumados a isso que nem mesmo notamos.

O povo de Israel fez sacrifício de modo que pudessem desfrutar o bezerro de ouro. Doaram suas riquezas e madrugaram para comer, beber e divertir-se (Ex 32.6). Tenho conhecimento de crentes que se queixam de dízimos e ofertas (se sentem roubados), mas não pensam duas vezes antes de gastar fortunas com “férias cristãs” ou na compra de coisas desnecessárias. Pessoas que acham difícil levantar-se cedo para ir a uma aula bíblica não tem dificuldade alguma em fazê-lo quando se trata de divertimento. As pessoas sacrificam-se por coisas que realmente gostam.

Do mesmo modo que a idolatria e a imoralidade do bezerro de ouro, a conivência de Arão nos desgosta. Ele tentou fugir da responsabilidade pelo incidente do bezerro de ouro, mas Moisés sabia que seu irmão era culpado. Arão pode ser comparado aos líderes religiosos que dão às pessoas o que eles desejam e não o que precisam, dirigentes que estão mais preocupados em agradar o povo do que agradar a Deus.

A cooperação de Arão com o povo deve ter feito dele o homem mais popular do arraial (Ex 32.1-6). Por isso, tendo examinado a necessidade de haver intercessores, vemos em Moisés um exemplo do tipo de intercessores de que precisamos hoje!
  

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