sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Os Evangelhos sob a ótica do Reino dos Céus II

Continuando a tratar da parábola do trigo e do joio.

Explicou Jesus aos seus discípulos que o campo onde a semente fora semeada é o mundo, e que a boa semente são os filhos do reino. Mais um ponto saliente que nos confirma que a vinda de Cristo ao nosso mundo foi com o propósito imutável de restaurar a humanidade ao seu estado original que era: Homens feitos à imagem e semelhança do Criador. O objetivo era “plantar” filhos do reino e repovoar a terra com homens capazes de dominar o planeta e administrá-lo como representantes do governo do céu.

Notemos que o Reino dos Céus não visa gerar escravos e sim filhos. Deus não planeja ter relacionamento com servos, mas com filhos nascidos do Espírito. O homem que foi gerado a partir de Adão estava totalmente desqualificado para o propósito de representar o Pai, pois os descendentes do casal, Adão e Eva, foram gerados à sua imagem e semelhança, isto é; destituídos de capacidade para um relacionamento com Deus em espírito e em verdade.

O segundo Adão, que é Jesus Cristo, veio com poder para vivificar o homem decaído conforme diz a primeira carta aos Coríntios: “Pois assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (Cap. 15:22). O semeador lançou na terra a semente de uma raça vivificada, ou seja, restaurada em sua capacidade de comunhão, consciência e intuição, que eram capacidades do espírito do homem no estágio inicial no Éden. Esse homem vivificado seria apto a discernir a vontade soberana do Rei do Reino dos Céus e também capaz de ter comunhão com Ele.

Por outro lado, Jesus explicou que, o joio são os filhos do maligno e o inimigo que o semeou é o diabo. Essa realidade sombria está evidenciada nos ensinos de Jesus ao longo de seu ministério. Seus discípulos aprenderam bem essa triste verdade e João afirma isso em sua primeira carta dizendo: “Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no maligno” (Cap. 5: 19). Há outras referências a esse respeito nos evangelhos.

O confronto central dessa parábola é a eterna luta entre o reino das trevas e o reino da luz. Cada lado está interessado em dominar a humanidade, no sentido de exercer autoridade e governo. Satanás não tem verdadeiro direito, pois é um usurpador. Por outro lado, o Rei do Reino dos Céus tem o direito por ser o criador dos céus e da terra conforme a carta aos Hebreus em seu capítulo 11:3: “Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê”.

Porém, o propósito imutável do Criador não é escravizar a humanidade e sim restaurar o estado original do homem para que ele seja reconduzido à posição de liderança delegada sobre o planeta e tudo aquilo que existe nele. Nossa posição é fundamental para o Rei do Reino dos Céus, pois ao cooperar com o propósito de Deus o homem favorece a derrota do inimigo de Deus, assim como Jesus Cristo cooperou com o Pai em tudo e venceu.

Finalmente vamos meditar no final da explicação de Jesus sobre o joio e o trigo. “A ceifa é o fim dos tempos e os ceifeiros são os anjos. Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação dos séculos. Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa pecado, e todos os que cometem iniqüidade” (Mt 13: 39-41) (clique aqui para ler). O entendimento é claro nesse ponto do ensino do Mestre. Aqui ele passou a profetizar sobre o fim dos tempos e revelar que, na consumação dos séculos, haverá uma total derrota do reino das trevas, e que tudo aquilo que estiver ligado ao pecado e a iniqüidade será eliminado, pois o Reino dos Céus estará governando a terra por meio de Cristo

Finalmente Jesus afirma que: “Os justos resplandecerão como o Sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (V. 43). Esse é o verdadeiro destino daqueles que entenderam a mensagem do Reino dos Céus e entraram nele inteiramente, com fé e arrependimento, que tomaram uma atitude de desprezar o velho homem e se revestir do novo, nascido do Espírito e restaurado à semelhança de Cristo. Sejamos nós um dos tais.

Pensemos seriamente a respeito!

3 comentários:

D. Barros disse...

estaremosacompanhando deperto esseblogabençoado pordeus aqui.....

contemconosco...

ÓTIMAPALAVRA.

Manoel disse...

Finalmente Deus tem levantado homens com dignidade e coragem para escrever sobre o seu reino, que a mensagem transforme a vida de todos aqueles que desejem serem a imagem e semelhança de Deus.
Parabéns ao autor deste blog
Manoel

Anônimo disse...

está mais que provado que no homem natural,não
conseguiremos sermos representantes legais do
reino celestial.Precisamos de uma vez por todas
enterrar esse velho homem e vivermos a nova criatura em Cristo, e o mais grandioso disso é
que quando vivemos em Cristo temos paz,justiça e alegria no Espírito; porque isso é o Reino dos Céus

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