segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O SEXTO SELO DE APOCALIPSE

“Em seguida vi o Cordeiro quebrar o sexto selo. Houve um violento terremoto, o sol se tornou negro como uma roupa de luto, e a lua ficou toda vermelha como sangue” (Ap 6:12). 

Como vimos anteriormente, o quinto selo é o clamor dos santos martirizados por causa da Palavra de Deus e do testemunho que sustentavam. O sexto selo (Ap 6:12-17), que demarca o princípio das calamidades sobrenaturais, é a resposta de Deus ao clamor dos santos martirizados no quinto selo.

Ao abrir o sexto selo, a terra será fortemente sacudida por um grande terremoto, o sol se tornará negro, a lua ficará toda vermelha como sangue, as estrelas do céu cairão, o céu recolher-se-á como um pergaminho quando se enrola e todos os montes e ilhas serão movidos dos seus lugares. Isso tudo será uma advertência aos moradores da terra para que se arrependam e se convertam a Deus, porque a humanidade toda vive para si, para seus próprios interesses, não se preocupando com o propósito de Deus.

Alguns até mesmo blasfemam, dizendo serem Deus ou que d’Ele não precisam. Deus, então sacudirá a terra e o céu para lembrá-los que somente Ele é Deus. Nos versículos 15 a 17 temos a revelação da parte de Deus que relata a reação dos habitantes da terra: eles se esconderão em cavernas e nos penhascos dos montes, e rogarão aos montes e aos rochedos para escondê-los da face de Deus e da ira do Cordeiro.

Estes versículos revelam o que se passará na consciência deles, visto que terão pavor do juízo vindouro, pensando haver chegado o grande dia da ira de Deus e do Cordeiro. Todavia, o sexto selo não será a proclamação total do juízo vindouro de Deus, mas apenas uma advertência aos homens. Ele é a resposta do Senhor ao clamor dos santos martirizados. Chegará o dia em que Deus virá vingar o sangue dos Seus amados santos.

Apocalipse relata que haverá duas calamidades com tremores e mudanças na terra e no céu. A primeira ocorrerá antes da grande tribulação, conforme está em Lucas 21:11 e a outra ocorrerá no final da grande tribulação como está descrito nas palavras proféticas de Jesus em Mateus 24:29 e 30: “Jesus disse: Depois daqueles dias de sofrimento, o sol ficará escuro e a lua não brilhará mais. As estrelas  cairão do céu, e os poderes do espaço serão abalados. Então o sinal do Filho do Homem aparecerá no céu. Todos os povos da terra chorarão e verão o Filho do Homem descendo nas nuvens, com poder e grande glória”.

O sexto selo trata da primeira calamidade e deve ser considerado não somente como uma advertência, mas como a introdução à grande tribulação.

Antes de ser quebrado o sétimo selo, João tem duas visões do povo de Deus: os 144 mil do povo de Israel (Cap 7:1-8) e a grande multidão que ninguém podia contar (vs 9-17). Acreditamos que as duas visões falam sobre todo o povo de Deus, tanto no AT como no NT, a primeira fala sobre o povo de Israel (v 4), e a segunda sobre os cristãos.

O capítulo sete de Apocalipse é uma inserção entre o sexto e o sétimo selo. Ele foi colocado a fim de mostrar o cuidado de Deus com o Seu povo, quando Ele estiver executando Seu julgamento sobre os moradores da terra. Deus fez a terra para que o homem nela vivesse. O sol, a lua e as estrelas foram criados para ajudar a manter a vida sobre a terra. Mas devido certas atitudes dos habitantes da terra, os quais têm sido insolentes em relação a Deus e também porque eles tratam a terra de forma a causar sua degradação ambiental, chegará o tempo em que Ele não irá tolerar mais essa situação.


             Deus virá para julgar a terra, o mar, os rios, o sol, a lua e as estrelas. A terra é para a existência humana, e toda forma de vida que nela existe é para benefício do homem, mas ao julgar o que a humanidade tem feito com essa maravilhosa natureza, Deus irá por fim a essa situação. Todas estas coisas são alertas de Deus de que o tempo do fim está próximo e que nossa vida e o mundo são frágeis e passageiros. Deus usa estes fatos para alertar-nos a não vivermos displicentemente, como se não tivéssemos contas a prestar-Lhe. Antes, precisamos viver intensamente para o cumprimento do propósito eterno de Deus.

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