A PREPARAÇÃO DA VESTE NUPCIAL
Era costume dos povos antigos, principalmente no oriente, que os pais prometessem uma jovem ao futuro marido quando a mesma era ainda uma criança, porém, o casamento se realizava quando ambos já eram crescidos.
Enquanto cresciam, a noiva preparava o enxoval e o
vestido de noiva.
A confecção da veste nupcial é
um trabalho artesanal que demanda muito trabalho e sacrifícios. São muitas
agulhadas, pouco a pouco, ponto a ponto. Isso causa dor constante. Em nosso
viver diário, o Senhor permite que passemos por sofrimento e dor. Não é um
grande sofrimento, uma vez por todas, mas pequenos sofrimentos, pouco a pouco.
Todos os cristãos, em maior ou menor grau, passam por algum sofrimento e
tribulações cotidianas. Isso é inevitável. Temos de estar dispostos a sofrer a
fim de sermos aperfeiçoados e possamos adquirir o caráter de Cristo. Assim
teremos uma veste para sermos levados à presença do rei. Poderemos participar
do banquete das bodas do Filho do Rei.
Todo cristão deve ter duas vestes:
uma, ele recebeu do próprio Senhor Jesus; a outra, ele mesmo é responsável em
prepará-la. Veste, na Bíblia, está sempre relacionada com a justiça. A primeira
veste indica que Deus nos justificou quando Cristo morreu em nosso lugar, pelos
nossos pecados.
Essa justiça não foi algo feito por nós. Alguém – o Senhor
Jesus – a fez por nós, portanto é uma justiça objetiva. Basta que creiamos, e,
pela fé, já vestimos a veste da justificação pelo sangue de Jesus.
Depois disso, já incorporados
na vida da igreja, nós mesmos precisamos preparar outra veste, a veste de
núpcias. Em Apocalipse 19: 7 lemos:
“Alegremo-nos,
exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja
esposa a si mesma já se ataviou”.
Ataviar-se, por um lado, significa que a
noiva já cresceu e já não é uma criança; por outro, quer dizer que já bordou
sua veste nupcial.
Esta veste é de “linho
finíssimo, resplandecente e puro”, que são os atos de justiça dos santos. Os
atos de justiça são o resultado da obra transformadora do Espírito Santo em
nós, por meio dos sofrimentos e privações. Portanto, essa justiça não é a
justiça objetiva que o Senhor cumpriu por nós na cruz, mas é a justiça
subjetiva.
Que nós possamos permitir que o Espírito Santo nos transforme,
agulhada após agulhada, e tenhamos nossa veste pronta para as bodas do
Cordeiro.