terça-feira, 2 de março de 2010

A ORAÇÃO QUE PRODUZ RESULTADOS

Toda oração deve ser espiritual. Orações não espirituais não são genuínas e não podem produzir nenhum resultado positivo. Se cada oração oferecida pelos crentes na terra fosse espiritual haveria abundante sucesso. Mas o triste fato é que as orações carnais são por demais numerosas.

A oração cheia de vontade própria acaba impedindo a frutificação espiritual. Hoje em dia os cristãos parecem tratar a oração como um meio para alcançar seus alvos e propósitos. Se olharmos com atenção o conteúdo de muitas orações veremos que elas nada mais são do que o homem declarando a Deus aquilo que Ele deve fazer.

A carne, não importa onde ela se manifeste, deve ser crucificada; não há permissão para ela nem mesmo na oração. A mistura da vontade do homem com a vontade de Deus não é possível, pois Ele rejeita o melhor das intenções humanas e as mais úteis das perspectivas do homem. Não é a vontade de Deus seguir aquilo que o homem iniciou.

Além de seguir a direção de Deus, não temos direito algum de dirigí-Lo. Não temos capacidade para oferecer, mas temos para obedecer à direção de Deus. Deus não fará obra alguma cuja origem esteja no homem, não importa o quanto o homem possa orar. Ele condena tal oração como sendo carnal.

Quando os crentes entram na verdadeira esfera do espírito, imediatamente eles vêem quão vazios são em si mesmos, pois absolutamente nada neles pode comunicar vida aos outros ou trazer ruína ao inimigo. A menos que a carne tenha sido reduzida a “nada” pela cruz, qual a utilidade da sua oração e o que pode ela significar?  

A oração espiritual não procede da carne, nem do pensamento, desejo ou decisão do crente, pelo contrário, ela resulta puramente daquilo que é oferecido segundo a vontade de Deus. Ela é feita depois que alguém discerne a vontade de Deus em sua intuição. A Bíblia insiste numa ordem: “orar o tempo todo no espírito” (Ef. 6:18). Se não estivermos orando desse modo, devemos estar orando na carne.

Não devemos abrir nossas bocas apressadamente ao nos aproximarmos de Deus. Pelo contrário, devemos primeiro pedir a Deus para nos mostrar pelo que orar e como orar, antes de fazermos conhecidos nossos pedidos a Ele. Não temos consumido muito tempo no passado pedindo aquilo que queríamos? Por que não pedir aquilo que Deus quer? Não o que queremos, mas o que Ele quer. É necessário um homem espiritual para oferecer verdadeira oração.

Todas as orações espirituais têm sua fonte em Deus. Ele nos torna conhecedores daquilo que devemos pedir em oração, revelando a nós a necessidade e fazendo com que aquela necessidade seja um encargo em nosso espírito intuitivo. Somente um encargo intuitivo constitui-se numa chamada para orarmos.

Orações que não são iniciadas no espírito têm sua origem no próprio crente. São, portanto, da carne. A fim de que sua oração não seja carnal e sim eficaz no território espiritual, o filho de Deus deve confessar sua fraqueza com respeito a não saber orar: “Da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas. Não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm. 8:26). Devemos pedir ao Espírito Santo que nos ensine.

Reconhecendo nossa total fraqueza, somos capacitados a depender do mover do Espírito Santo em nosso espírito, para expressarmos Sua oração. É tempo de você reconhecer quão vazia é a obra feita pela carne; quão infrutífera é igualmente a oração que é oferecida pela carne.

A verdadeira oração deve ter origem no trono de Deus. Inicialmente ela é sentida no espírito da pessoa, depois é entendida por sua mente e finalmente proferida através do poder do Espírito. O espírito do homem e a oração são inseparáveis! 

1 comentários:

cleurice disse...

Realmente, hoje em dia as oraçoes são todas individuais, eu também andei orando muito assim, depois que vi que estava querendo mandar em Deus, estou procurando buscar no Espirito as minhas oraçoes. Estou mais tranquila, por não achar que Deus não me ouve.

Postar um comentário