“Neemias não só chorou e orou.
Ele também se preparou, pensou, planejou e agiu”.
Ele vivia tranqüilo, executando
diligentemente seu serviço na corte real. Havia subido de cargo e tornara-se o
homem em quem o rei confiava totalmente – 0 copeiro que escolhia e preparava o
vinho do rei para certificar-se de que este não havia sido envenenado (pois as
intrigas caracterizavam a corte da Pérsia). O emprego tinha riscos, mas também
privilégios; responsabilidades, mas também certa liberdade, se considerarmos
que ele pertencia a um povo “escravo”. Neemias estava “bem de vida”.
Porém, chegou uma notícia aos
ouvidos dele que lhe tirou a paz e o deixou tão triste que ele se sentou e
chorou. Ele fez com que um homem inteligente, responsável e capaz chorasse. A
notícia era que os que haviam sobrevivido ao cativeiro, e estavam em Jerusalém,
passavam por grande sofrimento e humilhação. O muro da cidade havia sido
derrubado, e suas portas destruídas pelo fogo (Ne 1.3).
Por que Neemias sentiu tanta
tristeza por pessoas que moravam em outro país, longe dele e distantes do
conforto do palácio real? Por que tanto choro? Porque esse era seu povo; e a
cidade que estava em ruínas, a cidade de Deus, a cidade santa. O lugar para o
qual seu povo e os povos vizinhos deveriam levantar os olhos e dizer: “Ali é
onde Deus mora no meio do seu povo”. Jerusalém – a glória de Deus.
E hoje, como Deus vive entre os
povos da terra? O que é a glória de Deus entre as nações? Somos nós, seus
filhos e suas filhas. É a nossa união, a igreja que representa Cristo no mundo.
Porém, será que nós, quando ouvimos sobre a situação da igreja no nosso país,
no mundo, nos sentamos e choramos? Passamos dias lamentando e jejuando como
Neemias? Onde está o nosso choro, a nossa preocupação com a glória de Deus?
Neemias não apenas chorou e
orou. Ao buscar a Deus, ele atentou para o chamado do Senhor para a vida dele.
Neemias, cujo nome significa “o Senhor consola”, percebeu que Deus tinha um
propósito ao lhe conceder dons de administração e liderança, e também uma
posição de privilégio como funcionário na corte real. Ele entendeu que havia
chegado um momento importante na sua vida, em que Deus o chamava para servi-lo,
para deixar a situação de conforto e de segurança em que estava e ir para outro
país, a fim de trabalhar, servir, levar consolo a outros.
Neemias não só chorou e orou.
Ele também se preparou, pensou, planejou e agiu. No momento propício ele
apresentou ao rei Artaxerxes um plano completo da obra missionária que desejava
executar. Pediu permissão para sair do emprego atual (Ne 2.5), visto para poder
viajar (Ne 2.7), oferta de materiais necessários para a obra (Ne 2.8), e foi
para Jerusalém com a benção do rei da Pérsia liderar a obra de reconstrução do
muro da cidade de Deus.
Um profissional a serviço do
Rei na obra missionária, que se preocupou com a glória de Deus entre as nações.
Neemias usou todo o conhecimento, os dons e as capacidades que Deus lhe tinha
concedido para levar outros a conhecer, servir e glorificar a Deus.
Quer ser um profissional a
serviço do Rei? Ore ao Deus dos céus como Neemias orou (Ne 2.4) e responda ao
Rei (Ne 2.5).
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