Cristo é o Pão da Vida
“Eu sou a pão da vida”, diz Cristo (Jo 6.48). Que implica esta
afirmação? Que é o pão? Pão é o que satisfaz a fome. Quando estamos famintos,
falta-nos energia para trabalhar, mas quando nos alimentamos, ficamos
fortalecidos e podemos enfrentar nossas tarefas. Da mesma forma, em nossas
atividades espirituais, necessitamos alimento.
Muitos
cristãos sentem falta de energia para servir a Cristo, porque jamais
encontraram Nele a sua satisfação. Alguns trabalham muito bem durante algum
tempo, mas gradualmente chegam a um determinado estágio em que lhes falta forças
e, por isso, tendem a paralisar suas atividades na obra de Deus. Sentem-se
vazios e secos, esperando uma oportunidade para um recuo espiritual de modo que
possam refazer suas forças esgotadas.
Tais cristãos só encontrarão a satisfação
permanente quando descobrirem que Cristo é o pão da vida e aprenderem a contar
com Ele para sustentação de sua vida cotidiana. Lembre-se sempre das palavras
de Jesus quando confrontado com a necessidade de alimentar-se:
“Uma comida tenho para
comer, que vós não conheceis... a minha comida consiste em fazer a vontade
daquele que me enviou e realizar a sua obra” (Jo 4.32 e 34).
Vemos
aqui o Senhor explicando a fonte secreta de Sua perene satisfação.
Cristo é a luz da vida
Muitas
vezes o apóstolo João cita afirmações de nosso Senhor onde Ele afirma ser tudo
o que o homem precisa. João 8.12 diz:
“Eu sou
a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, pelo contrário, terá a luz
da vida”.
Cristo
não é somente o doador da luz – Ele é a luz. Ele é a luz do mundo, e os que
mantêm uma relação íntima com Ele têm mais do que mera luz externa; têm a luz
da vida. Luz espiritual não é uma questão de conhecimento intelectual. O efeito
da luz divina nem sempre edifica aqueles que a recebem. Muitas vezes a luz
divina nos abate ao nos mostrar a dimensão de nossa situação pecaminosa. “Conhecimento
ensoberbece”, ele apenas ilude o homem fazendo-o pensar que possa se servir
dele para sua própria edificação.
A
luz divina, entretanto, pode fazer o que nenhuma quantidade de luz comum pode
fazer: Incapacitar o homem natural, por seu fulgor cegante e, assim, aplainar
para Deus um caminho para que Ele possa atingir Seu objetivo em nossas vidas.
Cristo é o “EU SOU”
Ao
longo de todo o seu Evangelho, João continua enfatizando o fato de que tudo o
que o homem precisa para sua vida diária, Cristo é; e ele registra a espantosa
afirmação de Cristo, de que Ele é o EU SOU. Aqui estão as palavras de nosso
Senhor:
“Em verdade, em verdade eu
vos digo: antes que Abraão existisse, eu sou” (8.58). E outra vez: “Porque se não credes que eu sou morrereis nos vossos pecados” (8.24).
Se
tiver de haver uma solução final e máxima para o nosso problema, então
precisamos chegar ao conhecimento de Cristo como o EU SOU.
O TESTEMUNHO
DE PAULO
Paulo,
de forma não menos clara do que João, testifica da plenitude de Cristo. Ouçam o
que ele diz aos Efésios:
“O mistério da sua vontade, segundo a
beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da
plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra” (1.9,
10).
Ouçam
também essas palavras aos Colossenses:
“Pois
nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as
invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principado, quer potestades.
Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele
tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o
primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque
aprouve a Deus que Nele residisse toda a plenitude, e que, havendo feito a paz
pelo sangue da Sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as
coisas, quer sobre a terra, quer nos céus” (1.16-20).
E
poderia alguma coisa ser mais conclusiva ou mais clara do que esta afirmação: “Cristo é tudo em todos”? (3.11).
Paulo continua explicando a respeito de Cristo
em sua primeira carta aos coríntios:
“Mas
vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou da parte de Deus
sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1.30).
Paulo não está
nos dizendo que Deus nos concederá certos dons – o dom da sabedoria, da
justiça, da santificação, da redenção. Não, ele está dizendo que Cristo é a
nossa sabedoria; Cristo é a nossa justiça; Cristo é a nossa santificação;
Cristo é a nossa redenção. Aprouve ao Pai englobar todas as coisas em Cristo, e
tendo colocado Nele todas as coisas, Deus nada tem para nos dar fora da pessoa
de Cristo.
O que nós precisamos, não é um suprimento pleno de dons de Deus; o
que precisamos é de um conhecimento mais pleno Daquele que é a fonte de todos
os dons da parte de Deus.
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