sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

CRISTO – O SOMATÓRIO DAS COISAS DIVINAS – II


Cristo é o Pão da Vida

“Eu sou a pão da vida”, diz Cristo (Jo 6.48). Que implica esta afirmação? Que é o pão? Pão é o que satisfaz a fome. Quando estamos famintos, falta-nos energia para trabalhar, mas quando nos alimentamos, ficamos fortalecidos e podemos enfrentar nossas tarefas. Da mesma forma, em nossas atividades espirituais, necessitamos alimento.

Muitos cristãos sentem falta de energia para servir a Cristo, porque jamais encontraram Nele a sua satisfação. Alguns trabalham muito bem durante algum tempo, mas gradualmente chegam a um determinado estágio em que lhes falta forças e, por isso, tendem a paralisar suas atividades na obra de Deus. Sentem-se vazios e secos, esperando uma oportunidade para um recuo espiritual de modo que possam refazer suas forças esgotadas.

 Tais cristãos só encontrarão a satisfação permanente quando descobrirem que Cristo é o pão da vida e aprenderem a contar com Ele para sustentação de sua vida cotidiana. Lembre-se sempre das palavras de Jesus quando confrontado com a necessidade de alimentar-se:

“Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis... a minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (Jo 4.32 e 34).

 Vemos aqui o Senhor explicando a fonte secreta de Sua perene satisfação.
                                         
Cristo é a luz da vida

Muitas vezes o apóstolo João cita afirmações de nosso Senhor onde Ele afirma ser tudo o que o homem precisa. João 8.12 diz:

 “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, pelo contrário, terá a luz da vida”.

 Cristo não é somente o doador da luz – Ele é a luz. Ele é a luz do mundo, e os que mantêm uma relação íntima com Ele têm mais do que mera luz externa; têm a luz da vida. Luz espiritual não é uma questão de conhecimento intelectual. O efeito da luz divina nem sempre edifica aqueles que a recebem. Muitas vezes a luz divina nos abate ao nos mostrar a dimensão de nossa situação pecaminosa. “Conhecimento ensoberbece”, ele apenas ilude o homem fazendo-o pensar que possa se servir dele para sua própria edificação.

A luz divina, entretanto, pode fazer o que nenhuma quantidade de luz comum pode fazer: Incapacitar o homem natural, por seu fulgor cegante e, assim, aplainar para Deus um caminho para que Ele possa atingir Seu objetivo em nossas vidas.
                                                
Cristo é o “EU SOU”

Ao longo de todo o seu Evangelho, João continua enfatizando o fato de que tudo o que o homem precisa para sua vida diária, Cristo é; e ele registra a espantosa afirmação de Cristo, de que Ele é o EU SOU. Aqui estão as palavras de nosso Senhor:

“Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, eu sou” (8.58). E outra vez: “Porque se não credes que eu sou morrereis nos vossos pecados” (8.24).

 Se tiver de haver uma solução final e máxima para o nosso problema, então precisamos chegar ao conhecimento de Cristo como o EU SOU.
                                
O TESTEMUNHO DE PAULO

Paulo, de forma não menos clara do que João, testifica da plenitude de Cristo. Ouçam o que ele diz aos Efésios:

O mistério da sua vontade, segundo a beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra” (1.9, 10).

 Ouçam também essas palavras aos Colossenses:

 “Pois nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principado, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus que Nele residisse toda a plenitude, e que, havendo feito a paz pelo sangue da Sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus” (1.16-20).

E poderia alguma coisa ser mais conclusiva ou mais clara do que esta afirmação: “Cristo é tudo em todos”? (3.11).

 Paulo continua explicando a respeito de Cristo em sua primeira carta aos coríntios: 
“Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou da parte de Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1.30). 

Paulo não está nos dizendo que Deus nos concederá certos dons – o dom da sabedoria, da justiça, da santificação, da redenção. Não, ele está dizendo que Cristo é a nossa sabedoria; Cristo é a nossa justiça; Cristo é a nossa santificação; Cristo é a nossa redenção. Aprouve ao Pai englobar todas as coisas em Cristo, e tendo colocado Nele todas as coisas, Deus nada tem para nos dar fora da pessoa de Cristo. 

O que nós precisamos, não é um suprimento pleno de dons de Deus; o que precisamos é de um conhecimento mais pleno Daquele que é a fonte de todos os dons da parte de Deus. 

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