segunda-feira, 14 de março de 2011

O SERVIÇO DO SACERDÓCIO SANTO

Na vida cristã há sempre dois aspectos: o aspecto da vida e o aspecto do serviço. Como filhos de Deus, precisamos de uma vida espiritual adequada e precisamos do serviço espiritual adequado. Tal serviço espiritual é apresentado como o sacerdócio em 1ª Pedro 2:5: “Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo”.

O sacerdócio santo nesse versículo é a casa espiritual edificada com os santos. O versículo 9 da mesma carta continua a falar sobre o tema e diz: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Essas três questões são cruciais: a casa espiritual, o sacerdócio santo e o sacerdócio real.

Em Mateus 25, o Senhor Jesus apresentou duas parábolas, a parábola das dez virgens, que trata da vida cristã, e a parábola dos talentos, que está relacionada ao nosso serviço. No que se refere à nossa vida, devemos ser como as virgens com o testemunho da luz nas mãos para irmos ao encontro do Noivo. Isso é nossa vida, o aspecto da vida. Precisamos do óleo e precisamos do testemunho da luz. Precisamos sair desse mundo, esperar pela volta do Senhor e prosseguir para encontrá-lo em Sua volta. Essa é, em resumo, a vida cristã.

Imediatamente após essa parábola, o Senhor falou a parábola dos talentos, que está relacionada com o nosso serviço. Precisamos usar o talento, o dom que o Senhor nos deu, para fazer algum negócio e para fazer algo proveitoso para o Senhor. Precisamos crescer em nossa vida no Corpo com o óleo, com a luz e com o desejo de sair do mundo e ir ao encontro do Senhor em Sua volta. Também precisamos exercitar de maneira adequada o que o Senhor nos deu como um dom, como um talento.

SACERDOTES SANTOS E SACERDOTES REAIS

Nos Tipos do Antigo Testamento há duas ordens diferentes de sacerdotes: a ordem de Arão e a ordem de Melquisedeque. A ordem de Arão é a ordem santa. Ser santo é ser separado das coisas comuns, das coisas mundanas, para o Senhor. A ordem santa é uma ordem separada do mundo para o uso do Senhor. Ser separado para Deus é ser santo para Deus. Essa é a característica da ordem santa, o sacerdócio santo.

A ordem de Melquisedeque é a ordem real. Melquisedeque foi um rei e foi um sacerdote real. Por isso é que, por um lado, somos filhos de Arão, os sacerdotes santos separados do mundo para o Senhor; por outro, somos Melquisedeques, os sacerdotes reais.

Deixe-nos ilustrar da seguinte maneira. Suponha que a igreja onde congregamos vá realizar uma campanha evangelística para a pregação do evangelho. Antes de mais nada, precisamos ser edificados juntos como um corpo; devemos estar formados como um exército. Assim todos devemos ser separados do mundo para o Senhor. Todos precisamos ir ao Senhor e orar por algum tempo, como aqueles cento e vinte cristãos em Atos que oraram por dez dias. Eles se separaram das coisas mundanas e ficaram com o Senhor por dez dias. Como resultado, todos eles foram enchidos com o Senhor. Naquele momento, eles eram os sacerdotes santos. Após aquela experiência maravilhosa com o derramamento do Espírito Santo, eles saíram e foram às pessoas para dizer-lhes que Jesus é o Senhor, o Salvador. Isso eles o fizeram com realeza. Quando foram ao Senhor, eles eram santos. Quando vieram da presença do Senhor com a autoridade celestial, eles eram reis.

Quando nós, como um Corpo, formos ao Senhor e orarmos diante Dele, seremos sacerdotes santos. Após muita oração, nós seremos cheios da Sua presença e da Sua autoridade. Então sairemos como sacerdotes reais com a autoridade celestial para dizer às pessoas algo sobre o nosso Senhor. O que sai de nós não é meramente pregação da Palavra, do evangelho, mas pregação do evangelho do reino, com autoridade real, celestial. Vamos às pessoas, servindo-as, até mesmo ministrando o Senhor Jesus a elas.

Os sacerdotes segundo a ordem de Arão sempre trazem o necessário ao povo de Deus. Eles são santos. Mas um sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque traz algo de Deus para suprir os outros, para satisfazer a necessidade dos outros. Isso é sacerdócio real.

Resumindo o que vimos anteriormente, queremos lembrar a todos que, primeiramente há a necessidade de coordenação, de separação e de autoridade celestial. Necessitamos da coordenação do Corpo, precisamos que os sacerdotes santos separem-se do mundo para o Senhor e precisamos de autoridade celestial. Para termos o verdadeiro serviço da igreja, essas três coisas são vitais.

Se você tem o chamado de Deus para ministrar a Palavra à igreja, precisa primeiro verificar se tem sido edificado na realidade do Corpo e se estás em coordenação. Se não estiver, é como se você fosse um membro desconectado. Como, então, poderia funcionar. Por isso, você precisa verificar se estás separado para o Senhor e também se tem gasto tempo suficiente na presença do Senhor para orar. Sem isso, não estará qualificado para servir, porque você não é um sacerdote santo.   

Então, verifique o terceiro item: você tem a autoridade, a autoridade celestial? Tem, de fato, algo comissionado a você pelo Senhor? Se tem, você ministrará ao povo de Deus não somente pela palavra, mas pela autoridade. Todas as vezes que ministrar ou tudo o que você ministrar terá peso. A mensagem, a palavra e o ministrar, serão fortalecidos porque há a autoridade celestial do sacerdote real.

“A coordenação, a separação e a autoridade – essas três são as qualificações, o equipamento de que precisamos para ministrar!  

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