quinta-feira, 7 de julho de 2011

A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO

“E tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro vem para fora! Saiu, aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço...” (Jo 11:43-44).

O amor do Senhor Jesus Cristo é diferente de qualquer outro amor humano. Até mesmo o amor de uma mãe por seus filhos fica obscurecido em comparação com o amor imutável de Deus.

Pessoas podem nos amar, mas um dia nossa vida chegará ao fim e seremos sepultados. Entretanto, Deus nos ama demais, e a morte pode ser apenas o início de uma eternidade na presença do Senhor. É isso que nós acreditamos firmemente. O apóstolo João relata: “Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21:3-4).

O poder de Deus é imutável. O amor e a salvação de Jesus são imutáveis. Nós é que temos de ser transformados para ficarmos de acordo com o caráter de Deus. A transformação em nossa vida é um processo contínuo. Ela começa no momento em que passamos a viver por Jesus Cristo, mas o processo de nos tornarmos semelhantes a Ele continua até o dia de nossa morte. “Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia” (II Co 4:16).

Prego o evangelho por muitos anos e percebo haver três tipos de crentes. Primeiro, existem aqueles que possuem um coração como o de Marta. Esta adorava servir os outros. Estava sempre bastante ocupada, cozinhando ou fazendo algo que serviria para abençoar o Senhor e os discípulos. E, no entanto, Jesus teve de repreendê-la, porque havia retirado a atenção de seu relacionamento com o Senhor e estava dando muito crédito ao serviço. Esse é um perigo para todos aqueles que participam na obra de Deus.

O segundo tipo de pessoa são aquelas semelhantes à irmã de Marta, Maria. Esta gostava de assentar-se aos pés de Jesus e ouvir tudo o que Ele tinha a dizer. Marta começou a achar que Maria não estava se esforçando o suficiente e perguntou a Cristo: “Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me”. Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada. (Lc 10:40-42).

O terceiro tipo de pessoa que percebemos nas igrejas são aquelas como Lázaro. Ele era irmão de Maria e de Marta e amigo de Jesus. Quando Lázaro morreu, suas irmãs mandaram dizer a Jesus: “Senhor, está enfermo aquele a quem amas”. Ao receber a notícia, disse Jesus: “Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado” (Jo 11:3-4). Assim que Jesus ouviu que seu amigo Lázaro havia morrido, disse aos discípulos que iriam retornar à Judéia, onde Lázaro morava. Os discípulos tentaram dissuadir Jesus de fazer a viagem, mas quando Jesus decide fazer algo que Ele sabe ser a vontade de Seu Pai, não há poder no Universo que possa atrapalhar seus planos! Quando Ele e os seus discípulos chegaram à Judéia, Marta veio correndo para se encontrar com o Mestre e disse-lhe: “Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão” (Jo 11:21).

Vemos que a igreja atual geralmente age como Marta. As pessoas conhecem a verdade da Palavra de Deus, mas ainda assim querem controlar a própria vida. Como Marta, muitos cristãos clamam: “Senhor, se houvesses feito tudo de acordo com nossa vontade, não estaríamos nesta confusão”. Nós precisamos nos dar conta de que Deus não está interessado em nossos planos. Ele, soberanamente, quer saber apenas dos planos Dele! Muitas igrejas, e também cristãos individualmente, acham que devem realizar os próprios planos e estratégias, e então pedir (ou em alguns casos mandar) que Deus os abençoe. O Deus todo-poderoso não é nosso servo! Ele não quer que digamos a Ele o que fazer. Muitos cristãos precisam descer do trono que criaram para si mesmos, colocar o rosto no pó perante Deus e fazer tudo aquilo que o Mestre ordenar.

Muitos crentes estão espiritualmente mortos, porque mantêm Jesus a uma “distância segura”, enquanto controlam a própria vida e elaboram seus próprios planos. Se não nos dermos conta de que o Jesus Cristo vivo deseja ser a parte principal de tudo o que fazemos, não iremos experimentar o avivamento. Enquanto ele não for entronizado como Rei dos reis e Senhor dos senhores, nossos planos continuarão sendo frustrados e veremos muito pouco das verdadeiras bênçãos celestiais em nossas atividades. Se a sua igreja ou sua vida espiritual tem estado morta por algum tempo, não perca a esperança! Jesus pode ressuscitar até mesmo um corpo que já esteja em decomposição. Estou convencido de que Jesus pode trazer você de volta à vida. 

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